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Resenha-Estrat -Redes-Logisticas-7Eleven

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM LOGÍSTICA EMPRESARIAL
Resenha do Artigo 7-Eleven
Dalvan de Brito
Trabalho da disciplina Estratégias de distribuição e Redes Logísticas
 		 Tutor: Prof. Geraldo Gurgel
Fortaleza
2021
RESENHA ARTIGO - 7-ELEVEN
Referências: BELL, E. David. HOGAN, Hal. 7 – Eleven Inc., 514-P0 4. Harvard Business School, 2014
O artigo a seguir mostra as nuances mercadológicas enfrentadas pela empresa 7-Eleven que precisou com o passar dos seus anos de existência atingiu o seu auge e rapidamente sua quase falência e dentro desse período teve de se reinventar para mudar a visão do seu público em relação aos seus serviços e investir novos processos logísticos e tecnológicos, desenvolvidos em um país asiático para se diferenciar no mercado e crescer seu faturamento de forma consistente. Seus principais produtos refrigerantes e sanduíches são sucesso absoluto entre jovens americanos e japoneses. Esse é o segredo do sucesso da rede de lojas de conveniência 7-ELEVEN, que está sempre de portas abertas para receber o público durante todos os dias do ano, a qualquer hora e para qualquer situação. 
Fundada em Dallas, no ano de 1927 a 7-Eleven, surgiu quando quatro fornecedores de gelo uniram-se para formar a Southland Ice Company e começou a vender diversos produtos de mercearias além do gelo e até mesmo gasolina em alguns pontos. Esse conceito de loja teve boa aceitação do público, pois tinha um horário de atendimento flexível (7 às 11 da noite) se comparado aos supermercados. Em 1946, a empresa mudou seu nome para “7-Eleven”, em crescente expansão, já no ano de 1970 a rede já contava com mais de 5 mil lojas nos Estados Unidos e Canadá e iniciando o licenciamento de lojas no Japão. Na metade da década seguinte a 7-Eleven já era considerada a sétima maior do comércio varejista dos Estados Unidos.
No entanto, anos posteriores se mostraram decisivos para a empresa. Pois a disputa por esse nicho de mercado ficou mais acirrada uma vez que as principais empresas de petróleo passaram a ofertar a conveniência em seus postos e os supermercados deixaram mais extenso seu horário de funcionamento, e investimentos equivocados por parte de seus donos fizeram a empresa falir em 1990. O japonês Ito-Yokado que já era dono de franquias da 7-Eleven no Havaí, foi convencido pelo presidente da empresa americana no Japão (Suzuki) a salvar empresa, pois ele poderia ser reerguida com uma série de mudanças estratégicas, fato esse que ocorreu em 1992.
No ano de 1974, quando a 7-Eleven abriu sua primeira loja no Japão, o conceito de loja de conveniência já estava introduzido desde o ano de 1970. A estratégia elaborada por Suzuki consistia em transformar pequenos mercados familiares em lojas 7-Eleven, com rigorosos critérios para avaliar sua lucratividade, a empresa proporcionou, aos seus franqueados apoio gerencial e técnico, mas se eximiu de gastos pesados com reformas estruturais. Outra estratégia foi agrupar várias lojas no mesmo bairro, a fim de facilitar seu sistema de distribuição, melhorar a eficiência e impedir a entrada da concorrência na área. Em 2001 a 7-Eleven tinha aproximadamente um terço das lojas de conveniência no Japão. 
Os Alicerces para o sucesso da empresa foi sem dúvida um programa de distribuição eficiente e altamente enxuto. Consistia em um acordo com fabricantes de determinadas áreas, teriam de entregar seus produtos a um único atacadista e este ficaria responsável por separar os produtos e entregá-los em lotes a cada uma das lojas. A empresa tinha em 2003, 294 CDCs pelo país divididos em categorias de alimentos congelados, resfriados, caixas de lanche e alimentos secos e itens não comestíveis.
A empresa beneficiou-se das melhorias, custos de entregas menores, inventários reduzidos. O sistema permitiu a redução no número de entregas diárias, onde a distribuição era de propriedade de terceiros que atendiam a empresa, não possuindo assim o custo fixo dessa operação. Ao longo dos anos anteriores a empresa vinha investindo em tecnologia, eles passaram a utilizar o sistema de POS que permitia fosse monitorado de perto a evolução ou queda de qualquer produto, os operadores inseriam na caixa registradora idade e gênero dos cliente, afim de saber os produtos de sua preferência, fazendo com que a empresa tivesse plena confiança no seu sistema e abriam mão do direito de devolver mercadorias encalhada aos fabricantes, lhes trazendo condições de exigir melhores preços.
O sr. Suzuki dizia que empregados e franqueados descobrissem o que os clientes queriam e que os produtos estivessem sempre disponíveis. Ele investiu em produtos que traziam grandes margens, os lanches rápidos, bolinhos de arroz, petiscos, sanduíches, saladas, verduras cozidas, entre outros. Em 1979, a 7-Eleven havia se juntado a fornecedores e formando a cooperativa Nihon Delica Foods, essa cooperativa abastecia diariamente as lojas da 7-Eleven com alimentos, ela também fazia toda a coordenação logística. Os alimentos produzidos diariamente eram distribuídos aos CDCs três vezes ao dia.
No entanto, a 7-Eleven também trabalhou com a equipe para criar uma forma de vender mercadorias e criar sua própria linha de produtos, chamada de "mercadoria original". Os varejistas lançaram produtos de marca exclusiva para aumentar as vendas a preços mais baixos. SEJ disse que a principal estratégia relacionada aos seus produtos originais é fornecer serviços aos clientes, não os preços mais baixos, mas alguns preços razoáveis, de alta qualidade e valiosos.
Em 2002, a empresa criou uma subsidiária chamada Seven-Meal Service Co., Ltda., para operar o serviço de entrega de refeições, aproveitando a estrutura e tecnologia existente da SEJ. O alvo principal desse serviço eram os profissionais liberais e idosos, outro ponto observado era, o controle de temperatura e a qualidade dos bem como o custo final desse serviço que não podia ficar acima dos preços cobrados por pequenos restaurantes. Os hábitos alimentares dos japoneses foram moldados com o passar dos anos e após a Segunda Guerra, onde eles absorveram determinados costumes ocidentais como comer mais carne, entre outros costumes. 
O reposicionamento da 7-Eleven no mercado americano, ocorreu principalmente pelo reposicionamento de mercado dela, pois, após atingir seu auge nos anos 1980 a empresa não apresentou inovações à medida que as necessidades de conveniência mudaram e fez com ele perdesse seu mercado. A idéia era transplantar o modelo japonês para o americano, o plano era vender alimentos frescos, visto que 47% dos americanos faziam suas refeições fora de casa, o modelo de negócio da 7-Eleven havia sido reinventado no Japão, visto que as refeições não eram preparadas na loja e sim havia uma rede de distribuição para viabilizar o negócio. Em 1994, foi implementado o conceito de centro combinado de distribuição (CDC), a fim de otimizar a entrega diária de produtos perecíveis em suas lojas.
Dentro do plano de reposicionamento, estava a ideia de produzir seus próprios produtos, peritos em culinária foram contratados, ao longo dos anos os resultados foram diversos, em alguns locais os produtos tiveram boa aceitação do público e em outras nem tanto. Inicialmente os franqueados estavam resistindo ao novo modelo de negócios de alimentos frescos, a participação deles era fundamental para o sucesso desse novo modelo, foi necessário a empresa incluir uma cláusula que suas mercadorias deviam ser compradas por fornecedores aprovados pela 7-Eleven, no geral isso permitia a mudança a partir do sistema. Foi introduzido no início dos anos 2000 um novo tipo de loja pela empresa, um quiosque financeiro de fácil manuseio, neles era possível ter acesso ao sistema bancário, lançou também o cartão conveniência, onde os empregados poderiam carregar com dinheiro e fazer compras, seria o novo conceito de lojas urbanas, que permitia com um investimento mais baixo trabalhar com maior quantidade de produtos frescos, com um melhor retorno financeiro.
O Artigo estudo mostroua evolução, queda e o renascimento da empresa 7-Eleven que ao longo de sua história ela mudou a forma como o mercado se posicionava em torno dela, pois inicialmente ela era única que tinha um horário de funcionamento diferenciado e possuía um bom atendimento aos seus clientes. Mas com o passar do tempo, só as necessidades dos clientes mudaram e seus donos não acompanharam essas mudanças e não investiram em tecnologia e nem em inovações. O modelo implantado pelos japoneses que eram donos da empresa no país, fizeram tudo aquilo que os americanos não faziam e mostra quão importante é o planejamento de toda cadeia logística para que essa funcione de forma eficiente sem que haja imprevistos, custos fora do orçamento, e principalmente inovação tecnológica. 
Os japoneses nos mostram que planejar executar toda cadeia logística de forma eficiente traz resultados, mudança de padrões e reposiciona mercadologicamente empresas que possam estar em dificuldades por problemas advindos dessa natureza. A 7-ELEVEN conta com mais de 66.000 lojas nos Estados Unidos e em outros 17 países ao redor do mundo, registrando vendas anuais de aproximadamente US$ 30 bilhões. A rede atende mais de 6 milhões de consumidores diariamente somente no mercado americano, tendo como maiores mercados Japão, Tailândia (10.300 unidades), Coréia do Sul (9.200 unidades) e Taiwan (5.221 unidades). No Japão existem aproximadamente 20.300 lojas (das quais 2.601 delas localizadas em Tóquio), mais que nos Estados Unidos (9.100), onde somente no estado da Califórnia estão localizadas mais de 1.200 unidades da rede. Nos Estados Unidos alguns números da 7-ELEVEN impressionam: vende mais de 2.300 sanduíches por hora; mais de 1 milhão de copos de café diariamente; e anualmente mais de 100 milhões de hot-dogs; 169 milhões de donuts; 26 milhões de pizzas; 38 milhões de galões de refrigerantes; 41 milhões de galões de leite.

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