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CENTRO UNIVERSITÁRIO FEI DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA Aline Arthuso 11.216.286-2 Ana Beatriz de Souza Lopes 11.115.931-5 Barbara Silva Tezoto 11.115.381-3 Beatriz Borges 11.116.067-7 Vinicius Pinto 11.114.795-95 DISTRIBUIÇÃO DE TEMPO DE RESIDÊNCIA – REATOR TUBULAR Professor: Mauro Renault Menezes Disciplina: Laboratório de Engenharia Química III São Bernardo do Campo 2020 1. OBJETIVO O experimento tem como objeto de estudo o comportamento do escoamento não ideal, fazendo, para isso, o levantamento experimental da distribuição de tempos de residência (DTR) em um reator tubular. 2. METODOLOGIA Inicialmente foram medidas as condutividades da solução de concentração conhecida e da água, a fim de construir uma curva de calibração da solução. Em seguida, ajustou-se a vazão de água destilada para 55% da vazão máxima da bomba. Foi verificado que a condutividade na saída do reator estava baixa e constante e mediu-se, então, a vazão de saída. Após, injetou-se o traçador, 4 mL de uma solução aquosa 0,1 M de NaOH e foi observado o pulso se espalhando à medida que este escoava pelo reator. Por fim, anotou-se os diferentes valores de condutividade ao longo do tempo. Isso possibilitou determinar a relação entre a condutividade e a concentração molar. 3. MATERIAIS UTILIZADOS • Reator tubular • Condutivímetro • Cubeta • Béquer • Bomba • Seringa (injeção do traçador) • Proveta • Cronômetro 4. CÁLCULOS E RESULTADOS Em um primeiro instante construiu-se a curva de calibração para o NaOH utilizando como parâmetros a condutividade da água e a condutividade da solução de NaOH 0,1M: Tabela 1: Dados para obter curva de calibração. Concentração mol/L Condutividade S/cm 0 0 0,1 0,0207 Gráfico 1: Curva de calibração. Posteriormente realizou-se o experimento descrito na metodologia e levantou-se os seguintes dados experimentais: Tabela 2: Dados experimentais. Tempo s Condutividade µS/cm Concentração mol/L 0 1,54 0,0000319 60 1,72 0,0000356 120 1,81 0,0000375 180 1,77 0,0000366 240 4,08 0,0000845 250 2,70 0,0000559 255 568,00 0,01176 260 915,00 0,01894 265 1129,00 0,02337 270 1241,00 0,02569 275 1222,00 0,02530 280 935,00 0,01935 285 779,00 0,01613 295 622,00 0,01288 300 466,00 0,00965 305 353,00 0,00731 310 270,00 0,00559 320 150,20 0,00311 330 112,00 0,00232 335 92,10 0,00191 340 77,30 0,00160 345 64,70 0,00134 350 59,60 0,00123 355 59,60 0,00123 360 52,70 0,00109 365 48,50 0,00100 370 45,60 0,00094 375 42,80 0,00089 y = 0,207x 0 0,005 0,01 0,015 0,02 0,025 0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 C o n d u ti vi d a d e (S /c m ) Concentração (mol/L) Curva de Calibração - Solução NaOH 0,1M Tempo s Condutividade µS/cm Concentração mol/L 380 41,10 0,00085 385 39,40 0,00082 390 37,50 0,00078 395 37,50 0,00078 400 36,20 0,00075 405 34,90 0,00072 410 33,80 0,00070 415 33,10 0,00069 420 32,50 0,00067 425 32,10 0,00066 430 31,80 0,00066 435 31,5 0,00065 440 31,2 0,00065 445 30,5 0,00063 450 30,6 0,00063 455 30,2 0,00063 460 29,7 0,00061 465 28,9 0,00060 470 28,5 0,00059 475 27,1 0,00056 480 24,6 0,00051 485 21,7 0,00045 490 19,66 0,00041 495 17,48 0,00036 500 15,35 0,00032 505 13,55 0,00028 510 12,05 0,00025 515 10,59 0,00022 520 9,62 0,00020 525 8,53 0,00018 530 7,64 0,00016 535 6,98 0,00014 540 6,24 0,00013 545 5,78 0,00012 550 5,41 0,00011 555 4,81 0,00010 560 4,08 0,0000845 565 3,75 0,0000776 570 3,43 0,0000710 575 3,07 0,0000635 Gráfico 2: Concentração de NaOH vs Tempo. A função de distribuição de tempos de residência E(t) é dada por: 𝐸(𝑡) = 𝑐(𝑡) ∫ 𝑐(𝑡)𝑑𝑡 Para resolver a integral, utilizou-se a regra do trapézio e calculou-se a área sob a curva: 𝐴 = (𝐵 + 𝑏) ∗ (𝑡𝑓 − 𝑡𝑖) 2 Tabela 3: E(t) e função distributiva coletiva F(t). Área cm² E(t) F(t) 0 0 0,00000 0,0978 0,00036 0,00036 0,1059 0,00035 0,00072 0,1074 0,00034 0,00106 0,1755 0,00048 0,00154 0,0339 0,00165 0,00319 1,4268 0,00824 0,01143 3,7075 0,00511 0,01654 5,1100 0,00457 0,02111 5,9250 0,00434 0,02545 6,1575 0,00411 0,02956 5,3925 0,00359 0,03314 4,2850 0,00376 0,03691 7,0050 0,00184 0,03875 2,7200 0,00355 0,04229 2,0475 0,00357 0,04586 1,5575 0,00359 0,04945 2,1010 0,00148 0,05093 1,3110 0,00177 0,05270 Área cm² E(t) F(t) 0,5103 0,00374 0,05643 0,4235 0,00378 0,06021 0,3550 0,00377 0,06399 0,3108 0,00397 0,06796 0,2980 0,00414 0,07210 0,2808 0,00389 0,07598 0,2530 0,00397 0,07995 0,2353 0,00401 0,08396 0,2210 0,00401 0,08797 0,2098 0,00406 0,09203 0,2013 0,00405 0,09608 0,1923 0,00404 0,10012 0,1875 0,00414 0,10426 0,1843 0,00407 0,10832 0,1778 0,00406 0,11239 0,1718 0,00407 0,11646 0,1673 0,00410 0,12056 0,1640 0,00410 0,12466 0,1615 0,00411 0,12877 0,1598 0,00412 0,13290 0,1583 0,00412 0,13702 0,1568 0,00412 0,14114 0,1543 0,00409 0,14523 0,1528 0,00415 0,14938 0,1520 0,00411 0,15349 0,1498 0,00411 0,15759 0,1465 0,00408 0,16168 0,1435 0,00411 0,16579 0,1390 0,00404 0,16982 0,1293 0,00394 0,17376 0,1158 0,00388 0,17764 0,1034 0,00394 0,18158 0,0929 0,00390 0,18548 0,0821 0,00387 0,18935 0,0723 0,00388 0,19323 0,0640 0,00390 0,19713 0,0566 0,00387 0,20100 0,0505 0,00394 0,20494 0,0454 0,00389 0,20883 0,0404 0,00391 0,21275 0,0366 0,00395 0,21670 0,0331 0,00391 0,22061 0,0301 0,00398 0,22459 0,0280 0,00400 0,22859 0,0256 0,00390 0,23249 0,0222 0,00380 0,23629 0,0196 0,00397 0,24026 0,0180 0,00396 0,24421 0,0163 0,00391 0,24812 Gráfico 3: Função de distribuição cumulativa vs tempo. O tempo espacial teórico é dado pela equação a seguir onde V é o volume e F é a vazão do reator: 𝑡𝑡𝑒𝑜 = 𝑉 𝐹 Sendo V= 0,000198m³ e F= 1,08108E-6 m³/s, substituiu-se os valores: 𝑡𝑡𝑒𝑜 = 0,000198 1,08108𝐸 − 06 = 183,15𝑠 O tempo espacial experimental foi medido através da integral calculada também pelo método dos trapézios: 𝑡𝑒𝑥𝑝 = ∫ 𝑡 ∗ 𝐸(𝑡)𝑑𝑡 Portanto texp= 103,37s, obtendo-se um erro experimental de 44%. 5. CONCLUSÃO O experimento de determinação de tempo de residência permitiu a visualização do comportamento de substâncias, bem como as reações envolvidas, dentro de um reator. A partir desse procedimento, é possível detectar possíveis falhas de projeto e/ou produção, visto que as partículas podem escoar em tempos diferentes das outras, o que afasta o processo da idealidade. Em relação aos resultados obtidos experimentalmente, é importante salientar que os valores de condutividade para t = 245 s (0,71 µS/cm) e t = 315 s (19,16 µS/cm) foram desconsiderados, pois houve erro de leitura no próprio condutivímetro, visto que são valores discrepantes em relação aos outros coletados. Os valores para t = 290 s (779 µS/cm) e t = 325 s (150,2 µS/cm) também foram desconsiderados por dualidade em relação aos valores anteriores a ambos. Antes do experimento, houve um erro de injeção da solução que contaminou o interior 0,00000 0,05000 0,10000 0,15000 0,20000 0,25000 0,30000 0 100 200 300 400 500 600 700 F (t ) t (s) Função de distribuição cumulativa do reator. Por conta disso, aguardamos alguns minutos até identificarmos somente vazão de água na saída através da medição de condutividade. No entanto, não é possível afirmar que toda a solução de NaOH fora removida do interior do reator, portanto pode-se considerar este pequeno contratempo como um dos responsáveis pelo desvio apresentado. Outros fatores que influenciaram nos resultadosacima são: manuseio da solução, velocidade de injeção, aferição dos equipamentos e o fato de não haver total concomitância entre a leitura de tempo e de condutividade.
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