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Projeto de implantação de um viveiro florestal em Açailândia-MA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ 
CAMPUS PROFESSORA CINOBELINA ELVAS - CPCE 
CURSO: ENGENHARIA FLORESTAL 
 DISCIPLINA: CONSTRUÇÕES RURAIS 
DOCENTE: FABIO ZANATTA 
 
 
 
 
 
 
 PROJETO DE INSTALAÇÃO DE UM VIVEIRO FLORESTAL 
 
 
 
 
 
 Discentes: 
Ana Paula Bezerra Zanella 
Flavia Marques De Brito 
 Francisca Maria Da Silva Costa 
 Jenival Silva Farias Junior 
 Teles Barreira Dos Reis 
 
 
 
 
 
 
 
Bom Jesus – PI 
2020.1 
http://www.sigaa.ufpi.br/sigaa/public/RedirectDocente?login=fabio.zanatta
http://www.sigaa.ufpi.br/sigaa/public/RedirectDocente?login=fabio.zanatta
 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 3 
2. OBJETIVOS ............................................................................................................... 4 
2.1 Objetivo Geral ....................................................................................................... 4 
2.2 Objetivos Específicos ............................................................................................ 4 
3. LOCALIZAÇÃO DO PROJETO ............................................................................. 5 
3.1 Descrição do local escolhido ................................................................................. 5 
3.2 Vias de acesso ........................................................................................................ 6 
4. CARACTERIZAÇÃO BIOCLIMÁTICA DA REGIÃO .................................... 7 
4.1 Precipitação ........................................................................................................... 7 
4.2 Temperatura .......................................................................................................... 7 
4.3 Hidrografia ............................................................................................................ 7 
5. DESCRIÇÃO DO VIVEIRO ................................................................................. 8 
5.1 Tipo de viveiro ....................................................................................................... 8 
5.2 Drenagem ............................................................................................................... 9 
5.3 Modulo de produção ............................................................................................. 9 
5.4 Recipientes ........................................................................................................... 10 
5.5 Substrato .............................................................................................................. 10 
5.6 Irrigação .............................................................................................................. 11 
5.7 Área de aclimatação ............................................................................................ 11 
6. MEMORIAL DESCRITIVO ............................................................................... 12 
6.1 Itens ...................................................................................................................... 12 
6.1.1 Componentes do viveiro .................................................................................. 12 
6.1.2 Casa do Viveirista ............................................................................................ 12 
6.1.3 Refeitório .......................................................................................................... 12 
6.1.4 Galpão ............................................................................................................... 12 
6.1.5 Área de compostagem ...................................................................................... 13 
6.1.6 Estufa ................................................................................................................ 13 
6.1.7 Casa de sombra ................................................................................................ 13 
6.1.8 Caixa de água ................................................................................................... 13 
6.1.9 Tanque de adubação ........................................................................................ 14 
7. DIMENSIONAMENTO DO VIVEIRO .............................................................. 15 
8. PLANTA BAIXA DA ÁREA PRODUTIVA DO VIVEIRO ............................. 17 
9. JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 19 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 20 
 
3 
 
1. INTRODUÇÃO 
 Entende-se por viveiros florestais um determinado local onde são concentradas 
todas as atividades de produção de mudas florestais, sejam elas exóticas ou nativas, e 
possuem grande importância para a preservação das florestas e na manutenção do 
ambiente (AMBIENTE BRASIL, [2020]; PENSAMENTO VERDE, 2014). O viveiro 
florestal é o local onde as mudas passam pelo processo de produção, onde são dispostas 
de forma regular e abrigadas em ambiente favorável para o seu desenvolvimento 
obedecendo os critérios técnicos de instalação, visando obter material botânico de 
qualidade para reimplantação em local definitivo (GÓES, 2006). 
 O viveiro de mudas é um dos instrumentos, talvez o de maior importância, para o 
processo de recuperação de áreas degradadas, pois além de servir como célula reprodutora 
das espécies vegetais, tanto espécies exóticas quanto espécies nativas, disponibilizam 
uma quantidade significativa de mudas dos vários ecossistemas encontrados na região, 
com a finalidade de atender a demanda ambiental de uma determinada localidade 
(COSTA, 2011). 
 A importância dos viveiros florestais não está somente no seu caráter ambiental 
como “berçário florestal”, nem tampouco somente em sua importância econômica 
(SCHAFER E DORNELLES, 2000). Sua importância reside tanto no conjunto 
econômico como ambiental e social, visto que esta atividade gera empregos e 
possibilidade de renda que induz os processos de desenvolvimento em suas comunidades 
(FREITAS et al., 2013). 
 Atualmente no Brasil existem vários viveiros com variadas finalidades de 
produção e comercialização. As várias espécies cultivadas nos viveiros promovem a 
inserção das mesmas no plantio rural, na arborização, no paisagismo residencial ou 
público. Dessa forma proporciona a manutenção e a conservação de espécies, trabalhando 
a consciência ambiental mantendo o valor que a flora representa para o homem, para a 
vida, o ambiente e a saúde do ser (CASSOL; DEBASTIANI, 2020). 
 Com a implantação de empresas do setor florestal no Maranhão, surgiu a 
necessidade de aproximar a produção de mudas as empresas que realizam os plantios e a 
extração da matéria primas, assim foram implementados os viveiros florestais para 
atender a demanda. Dessa forma o estado do maranhão obteve um crescimento 
significativo na área de florestas plantadas nas últimas décadas, atingindo uma categoria 
como um dos estados com maior índice de plantios florestais (LIMA et al., 2019). 
 
 
4 
 
2. OBJETIVOS 
 2.1 Objetivo Geral 
 O presente trabalho teve como objetivo apresentar um projeto de instalação de um 
viveiro florestal para a produção de mudas florestais nativas e exóticas destinadas a usos 
múltiplos no município de Açailândia – MA e região. 
 2.2 Objetivos Específicos 
• Determinar a escolha do local para implantação das instalações; 
• Produzir mudas para recuperação/restauração de áreas degradadas; 
• Produzir mudas para fins comerciais; 
• Conscientizar a sociedade da importância da preservação da floresta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
3. LOCALIZAÇÃO DO PROJETO 
3.1 Descrição do local escolhido 
Açailândia é uma cidade de Estado do Maranhão. O município se estende por5 
806,4 km² e contava com 112 445 habitantes no último censo. A densidade demográfica 
é de 19,4 habitantes por km² no território do município. Vizinho dos municípios de São 
Francisco do Brejão e Cidelândia, Açailândia se situa a 64 km a Norte-Oeste 
de Imperatriz. Situado a 231 metros de altitude, de Açailândia tem as seguintes 
coordenadas geográficas: Latitude: 4° 57' 14'' Sul, Longitude: 47° 30' 7'' Oeste. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1- Localização de Açailândia-MA. 
Fonte: Google.maps. 
O projeto de implantação será precisamente na Chácara Nossa Senhora Aparecida 
(Figura 2) do proprietário Ildebrando Vieira de Sá, onde possui uma área total de 
aproximadamente de 4,81 ha, no qual apenas 0,845 ha serão destinados para implantação 
do viveiro (Figura 3), e apresenta as seguintes coordenadas: Latitude 4º56’51’’ Sul, 
Longitude 47º27’32’’ Oeste. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 2- Área de implantação do viveiro. 
 Fonte: Própria. 
https://www.cidade-brasil.com.br/municipio-acailandia.html
https://www.cidade-brasil.com.br/estado-maranhao.html
https://www.cidade-brasil.com.br/municipio-sao-francisco-do-brejao.html
https://www.cidade-brasil.com.br/municipio-sao-francisco-do-brejao.html
https://www.cidade-brasil.com.br/municipio-cidelandia.html
https://www.cidade-brasil.com.br/municipio-imperatriz.html
 
6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 3- Chácara Nossa Senhora Aparecida. 
 Fonte: Google Earth. 
 
3.2 Vias de acesso 
A Chácara Nossa Senhora Aparecida fica aproximadamente à 1,63 km da BR 222, 
portanto as vias de acesso são por meio da BR 222 e o restante é de estradas primárias 
com pavimentação asfáltica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
4. CARACTERIZAÇÃO BIOCLIMÁTICA DA REGIÃO 
O clima é quente e úmido em meados do ano e as chuvas costumam aparecer 
depois de setembro quando se aproxima o verão e vai até março quando ocorre a estiagem, 
o terreno arenoso facilita a criação de erosões com a água da chuva, como se nota na 
maioria das regiões com o mesmo tipo de terreno. 
4.1 Precipitação 
7 mm é a precipitação do mês Julho, que é o mês mais seco. A maioria da 
precipitação cai em março, com uma média de 296 mm (IBGE, 2016). 
4.2 Temperatura 
No mês de setembro, o mês mais quente do ano, a temperatura média é de 26.4 
°C. A temperatura média em junho, é de 25.4 °C. Durante o ano é a temperatura média 
mais baixa. As temperaturas médias, durante o ano, variam 1.0 °C (IBGE, 2016). 
4.3 Hidrografia 
A hidrografia da região é formada por aproximadamente 30 riachos, sendo os 
mais importantes riachos Açailândia, Itinga, Cajuapara, Pequiá, e os 
rios Gurupi e Pindaré. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
5. DESCRIÇÃO DO VIVEIRO 
5.1 Tipo de viveiro 
A escolha do tipo de viveiro que será utilizado deve levar em consideração a 
finalidade para a produção das mudas. Para a exigências do seguinte projeto, o viveiro do 
tipo permanente será empregado, pois melhor se aplica a produção de mudas de espécies 
nativas e exóticas para atender a demanda da região. Esse tipo de viveiro caracteriza-se 
por ser de caráter permanente, ou seja, funcionara por um tempo indeterminado, sendo 
destinado para vários ciclos de produção. 
É importante ressaltar que todos os procedimentos com relação a produção e 
comercialização estarão obedecendo a Lei no 10.711, de 5 de agosto de 2003, 
regulamentada pelo Decreto no 5.153, de 23 de julho de 2004, publicados no Diário 
Oficial da União. 
O atual projeto visa a implantação de um viveiro com capacidade de 220.000 
mudas por ciclo, podendo ainda ser ampliado com a criação de outro módulo, o que 
depende, principalmente, da demanda de produção exigida. O viveiro possuirá 4 sub 
módulos com 12 canteiros cada. 
O piso do viveiro será composto por solo natural, mais solo cascalhado e 
compactado e por último uma camada de brita. 
A orientação do viveiro será voltada para a face leste por ser mais quente e 
ensolarada, enquanto ad abas laterais serão nas faces norte e sul. 
Para a cobertura do viveiro será utilizado sombrite com 50% de interceptação da luz solar, 
pois atende à maioria das espécies que serão cultivadas nesse viveiro. A sustentação será 
feita com arame liso galvanizado apoiado sobre esteios e tensionados linha a linha até os 
esticadores disponíveis a cada 4 m em todas as laterais do viveiro. O arame será disposto 
de forma longitudinal, perpendicular e transversal, possibilitando um excelente apoio para 
o sombrite e também para o sistema de irrigação. Com o tensionamento do arame, projeta-
se uma aba de 3 m de comprimento, servindo assim de quebra vento e no auxílio da 
luminosidade uniforme nas laterais do viveiro (Figura 4 e 5). 
 
9 
 
 
Figura 4- Viveiro de sombrite. 
Fonte: Goes (2006). 
 
Figura 5- Detalhe da amarração. 
Fonte: Goes (2006). 
5.2 Drenagem 
Mesmo nos sistemas mais modernos de produção de mudas, deve-se evitar que a 
água de irrigação permaneça na superfície do solo após a chuva ou irrigação, instalando-
se um adequado sistema de drenagem que deverá ter manutenção constante (GOES, 
2006). 
 A drenagem do viveiro é, tanto quanto a irrigação, de fundamental importância, 
pois a retenção de água na superfície do viveiro favorece o desenvolvimento de doenças. 
O sistema de drenagem vai ser instalado, preferencialmente, antes da confecção dos 
canteiros. 
O sistema de drenagem utilizado será do tipo espinha de peixe, composto por 
canais de alvenaria, de forma triangular, com largura de 0,8 m, preenchidos com brita. 
5.3 Modulo de produção 
Para a estruturação do viveiro, tem-se uma área destinada de 1680 m² sendo a área 
total de canteiros e passeios, e 623 m² para caminhos entre os módulos de produção. 
 
10 
 
Tabela 1 - Descrição das áreas de produção e circulação. 
Descrição Dimensão (m) Área (m2) 
Sub módulo 1 21 x 20 420 
Sub módulo 2 21 x 20 420 
Sub módulo 3 21 x 20 420 
Sub módulo 4 21 x 20 420 
Caminho entre os submódulos - - - 623 
Total 2.303 
 
 A área produtiva esperada para esse viveiro é de 1.680 m², composta por quatro 
submódulos com áreas distintas. 
Cada sub módulo irá conter 1.146 bandejas de material plástico com dimensões 
de 0,6 m x 0,4 m, com capacidade para 48 mudas, ou seja, 192 mudas/m2. Os canteiros 
apresentarão uma largura de 1,20 m, ou seja, duas fileiras de bandejas. O número de 
bandejas por módulo bem como área produtiva e não produtiva são apresentados abaixo: 
Tabela 2 - Descrição do número de bandejas, área produtiva e área não produtiva para cada sub 
módulo. 
Sub módulo Número de bandejas Área produtiva (m2) Área não produtiva 
(m2) 
1 1.146 420 
1.120 
2 1.146 420 
3 1.146 420 
4 1.146 420 
Total 4.584 1.680 1.120 
 
 
5.4 Recipientes 
Os recipientes utilizados para a produção de mudas serão tubetes de polietileno, 
que apresentam formato cônico com 38 mm x 35 mm de dimensão, comportando 100 m3 
de substrato. 
Para o funcionamento do viveiro serão utilizadas um total de 4.584 bandejas, ou 
seja, 1.146 em cada sub módulo. Cada bandeja utilizada terá capacidade para 48 tubetes. 
Com isso, totaliza-se a necessidade de utilização de 220.000 tubetes para a produção 
máxima que esse viveiro irá alocar. 
5.5 Substrato 
Inúmeros materiais podem ser utilizados como substrato, levando em 
consideração a disponibilidade, custo e características físico-químicas do mesmo. De 
acordo com Mourão Filho et al. (1998), a combinação correta de materiais deve garantir 
boas características físicas, como boa drenagem e retenção de água. 
 
11 
 
O substrato utilizado será o Carolina Soil, que apresenta em sua composição turfa 
de sphagnum, vermiculita expandida, calcário dolomitico, gesso agrícola e traços de 
fertilizante NPK. Esse substrato apresenta uma densidade aproximada de 0,4 g/cm ³, ou 
seja,cada tubete irá suportar 40 g ou 0,04 kg de substrato, somando-se o total de 8.800 
kg, que equivalem aproximadamente a 22,00 m³ de Carolina Soil. 
5.6 Irrigação 
O sistema utilizado será o de irrigação por microaspersão, é o sistema de irrigação 
que utiliza emissores que lançam gotículas de água e propiciam uma precipitação mais 
suave e uniforme que a aspersão, caracterizando pela aplicação de água em forma de 
chuva artificial, através do fracionamento do jato de água em estruturas denominadas 
aspersores. 
O sistema de irrigação que vai ser utilizado compõe-se das seguintes partes: 
conjunto motobomba, linha principal, secundária, aspersores e acessórios. A eficiência 
desse sistema de irrigação é relativamente alta, entre 60 e 85% de eficiência, 
principalmente devido à vantagem de aplicação controlada de água (KELLER & 
BLIESNER, 1990). 
5.7 Área de aclimatação 
Antes das mudas serem levadas para o local de plantio é necessário que elas sejam 
gradativamente expostas as condições mais próximas das encontradas no campo, ou seja, 
nesse período de aclimatação ou rustificação basicamente ocorre a redução da irrigação e 
as mudas são expostas a pleno sol. 
A área de aclimação possuirá a mesmas dimensões que as do viveiro, apesentando 
assim, de modo mais simples, a divisão em quatro sub módulos que irão comportar toda 
produção do viveiro nesse período até a retirada das mudas para plantio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
6. MEMORIAL DESCRITIVO 
OBRA: Implantação de um viveiro florestal para a produção de mudas de espécies nativas 
e exóticas. 
LOCAL: Chácara Nossa Senhora Aparecida, localizada na área urbana do munícipio de 
Açailândia localizada no estado do Maranhão. 
OBJETIVO 
 Esse memorial tem por objetivo apresentar as presentes normas e especificações 
em que estabelecerão as condições em que deverão ser executados os serviços. 
Tais serviços correspondem aqueles necessários para a implantação de um viveiro 
florestal para a produção de mudas de espécies nativas e exóticas. 
CONDIÇÕES GERAIS 
• A execução dos serviços deverá obedecer às especificações fornecidas pelo 
Departamento de Projetos, Serviços da Prefeitura Municipal de Açailândia. 
• Qualquer modificação no projeto somente poderá ser executada após prévia 
autorização da fiscalização. 
6.1 Itens 
6.1.1 Componentes do viveiro 
6.1.2 Casa do Viveirista 
É um local semi-aberto para refúgio do responsável pelo viveiro. Nessa construção 
também irá apresentar quartos separados para o deposito de insumos e almoxarifado para 
ferramentas e equipamentos necessários para a manutenção do viveiro, além de um quarto 
para a alocação dos matérias do responsável. No espaço aberto irá conter mesa e cadeira. 
Nesse espaço também deverá conter banheiros para público feminino e masculino de 
forma separada. 
6.1.3 Refeitório 
O refeitório é o local destinado para que os operários realizem suas refeições em 
conjunto. A sua estrutura corresponde um espaço aberto com cobertura para proteção 
contra chuva e sol, mesas e acentos de material plástico para que as refeições sejam feitas 
de forma mais adequada. 
6.1.4 Galpão 
O modelo de galpão escolhido irá ter uma área fechada e separada para depósito 
de adubos, ferramentas, substratos, recipientes. Em anexo terá um escritório para 
 
13 
 
trabalhar-se com o controle de estoque, de vendas, de trabalhadores, compras de materiais 
e insumos, a distribuição de tarefas e administração em geral. 
6.1.5 Área de compostagem 
 A área de compostagem vai ser o local onde ocorrerá um processo controlado de 
decomposição microbiana, de oxidação e oxigenação de uma massa heterogênea de 
matéria orgânica. O processo é caracterizado por fatores de estabilização e maturação que 
variam de poucos dias a várias semanas, dependendo do ambiente. 
6.1.6 Estufa 
Para a garantia destes produtos de qualidade, primeiro será escolhido o tipo de 
estrutura para cultivo. Atualmente o sistema protegido com uso de estufas é o mais 
recomendado para produção de mudas. Não somente para protege-las de chuvas, granizos 
e ventos, mas a estufa tem grande importância no desenvolvimento das mudas. 
A estufa é a estrutura ideal principalmente em relação ao ambiente pois é possível 
proporcionar um microclima adequado, ajustando-se a temperatura e também a 
luminosidade, características essas essenciais para a produção de mudas vigorosas a 
serem transplantadas para diferentes ambientes. Consequentemente, o uso de estufa 
proporciona um aumento da produtividade. 
Portanto o modelo que será utilizado na implantação desse projeto será uma estufa 
coberta com materiais transparentes pois protegem as plantas contra geadas, ventos, 
chuvas e granizo propicia condições adequadas (calor e umidade). Os fatores ambientais 
vão ser controlado manualmente, através da abertura e fechamento de cortinas laterais. 
6.1.7 Casa de sombra 
É uma estrutura coberta por sombrite, indicada para a fase inicial de enraizamento, 
para produção de mudas e para a semeadura em geral. Também é utilizada para a 
aclimatação das plantas transplantadas, visto que não podem ser posicionadas diretamente 
em área de plena luz. Esta casa de Sombra terá medida de 16m de largura, 3,5m de altura 
e 25m de comprimento. 
6.1.8 Caixa de água 
O local não apresenta rio, lago ou açude em sua proximidade, sendo assim, será 
necessária a implantação de uma caixa de água, com a finalidade de suprir as necessidades 
hídricas diárias das mudas e servir como reservatório, evitando futuros problemas devido 
à falta de água. 
 
14 
 
A caixa de água será construída de concreto e o seu tamanho será calculado em 
função da necessidade máxima de água para as plantas. As caixas d’águas são estruturas 
importantes, pois servem de local para diluição de adubo em água para fertirrigação, de 
reservatório de água para irrigação e abastecimento geral do viveiro. 
6.1.9 Tanque de adubação 
O processo de adubação vai ser realizado de duas formas: a adubação de 
preparação do tanque, feita após a calagem para iniciar a criação; e a adubação de 
manutenção, utilizada para manter adequados os níveis de nutrientes da água do viveiro 
durante a criação. O adubo utilizado é o químico e também poderá ser utilizado o 
orgânico, sendo a combinação desses dois uma excelente opção, trazendo resultados 
satisfatórios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
7. DIMENSIONAMENTO DO VIVEIRO 
Abaixo estão listados os cálculos realizados para o dimensionamento dá área produtiva 
e não produtiva do viveiro florestal. 
 Dado a produtividade de 220.000 mudas (já incluso nessa quantidade 10% de 
perdas e descartes no processo de produção), com densidade de 192 mudas/m², 
dimensionamento dos canteiros de 1,2m x 20m e passeios com 60 cm (0,6m). 
• O primeiro passo foi calcular a quantidade de mudas considerando as 
perdas de 10%; 
QM = 198.000 + 10% = 220.000 mudas 
Onde: 
QM = Quantidade de mudas 
• O segundo passo foi calcular a área do canteiro e capacidade do canteiro 
considerando a densidade; 
- Canteiro: 1,2m x 20m = 24m² 
 Conforme a regra de 3: 
192 mudas 1m² 
X mudas 24m² 
X = 4.608 mudas/canteiro 
 
• No terceiro passo foi calculado a quantidade de canteiros; 
- Conforme cálculo anterior, 1 canteiro pode produzir 4.608 mudas 
 Seguindo a regra de 3 temos: 
1 Canteir 4.608 mudas 
X 220.000 mudas 
X = 47,7 canteiros ≈ 48 canteiros 
 Como o resultado não deu um número inteiro, então é 
recomentado arredondar pra mais, pois dessa forma terá espaço de sobra 
para a produção das mudas. 
• O quarto passo consistiu em calcular - considerando a distribuição em 4 
blocos – às áreas de: 
- Canteiro/bloco: 24 x 12 canteiros = 288m²/bloco 
- Passeios/bloco: 0,6m x 20m comp. Canteiro = 12m²/passeio x 11 
passeios =132m² de passeios/bloco.16 
 
 
• No quinto passo calculou-se a área total do bloco e dos blocos; 
- Área total do bloco + área total de passeios 
ATb = 288m² + 132m² = 420 m²/bloco 
Onde: 
ATb = Área total do bloco (m²) 
 
- 4 blocos: 
ATblocos: 420m² x 4 = 1680m² 
Onde: 
ATblocos = Área total de blocos (m²) 
 
• O sexto e último passo consistiu em calcular a área total do viveiro 
 Segundo Wendling et al. (2002), um viveiro bem planejado possui 60% de área 
produtiva onde se encontra a área dos canteiros ou de recipientes, sendo o espaço 
restante (40%) de área não produtiva destinada a caminhos, ruas, estradas, galpões, 
construções em geral e área para preparo do substrato e enchimento das embalagens. 
 Portanto para o cálculo da Área não produtiva foi levado em consideração a área 
produtiva, onde: 
1680 m² 60% 
X 40% 
 X = 1.120m² de área não produtiva 
 
 Dessa forma, para o cálculo da Área Total do Viveiro (ATV), fez-se o seguinte 
cálculo: 
ATV = ATC + ANP 
 ATV = 1.680 m² + 1.120 m² 
 ATV = 2.800 m² 
Onde: 
ATV = Área total do viveiro 
ATC = Área total de canteiros 
ANP = Área não produtiva 
 
 
 
17 
 
8. PLANTA BAIXA DA ÁREA PRODUTIVA DO VIVEIRO 
 
 
 
 
49,00 m 
 
23,00 m 
 
23,00 m 
 
3,00 m 
 
2,50 m 
 0,5 m 
 
3,00 m 
 
20,00 m 
 
47,00 m 
 
2
,0
0
 m
 
3
,0
0
 m
 
3,60m 
 
3,60m 
 
3,60m 
 
3,60m 
 
3,60m 
 
25,50 m 
 
4,00 m 
 
4,00 m 
 
4,00 m 
 
4,00 m 
 
4,00 m 
 
2,00 m 
 
Figura 6: Croqui do viveiro florestal. 
Modulo 2 Modulo 1 
Modulo 3 Modulo 4 
Esteio (10 cm x 10 cm 
 
18 
 
 
23,00 m 
 
23,00 m 
 
4
7
,0
0
 m
 
1,20 m 
 
0,6 m 
 
Figura 7: Croqui dos canteiros de produção das mudas. 
2
0
,0
0
 m
 
 
19 
 
9. JUSTIFICATIVA 
A cidade de Açailândia destaca-se como distribuidora de papel no Maranhão, 
desse modo, a empresa florestal que lá se encontram necessita de mudas para realizar sua 
produção. Por fim, o projeto tem como justificativa a implantação de um viveiro florestal 
para a produção de mudas de espécies nativas e exóticas que visa atender a demanda da 
fábrica florestal que próximo se encontra e também oferecer melhor qualidade de vida 
com a recuperação de áreas degradadas. 
 
 
20 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
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