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Palestra 15 - Infecções Fúngicas de Pele

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Carla Bertelli – 3° Período 
Infecções Fúngicas de Pele 
Palestra 15 
 
Revisão da Disposição do Sistema 
Tegumentar – para entender o acometimento 
de cada problema de pele 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A micologia é o estudo dos fungos que são 
organismos eucariontes uni ou multicelulares 
(filamentosos) são os maiores organismos 
decompositores. 
As células fúngicas possuem pelo menos um 
núcleo e uma membrana nuclear, retículo 
endoplasmático, mitocôndrias e aparelho 
secretor. Em sua maioria, os fungos são 
aeróbios obrigatórios ou facultativos. São 
quimiotróficos e secretam enzimas que 
degradam ampla variedade de substratos 
orgânicos em nutrientes solúveis, que em 
seguida são absorvidos passivamente ou 
capturados na célula por transporte ativo. 
As infecções fúngicas são denominadas 
micoses. Em sua maioria os fungos 
patogênicos são exógenos, e a água, o solo e 
os resíduos orgânicos constituem seus 
habitats naturais. A micoses de maior 
incidência são causadas por fungos que 
fazem parte da microbiota normal, ou que 
estão altamente adaptados à sobrevida no 
hospedeiro humano. Por convivência didática, 
as micoses podem ser classificadas como 
superficiais, cutâneas, subcutâneas e 
sistêmicas, quando invadem órgãos internos. 
São encontrados na natureza, sendo essenciais à 
degradação e reciclagem da matéria orgânica. Alguns 
fungos melhoram acentuadamente nossa qualidade de 
vida ao contribuir para a produção de alimentos e bebidas 
alcoólicas, como o queijo, o pão e a cerveja. Outros já 
prestaram serviço à medicina, fornecendo metabólitos 
secundários bioativos de grande utilidade, como os 
antibióticos (penicilinas) e imunossupressores (p. ex., 
ciclosporina). Os fungos também foram explorados pela 
genética e pela biologia molecular como modelo de 
sistemas para a investigação de uma variedade de 
processos eucarióticos, incluindo a biologia molecular, a 
celular e a de desenvolvimento 
 
Possuem uma parede celular rígida essencial 
que determina sua forma e as protege do 
estresse osmótico e ambiental. 
Estruturas a considerar – Hifas, micélio, 
Conídeos, esporos, leveduras, 
blastoconídeos e pseu-hífas 
Carla Bertelli – 3° Período 
Hifas – Filamentos tubulares e ramificados de células 
fúngicas 
Micélio – Massa de hifas dos fungos (tem aéreo e 
vegetativo) 
Aéreo – Especializado em produzir os esporos ou 
conídeos onde vão germinar e se desenvolver 
Conídeos – Estruturas reprodutivas assexuadas, 
muitos desses causam infecções em humanos 
Esporos – Estruturas reprodutivas sexuadas, 
normalmente encontrados na natureza e pode ter 
uma estrutura especializada que guarda ele 
Leveduras – Fungos unicelulares 
Bastoconídeos – Formação de conídeos por 
brotamento 
Pseudo-hifas – Alongamento a partir do broto, 
prolongamento da estrutura levediforme 
*Candida é levedura* 
 
Micoses Superficiais – Localizadas nas 
camadas superficiais da pele e seus anexos – 
estrato córneo, epiderme, unha, pele e 
mucosa 
Micoses de Implantação – Subcutâneas ou 
profundas – tecido subcutâneo, inoculação 
traumática 
Micoses Sistêmicas – Inicialmente 
pulmonar, causada por inalação, com 
disseminação para qualquer órgão e tecido 
 
Micoses Superficiais 
Infecção benigna crônica do estrato córneo 
Causado pelo fundo dimórfico lipofílico 
malassezia globosa, Malassezia restricta e 
outros membros do complexo Malassezia 
furfur. 
Diagnóstico por micológico direto e lâmpada 
de Wood – consegue se ter ideia das 
dimensões da lesão com essa luz, verificando 
espaços esbranquiçados 
São lesões com características de formação 
de máculas que são manchas com alteração 
de coloração na pele – ocorrem máculas 
isoladas, serpiginosas, hiper ou 
hipopigmentadas na pele, geralmente no 
tórax, costas, braços ou abdome. As lesões 
são crônicas e aparecem em forma de placas 
maculares da pele pigmentada que podem 
aumentar a coalescer, embora a descamação, 
inflamação e a irritação sejam mínimas. 
Uma característica bem marcante é a 
descamação da pele, o estiramento da pele 
faz com que essa camada superficial se 
solte 
Quando se arranha a lesão da mácula solta a 
camada superior da pele (casquinas) 
São aglomerados de leveduras e pseudo hifas 
curtas, característica de Malassaezia 
Elementos fúngicos ficam localizados no 
estrato córneo 
Lâmina de Pseudo-hifas curtas e células 
esférica 
Existem variantes hipopigmentada de pitiríase 
versicolor envolvendo o tronco – 
principalmente aonde tem mais lipídeos 
O fungo interfere na produção de grânulos de 
melanossomo, danos aos melanócitos e 
inibição da tirosinase 
Ele está somente no estrato córneo, mas 
alguns ''percursores’’ seus atingem a derme e 
causam mais consequências 
Variante hipersegmentada da pitiríase 
versicolor – acontece um maior número de 
células 
 
Carla Bertelli – 3° Período 
 
 
Inflamação superficial, crônica, assintomática 
e do estrato córneo causada pelo fungo 
Hortaea (Exophiala) wernecki, mais frequente 
em regiões costeiras e entre mulheres jovens. 
Ele é pigmentado e contém melanina – por 
isso elas lesões são hiperpigmentadas. Elas 
aparecem com pigmentação escura 
(castanho-negra), frequentemente nas 
palmas das mãos 
Infiltra no estrato córneo em um micro trauma 
Forma apenas uma mácula 
Também pode utilizar a lâmpada de Wood 
para diagnóstico e emite uma coloração 
florescente verde 
Lesões nas interdigitais dos pés e das mãos 
Histologicamente formam hifas segmentadas, 
são septadas e ramificadas e de células 
leveduriformes em brotamento, com paredes 
celulares melaninizadas. A tínea negra 
responde ao tratamento com soluções 
ceratolíticas, ácido salicílico ou antifúngicos 
azóis. 
 
 
 
São infecções nodulares que acometem os 
fios de pelos e cabelos 
Temos brancas e pretas 
A Piedra Negra é causada por Piedraia Hortae 
A Piedra Branca é causada por Trichosporon, 
manifesta-se em forma de nódulos 
amarelados, maiores e de consistência mais 
mole nos pelos. 
São fungos que vão produzir hifas 
segmentadas 
Os pelos axilares e púbicos a barba e os 
cabelos podem ser infectados. 
O tratamento para ambos consiste na 
aplicação de um agente antifúngico tópico. 
É endêmica em países tropicais 
 
 
 
Carla Bertelli – 3° Período 
Micoses Cutâneas 
São infecções superficiais causadas pelos 
dermatófitos que são os microsporum, 
trichophyton e epidermophyton. Só infectam 
tecido queratinizado como pele, cabelos e 
unhas. 
A maioria é incapaz de crescer a 37° ou na 
presença de soro, então eles limitam-se à 
pele. 
Elas são comuns e mais prevalente no mundo 
todo e embora persistente e crônicas elas não 
se mostram debilitantes e nem 
potencialmente fatais. 
Na pele são identificadas presenças de hifas 
hialinas, septadas e ramificadas, ou cadeias. 
Em cultura as várias espécies são 
estreitamente relacionadas. 
Produz conídios grandes com várias células 
em seu interior 
Geralmente são chamadas de tineas e 
dependendo do local do corpo recebe um 
segundo nome ‘’sufixo’’ 
 
Infecção crônica dos espaços interdigitais, 
lesões que são inicialmente vesiculares que 
rompem e ficam com aspecto de descamação 
Erosão – Não gera cicatriz e atinge somente 
epiderme 
Além do espaço interdigital temos eritema e 
hiperqueratose na região plantar e lateral do 
pé – é uma lesão descamativa e eritematosa 
que tem um crescimento radial 
Lembrar que é melhor isolar o fungo a partir 
das bordas porque é onde ocorre a 
proliferação 
É provavelmente a mais prevalente das 
dematofitoses. Em feral ocorre como infecção 
crônica dos espaços interdigitais. Outras 
variedades são o tipo vesiculoso, o ulcerativo 
e o mocassim, com hiperceratose das plantas 
dos pés. 
De início ocorre prurido entre os dedos, e 
verifica-se o desenvolvimento de pequenas 
vesículas que sofrem ruptura, liberando um 
líquido fino.A pele dos espaços interdigitais 
torna-se macerada e descama, enquanto 
aparecem fendas propensas a infecção 
bactéria secundária. 
 
 
Carla Bertelli – 3° Período 
Infecções do couro cabeludo e dos cabelos. A 
infecção começa com a invasão da pele do 
couro cabeludo por hifas, com subsequente 
disseminação para a parede ceratinizada do 
folículo piloso. As hifas crescem para baixo, 
na porção morta do cabelo e à mesma 
velocidade de crescimento do cabelo. 
A infecção resulta em placas circulares 
acinzentadas de alopecia, descamação e 
prurido. 
À medida que o cabelo cresce e sai do 
folículo, as hifas das espécies de Microsporum 
produzem uma cadeia de esporos que formam 
uma bainha ao redor da haste do cabelo 
(ectótrix), e que produzem uma fluorescência 
esverdeada a prateada quando os cabelos 
são examinados sob a lâmpada de Wood 
Lesões únicas ou múltiplas descamativas e 
com alopecia 
São únicas e podem ser descamativas 
 
 
Dermatofitose no corpo – são lesões 
anulares com centro descamativo e claro, 
circundado por uma bolha avermelhada que 
avança e pode ser seca ou vesiculosa. 
Os dermatófitos só crescem em tecido 
ceratinizado morto, porém os metabólitos, as 
enzimas e os antígenos do fungo difundem-se 
através das camadas viáveis da epiderme, 
causando eritema, formação de vesículas e 
prurido. 
Expansão centrífuga – de forma circular. O 
crescimento ativo das hifas ocorre na periferia, 
região mais provável para a coleta do material 
para diagnóstico. 
Pode aparecer em qualquer lugar do corpo 
Região periférica é a região mais eritematosa 
por conta da expansão fúngica 
 
Tanto nos folículos pilosos e estrato córneo 
 
Infecção das unhas por dermatófitos 
Com a invasão de hifas, as unhas tornam-se 
quebradiças, amarelas, espessas e friáveis 
 
Diagnóstico 
Micológico direto 
Lâmpada de Wood para tinea capitis 
Cultura 
 
 
Carla Bertelli – 3° Período 
Existem alterações imunológicos que pioram 
a situação do fungo que tornam a pessoa 
suscetível a infecções profundas por 
dermatófitos, por exemplo. 
 
Candidíase 
Candidíase superficial se estabelece com 
aumento de leveduras associada a lesão de 
epitélio. Várias espécies de levedura do 
gênero cândida são capazes de provocar 
candidíase. Trata-se de membros da 
microbiota normal da pele, das mucosas e do 
trato gastrointestinal. As espécies de cândida 
colonizam as mucosas de todos os seres 
humanos durante ou logo após o nascimento, 
havendo sempre o risco de infecção 
endógena. 
Candidíase cutânea, orofaríngea, esofagite, 
vulvovagite e onicomicose 
Ela pode ser sistêmica também 
Pseudomembranosa – formam pseudo-hifas 
quando os brotos continuam crescendo, mas 
não desprendem, produzindo cadeias de 
células alongadas que sofrem constrição nos 
locais dos septos entre as células. 
Se encontram placas, macias, elevadas e 
esbranquiçadas – seu fundo é eritematoso 
Apresenta hifas e pseudo hifas fúngicas com 
epitélio descamado, detritos necróticos, 
queratina, leucócitos 
Eritematosa 
Placas eritematosas e dolorosas 
 
A candidíase superficial se estabelece em 
decorrência do aumento no número local de 
cândida e lesão da pele ou do epitélio, 
permitindo a invasão local por leveduras e 
pseudo-hifas. 
Ocorre candidíase sistêmica quando o 
microrganismo penetra na corrente sanguínea 
e as defesas fagocíticas do hospedeiro são 
inadequadas para conter o crescimento e a 
disseminação das leveduras. 
A partir da circulação a cândida pode infectar 
os rins, fixar-se as próteses valvares 
cardíacas ou provocar infecções em quase 
toda parte do corpo. 
A histologia local das lesões cutâneas ou 
mucocutâneas caracteriza-se por reações 
inflamatórias, que variam de abcessos 
piogênicos até granulomas crônicos. 
As lesões contêm quantidades abundantes de 
células leveduriformes em brotamento e 
pseudo-hifas. A adminis tração de 
antibióticos antibacterianos orais é 
frequentemente seguida de aumentos 
acentuados no número de Candida no trato 
intestinal, de modo que as leveduras podem 
penetrar na circulação ao atravessar a 
mucosa intestinal. 
Ocorre em regiões de dobra de pele onde 
favorece a colonização 
Placar eritematosa, macerado esbranquiçado 
ou lesões papulosas 
Os fatores de risco associados à candidíase 
superficial consistem em Aids, gravidez, diabetes, 
idade (jovens ou idosos), anticoncepcionais orais e 
traumatismo (queimaduras, maceração da pele). O 
sapinho pode ocorrer na língua, nos lábios, nas 
gengivas ou no palato. Trata-se de uma lesão 
pseudomembranosa esbranquiçada, focal a 
confluente, composta de células epiteliais, leveduras 
e pseudo-hifas. Verifica-se o desenvolvimento de 
candidíase oral na maioria dos pacientes com Aids. 
Outros fatores de risco incluem tratamento com 
corticosteroides ou antibióticos, níveis elevados de 
glicose e imunodeficiência celular. A invasão da 
Carla Bertelli – 3° Período 
mucosa vaginal por leveduras provoca vulvovaginite, 
caracterizada por irritação, prurido e corrimento 
vaginal. Com frequência, essa condição é precedida 
de certos fatores como diabetes, gravidez ou uso 
de antibacterianos que alteram a microbiota, a acidez 
local ou as secreções. Outras formas de candidíase 
cutânea incluem invasão da pele, que ocorre quando 
esta é enfraquecida por traumatismo, queimaduras 
ou maceração. A infecção intertriginosa é observada 
nas partes úmidas e aquecidas do corpo, como axilas, 
virilha e dobras interglúteas ou inframamárias. 
É mais comum em indivíduos obesos e diabéticos. 
As áreas infectadas tornam-se avermelhadas e 
úmidas, podendo surgir vesículas. A imersão 
prolongada em água resulta em com prometimento 
dos espaços interdigitais das mãos, sendo mais 
comum em donas de casa, cozinheiros e pessoas 
que manipulam vegetais e peixes. A invasão das 
unhas e da placa ungueal por Candida provoca 
onicomicose, um intumescimento eritematoso e 
doloroso da prega ungueal que se assemelha à 
paroníquia piogênica, podendo resultar em 
destruição da unha. 
 
Começa no leito ungueal e ocorre o 
acometimento da unha 
 
A candidemia pode ser causada por cateteres de 
demora, cirurgia, consumo de drogas intravenosas, 
aspiração ou lesão da pele ou do trato gastrintestinal. 
Na maioria dos pacientes com defesas normais do 
hospedeiro, as leveduras são eliminadas, e a 
candidemia é transitória. Entretanto, os pacientes 
com comprometimento das defesas fagocíticas 
podem desenvolver le sões ocultas em qualquer 
parte do corpo, particularmente nos rins, na pele 
(lesões maculonodulares), nos olhos, no coração e 
nas meninges. A candidíase sistêmica está mais 
frequentemente associada a administração crônica 
de corticosteroides ou outros imunossupressores, a 
doenças hematológicas, como leucemia, linfoma e 
anemia aplásica, ou à doença granulomatosa crônica. 
Com frequência, a endocardite por Candida está 
associada a deposição e crescimento de leveduras e 
pseudo hifas em próteses ou em vegetações de 
valvas cardíacas. Em geral, as infecções renais 
constituem uma manifestação sistêmica, enquanto as 
infecções das vias urinárias estão frequentemente 
associadas a cateteres de Foley, diabetes, gravidez e 
uso de antibióticos antibacterianos. 
 
 
Micoses de Implantação ou subcutâneas 
Os fungos que provocam micoses 
subcutâneas normalmente residem no solo ou 
na vegetação. Penetram na pele ou no tecido 
subcutâneo por inoculação traumática com 
material contaminado ou um corte superficial, 
arranhões. Em geral as lesões se tornam 
granulomatosas e se expandem lentamente a 
partir da área de implantação. A disseminação 
pelos vasos linfáticos que drenam a lesão é 
lenta, exceto na esporocitose. Em geral essas 
micoses se limitam ao tecido subcutâneo, 
todavia, em raros casos tornam-se sistêmicas 
e potencialmente fatais. 
Esporotricose 
ComoblastotomicoseCarla Bertelli – 3° Período 
Termicamente dimórfico – tem 2 morfologias 
dependendo da temperatura 
Causada pelo fungo Sporothrix 
Acontece por implantação traumática – algum 
tipo de lesão 
O gato pode se infectar arranhando o 
ambiente externo de casa 
O Sporothrix schenckii é um fungo 
termicamente dimórfico que vive em 
vegetações, associado a uma variedade de 
plantas - gramíneas, árvores, musgo esfagno, 
roseiras e outras horticulturas. À temperatura 
ambiente, cresce em forma de bolor, 
produzindo hifas septadas e ramificadas, bem 
como conídios; nos tecidos ou in vitro a 35 a 
37ºC, aparece como pequena levedura em 
brotamento. Após sua introdução traumática 
na pele, o S. schenckii provoca esporotricose, 
uma infecção granulomatosa crônica. 
Tipicamente, o episódio inicial é seguido de 
disseminação secundária, com o 
comprometimento dos vasos de drenagem 
linfáticos e linfonodos. 
É uma doença subcutânea, mas em 
indivíduos imunossuprimidos pode se tornar 
sistêmica 
Existe a formação de um nódulo 
granulomatoso que pode evoluir para lesão 
necrótica e ulcerativa 
Linfo cutânea – acomete em uma cadeia de 
vasos linfáticos 
Manifestação clínica fixa 
Diagnóstico – Pode ser por esfregaço do pis 
ou secreção e cultura 
Em geral, a lesão inicial é observada nos 
membros, mas pode surgir em qualquer local 
(as crianças frequentemente apresentam 
lesões faciais). Cerca de 75% dos casos são 
linfocutâneos, isto é, a lesão inicial 
desenvolve-se em forma de nódulo 
granulomatoso que pode evoluir para lesão 
necrótica ou ulcerativa. Durante esse período, 
os vasos linfáticos de drenagem tornam-se 
espessos e semelhantes a uma corda. Ao 
longo dos vasos linfáticos, são observados 
vários nódulos subcutâneos e abscessos. 
A esporotricose fixa consiste em um nódulo 
não linfático solitário, limitado e menos 
progressivo. A lesão fixa é mais comum em 
áreas endêmicas, como o México, onde há 
elevado nível de exposição e imunidade na 
população. A imunidade limita a propagação 
local da infecção. 
 
 
Carla Bertelli – 3° Período 
 
 
 
Causada por vários fungos – geralmente 
existem fungos de vários gêneros 
Inoculação traumática de fungos demáceos 
A cromoblastomicose (cromomicose) é uma 
infecção micótica subcutânea, geralmemte 
causada por inoculação traumática de 
qualquer um dos cinco agentes fúngicos 
reconhecidos, que residem no solo ou em 
vegetações. Todos são fungos demácios, com 
paredes celulares melanizadas: Phialophora 
verrucosa Fonsecaea pedrosoi, Fonsecaea 
compacta, Rhinocladiella aquaspersa, e 
Cladophialophora carrionii. A infecção é 
crônica e caracteriza-se pelo desenvolvimento 
lento de lesões granulomatosas progressivas 
que, com o decorrer do tempo, induzem 
hiperplasia do tecido epidérmico. 
As colônias são compactas, de coloração 
acastanhado-escura a negra, e exibem uma 
superfície aveludada e frequentemente 
enrugada. 
Lesão inicial é macular eritematosa que 
progride para papular 
Tipos de lesão – nodular, verrucosa, 
tumorosa, cicatricial, placa e forma mista 
Os fungos são introduzidos na pele em 
decorrência de traumatismo, frequentemente 
nas pernas ou nos pés expostos. No decorrer 
de vários meses a anos, a lesão primária 
torna-se verrucosa, estendendo-se ao longo 
dos vasos linfáticos que drenam a área. Por 
fun, a área fica coberta de nódulos 
semelhantes a uma couve-flor, com 
abscessos crostosos. Na superfície 
verrucosa, são observadas pequenas 
ulcerações ou "pontos negros" de material 
hemopurulento. Em raras ocasiões, pode 
ocorrer elefantíase em consequência de 
infecção secundária, obstrução e fibrose dos 
canais linfáticos. A disseminação para outras 
partes do corpo é muito rara, embora possam 
ocorrer lesões-satélites devido a propagação 
linfática local ou a autoinoculação. 
Histologicamente, as lesões são 
granulomatosas, podendo ser observados 
corpúsculos escleróticos escuros no interior 
dos leucócitos ou de células gigantes. 
Diagnóstico - Exame micológico direto, 
Biópsia de lesão, Cultura 
 
 
Carla Bertelli – 3° Período

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