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MICOSES SUBCUTÂNEAS


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MICOSES SUBCUTÂNEAS
São micoses que alcançam uma camada um pouco menos superficial do que as micoses cutâneas. Essas micoses são causadas pela inoculação de fungo saprofítico em decorrência de trauma e perfurações na pele, ou seja, eventos que rompem a integridade da pele. Dificilmente esses fungos se disseminam para outros órgãos. A doença se manifesta em forma de granuloma ou lesão supurada da pele ou tecido subcutâneo, e os pacientes acometidos geralmente não possuem deficiência imune de base. Os exemplos mais comuns de micoses subcutâneas são a esporotricose, Sporothrix schenckii, a cromoblastomicose, feohifomicose e o micetoma, tendo essas três várias etiologias.
ESPOROTRICOSE 
É uma doença comum em climas quentes, tornando-se assim, uma micose endêmica e zoonótica no Brasil, associada a gatos infectados, podendo agir como vetores dessa micose. Entre os anos de 1998 e 2009 foi a maior epidemia de transmissão zoonótica no Brasil. Porém, a origem mais comum é o solo, vegetais e madeira. A inoculação acontece frente ao rompimento da integridade da pele causada por um trauma. Em seguida, essa ferida entra em contato com o objeto ou animal contaminado. Dada essas características, essa micose é bastante comum e m pessoas cuja ocupação tem relação com o solo, plantas e madeiras, tais como os jardineiros. O principal agente etiológico é o fungo Sporothrix schenckii, podendo ser também causada por outros fungos. O S. schenckii é um fungo dimórfico.
Os fatores de virulência desse fungo são o dimorfismo, a termotolerância e a produção de melanina, que acaba fazendo parte da parede celular fúngica e auxilia na evasão do sistema imune, driblando a fagocitose. As formas clínicas da micose são a forma cutânea disseminada, menos comum, a forma localizada ou cutânea fixa e a forma linfocutânea, sendo essa última a mais comum. A forma linfocutânea acomete a pele, tecido subcutâneo e linfonodos regionais. Esse tipo de micose causa lesão primária no local que serviu de porta de entrada, gerando um nódulo que pode ulcerar. Duas semanas após o aparecimento da primeira lesão, forma-se um cordão endurecido representado nas imagens abaixo. Esse cordão segue por um vaso linfático e m direção ao linfonodo. Ao longo da pele sobre esses vasos linfáticos acometidos surgem nódulos subcutâneos linfáticos indolores que se estendem ao longo do curso de drenagem da lesão primária. Com o tempo, os nódulos podem ulcerar e liberar pus.
• Fungo: Complexo Sphorotrix schenkii 
• Características: fungo dimórfico - termodimórfico 
• Fatores de virulência: 
✓ Dimorfismo fú ngico: ↑ToC →↑HSP (proteína de 
• Fungo: Complexo Sphorotrix schenkii 
• Características: fungo dimórfico - termodimórfico 
• Fatores de virulência:
• Fungo: Complexo Sphorotrix schenkii 
• Características: fungo dimórfico - termodimórfico 
• Fatores de virulência:
· FUNGO: Complexo Sphorotrix schenkii
· Característica: fungo dimórfico – termodimórfico
· Fatores de virulência: 
· ✓ Dimorfismo fú ngico: ↑ToC →↑HSP (proteína de 
· ✓ Catalase (+), SOD
Dimorfismo fúngico: ↑ToC →↑HSP (proteína de choque térmico) → ↑ ou ↓ expressão gênica
Catalase (+), SOD
Transmissão:
 ✓ Pele rompida (traumas, feridas, arranhaduras). Não são capazes de penetrar através do estrato córneo (não captam ferro suficiente para o crescimento na epiderme ou na derme . 
✓ Contato secreções das feridas de animais contaminados
 
Esporotricose cutânea: uma ou múltiplas lesões, localizadas principalmente nas mãos e braços. Esporotricose linfocutânea: pequenos nódulos subcutâneos seguindo o trajeto do sistema linfático da região afetada 
✓ Acomete pele, tecido s ubcutâneo e gângl ios linfáticos regionais 
✓ Lesão primária (porta de ent rada): nódulo pequeno que pode ulcerar. 
✓ 2 semanas após o aparecimento da primeira lesão: cordão endurecido que segu e por um vaso linfático em direção a o gânglio. Nódulos subcutâneos linfáticos indolores que se estendem ao longo do curso de drenagem da lesão primária 
✓ Com o tempo, os nódulos podem ulcerar e liberar pus. 
Esporotricose extracutânea: localização em ossos, mucosas.
Esporotricose disseminada: comprometimento de vários órgãos e/ou sistemas (pulmão, ossos, fígado).
Sintomas 
Formas cutâneas e linfocutânea: prurido, feridas eritematosas, com bordas acastanhadas ou nodulares indolores
Em casos mais graves: tosse, falta de ar, dor ao respirar e febre (esporotricose pulmonar). Mialgia, artralgia (esporotricose extracutânea)
Diagnóstico
 Método de escolha: cultura (material: pus ou secreção) 
✓ Exame micológico direto 
✓ CULTURA 
✓ Microscopia após cultura 
✓ Outros métodos: sorológico, histopatológico (biópsia) e molecular
Tratamento 
✓ Itraconazol, fluconazol, terbinafina, anfotericina B (tópico, v.o ou i.v de pendendo do grau da doença) ✓ Restrição em gestantes e idosos 
✓ Observações: tratamento longo (3 a 6 meses, até 1 ano). Raros os registros de mortes entre seres humanos = ↑ evolução (cura)

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