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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ CAMPUS PROFESSORA CINOBELINA ELVAS - CPCE CURSO: ENGENHARIA FLORESTAL DISCIPLINA: CONSTRUÇÕES RURAIS DOCENTE: FABIO ZANATTA PROJETO DE INSTALAÇÃO DE UM VIVEIRO FLORESTAL Discentes: Ana Paula Bezerra Zanella Flavia Marques De Brito Francisca Maria Da Silva Costa Jenival Silva Farias Junior Teles Barreira Dos Reis Bom Jesus – PI 2020.1 http://www.sigaa.ufpi.br/sigaa/public/RedirectDocente?login=fabio.zanatta http://www.sigaa.ufpi.br/sigaa/public/RedirectDocente?login=fabio.zanatta SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 3 2. OBJETIVOS ............................................................................................................... 4 2.1 Objetivo Geral ....................................................................................................... 4 2.2 Objetivos Específicos ............................................................................................ 4 3. LOCALIZAÇÃO DO PROJETO ............................................................................. 5 3.1 Descrição do local escolhido ................................................................................. 5 3.2 Vias de acesso ........................................................................................................ 6 4. CARACTERIZAÇÃO BIOCLIMÁTICA DA REGIÃO .................................... 7 4.1 Precipitação ........................................................................................................... 7 4.2 Temperatura .......................................................................................................... 7 4.3 Hidrografia ............................................................................................................ 7 5. DESCRIÇÃO DO VIVEIRO ................................................................................. 8 5.1 Tipo de viveiro ....................................................................................................... 8 5.2 Drenagem ............................................................................................................... 9 5.3 Modulo de produção ............................................................................................. 9 5.4 Recipientes ........................................................................................................... 10 5.5 Substrato .............................................................................................................. 10 5.6 Irrigação .............................................................................................................. 11 5.7 Área de aclimatação ............................................................................................ 11 6. MEMORIAL DESCRITIVO ............................................................................... 12 6.1 Itens ...................................................................................................................... 12 6.1.1 Componentes do viveiro .................................................................................. 12 6.1.2 Casa do Viveirista ............................................................................................ 12 6.1.3 Refeitório .......................................................................................................... 12 6.1.4 Galpão ............................................................................................................... 12 6.1.5 Área de compostagem ...................................................................................... 13 6.1.6 Estufa ................................................................................................................ 13 6.1.7 Casa de sombra ................................................................................................ 13 6.1.8 Caixa de água ................................................................................................... 13 6.1.9 Tanque de adubação ........................................................................................ 14 7. DIMENSIONAMENTO DO VIVEIRO .............................................................. 15 8. PLANTA BAIXA DA ÁREA PRODUTIVA DO VIVEIRO ............................. 17 9. JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 19 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 20 3 1. INTRODUÇÃO Entende-se por viveiros florestais um determinado local onde são concentradas todas as atividades de produção de mudas florestais, sejam elas exóticas ou nativas, e possuem grande importância para a preservação das florestas e na manutenção do ambiente (AMBIENTE BRASIL, [2020]; PENSAMENTO VERDE, 2014). O viveiro florestal é o local onde as mudas passam pelo processo de produção, onde são dispostas de forma regular e abrigadas em ambiente favorável para o seu desenvolvimento obedecendo os critérios técnicos de instalação, visando obter material botânico de qualidade para reimplantação em local definitivo (GÓES, 2006). O viveiro de mudas é um dos instrumentos, talvez o de maior importância, para o processo de recuperação de áreas degradadas, pois além de servir como célula reprodutora das espécies vegetais, tanto espécies exóticas quanto espécies nativas, disponibilizam uma quantidade significativa de mudas dos vários ecossistemas encontrados na região, com a finalidade de atender a demanda ambiental de uma determinada localidade (COSTA, 2011). A importância dos viveiros florestais não está somente no seu caráter ambiental como “berçário florestal”, nem tampouco somente em sua importância econômica (SCHAFER E DORNELLES, 2000). Sua importância reside tanto no conjunto econômico como ambiental e social, visto que esta atividade gera empregos e possibilidade de renda que induz os processos de desenvolvimento em suas comunidades (FREITAS et al., 2013). Atualmente no Brasil existem vários viveiros com variadas finalidades de produção e comercialização. As várias espécies cultivadas nos viveiros promovem a inserção das mesmas no plantio rural, na arborização, no paisagismo residencial ou público. Dessa forma proporciona a manutenção e a conservação de espécies, trabalhando a consciência ambiental mantendo o valor que a flora representa para o homem, para a vida, o ambiente e a saúde do ser (CASSOL; DEBASTIANI, 2020). Com a implantação de empresas do setor florestal no Maranhão, surgiu a necessidade de aproximar a produção de mudas as empresas que realizam os plantios e a extração da matéria primas, assim foram implementados os viveiros florestais para atender a demanda. Dessa forma o estado do maranhão obteve um crescimento significativo na área de florestas plantadas nas últimas décadas, atingindo uma categoria como um dos estados com maior índice de plantios florestais (LIMA et al., 2019). 4 2. OBJETIVOS 2.1 Objetivo Geral O presente trabalho teve como objetivo apresentar um projeto de instalação de um viveiro florestal para a produção de mudas florestais nativas e exóticas destinadas a usos múltiplos no município de Açailândia – MA e região. 2.2 Objetivos Específicos • Determinar a escolha do local para implantação das instalações; • Produzir mudas para recuperação/restauração de áreas degradadas; • Produzir mudas para fins comerciais; • Conscientizar a sociedade da importância da preservação da floresta. 5 3. LOCALIZAÇÃO DO PROJETO 3.1 Descrição do local escolhido Açailândia é uma cidade de Estado do Maranhão. O município se estende por5 806,4 km² e contava com 112 445 habitantes no último censo. A densidade demográfica é de 19,4 habitantes por km² no território do município. Vizinho dos municípios de São Francisco do Brejão e Cidelândia, Açailândia se situa a 64 km a Norte-Oeste de Imperatriz. Situado a 231 metros de altitude, de Açailândia tem as seguintes coordenadas geográficas: Latitude: 4° 57' 14'' Sul, Longitude: 47° 30' 7'' Oeste. Figura 1- Localização de Açailândia-MA. Fonte: Google.maps. O projeto de implantação será precisamente na Chácara Nossa Senhora Aparecida (Figura 2) do proprietário Ildebrando Vieira de Sá, onde possui uma área total de aproximadamente de 4,81 ha, no qual apenas 0,845 ha serão destinados para implantação do viveiro (Figura 3), e apresenta as seguintes coordenadas: Latitude 4º56’51’’ Sul, Longitude 47º27’32’’ Oeste. Figura 2- Área de implantação do viveiro. Fonte: Própria. https://www.cidade-brasil.com.br/municipio-acailandia.html https://www.cidade-brasil.com.br/estado-maranhao.html https://www.cidade-brasil.com.br/municipio-sao-francisco-do-brejao.html https://www.cidade-brasil.com.br/municipio-sao-francisco-do-brejao.html https://www.cidade-brasil.com.br/municipio-cidelandia.html https://www.cidade-brasil.com.br/municipio-imperatriz.html 6 Figura 3- Chácara Nossa Senhora Aparecida. Fonte: Google Earth. 3.2 Vias de acesso A Chácara Nossa Senhora Aparecida fica aproximadamente à 1,63 km da BR 222, portanto as vias de acesso são por meio da BR 222 e o restante é de estradas primárias com pavimentação asfáltica. 7 4. CARACTERIZAÇÃO BIOCLIMÁTICA DA REGIÃO O clima é quente e úmido em meados do ano e as chuvas costumam aparecer depois de setembro quando se aproxima o verão e vai até março quando ocorre a estiagem, o terreno arenoso facilita a criação de erosões com a água da chuva, como se nota na maioria das regiões com o mesmo tipo de terreno. 4.1 Precipitação 7 mm é a precipitação do mês Julho, que é o mês mais seco. A maioria da precipitação cai em março, com uma média de 296 mm (IBGE, 2016). 4.2 Temperatura No mês de setembro, o mês mais quente do ano, a temperatura média é de 26.4 °C. A temperatura média em junho, é de 25.4 °C. Durante o ano é a temperatura média mais baixa. As temperaturas médias, durante o ano, variam 1.0 °C (IBGE, 2016). 4.3 Hidrografia A hidrografia da região é formada por aproximadamente 30 riachos, sendo os mais importantes riachos Açailândia, Itinga, Cajuapara, Pequiá, e os rios Gurupi e Pindaré. 8 5. DESCRIÇÃO DO VIVEIRO 5.1 Tipo de viveiro A escolha do tipo de viveiro que será utilizado deve levar em consideração a finalidade para a produção das mudas. Para a exigências do seguinte projeto, o viveiro do tipo permanente será empregado, pois melhor se aplica a produção de mudas de espécies nativas e exóticas para atender a demanda da região. Esse tipo de viveiro caracteriza-se por ser de caráter permanente, ou seja, funcionara por um tempo indeterminado, sendo destinado para vários ciclos de produção. É importante ressaltar que todos os procedimentos com relação a produção e comercialização estarão obedecendo a Lei no 10.711, de 5 de agosto de 2003, regulamentada pelo Decreto no 5.153, de 23 de julho de 2004, publicados no Diário Oficial da União. O atual projeto visa a implantação de um viveiro com capacidade de 220.000 mudas por ciclo, podendo ainda ser ampliado com a criação de outro módulo, o que depende, principalmente, da demanda de produção exigida. O viveiro possuirá 4 sub módulos com 12 canteiros cada. O piso do viveiro será composto por solo natural, mais solo cascalhado e compactado e por último uma camada de brita. A orientação do viveiro será voltada para a face leste por ser mais quente e ensolarada, enquanto ad abas laterais serão nas faces norte e sul. Para a cobertura do viveiro será utilizado sombrite com 50% de interceptação da luz solar, pois atende à maioria das espécies que serão cultivadas nesse viveiro. A sustentação será feita com arame liso galvanizado apoiado sobre esteios e tensionados linha a linha até os esticadores disponíveis a cada 4 m em todas as laterais do viveiro. O arame será disposto de forma longitudinal, perpendicular e transversal, possibilitando um excelente apoio para o sombrite e também para o sistema de irrigação. Com o tensionamento do arame, projeta- se uma aba de 3 m de comprimento, servindo assim de quebra vento e no auxílio da luminosidade uniforme nas laterais do viveiro (Figura 4 e 5). 9 Figura 4- Viveiro de sombrite. Fonte: Goes (2006). Figura 5- Detalhe da amarração. Fonte: Goes (2006). 5.2 Drenagem Mesmo nos sistemas mais modernos de produção de mudas, deve-se evitar que a água de irrigação permaneça na superfície do solo após a chuva ou irrigação, instalando- se um adequado sistema de drenagem que deverá ter manutenção constante (GOES, 2006). A drenagem do viveiro é, tanto quanto a irrigação, de fundamental importância, pois a retenção de água na superfície do viveiro favorece o desenvolvimento de doenças. O sistema de drenagem vai ser instalado, preferencialmente, antes da confecção dos canteiros. O sistema de drenagem utilizado será do tipo espinha de peixe, composto por canais de alvenaria, de forma triangular, com largura de 0,8 m, preenchidos com brita. 5.3 Modulo de produção Para a estruturação do viveiro, tem-se uma área destinada de 1680 m² sendo a área total de canteiros e passeios, e 623 m² para caminhos entre os módulos de produção. 10 Tabela 1 - Descrição das áreas de produção e circulação. Descrição Dimensão (m) Área (m2) Sub módulo 1 21 x 20 420 Sub módulo 2 21 x 20 420 Sub módulo 3 21 x 20 420 Sub módulo 4 21 x 20 420 Caminho entre os submódulos - - - 623 Total 2.303 A área produtiva esperada para esse viveiro é de 1.680 m², composta por quatro submódulos com áreas distintas. Cada sub módulo irá conter 1.146 bandejas de material plástico com dimensões de 0,6 m x 0,4 m, com capacidade para 48 mudas, ou seja, 192 mudas/m2. Os canteiros apresentarão uma largura de 1,20 m, ou seja, duas fileiras de bandejas. O número de bandejas por módulo bem como área produtiva e não produtiva são apresentados abaixo: Tabela 2 - Descrição do número de bandejas, área produtiva e área não produtiva para cada sub módulo. Sub módulo Número de bandejas Área produtiva (m2) Área não produtiva (m2) 1 1.146 420 1.120 2 1.146 420 3 1.146 420 4 1.146 420 Total 4.584 1.680 1.120 5.4 Recipientes Os recipientes utilizados para a produção de mudas serão tubetes de polietileno, que apresentam formato cônico com 38 mm x 35 mm de dimensão, comportando 100 m3 de substrato. Para o funcionamento do viveiro serão utilizadas um total de 4.584 bandejas, ou seja, 1.146 em cada sub módulo. Cada bandeja utilizada terá capacidade para 48 tubetes. Com isso, totaliza-se a necessidade de utilização de 220.000 tubetes para a produção máxima que esse viveiro irá alocar. 5.5 Substrato Inúmeros materiais podem ser utilizados como substrato, levando em consideração a disponibilidade, custo e características físico-químicas do mesmo. De acordo com Mourão Filho et al. (1998), a combinação correta de materiais deve garantir boas características físicas, como boa drenagem e retenção de água. 11 O substrato utilizado será o Carolina Soil, que apresenta em sua composição turfa de sphagnum, vermiculita expandida, calcário dolomitico, gesso agrícola e traços de fertilizante NPK. Esse substrato apresenta uma densidade aproximada de 0,4 g/cm ³, ou seja,cada tubete irá suportar 40 g ou 0,04 kg de substrato, somando-se o total de 8.800 kg, que equivalem aproximadamente a 22,00 m³ de Carolina Soil. 5.6 Irrigação O sistema utilizado será o de irrigação por microaspersão, é o sistema de irrigação que utiliza emissores que lançam gotículas de água e propiciam uma precipitação mais suave e uniforme que a aspersão, caracterizando pela aplicação de água em forma de chuva artificial, através do fracionamento do jato de água em estruturas denominadas aspersores. O sistema de irrigação que vai ser utilizado compõe-se das seguintes partes: conjunto motobomba, linha principal, secundária, aspersores e acessórios. A eficiência desse sistema de irrigação é relativamente alta, entre 60 e 85% de eficiência, principalmente devido à vantagem de aplicação controlada de água (KELLER & BLIESNER, 1990). 5.7 Área de aclimatação Antes das mudas serem levadas para o local de plantio é necessário que elas sejam gradativamente expostas as condições mais próximas das encontradas no campo, ou seja, nesse período de aclimatação ou rustificação basicamente ocorre a redução da irrigação e as mudas são expostas a pleno sol. A área de aclimação possuirá a mesmas dimensões que as do viveiro, apesentando assim, de modo mais simples, a divisão em quatro sub módulos que irão comportar toda produção do viveiro nesse período até a retirada das mudas para plantio. 12 6. MEMORIAL DESCRITIVO OBRA: Implantação de um viveiro florestal para a produção de mudas de espécies nativas e exóticas. LOCAL: Chácara Nossa Senhora Aparecida, localizada na área urbana do munícipio de Açailândia localizada no estado do Maranhão. OBJETIVO Esse memorial tem por objetivo apresentar as presentes normas e especificações em que estabelecerão as condições em que deverão ser executados os serviços. Tais serviços correspondem aqueles necessários para a implantação de um viveiro florestal para a produção de mudas de espécies nativas e exóticas. CONDIÇÕES GERAIS • A execução dos serviços deverá obedecer às especificações fornecidas pelo Departamento de Projetos, Serviços da Prefeitura Municipal de Açailândia. • Qualquer modificação no projeto somente poderá ser executada após prévia autorização da fiscalização. 6.1 Itens 6.1.1 Componentes do viveiro 6.1.2 Casa do Viveirista É um local semi-aberto para refúgio do responsável pelo viveiro. Nessa construção também irá apresentar quartos separados para o deposito de insumos e almoxarifado para ferramentas e equipamentos necessários para a manutenção do viveiro, além de um quarto para a alocação dos matérias do responsável. No espaço aberto irá conter mesa e cadeira. Nesse espaço também deverá conter banheiros para público feminino e masculino de forma separada. 6.1.3 Refeitório O refeitório é o local destinado para que os operários realizem suas refeições em conjunto. A sua estrutura corresponde um espaço aberto com cobertura para proteção contra chuva e sol, mesas e acentos de material plástico para que as refeições sejam feitas de forma mais adequada. 6.1.4 Galpão O modelo de galpão escolhido irá ter uma área fechada e separada para depósito de adubos, ferramentas, substratos, recipientes. Em anexo terá um escritório para 13 trabalhar-se com o controle de estoque, de vendas, de trabalhadores, compras de materiais e insumos, a distribuição de tarefas e administração em geral. 6.1.5 Área de compostagem A área de compostagem vai ser o local onde ocorrerá um processo controlado de decomposição microbiana, de oxidação e oxigenação de uma massa heterogênea de matéria orgânica. O processo é caracterizado por fatores de estabilização e maturação que variam de poucos dias a várias semanas, dependendo do ambiente. 6.1.6 Estufa Para a garantia destes produtos de qualidade, primeiro será escolhido o tipo de estrutura para cultivo. Atualmente o sistema protegido com uso de estufas é o mais recomendado para produção de mudas. Não somente para protege-las de chuvas, granizos e ventos, mas a estufa tem grande importância no desenvolvimento das mudas. A estufa é a estrutura ideal principalmente em relação ao ambiente pois é possível proporcionar um microclima adequado, ajustando-se a temperatura e também a luminosidade, características essas essenciais para a produção de mudas vigorosas a serem transplantadas para diferentes ambientes. Consequentemente, o uso de estufa proporciona um aumento da produtividade. Portanto o modelo que será utilizado na implantação desse projeto será uma estufa coberta com materiais transparentes pois protegem as plantas contra geadas, ventos, chuvas e granizo propicia condições adequadas (calor e umidade). Os fatores ambientais vão ser controlado manualmente, através da abertura e fechamento de cortinas laterais. 6.1.7 Casa de sombra É uma estrutura coberta por sombrite, indicada para a fase inicial de enraizamento, para produção de mudas e para a semeadura em geral. Também é utilizada para a aclimatação das plantas transplantadas, visto que não podem ser posicionadas diretamente em área de plena luz. Esta casa de Sombra terá medida de 16m de largura, 3,5m de altura e 25m de comprimento. 6.1.8 Caixa de água O local não apresenta rio, lago ou açude em sua proximidade, sendo assim, será necessária a implantação de uma caixa de água, com a finalidade de suprir as necessidades hídricas diárias das mudas e servir como reservatório, evitando futuros problemas devido à falta de água. 14 A caixa de água será construída de concreto e o seu tamanho será calculado em função da necessidade máxima de água para as plantas. As caixas d’águas são estruturas importantes, pois servem de local para diluição de adubo em água para fertirrigação, de reservatório de água para irrigação e abastecimento geral do viveiro. 6.1.9 Tanque de adubação O processo de adubação vai ser realizado de duas formas: a adubação de preparação do tanque, feita após a calagem para iniciar a criação; e a adubação de manutenção, utilizada para manter adequados os níveis de nutrientes da água do viveiro durante a criação. O adubo utilizado é o químico e também poderá ser utilizado o orgânico, sendo a combinação desses dois uma excelente opção, trazendo resultados satisfatórios. 15 7. DIMENSIONAMENTO DO VIVEIRO Abaixo estão listados os cálculos realizados para o dimensionamento dá área produtiva e não produtiva do viveiro florestal. Dado a produtividade de 220.000 mudas (já incluso nessa quantidade 10% de perdas e descartes no processo de produção), com densidade de 192 mudas/m², dimensionamento dos canteiros de 1,2m x 20m e passeios com 60 cm (0,6m). • O primeiro passo foi calcular a quantidade de mudas considerando as perdas de 10%; QM = 198.000 + 10% = 220.000 mudas Onde: QM = Quantidade de mudas • O segundo passo foi calcular a área do canteiro e capacidade do canteiro considerando a densidade; - Canteiro: 1,2m x 20m = 24m² Conforme a regra de 3: 192 mudas 1m² X mudas 24m² X = 4.608 mudas/canteiro • No terceiro passo foi calculado a quantidade de canteiros; - Conforme cálculo anterior, 1 canteiro pode produzir 4.608 mudas Seguindo a regra de 3 temos: 1 Canteir 4.608 mudas X 220.000 mudas X = 47,7 canteiros ≈ 48 canteiros Como o resultado não deu um número inteiro, então é recomentado arredondar pra mais, pois dessa forma terá espaço de sobra para a produção das mudas. • O quarto passo consistiu em calcular - considerando a distribuição em 4 blocos – às áreas de: - Canteiro/bloco: 24 x 12 canteiros = 288m²/bloco - Passeios/bloco: 0,6m x 20m comp. Canteiro = 12m²/passeio x 11 passeios =132m² de passeios/bloco.16 • No quinto passo calculou-se a área total do bloco e dos blocos; - Área total do bloco + área total de passeios ATb = 288m² + 132m² = 420 m²/bloco Onde: ATb = Área total do bloco (m²) - 4 blocos: ATblocos: 420m² x 4 = 1680m² Onde: ATblocos = Área total de blocos (m²) • O sexto e último passo consistiu em calcular a área total do viveiro Segundo Wendling et al. (2002), um viveiro bem planejado possui 60% de área produtiva onde se encontra a área dos canteiros ou de recipientes, sendo o espaço restante (40%) de área não produtiva destinada a caminhos, ruas, estradas, galpões, construções em geral e área para preparo do substrato e enchimento das embalagens. Portanto para o cálculo da Área não produtiva foi levado em consideração a área produtiva, onde: 1680 m² 60% X 40% X = 1.120m² de área não produtiva Dessa forma, para o cálculo da Área Total do Viveiro (ATV), fez-se o seguinte cálculo: ATV = ATC + ANP ATV = 1.680 m² + 1.120 m² ATV = 2.800 m² Onde: ATV = Área total do viveiro ATC = Área total de canteiros ANP = Área não produtiva 17 8. PLANTA BAIXA DA ÁREA PRODUTIVA DO VIVEIRO 49,00 m 23,00 m 23,00 m 3,00 m 2,50 m 0,5 m 3,00 m 20,00 m 47,00 m 2 ,0 0 m 3 ,0 0 m 3,60m 3,60m 3,60m 3,60m 3,60m 25,50 m 4,00 m 4,00 m 4,00 m 4,00 m 4,00 m 2,00 m Figura 6: Croqui do viveiro florestal. Modulo 2 Modulo 1 Modulo 3 Modulo 4 Esteio (10 cm x 10 cm 18 23,00 m 23,00 m 4 7 ,0 0 m 1,20 m 0,6 m Figura 7: Croqui dos canteiros de produção das mudas. 2 0 ,0 0 m 19 9. JUSTIFICATIVA A cidade de Açailândia destaca-se como distribuidora de papel no Maranhão, desse modo, a empresa florestal que lá se encontram necessita de mudas para realizar sua produção. Por fim, o projeto tem como justificativa a implantação de um viveiro florestal para a produção de mudas de espécies nativas e exóticas que visa atender a demanda da fábrica florestal que próximo se encontra e também oferecer melhor qualidade de vida com a recuperação de áreas degradadas. 20 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMBIENTE BRASIL. Viveiros Florestais. [2020]. Disponível em: https://ambientes.ambientebrasil.com.br/florestal/viveiros/viveiros_florestais.html. Acesso em: 23 jan. 2021. ANTÔNIO CARLOS PEREIRA GÓES (Macapá). Embrapa. Viveiro de Mudas – Construção, Custos e Legalização. 2006. Disponível em: https://biowit.files.wordpress.com/2010/11/viveiro-de-mudas-embrapa.pdf. Acesso em: 23 jan. 2021. CÁRCERES. Prefeitura Municipal. Plano Municipal de Saneamento-PMSB: relatório final. Universidade Federal de Mato Grosso. Cárceres, 2015. Disponível em: <http://www.caceres.mt.gov.br/downloads/produto6.pdf>. Acesso em: 23 de janeiro de 2021. 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