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Treinamento e desenvolvimento APRESENTAÇÃO Que tal perceber um universo, no qual todas as pessoas são devidamente capacitadas, têm orgulho disso e medem esforços para dar continuidade ao seu autodesenvolvimento? As empresas estão passando por momentos de transformações, inclusive no âmbito do aprendizado. Portanto, nesta Unidade de Aprendizagem, vamos conhecer o processo de treinamento e desenvolvimento, sua importância como processo-chave para a gestão de pessoas e também a diferença entre treinar e desenvolver. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Diferenciar treinamento de desenvolvimento de pessoas.• Explicar por que investir na capacitação dos funcionários é fundamental para o alcance de vantagem competitiva. • Relacionar treinamento e desenvolvimento com o conceito de empregabilidade. • DESAFIO Para realizar este desafio você terá que se colocar no lugar de responsável por treinamentos e analisar a viabilidade financeira e de gestão para uma empresa. Vamos ao desafio! Na Coopminas (Cooperativa de Produtores Rurais do Sul de Minas), sempre foi muito difícil implantar um programa eficaz de Treinamento e Desenvolvimento (T&D). O motivo disso é que, da cúpula da empresa até os clientes, todos vêm de origem familiar e isso gera muita resistência às mudanças. Além disso, todos os gestores sempre consideraram alto o custo a ser aplicado em capacitação. A empresa está no mercado há 45 anos, foi fundada pelos habitantes da cidade que, apesar de todo este cenário percebem, com clareza, que algo está errado e precisa ser repensado. Vários colaboradores já passaram pelo setor de treinamentos e tentaram propor uma ação imediata de capacitação, mas sem sucesso. Além da matriz, que funciona na cidade A, a empresa também possui cinco unidades na cidade B (próxima à cidade A), cinco unidades na cidade C, duas unidades na cidade D (próxima da cidade C), três unidades na cidade E, cinco unidades na cidade F (próximas da cidade E) e mais uma unidade na cidade G, que é a mais afastada de toda cooperativa. Tabulando todas as pesquisas de clima organizacional da Coopminas, você, que é o novo colaborador da empresa responsável por treinamentos, percebeu as mesmas reclamações: - falta de suporte; - falta de conhecimentos; - falta de treinamentos e ferramentas; - maquinários disponíveis nas unidades sem instrução de operação; - pedidos de visitas do RH nunca são atendidos, e há burocracia de investimentos financeiros para se realizar melhorias. Nem mesmo os gestores de cada unidade tinham conhecimento dessas insatisfações. Assim, proponha um plano de ação, contendo um cronograma para a implementação das ações que atendam a todas as demandas relatadas, de maneira que a gestão do tempo, a gestão financeira e a capacitação de todos os colaboradores possam ser realizadas o mais breve possível. INFOGRÁFICO O infográfico apresentado a seguir retrata, em evolução, o processo de T&D. CONTEÚDO DO LIVRO Para compreender melhor o processo de "treinamento e desenvolvimento", acompanhe o capítulo Treinamento e Desenvolvimento da obra Fundamentos de gestão de pessoas. Boa leitura. FUNDAMENTOS DE GESTÃO DE PESSOAS Suely Santos Motta Treinamento e desenvolvimento Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Diferenciar treinamento de desenvolvimento de pessoas. Explicar por que investir na capacitação dos funcionários é funda- mental para o alcance de vantagem competitiva. Relacionar treinamento e desenvolvimento com o conceito de empregabilidade. Introdução O controle do fogo, há mais de dois milhões de anos, pelos nossos ancestrais, significou uma nova fonte de calor e ensejou novas maneiras de preparar alimentos. Tal conhecimento desenvolvido pelo Homo erectus, de raciocínio mais evoluído, resultou de inúmeras tentativas de fricção entre pedras. A intensidade da faísca, como resultado parcial, conduzia o homem pré- -histórico a utilizar mais e menos força, pedra, imprimindo velocidade na realização da atividade. Podemos inferir que o homem realizou treinamento para alcançar esse objetivo específico — controlar o fogo —, que alavancou a evolução humana desde então. Contemporaneamente, após incessan- tes processos evolutivos, a complexidade do desenvolvimento humano, exponencialmente crescente, alavancou novos modos de produção, de organizar e de compartilhar o processo de trabalho. A tecnologia e o acesso instantâneo a informações aceleram, ainda mais, a competitividade entre mercados, empresas e pessoas. Na esteira desse fenômeno, a engenho- sidade taylorista da repetição para a produção em menos tempo ganha novos contornos e exigências. Paulatinamente, os movimentos econômicos, políticos, sociais e tecnológicos redefiniram as relações do homem com o trabalho e com a realização das atividades. A criatividade, a autonomia, a excelência técnica, a habilidade relacional e a polivalência passaram a ser sinônimo de vantagem competitiva. Essa pluralidade de elementos integra complementarmente a gestão de empresas e de pessoas — o que inclui estratégias de treinamento e de desenvolvimento — nas organizações pós-globalizadas. Neste capítulo, você vai estudar as noções de treinamento e de de- senvolvimento sob os pontos de vista histórico e da prática situada na cotidianidade organizacional, vai aprender sobre a capacitação de cola- boradores, imbricada à noção de vantagem competitiva nas empresas contemporâneas, bem como vai conhecer as relações possíveis entre desenvolvimento humano e empregabilidade. Treinamento e desenvolvimento de pessoas A pluralidade de defi nições e interpretações na área de conhecimento da gestão de pessoas pode, por um lado, conduzir e atualizar o conjunto de atividades realizadas para o alcance de objetivos organizacionais e pessoais; por outro, pode estabelecer lacunas nas práticas dos profi ssionais de gestão de pessoas nas organizações. Essas lacunas ocorrem especialmente porque a difi culdade de diferenciar treinamento e desenvolvimento pode levar a esforços incipientes, na medida em que o ponto de partida, a caminhada e o ponto de chegada em treinar, desenvolver e educar não é facilmente identifi cado por organizações, líderes e colaboradores (VARGAS; ABBAD, 2006). Dessa forma, a seguir, a presente seção do capítulo apresentará defi nições, estabelecendo principais diferenças entre treinamento e desenvolvimento, fundamentalmente para a prática de gestão de pessoas. Vamos construir um exemplo como nosso ponto de partida? Pense na escola onde você estudou no ensino básico. Você lembra do nome de sua primeira pro- fessora? A escola é uma instituição que tem como objetivo o desenvolvimento humano em múltiplas formas de comunicação, de criação, de sociabilidade, a partir de um projeto pedagógico específico. Você lembra de quando ainda estava na escola, no ensino fundamental, e, ao longo de seu desenvolvimento pedagógico, provavelmente teve que treinar com foco e atenção a leitura e a redação das primeiras palavras? Geralmente, os projetos pedagógicos das escolas estão focados no letramento e na alfabetização nos anos iniciais. Com isso, podemos depreender, em primeiro lugar, que a ideia de desenvolvimento, na organização escolar, é mais ampla do que a de treinamento. Anos depois, já no ensino médio, as exigências são ampliadas tanto pelo conjunto de experiências anteriores que você teve ao longo do desenvolvimento escolar quanto pela fase do ciclo vital, que pauta novas possibilidades para Treinamento e desenvolvimento2 a aprendizagem e o desenvolvimento. Veja, para compreender a fórmula de Bhaskara, você precisa, antes, conhecer as operações básicas, como a soma, a divisão, e a multiplicação (TREVISAN; AMARAL, 2016). Para concluir o ensino médio, dessa maneira, tanto quanto você deve ter precisado repetir as operaçõesbásicas, também deve ter treinado, diversas vezes, problemas para compreender as possíveis relações entre geometria e equações do segundo grau. Junto a isso, a chegada da adolescência e a nova capacidade de pensar sobre coisas ainda desconhecidas ensejam nova fase de desenvolvimento (operatório abstrato, aos 12 anos, aproximadamente), na qual avançamos na complexidade de observar e interpretar o mundo, estabelecendo novas relações entre as coisas e os acontecimentos (PIAGET, 1972). Em síntese, Piaget (1972) postulou o desenvolvimento humano em diferentes estágios, os quais você confere a seguir (ABREU et al., 2010). Sensório motor (0–2 anos): noção do eu (o eu e o mundo-diferenciação). Alcança “equilíbrio biológico e cognitivo que permite constituir estru- tura linguística por volta dos 12 - 18 meses” (ABREU et al., 2010, p. 363). Pré-operatório (2–7 anos): narrar fatos e interpretar situações; lin- guagem e assunção de uma identidade. Operatório-concreto (7–12 anos): peso, volume, substância, relações; sociabilidade e afetividade; capacidade de coordenar ações. Operatório formal (a partir dos 12, 13 anos): estado de equilíbrio, aproximadamente em torno dos 14, 15 anos; operações se deslocam da tão somente manipulação concreta; raciocínio hipotético-dedutivo. Jean Piaget nasceu na Suíça, em 1896, e é um dos nomes mais proeminentes na área do desenvolvimento humano. Ainda criança, Piaget demonstrou interesse especial pela natureza: “[...] considerado uma criança precoce, desde cedo demonstrou interesse pela observação da natureza e pela organização sistematizada dos dados coletados, tanto que aos onze anos publicou um pequeno artigo científico a respeito de suas observações de um pássaro albino” (CAETANO, 2010, p. 1). Formado em biologia, Piaget desenvolveu teorias verificáveis (métodos científicos rigorosos) para esboçar a sua Teoria Epistemológica Genética: ao pesquisar o de- senvolvimento humano, especialmente a partir da observação de bebês, crianças e 3Treinamento e desenvolvimento Diante disso, você poderá estar se perguntando sobre a pertinência dessas reflexões. Por que fui convidado a revisitar minhas primeiras experiências escolares? Por que diferentes estágios do desenvolvimento da criança estão elencados em um capítulo sobre treinamento e desenvolvimento? De que forma essas reflexões podem fundamentar diferenças entre treinamento e desenvol- vimento, tanto na definição teórica quanto na prática organizacional? O que acompanha centralmente a questão do desenvolvimento é a ideia de continuidade, crescimento e aprendizagem como práticas inacabadas. Desde que nascemos, estamos constantemente nos desenvolvendo ao longo do ciclo vital e de seus incontáveis atravessamentos. No entanto, o fato de aprendermos a fórmula de Bhaskara somente anos depois de nossas primeiras experiências com os números sugere (com auxílio da teorização piagetiana) que o processo de desenvolvimento humano, desde a mais tenra idade até a vida adulta, orbita em torno de processos complexos que não prescindem de experiências em processos básicos anteriores (PIAGET, 1972; ABREU et al., 2010). Além disso, o meio em que este desenvolvimento ocorre, com as diferentes relações que estabelecemos, é imperioso no resultado dessa trajetória de crescimento. Nesse sentido, podemos depreender que “boas práticas” de gestão de pessoas — incluindo captação, seleção, treinamento, desenvolvimento (técnico, engajamento, motivação, saúde, bem-estar no traba- lho) — para a superação de resultados mensuráveis no âmbito organizacional compreende um amplo conjunto de experiências, ações, relações. Mais pormenorizadamente, para o debate acerca do tema treinamento e desenvolvimento, do exemplo supracitado (alusivo às possibilidades da teoria piagetiana), podemos interpretar que a relação com a leitura, com a escrita, com as fórmulas matemáticas do ensino médio, tanto a sua quanto a de seus colegas adolescentes, Piaget desenvolveu um modelo teórico para a construção da inteligência — “ligada à ação e à interação com o meio” (CAETANO, 2010, p. 2). Em sua vasta trajetória científica, “[...] o autor produziu uma vasta obra, com mais de 50 livros e 300 artigos, recebeu mais de 30 doutoramentos honoris causa” (CAETANO, 2010, p. 2). Para saber mais sobre como a teoria de Piaget pode ajudá-lo a refletir sobre o seu desempenho na escola na operacionalização da fórmula de Bhaskara, conforme falamos anteriormente, por exemplo, ou para refletir sobre a gênese do conhecimento relacionada à lógica e à matemática, acesse o link a seguir, em que você pode ler o trabalho dos pesquisadores da Universidade de Campinas Alexandre Augusto Ferraz e Ricardo Perereira Tassinari. https://qrgo.page.link/3Qkn5 Treinamento e desenvolvimento4 de classe — de mesma faixa etária (fase de desenvolvimento aproximadas) e expostos à mesma orientação da professora da disciplina, ao mesmo material didático e período escolar — são diferentes e singulares. Isso ocorre porque, embora as reflexões de Piaget (1972) estejam alicerçadas em uma perspectiva ampliada de conhecimento, “[...] relacionado a organizar, estruturar e explicar o mundo em que vivemos — incluindo o meio físico, as ideias, os valores, as relações humanas, a cultura de um modo mais amplo — a partir do vivido ou experienciado” (CAVICCHIA, 2010, p. 1), a idade de amadurecimento, de vivência em cada fase depende de onde você mora, com quem, quem são seus amigos, colegas, onde você estuda, onde você brinca, quanto tempo dedica aos estudos, assim como da relação que você, individualmente, considerando seus singulares processos psicológicos e individuais, consegue estabelecer com tais elementos. Nesse contexto, se você, hipoteticamente, tivesse se desenvol- vido com um irmão gêmeo — que mora na mesma casa, têm os mes- mos amigos, a mesma atenção parental, estuda na mesma escola —, não necessariamente vocês iniciariam, juntos, no dia do aniversário de 12 anos, o estágio operatório completo (PIAGET, 1972; ABREU et al., 2010). Essas proposições de estágios são tão somente possibilidades para o desenvolvimento, e a concretização dependerá das vivências, orquestradas pela ação de cada um ao longo desse desenvolvimento e por uma miríade de características sociais, psicológicas, dentre outras. Logo, ainda na mesma hipótese, se o seu irmão gêmeo tivesse apresentado dificuldade em matemática, mas, diante disso, treinado (ação) mais do que você, poderia ter alcançado desempenho destacado em relação ao seu. De outra maneira, se ele estudasse em classe diferente da sua, recebendo estímulos de outra professora, poderia ter estudado menos, apresentando, da mesma maneira, performance diferenciada. Analogamente, as questões de treinamento e desenvolvimento nas organizações podem (e devem) ser pensadas a partir dessa complexa relação entre o conhecimento e o meio no qual nós nos desenvolvemos, considerando a singularidade da experiência humana. Isso posto, imergindo nos termos e temas da área, do ponto de vista histórico, a questão de treinamento e desenvolvimento remonta “[...] aos primórdios da civilização, quando o homem da caverna repassava aos seus descendentes os conhecimentos básicos que asseguravam a sobrevivência e a continuidade da espécie humana” (VARGAS; ABBAD, 2006, p. 138). A partir daí, paulatina- mente (e especialmente após a Segunda Guerra Mundial, em 1945), frente às atualizações, com a inserção de novos instrumentos e da tecnologia, nos modos de viver e de trabalhar, e ao exponencial aumento da especialização do trabalho, “[...] as atividades de treinamento e desenvolvimento de pessoas passaram a ser 5Treinamento e desenvolvimento percebidas, compreendidas e utilizadas em benefício mais amplo” (VARGAS; ABBAD, 2006, p. 138). No contexto da organização contemporânea, o termo “treinamento e desenvolvimento”, que surgiu no cenário empresarial norte- -americano, frequentemente é associado à estratégiaorganizacional para o alcance de metas e objetivos, a partir da ampliação de habilidades sociais, rela- cionais, criativas, conhecimentos técnicos e operacionais, inovação tecnológica, de colaboradores e lideranças. Mas, afinal, qual é a diferença entre treinamento e desenvolvimento? Para responder a essa questão, partimos da ideia de que nem todo treinamento desdobra-se em desenvolvimento (não podemos depreender relação direta, do tipo causa e consequência), mesmo que, no escopo de gestão, no planeja- mento e na prática de políticas de gestão de pessoas, os termos treinamento e desenvolvimento sejam, muitas vezes, apresentados em complementariedade (treinamento e desenvolvimento — “T&D”). Isso pode ser explicado, dentre outras razões, porque o gatilho de aprendizagem alavancado pela imersão em um tema, treinamento específico, somente poderá ser observado ao longo do tempo e da prática organizacional. Em termos teóricos, a noção de treinamento também acompanhou as atu- alizações das organizações ao longo do tempo, mas, de forma geral, conforme sistematizaram Vargas e Abbad (2006, p. 140), pode ser compreendida como ação específica para indução da aprendizagem com foco na melhoria do desempenho no trabalho (NADLER, 1984); como o esforço organizacional para pautar a aprendizagem de comportamentos relacionados à realização do trabalho (WEX- LEY, 1984); como a aquisição sistemática de atitudes, conceitos, conhecimentos e habilidades voltados para a tarefa (GOLDSTEIN, 1991). Em perspectivas mais contemporâneas, como a de Rosenberg (2006, p. 169), o treinamento está voltado “[...] para formatar a aprendizagem em uma direção específica”. O treinamento, assim, envolve intencionalidade, condução da organização em processos sistemáticos. Na cotidianidade prática de uma organização X, por exemplo, frente ao diagnóstico de clima organizacional (pesquisa realizada somente com colaboradores), a área de gestão de pessoas identificou a necessidade de desenvolver seus líderes. Um grupo de trabalho da equipe de gestão de pessoas, então, desenvolveu o programa de desenvolvimento de lideranças X. O programa consistia em um final de semana Treinamento e desenvolvimento6 A partir, então, do exemplo da organização X, podemos depreender que, embora este programa de desenvolvimento de liderança X contemple os quatro elementos principais do treinamento previstos por Rosemberg (2006) — quais sejam, 1) intenção “de melhorar um desempenho específico”; 2) o desenho “que reflete a estratégia instrucional”; 3) os meios “pelos quais a instrução é entregue”; 4) a avaliação com variação dos níveis de complexidade (VARGAS; ABBAD, 2006, p. 141) —, ainda assim, é precoce a avaliação por parte da empresa de que os líderes, egressos do treinamento, alcançaram desenvolvimento relacio- nado ao exercício de liderança em diferentes áreas da organização sem antes acompanhar a prática da liderança propriamente dita. Além disso, o treinamento isolado, à parte da dinâmica de realização das atividades e do compartilhamento entre líderes, líderes e liderados, na cotidianidade organizacional, não implica aprendizagem e desenvolvimento para as diferentes exigências e especificidades que integram a liderança na organização como um todo. Assim, o desenvolvimento, por sua vez, conforme explicou Nadler (1984), pressupõe aprendizagem, mas não necessariamente voltada a uma tarefa es- pecífica. No entanto, ao tratar a questão da formação de liderança de forma genérica e descolada da prática, a empresa X contemplou parcialmente, em seu programa, as intenções voltadas para o desempenho específico dos líderes, uma vez que a ideia de liderança contemporânea sugere a horizontalização de práticas e a participação integrativa, construídas junto ao contexto, às contingências de demandas e recursos, à equipe de trabalho — no bojo da realização das atividades voltadas para as metas organizacionais (VARGAS; ABBAD, 2006). Adicionalmente, conforme Vargas (1996), o desenvolvimento pode ser compreendido como o novo conhecimento que promove mudança a curto ou longo prazo; já Sallorenzo (2000) chama à cena a importância de observarmos o desenvolvimento para além da cena específica do contexto de trabalho. Há de se considerar, explica a autora, o desenvolvimento em perspectivas mais holísticas para os diferentes contextos do indivíduo, os quais integram a maneira como de imersão com palestras, dinâmicas, debates, exercícios práticos, relacionados ao desenvolvimento técnico para o exercício da liderança. Foram convidados a participar do treinamento os líderes das diferentes áreas da empresa, sem participação dos cola- boradores. Após 36 horas de formação, o desenho do projeto previa, ainda, a utilização de instrumentos de avaliação do programa, os quais foram realizados ao final de cada dia de treinamento. Após a mensuração estatística dos dados e a interpretação positiva do programa pelos líderes, a empresa constatou que o objetivo para a atualização das lideranças — desenvolvimento — foi alcançado. 7Treinamento e desenvolvimento ele performará também no trabalho. O desenvolvimento, por fim, pressupõe um processo de aprendizagem mais amplo (pode incluir o treinamento em alguma perspectiva), mas não está focado exclusivamente no posto de trabalho (VARGAS; ABBAD, 2006). Com isso, podemos interpretar que o programa voltado para as lideranças na organização X foi prematuramente avaliado em um contexto de aprendizagem reduzido. O desenvolvimento do indivíduo no escopo da gestão de pessoas, assim, envolve o desenvolvimento humano em processos de aprendizagem que transcendem o conjunto de experiências profissionais, formação técnica, treinamentos. Capacitação de colaboradores e vantagem competitiva A ação de capacitar os seus colaboradores pode gerar vantagem competitiva para as empresas em diferentes aspectos. Antes de adentrarmos nessa refl exão, vamos fazer um exercício a partir de uma competição esportiva aquática. Imagine um atleta de alta performance com o objetivo de ganhar a medalha de ouro, o primeiro lugar, a liderança, em uma competição de alto nível e exigência, como uma Olimpíada; há, portanto, poucas chances para o errar entre os competidores, também de alta performance, de diferentes lugares do mundo, com acesso a variadas tecnologias para preparação pré-olímpica. Figura 1. Nadador em uma competição de natação. Fonte: Nejron Photo/shutterstock.com. Treinamento e desenvolvimento8 Na Figura 1, podemos identificar um nadador em esforço na piscina e imaginar que está à frente na competição, com leve vantagem. Os esportes aquáticos de alto nível, em geral, são bastante disputados: o pódio em uma competição de natação olímpica, especialmente a disputa pela medalha de ouro, pode ser definido por milésimos de segundos de diferença entre os nadadores. Antes desse momento, no entanto, há uma rigorosa e exigente preparação por parte do atleta para garantir (DANTAS, 2003), em primeiro lugar, o direito de competir nos jogos olímpicos nas disputadas etapas clas- sificatórias. A Federação Internacional de Natação (FINA) define índices, números de vagas e a agenda da etapa classificatória no longo caminho até as Olimpíadas (BRAUER JÚNIOR; BENTO, 2018). O nadador conta, cada vez mais, com a utilização da tecnologia para reduzir o tempo de prova e potencializar a sua performance, incluindo a utilização de roupas especiais para diminuir o atrito do corpo com a água. Além disso, a preparação de um atleta profissional exige conhecimentos multiprofissionais, envolvendo um conjunto de especialistas em diferentes áreas do conhecimento: educador físico, fisioterapeuta, médicos, nutricionistas, psicólogos, técnicos em natação, entre outros. No entanto, para chegar às competições olímpicas com fôlego para disputar uma medalha, os atletas precisam mais do que foco, tecnologia e uma excelente equipe, pois todos os nadadores que se classificam para uma Olimpíada possuem altíssimonível. Para os que já conquistaram a medalha, a exigência é ainda maior, pois é necessário, a partir disso, superar os próprios números para manter-se entre os mais bem colocados. Pelo exposto, o exemplo do nadador pode ilustrar a necessidade crescente de ações de capacitação de pessoas nas empresas de modo geral. Sob esse aspecto, o atleta, tanto quanto as organizações, para obter algum tipo de vantagem competitiva, depende não somente de tecnologias, investimentos financeiros, mas também de buscar desenvolvimento humano continuado e crescente, tanto individual quanto de sua equipe, para a mobilização de com- petências necessárias para a construção de diferenciais competitivos, frente a adversários e concorrentes diferenciados (BITENCOURT; AZEVEDO; FROEHLICH, 2013). Capacitação: nas trilhas de novas competências Em termos teóricos, a defi nição de vantagem competitiva pode ser compreendida a partir de diferentes correntes de pensamento. Em primeiro lugar, pela lente da corrente da Análise do Posicionamento Estratégico (APE), “[...] a vantagem competitiva surge fundamentalmente do valor que uma empresa consegue criar 9Treinamento e desenvolvimento para seus compradores e que ultrapassa o custo de fabricação pela empresa” (PORTER, 1985, p. 3). Disso decorre que a noção de valor “[...] é o montante que os compradores estão dispostos a pagar por aquilo que a empresa lhes oferece” (PORTER, 1985, p. 38). Em segundo lugar, Barney (1991, p. 102), em estudos realizados pela Resource-Based Theory (RBT), argumentou que uma empresa “[...] possui vantagem competitiva quando implementa uma estratégia de criação de valor que não pode ser simultaneamente implementada por qualquer outro competidor corrente ou potencial” (ITO et al., 2012). Dessa forma, a inovação em processos e produtos e no desenvolvimento de competências é um caminho possível no cenário organizacional, para a geração de valor (BITENCOURT; AZEVEDO; FROEHLICH, 2013), no ambiente de negócios globalizado e competitivo. Assim, estrategicamente, as competências organizacionais, por exemplo, “[...] podem (e devem) estar relacionadas à capacidade da organização [...] para buscar, constantemente, ofertar produtos e serviços que satisfaçam seus clientes [...] e que, concomitante- mente, [...] representem diferencial difícil de imitar frente a seus concorrentes” (BITENCOURT; AZEVEDO; FROEHLICH, p. 2). De modo adicional, o foco no desenvolvimento humano individual, no debate da vantagem competitiva, está relacionado, por sua vez, “[...] ao desenvolvimento das pessoas para que a organização possa ter um desempenho mais eficaz e possa agregar valor aos diferentes colaboradores envolvidos: funcionários, acionistas e clientes” (BITENCOURT; AZEVEDO; FROEHLICH, 2013, p. 42). Dentre as escolas de pensamento que voltaram seus esforços para o entendimento de competências, os seguintes estudiosos francês destacaram-se neste debate. Le Boterf (2003, p. 267): “[...] assumir responsabilidades frente a situações de trabalho complexas, buscando lidar com eventos inéditos, surpreendentes, de natureza singular”. Nessa linha, Bitencourt, Azevedo e Froehlich (2013) explicam que o autor entende a competência como resultante da intersecção de três principais eixos: a pessoa, a sua formação educacional e sua experiência profissional. Zarifian (2001, p. 66): chama ao debate, complementarmente às ideias de Le Boterf, a questão da ação situada, ou seja, do momento da ação, o que chamou de evento. Para o autor, a empresa tem o papel de avaliar e identificar a sua responsabilidade pelo desenvolvimento de competências: “[...] a competência profissional é uma combinação de conhecimentos, de saber-fazer, de experiências e comportamentos que se exerce em um contexto preciso”. Treinamento e desenvolvimento10 Desenvolvimento e empregabilidade: relações possíveis Na presente seção, com vistas a estabelecer relações entre treinamento, desenvolvimento e empregabilidade, iniciamos com refl exões acerca da noção de empregabilidade. No dicionário de verbetes da língua portuguesa, por exemplo, o termo empregabilidade diz respeito “à capacidade que uma pessoa possui para conseguir emprego; propriedade do que é empregável” (LUFT, 2006, p. 267). Da acepção semântica para a prática, é importante relacionarmos a ideia e as possibilidades de empregabilidade ao contexto, ou seja, associar às movimentações do mercado de trabalho, para além do conjunto de experiências e conhecimentos de ações de treinamento e de desenvolvimento profi ssional tão somente. De modo ampliado, no escopo da gestão de pessoas e das relações de trabalho, originalmente, conforme explica Campos (2006), o termo empregabilidade passou a ser utilizado, principalmente a partir dos anos 1990, “[...] pelos trabalhadores, empresários, meios de comunicação, polí- ticas educacionais”, bem como pelos pesquisadores, a partir de diferentes perspectivas, alinhadas, de modo geral, “[...] à ideia de desenvolvimento como uma alternativa de enfrentamento das demandas que o mercado atual impõe” (CAMPOS et al., 2008, p. 161). Tal demanda, resumem He- lal e Rocha (2011, p. 140), “[...] ref lete o agravamento da crise pela qual passa o mercado de trabalho em todo mundo em função da diminuição do número de empregos formais e do aumento dos níveis de desemprego e de trabalho informal”. Disso decorre que a apresentação e a compreensão do conceito de empregabilidade, ao longo da história, exige esforços para alinhamentos da qualificação profissional diante dos engendramentos econômicos e so- ciohistóricos que arregimentam as movimentações do mercado na geração de empregos e oportunidades. Observe, no Quadro 1, a seguir, informa- ções sobre a história da empregabilidade no contexto da dinamicidade do mercado de trabalho. 11Treinamento e desenvolvimento Fonte: Adaptado de Miragaia e Carvalho (2012); Oliveira (2004). Período Principais aspectos Início do século XX Empregabilidade para distinguir capacidade de as pessoas estarem empregadas na sociedade industrial. Após a 2ª Guerra Mundial A conclusão de um curso de ensino superior garantia a inserção no mercado de trabalho. Em- pregos de longa duração, segurança no trabalho qualificado e seguro. Crise econômica, política e cultural dos anos 60 (Revolução Estudantil) Novo paradigma: ampliação da necessidade de desenvolvimento e qualificação, mesmo dos mais qualificados. As empresas passam a exercer uma forte pressão sobre as escolas superiores para que os seus cursos ofertem treinamentos para a integração dos licenciados nas novas dinâmicas do mercado de trabalho. Crise do petróleo Inovações sociais e tecnológicas Desregulamentação neoliberal dos mercados e da revolução tecnológica global Nova relevância para a empregabilidade: pessoas perceberam que suas qualificações são etéreas e que a inserção no mercado de trabalho decorre de desenvolvimento contínuo. Esvaziamento de postos de trabalho (anos 1990) A inserção da tecnologia na vida laboral, como nos bancos, propiciou um elevado número de demis- sões: ficar desempregado na meia-idade colocava novos problemas à sociedade. Brasil, governo Fernando Henrique Cardoso (1994) Durante o governo, ocorreu “ação pública brasi- leira para qualificação profissional”. Neste sentido, Oliveira (2004, p. 141) explica que para o Ministério do Trabalho, à época (MEHDEFF, 1996), “o conceito de ‘empregabilidade’ foi lançado por especialistas em outplacement”. Esta última “representa um serviço prestado por especialistas em recursos humanos às empresas, objetivando melhor enca- minhar o processo de dispensas de profissionais de nível superior” (OLIVEIRA, 2004, p. 141). Quadro 1. Mercado de trabalho e empregabilidade: aspectos históricos Treinamento e desenvolvimento12 Dessa maneira, a definição de empregabilidade relacionada ao desenvol- vimento exige cautela para a realização de uma análise criteriosa, tanto pela atualização tecnológicaquanto pela dinamicidade do conhecimento, somada a questões sociais e políticas, a atualizações decorrentes de diferentes planos de governo, entre outros. Nesse contexto, dada a renovação contínua das contingências econômicas e a crescente informalidade do trabalho a partir dos anos 2000, a crescente flexibilização da economia engendra novos modos de relações de trabalho e de produção. Logo, o desenvolvimento de competências — conhecimento (saber) para atender o perfil de uma determinada função, habilidade (saber fazer) para a realização das atividades da função que deve ser exercida, atitude (saber ser) para comportamentos exigidos para o desem- penho da função (MORELLO; FROEHLICH, 2010) — é imprescindível para a inserção profissional, mas não garante o vínculo empregatício. Mais especificamente no cenário brasileiro, nos anos 2000, a flexibili- zação da economia, conforme explica Pochmann (2001), causa impactos no mercado de trabalho. A aparente desestruturação do mercado de trabalho brasileiro pode, dessa maneira, ser associada aos “[...] novos conhecimentos tecnológicos, às exigências empresariais de contratação de empregados com polivalência multifuncional”, bem como “[...] ao maior nível de motivação e habilidades laborais adicionais no exercício do trabalho” (HELAL; ROCHA, 2011, p. 140). Assim, uma vez que o termo empregabilidade remete à condição de o colaborador constantemente desenvolver-se para manter-se empregado (LAVINAS, 2001), legitima, consequentemente, sua habilidade para manter seu vínculo. Por fim, o mundo do trabalho e das organizações na contemporaneidade exige constante adaptação da mão de obra, com abertura e responsabilização pelo desenvolvimento intrínseco à empregabilidade, então pautada por globa- lização, competitividade e reestruturação industrial (HELAL; ROCHA, 2011). 13Treinamento e desenvolvimento ABREU, L. C. et al. A epistemologia genética de Piaget e o construtivismo. Journal of Human Growth and Development , v. 20, n. 2, p. 361–366, 2010. BARNEY, J. Firm resources and sustained competitive advantage. Journal of Manage- ment, v. 17, n. 1, p. 99–120, 1991. BITENCOURT, C.; AZEVEDO, D.; FROEHLICH, C. (Org.). Na trilha das competências: caminhos possíveis no cenário das organizações. Porto Alegre: Bookman, 2013. BRAUER JUNIOR, A. G.; BENTO, P. C. B. Analysis of master swimmers’ sport performance for different freestyle distances. Journal of Physical Education, Maringá, v. 29, e2912, 2018. A inserção tecnológica em larga escala em nossa vida pauta a flexibilização do tra- balho de diferentes maneiras. A inserção dos aplicativos para a facilitação das nossas atividades diárias, ao mesmo tempo que esvazia, cada vez mais, postos de trabalho em bancos e centrais de atendimento, por exemplo, concomitantemente, oportuniza novas maneiras de prestação de serviços informais. A empresa americana Uber, por exemplo, tornou-se, em pouco tempo, uma das maiores do mundo. A Uber não se apresenta como uma empresa de transporte, mas como uma prestadora de serviços eletrônicos na área do transporte. Isso significa que, embora a empresa tenha perdido ações trabalhistas para motoristas que processaram a empresa exigindo direitos trabalhistas de acordo com as leis de cada país, não existe vínculo empregatício entre o motorista que realiza cadastro para transportar passageiros por meio do aplicativo da empresa. Essa relação, assim, não é de emprego (BRASIL, 1964), conforme defende a empresa, já que se apresenta como uma plataforma tecnológica de mediação entre passageiros e motoristas: “ao conectar passageiros e motoristas, a Uber cria milhares de oportunidades flexíveis de geração de renda, enquanto oferece a milhões de pessoas uma nova alternativa para se locomover pelas cidades” — argumenta o advogado da empresa em ações trabalhistas (UBER, 2019, documento on-line). Na esteira de análise desse novo fenômeno, podemos recuperar a ideia de traba- lhabilidade, vinculada às alternativas de ocupação e renda, com colaboração focada nos resultados. Em sua próxima viagem com a utilização de um aplicativo de transporte, pergunte ao motorista sobre desenvolvimento, formação e carreira. Treinamento e desenvolvimento14 CAETANO, L. M. A epistemologia genética de Jean Piaget. ComCiência, n.120, 2010. Disponível em: http://comciencia.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519- -76542010000600011&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 19 ago. 2019. CAMPOS, K. C. L. Construção de uma escala de empregabilidade: competências e habi- lidades pessoais, escolares e organizacionais. 2006. 153 f. Tese (Doutorado) – Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006. CAMPOS, K. C. L. et al. Empregabilidade e competências: uma análise de universitários sob a ótica de gestores de recursos humanos. 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O Globo, Rio de Janeiro, 9 out. 1996. Treinamento e desenvolvimento16 DICA DO PROFESSOR A videoaula de hoje define o que é treinamento e desenvolvimento, além de apresentar as etapas desse programa. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! EXERCÍCIOS 1) O processo de "treinamento e desenvolvimento" da força de trabalho é composto por diferentes etapas, sendo cada etapa subdividida em atividades correspondentes. O levantamento das necessidades organizacionais é uma atividade de que etapa do processo de Treinamento e Desenvolvimento? A) Avaliação. B) Implementação. C) Planejamento. D) Estruturação. E) Diagnose. 2) O treinamento envolve um processo cíclico, cuja sequência é representada por etapas. Marque a opção que reúne a única sequência que representa corretamente esse ciclo: A) Quem deve treinar e como treinar, aplicação dos programas de treinamento, comparação da situação atual com a situação anterior e análise dos relatórios, entre outros dados. B) Aplicação dos programas de treinamento, quando treinar, verificação ou medição, análise dos relatórios e outros dados. C) Análise dos relatórios e outros dados, quem deve treinar, aplicação dos programas de treinamento, verificação ou medição. D) Quem deve treinar, execução do treinamento, resultado da avaliação de desempenho e acompanhamento. E) Execução do treinamento, quem deve treinar e quando treinar, verificação e medição, análise dos relatórios, e outros dados. 3) As empresas frente as condições mercadológicas e alterações que ocorrem no ambiente de negócios necessitam desenvolver vantagem competitiva para manterem- se sustentáveis do ponto de vista de mercado. Desta maneira indique ações que as organizações devem realizar para atingir este objetivo de geração de valor: A) Capacitar a área comercial B) Incrementar o valor de faturamento mensal C) Investir em ações de marketing D) Inovação em processos e produtos e no desenvolvimento de competências organizacionais. E) Desenvolver a área da Tecnologia da Informação em softwares de atendimento O programa de orientação serve para transmitir mensagens claras e oferecer informações precisas sobre a cultura, o emprego e as expectativas da companhia. Infelizmente, o que é claro para alguns pode ser confuso para outros. Mensagens claras, compreendidas e aceitas atingem inúmeros objetivos do processo de 4) orientação. De acordo com o trecho acima, marque o objetivo que realmente se identifica com o processo de orientação para as organizações: A) A orientação não deve começar com as informações mais relevantes e mais imediatas. Ela deve começar pelas políticas mais gerais da organização e deve ocorrer em ritmo confortável para o novo funcionário. B) A parte mais significativa da orientação é o aspecto humano: informar ao novo funcionário algumas características pessoais dos supervisores e colegas, dizer-lhe mais ou menos em quanto tempo ele deve atingir os padrões de um trabalho eficaz e incentivá-lo a sempre pedir ajuda e conselhos quando necessário. C) Não é recomendado que o novo funcionário seja orientado ou dirigido, no ambiente imediato, por um trabalhador experiente ou supervisor. D) O novo funcionário deve ser apresentado a todas as pessoas com as quais terá de trabalhar, de uma só vez, no primeiro dia. O objetivo é ajudá-lo a conhecer seus colegas e supervisores. E) A partir do momento da contratação, já se deve começar a exigir do colaborador do seu trabalho, pois ele já estará apto a apresentar resultados. 5) O que diferencia o treinamento do desenvolvimento, como métodos de aprendizagem, é que o primeiro ______________________. Marque a alternativa abaixo que completa a frase corretamente. A) exercita a repetição na prática, enquanto o segundo visa ao aperfeiçoamento do raciocínio abstrato. B) orienta-se para as habilidades e capacidades presentes, enquanto o segundo foca nas habilidades e nas capacidades necessárias em cargos futuros. C) desenvolve habilidades técnicas, enquanto o segundo desenvolve competências comportamentais. D) enfatiza o conhecimento formal, enquanto o segundo enfatiza os conhecimentos tácitos. E) prioriza a mudança de comportamentos, enquanto o segundo desenvolve a visão estratégica. NA PRÁTICA Para qualquer funcionário novo, o primeiro dia no emprego é sempre uma prova de fogo. No entanto, depois que o novo contratado entra na sua rotina diária, ele, muitas vezes, decide sair da empresa no período de um ano. Os altos índices de rotatividade parecem uma doença crônica, mas, na verdade, são como uma infecção: têm uma causa e podem ser tratados. SAIBA MAIS Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Treinamento e desenvolvimento: praticando com facilidade Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! A escada da capacitação profissional Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Treinamento comportamental Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
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