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ESCOLIOSE AVALIAÇÃO E TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICOS MARIA CRISTINA SALIMENA Fisioterapeuta CONCEITO DE ESCOLIOSE Desvio lateral com rotação de vértebras a partir da linha média do eixo vertebral normal. Escoliose pode classificar-se como um desvio tridimensional do eixo da coluna vertebral: curvatura lateral no plano coronal, rotação axial no plano horizontal e alterações nas curvas fisiológicas no plano sagital. ETIOLOGIA Desconhecida. Teorias: – Fatores genéticos: aumento quando membro da família acometido – Defeitos de tecidos: centrada em cada um dos tecidos estruturais – Anormalidade de crescimento – osteopenia (não confirmado), Hueter-Volkmann – Teorias do SNC – melatonina (não confirmada), anormalidades vestibulares ETIOLOGIA: -VIDA FETAL -INFÂNCIA -ADOLESCÊNCIA Obs: Esta deformidade pode perdurar para o resto da vida COLUNA VERTEBRAL NORMAL Coluna normal – Escoliose até 10º – Lordose lombar ou cifose torácica até 50º – Raramente há progressão de curva < 45º, após o final do crescimento – Diferenciação e crescimento pulmonar até 8 anos – Se escoliose grave < 5 anos: risco de insuficiência cardiorrespiratória e dispnéia –Artrodese > 4 anos: tamanho do canal medular já é igual ao do adulto e não haverá estenose – Progressão maior nas fases de crescimento rápido: nascimento até os 3 anos e adolescência Medidas Cifose torácica = 30 a 35º Lordose lombar = 50 a 60º Escoliose = desvio da linha média, com máxima rotação no ápice da curva; rotação vertebral se dá na direção da convexidade. – Na maioria das vezes é acompanhada de diminuição da cifose (hipocifose). – Ocorre também encunhamento de discos e corpos, devido efeito de Hueter-Volkmann (supressão do crescimento no lado côncavo da curva). DIAGNÓSTICO O diagnóstico é feito baseado numa curvatura lateral da coluna vertebral “superior a 10 graus” numa radiografia pósteroanterior de pé. Escoliose recebe o nome de idiopática quando não se encontra uma causa evidente para a sua existência, podendo ser subdividida: -infantil (<3 anos), -juvenil (3-9 anos), -adolescente (10-18 anos) -adulto (>18 anos). OBS: Entre as escolioses idiopáticas, a do adolescente é a mais frequente. ESCOLIOSE E IDADE Idade de Surgimento: – Infantil: 0 a 3 anos (50% anormalidades) – Juvenil: 4 a 10 anos (20% anormalidades) – Adolescente: 11 a 17 anos – Adulto – > 18 anos Curva primária: 1ª a surgir Curva secundária: compensatória Curva estruturada: mais rígidas (não se corrigem satisfatoriamente com inclinação lateral) Curva não-estruturada TIPOS/ CLASSIFICAÇÃO Idiopática (80%): mais comum, potencialmente grave – Subtipos: – – Infantil: do nascimento até 3 anos – – Juvenil: dos 3 até a puberdade (10 anos) – – Adolescente: da puberdade ao final do crescimento – – Adulta: ≥ Risser IV Neuromuscular: desequilíbrio muscular e doença neuromuscular de base Congênita: decorrente de malformações no desenvolvimento vertebral – Relacionada a síndromes LOCALIZAÇÃO DA CURVA – Cervical: ápice C2 a C6 – Cervicotorácico: ápice C7 a T1 – Torácico: ápice T2 a T11 – Toracolombar: ápice T12 a L1 – Lombar: ápice L2 a L4 – Lombossacral: ápice L5 ou abaixo Obs: Ápice = centro da curva, maior desvio lateral do disco ou vértebra, vértebra ou disco mais horizontal. As vértebras terminais são as mais inclinadas (usadas na determinação do ângulo de Cobb). CLASSIFICAÇÃO I-Escoliose idiopática: -Tipo de escoliose estrutural de etiologia desconhecida. -Esta tipo ocorre em 80% dos pacientes com escoliose estrutural e este desvio não pode ser corrigido. É uma deformidade e não um diagnóstico. Quando as causas paralíticas, neurológicas e congênitas são afastadas define a escoliose idiopática. Aparece por volta do 1º ano de vida ou de 5 a 6 anos ou a partir do 11º ano de vida até o final do crescimento. Pode ser dividida em INFANTIL(nascimento aos 3 primeiros anos de vida/ JUVENIL(4ª ao início da puberdade ) /ADOLESCENTE (na puberdade até antes do fechamento da fises) A escoliose idiopática é uma deformidade estrutural progressiva . Existem várias teorias que define este tipo de escoliose por: -Insuficiência dos ligamentos costovertebrais -Fraqueza e desequilíbrio da musculatura paravertebral -Destribuição desigual da fibras do tipo I e II -Anomalias do colágeno -Desequílibrio vestibular ESCOLIOSE IDIOPÁTICA PREVALÊNCIA -Curvas > 10º= menor percentual -Curvas >30º=maior percentual OBS: As curvas de menor magnitude são mais frequentes, podendo surgir e estacionar espontaneamente. Faixa etária: -Adolescente: 89% -Juvenil: 10% -Infantil: 0.5% OBS: Antes dos 10 anos de idade tem um mau prognóstico para evoluir com deformidade grave e maior comprometimento cardiopulmonar. DIFERENCIAÇAO ENTRE ESCOLIOSES ESCOLIOSE INFANTIL SEGUIMENTO CLÍNICA -Investigar a família -Aparecimento -Velocidade de crescimento (aumento de 5 ou mais graus em dois ou mais exames consecutivos) -Dor com pequeno desconforto e mais relato de fadiga. -Curvas com rápida progressão, investigar siringomielia, tumor e etc. OBS: Desconforto, leve fadiga, exame neurológico. ESCOLIOSE JUVENIL/ ADOLESCENTE < 6 a = masculino > femenino, D = E; – > 6 a = feminino > masculino, D; – tratamento = adolescente, com fusão anterior + posterior p/ evitar Crankshaft ou “eixo de manivela”. Adolescente Curva para Direita, feminino > masculino – aumento progressivo, quanto maior a curva. FATORES RISCO PARA A PROGRESSÃO Sexo (> feminino) – Crescimento esquelético – Localização da curva (> quando acima T12) – Magnitude da curva (> quanto maior o grau ao dx) Vida Adulta: risco de progressão quando curva > 50º (± 1º por ano) e curvas lombares quando > 30º, apenas em curvas torácicas > 90º foi observada mortalidade por cor pulmonale e ICC. Triagem escolar: para crianças entre 10 e 12 anos, devendo-se encaminhar crianças com escoliômetro medindo mais de 7º (devido correlação linear entre ART e Cobb). AVALIAÇÃO Teste de Adams: flexão do tronco com os membros inferiores estendidos – Avalia a presença, gravidade e flexibilidade da curva Caminhar na ponta dos pés: S1; nos calcanhares: L5 Agachar e levantar: L4 Compensação da curva – Compensada quando projeção da linha mediana do occipicio está na linha mediana do sacro TESTE DE ADMS Teste de Inclinação Anterior (Teste de Adams) Este teste tem por objetivo a busca por um sinal físico de rotação vertebral fixa (estruturada) da coluna vertebral (gibosidade). A criança curva-se anteriormente com os braços para frente, palmas viradas uma para a outra e com os pés juntos. Uma visão tangencial do dorso facilita a visualização da gibosidade costal ou da saliência da silhueta dos músculos lombares. Uma diferença na altura entre o gradil costal direito e esquerdo é sugestivo de escoliose e merece melhore investigação. Um teste de curvatura para frente positivo em uma menina com uma curvatura torácica vertebral. Curvaturas torácicas são mais bem detectadas com o examinador posicionado diretamente atrás da criança. Já na curva lombar, a forma mais fácil de visualização é pela frente. A escoliose idiopática é um tipo de escoliose estruturada, que pode ser definida clinicamente como aquela que apresenta no teste de Adam (flexão do tronco para frente) manutenção da deformidade, com rotação tanto das vértebras como das costelas. A rotação dos corpos vértebras são para o lado da convexidade, sendo os processos espinhosos rodados para concavidade. EXAMES COMPLEMENTARES RX: – PA em pé (não é necessário perfil na avaliação inicial, a menos que tenha sinais de risco de anormalidades) – com inclinação (em supina) – oblíqua de Stagnara (perpendicular a saliência costal) = escoliose em sua real magnitude – rotação vertebral (máximo no ápice) = assimetria dos pedículos, processos espinhoso p/ concavidade = Nash e Moe ou Perdriolle – cartilagem trirradiada fecha antes de aparecimento da apófise ilíaca (Risser 0) = corresponde aproximadamente ao máximode crescimento da coluna. TC: importante nas deformidades congênitas -> muitas vezes necessita de associação com mielografia RM: indicado p/ todas infantil e juvenil, anormalidades ósseas e se for planejada cirurgia. Para quadros típicos, a RM ainda é discutível antes da cirurgia. USG: para vias urinárias em escoliose congênita. AVALIAÇÃO NO RX DO ÂNGULO DE COBB ÂNGULO DE COBB: superior a 10 graus é considerado patológico, mas o diagnóstico de escoliose só é feito quando está presente uma componente rotacional, como é indicado pela projeção dos processos espinhosos em direção à concavidade da curva. Caso existindo várias curvas, a curva major é aquela com o maior ângulo de Cobb. Se duas curvas tiverem a mesmo tamanho, o mais rígido é considerado major. Na possibilidade de as duas curvas demonstrarem ter uma rigidez semelhante então é considerado curvas duplo-major. De acordo com a SRS, as curvas minor são aquelas que não são consideradas curva major. As curvas minor podem ser curvas compensatórias. MÉTODO NASH/MOE: método mais frequente para averiguar a rotação vertebral. A técnica determina a rotação vertebral, de acordo com os pedículos, em 5 graus. Grau 0 (neutro), ambos os pedículos da vértebra demonstram uma distância simétrica dos bordos laterais. Grau I e II, o pedículo no lado convexo desloca-se em direção à linha média do corpo vertebral enquanto o pedículo do lado côncavo deixa de aparecer. Grau III, o pedículo do lado convexo encontra-se na linha média do corpo vertebral, enquanto nos graus IV e V ultrapassa a linha média em direção ao lado côncavo da vértebra.(1) JOHN COBB Em 1948 John Cobb foi o 1º a descrever um sistema de medição para a escoliose. O método de Cobb, com viria a ser chamado, indica a magnitude da curva em graus, numa radiografia. O método de Cobb identifica a vértebra do limite superior e inferior da curva – a vertebra limite é aquela com a maior inclinação na ponta proximal e distal da curva vertebral, respetivamente; =traçar uma linha paralela na parte superior da vertebra limite superior e um linha na parte inferior da vértebra limite inferior; =traçar linhas perpendiculares a estas linhas e o ângulo formado na intercessão é definido como o ângulo de Cobb que traduz a angulação da curva vertebral. AVALIAÇÃO DO RX Medida da curva pela técnica de Cobb – Linhas perpendiculares a linhas tangentes a: – superfície superior da vértebra proximal ao centro da curva – superfície inferior da vértebra distal ao centro da curva RX ÂNGULO DE COBB Medida da Curvatura (Ângulo de Cobb): O Raio-x panorâmico de coluna nas incidências de frente e lateral deve ser solicitado quando encontrarmos alterações no exame físico, sugestivas da presença de escoliose. O ângulo de Cobb é medido ao traçar-se duas linhas paralelas às placas terminais dos corpos vertebrais no início e fim da curva. Em seguida, traça-se mais duas linhas perpendiculares a estas e o ângulo formado pelo cruzamento destas duas linhas é conhecido como ângulo de Cobb. MÉTODO NASH E MOE Existem 2 métodos mais frequentemente usados para avaliação da rotação das vértebras são o método de Nash e Moe e o de Perdriolle e Vidal. O método de Nash e Moe consiste na determinação de acordo com a posição dos pedículos na radiografia de frente. Grau 0 é considerado sem rotação e os pedículos são vistos simetricamente. Grau 1 um dos pedículos está desaparecendo. Grau 2 um pedículo desapareceu e o outro já se encontra deslocado, porém ainda não na linha média. Grau 3 o pedículo é visto na linha média do corpo vertebral. Grau 4 o pedículo do lado convexo já atravessou a linha média e encontra-se do lado côncavo da vértebra. ROTAÇÃO VERTEBRAL/ RELAÇÃO ENTRE OS PEDÍCULOS SEM ROTAÇÃO PEDÍCULO NA PEDÍCULO A 2/3 PEDÍCULO PEDÍCULO DIREÇÃO DA PARA A NO MEIO DA ALÉM DA LINHA MÉDIA LINHA MÉDIA LINHA MÉDI LINHA MÉDIA – 0: eqüidistantes – +: 1 desaparecendo – ++: somente 1 pedículo visível – +++: pedículo no centro – ++++: > central Grau 0 (neutro), ambos os pedículos da vértebra demonstram uma distância simétrica dos bordos laterais. Grau I e II, o pedículo no lado convexo desloca-se em direção à linha média do corpo vertebral enquanto o pedículo do lado côncavo deixa de aparecer. Grau III, o pedículo do lado convexo encontra-se na linha média do corpo vertebral. Graus IV e V ultrapassa a linha média em direção ao lado côncavo da vértebra. SINAL DE RISSER Potencial de Crescimento Ósseo (Sinal de Risser): O sinal de Risser é freqüentemente utilizado como critério para avaliação do potencial de crescimento ósseo por sua fácil aplicação e comprovação da boa correlação com a maturidade óssea. Nele é avaliado o aparecimento da apófise de crescimento da crista ilíaca posterior, que sempre aparece de lateral para medial. Nos estágios 1, 2 e 3 considera-se o paciente com maturidade esquelética, e nos estágios 4 e 5, com baixo potencial de crescimento. Risser 0: sem apófise Risser 1: 25% Risser 2: 50% Risser 3: 75% Risser 4: 100% Risser 5: Fusão da apófise à asa do ilíaco Obs: Menarca e caracteres sexuais secundários também devem ser considerados na avaliação do potencial de crescimento. PROGRESSÃO DA ESCOLIOSE 1 - Sexo: a progressão é mais comum em meninas 2 - Idade: aumento da progressão no início da adolescência 3 - Menarca: a progressão é menos comum após a menarca 4 - Sinal de Risser: O sinal de Risser corresponde à ossificação da apófise do osso ilíaco, pode ser identificado em um Rx AP de bacia e é classificada em 5 tipos tendo correlação com a maturidade esquelética do paciente. A cartilagem apofisária se ossifica de anterior para posterior e Risser dividiu este trajeto em quatro partes, sendo que cada quarto corresponde a um tipo na classificação de Risser. O tipo 5 corresponde à fusão da capa ossificada ao osso ilíaco. O tipo 4 e 5 de Risser indicam maturidade esquelética. Há uma diminuição da progressão da curva com o aumento do Risser. Existem outros marcadores clínicos e radiológicos de maturidade esquelética. Clinicamente pode-se avaliar: os graus de maturidade sexual de Tanner e radiograficamente pode-se avaliar: o fechamento da cartilagem trirradiada do quadril e a fusão do anel de ossificação vertebral ambos sendo sinais de maturidade esquelética. Índice de Risser Maturidade esquelética Ossificação da cartilagem de crescimento da apófise do osso ilíaco que se inicia e progride de anterior para posterior e é dividida em cinco graus. Todo o processo leva de 18 a 24 meses RISSER E ESCOLIOSE A classificação ou sinal de Risser é definido pela quantidade de ossificação da apófise ilíaca, que evolui progressivamente de anterolateral para posteromedial. O Risser 0 indica ausência de ossificação; o Risser I siginifica cerca de 25 % de ossificação; Risser II cerca de 75%; Risser III 75% e o Risser IV 100%. No Risser V já existe fusão completa da apófise. A evolução de Risser I até V geralmente ocorre em 2 anos. Vários estudos demonstram que em casos de escoliose, os pacientes com graus mais imaturos da classificação de Risser tem uma tendência maior para a evolução da curva, e quanto maior a escoliose maior esta chance. A Classificação de Risser é usada para classificar a maturidade esquelética com base no nível de ossificação e fusão das apófises da crista ilíaca. O seu uso clínico é importante no acompanhamento de crianças e adolescentes com escoliose. Neste sistema, quanto maior o estágio de Risser, maior a probabilidade de ossificação das cartilagens de crescimento, especialmente da coluna vertebral, menor a velocidade de crescimento e menor chance de acentuação da curva da escoliose. RISSER E ESCOLIOSE Classificação •Estágio 0: nenhum centro de ossificação no nível da apófise da crista ilíaca •Estágio 1: calcificação da apófise da crista ilíaca < 25% •Estágio 2: calcificaçãoda apófise da crista ilíaca de 25-50% •Estágio 3: calcificação da apófise da crista ilíaca de 50-75% •Estágio 4: calcificação da apófise da crista ilíaca > 75% •Estágio 5: ossificação completa e fusão da apófise da crista ilíaca Mais imaturos da classificação de Risser tem uma tendência maior para a evolução da curva, e quanto maior a escoliose maior esta chance. Em 2008, Sanders e colaboradores propuseram um sistema alternativo para avaliar a maturidade esquelética, utilizando radiografias simples das mãos. C - Sinais de Alerta em Escoliose: Todas as vezes em que a deformidade vertebral apresentar-se com características diferentes dos padrões mais comuns (sexo feminino, idade entre 10 e 14 anos, sem queixas de dor, com curva de lenta evolução e torácica esquerda), é necessária uma melhor investigação diagnóstica, pois outra etiologia pode ser a causa da deformidade. Os principais sinais de alerta são: • Meninos com curvas de valor elevado; • Curvas atípicas e de valor elevado; • Manifestações sistêmicas; • Dor e sinais de comprometimento neurológico; • Rápida progressão; • Lesões cutâneas ao longo da coluna; AVALIAÇÃO POSTURAL ESCOLIOSE AVALIAÇÃO DOS MMII AVALIAÇÃO DOS MMII TTO =Parar ou prevenir a progressão da curva na puberdade =Manter ou restaurar o balanço coronal e sagital =Corrigir a deformação da coluna =Prevenir ou tratar a disfunção com compromisso respiratório nas grandes curvas =Prevenir ou tratar sintomas de dor na coluna vertebral =Melhorar a estética através da correção cirúrgica O tratamento depende da causa da escoliose, do tamanho e da localização da curvatura, além do quanto o paciente ainda crescerá. As decisões terapêuticas devem ser individualizadas, considerando a probabilidade de progressão, baseadas na magnitude da curva segundo o ângulo de Cobb, maturidade óssea, idade do paciente e maturidade sexual. TTO ESCOLIOSE Segundo a SRS deve dividir-se o tratamento da EIA em conservador ou cirúrgico. – Tratamento Conservador: Considerando a história natural relativamente benigna da escoliose, o tratamento cirúrgico está reservado para grandes curvas progressivas, estando o tratamento conservador indicado em curvas menores ou que ainda não possuem indicação cirúrgica. O grande objetivo do tratamento conservador é evitar a progressão da curva para que não seja necessária uma futura intervenção cirúrgica, melhorar a estética e a qualidade de vida do doente e, eventualmente, diminuição da dor caso esteja presente. A terapia conservadora pode consistir na vigilância, fisioterapia, uso de órtese ou eletroterapia. VIGILÂNCIA Deve ser feita na maioria dos casos de escoliose idiopática adolescente com curvatura inferior a 25 graus ainda em fase de crescimento ou inferior a 45 graus no caso de ter concluído o crescimento. Devem ser realizadas reavaliações clínicas, radiografias da coluna (quando existe suspeita de progressão) e um follow-up adequado. O tempo de ACOMPANHAMENTO varia segundo diversos autores, existindo quem defenda que deve ser realizada a intervalos de 4-6 meses, outros apoiam que deve ser realizado de ano a ano, dependendo da situação clínica. Doentes com maior risco de progressão da curva devem ser avaliados mais frequentemente. Se durante a avaliação destes doentes se verificar uma progressão igual ou superior a 5 graus, deve ponderar-se uma mudança da atitude terapêutica. FISIOTERAPIA Fisioterapia: é útil para diminuir os sintomas associados a escoliose, referentes a desequilíbrios musculares e para melhorar ou preservar a função da coluna e melhorar o condicionamento cardiovascular e cardiorrespiratório. Frequência: Escoliose Idiopática do Adolescente- as sessões depende da técnica utilizada e do grau de cooperação do doente, devendo ser realizada todos os dias ou várias vezes por semana (2-4 vezes por semana). Os doentes a realizar fisioterapia devem manter-se sob observação do médico assistente devido ao risco de progressão da curva existente e às limitações da fisioterapia. Apesar de prevalecer muito na literatura científica da área Ortopédica que a fisioterapia não é útil para o tratamento da EIA, têm sugerido alguns estudos que defendem a sua utilidade. Negrini S. et al. defende a utilização de exercícios de fisioterapia específicos para a escoliose. Consistem em protocolos adaptados para o tipo de curva do doente, magnitude e características clínicas. As PSSEs têm como objetivo reduzir a deformidade e estabilizar a progressão. OBS: Um estudo comparou dois grupos, um que realizou PSSE e outro fisioterapia convencional: verificou que 6.1% dos pacientes com EIA que foram submetidos a PSSE necessitaram depois de órtese, comparativamente com 25% dos pacientes no grupo de fisioterapia normal. FISIOTERAPIA O papel do tratamento da EIA baseado em exercícios tem-se então mostrado controverso. Frequentemente os pacientes com escoliose geralmente praticam ginástica ou natação, embora não seja encontrada evidência contra a prática de outras atividades físicas, deve ser usada alguma cautela nos desportos de contacto. É necessário salientar que a componente social e educacional dos desportos nunca deve ser negada, podendo levar a consequências graves na auto imagem do doente e repercussões na sua interação social com os seus colegas. Foram encontrados outros estudos que demonstraram a falta de evidência sólida que prove ou negue a eficácia do tratamento baseado em exercícios na prevenção da progressão da curva. Mantém-se então a controvérsia deste tema tornando-se necessária a realização de mais estudos para se definir o papel e eficácia deste tipo de tratamento nos doentes com EIA. ÓRTESES O tratamento com colete/órtese é uma das opções no tratamento da EIA nas curvas entre 25 – 40 graus (com escala de Risser < 3) e nas curvas entre 20-30 graus, que progridem mais de 5 graus em 6 meses. Consiste na aplicação externa de forças corretivas no tronco do adolescente, colocando a coluna vertebral na sua posição simétrica com o objetivo de prevenir o aumento da progressão da curva. Atendendo à história natural da doença, as contra-indicações para a utilização de órteses são: adolescentes que já terminaram o crescimento; os que se encontram ainda em fase de crescimento com uma curva superior a 45 graus; nas curvas menores de 25 graus e sem documentação de progressão; lordose torácica verdadeira; crianças sem suporte familiar ou que simplesmente rejeitem a sua utilização. No período de adaptação é realizada uma radiografia ao doente com o colete, algumas semanas após início do uso, de forma a efetuar alguns ajustes. Radiografias sucessivas devem ser realizadas a cada 6 meses sem o colete para acompanhar a progressão da curva. Num estudo realizado por Katz et al sobre a utilização de órteses, este verificou que o tempo em que o doente permanece com o colete estava relacionado com a diminuição da progressão da curva, assim como a necessidade de tratamento cirúrgico posteriormente. ÓRTESES A SRS recomenda a utilização do colete entre 20-22 horas por dia até que o doente atinja a maturidade óssea ou até que sejam atingidos os critérios cirúrgicos. O colete deve ser retirado para a higiene pessoal do doente e para praticar desporto ou até mesmo PSSE. Wiley et al (32) analisou os resultados da utilização do colete com o regime de utilização, ao comparar doentes que não cumpriam o regime (menos de 12 horas por dia), doentes que cumpriam parcialmente (entre 12 a 18 horas por dia) e aqueles que cumpriam ao utilizar o colete durante 18-23 horas.(2,32) Os doentes que utilizaram o colete por menos de 12 horas demonstraram ter um agravamento da curva de 41.3 graus para 56.3; aqueles que utilizavam o colete parcialmente progrediram de 37.6 para 41.2; e curiosamente, os que utilizaram a tempo inteiro, demonstraram uma melhoria significativa da curva de 39.3 para 35.7 graus no fim do follow-up. Uma meta-análise de 20 estudos que foi desenvolvida,demonstrou que a utilização do colete durante 23 horas por dia era significativamente mais eficaz em reduzir a progressão da curva do que qualquer outro tipo de tratamento conservador. Quanto mais horas o paciente utilizar o colete, maior será o benefício. No entanto, existem alguns pacientes em que o tratamento com colete não era eficaz. ÓRTESES Caso se verifique uma estabilização do crescimento da curva, o colete deve ser mantido com uma diminuição progressiva na utilização até que seja encontrada evidência clara do término do crescimento. Se em qualquer momento a estabilidade da coluna estiver em causa, o regime de utilização do colete deverá ser mantido. Existe uma variedade de órteses disponíveis para o tratamento da EIA variando segundo localização da curva a ser tratada, da magnitude, do potencial de progressão, duração de utilização e protocolos do país. Coletes na EIA têm sido prescritos desde que Blount et al. começou a usar os coletes Milwaukee no pós cirúrgico da escoliose em 1945. O nome da órtese geralmente vem do nome da cidade ou centro onde foi inventada. Atualmente existem dois grandes tipos de coletes: órteses cervico-toraco-lombo-sacral (CTLSO) e a órteses toraco-lombo-sacral (TLSO) CTLSO – Órtese da base do crânio até à zona pélvica. Está indicada no tratamento de curvas torácicas com ápex em ou por volta de T8, curvas duplas torácica e outras curvas duplas com o ápex do componente torácico acima de T8. Esta tipo de órtese é constituída por um anel cervical em metal ajustável com 3 apoios, 2 suboccipitais e um submentoniano para apoiar a cabeça, unido a uma base pélvica em plástico por um suporte vertical anterior e dois posteriores em metal, todos ajustáveis. São utilizados, lateralmente, suportes almofadados ajustados ao corpo do paciente e ligados aos suportes metálicos, com intuito de manter a coluna alinhada. A base pélvica em plástico é personalizada através de um molde do utilizador. É uma órtese muito visível, que requer uso a tempo inteiro pelo que a sua aceitação pelos adolescentes é baixa, tendo significativos efeitos psicológicos. É exemplo deste tipo de órteses o colete Milwaukee que requer uso a tempo inteiro com intervalo para prática de desporto. Geralmente existe algum incumprimento ou resistência dos pacientes à sua utilização. COLETE DE MILWAUKEE Colete Milwaukee foi desenvolvido na cidade de Milwaukee nos Estados Unidos, por Walter Blount e Albert Schmidt , em 1945. Inicialmente foi desenvolvido para imobilização durante o pós-operatório de cirúrgias da coluna vertebral. O Colete Milwaukee foi utilizado pela primeira vez como Órtese tóraco-lombo-sacra (TLSO) para escoliose, pelo Dr. Moe Spring e Lonstein do grupo Twin Cities. Em um estudo de Lonstein e Winter, (1994) onde foram tratados 1.020 pacientes com escoliose idiopática do adolescente, 22% após o tratamento realizaram intervenção cirúrgica, ou seja o tratamento foi mal sucedido. E isto aconteceu com maior frequências em curvas acima de 30 graus. ÓRTESES A taxa de sucesso do colete Milwaukee: curvas entre 20 e 29 graus com Risser entre 0 e 1 progrediram 28% menos que nas curvas equivalentes em pacientes sem tratamento com este tipo de colete e pacientes com curvas de magnitude semelhante mas com sinal de Risser 2 ou mais, progrediram 10 % menos que os pacientes não tratados. Nas curvas com ângulo entre 30 a 39 graus e Risser de 0-1, foi verificado que progrediram 14% menos que os não tratados, assim como nos pacientes com ângulos equivalentes mas num Risser 2 ou mais, onde demonstraram que progrediram 21% menos que os não tratados.(2,19,35) TLSO - é uma órtese menos visível e mais leve. Deve ser usada cerca de 23 horas diárias e está indicada no tratamento de curvas lombares e toracolombares, assim como nas curvas torácicas com ápex em ou abaixo de T8. Não são particularmente úteis para corrigir curvas muito altas.(2) É constituída por um suporte pélvico, com um revestimento almofadado, que se estende até ambas as axilas. São colocados no interior pequenos suportes ÓRTESES Almofadados contra as costelas, que também são utilizados para correção parcial da componente rotacional.(2) Este tipo de colete pode ser colocado por debaixo da roupa e não sendo visível, ajudando na sua aceitação pelo adolescente. Os exemplos mais frequentes são os coletes de Boston e Lyon. Existem ainda mais tipos de TLSO: Chêneau, Malaga e SpoRT (Sforzesco). A CTLSO e TLSO são de uso a tempo-inteiro, mas também existem outros tipos de órteses apenas para uso noturno cujo principal objetivo é melhorar a qualidade de vida do doente sem prejudicar, no entanto, os resultados finais do tratamento. Um exemplo de colete de uso noturno é o colete de Providence, este tipo de colete baseia-se na aplicação direta de forças rotacionais, controladas e laterais à curva em três pontos. COLETE DE BOSTON O Colete de Boston, foi desenvolvido na cidade de Boston nos Estados Unidos, por ohn Hall e William Miller do Hospital Infantil de Boston , em 1972. Principalmente, por um paciente com uma curva lombar que se recusou a usar uma colete de Milwaukee. Este colete ortopédico também é um TLSO e é o mais utilizado na América do Norte. Em um estudo de Emans (1984), um estudo retrospectivo com 295 pacientes. Em seus resultados foi observado, uma alta porcentagem (49%) de pacientes que não melhoraram, 43% dos pacientes com escoliose conseguiram melhorar, 11% após o tratamento realizaram intervenção cirúrgica e 1% realizou cirurgia nas seguintes avaliações (follow-up). MÉTODO DE LYON O Método Lyon de tratamento da escoliose envolve cinco etapas: Fase I: Abordagem de Lyon para a avaliação A abordagem de Lyon considera três fatores na determinação do regime de terapia a prosseguir: a idade do paciente, desequilíbrio postural e o ângulo de Cobb. Fase II: Consciência da deformidade do tronco A abordagem de Lyon usa a visualização com espelhos e vídeo para ajudar na correção de curvaturas. MÉTODO LYON Fase III: O que fazer: exercícios chave A base do método de Lyon é evitar a extensão espinhal durante o exercício e aumentar a cifose da região torácica e a lordose da coluna lombar, bem como a mobilização segmentar, estabilização do centro, propriocepção, equilíbrio e estabilização. Abordagem de Lyon, é dado grande ênfase aos exercícios feitos no molde de gesso antes do colete para incentivar o equilíbrio, força muscular e resistência quando com o colete. Fase IV: O que não fazer e por quê O método de Lyon evita movimentos extremos do plano sagital (flexão e extensão) e exercícios que causem falta de ar. Fase V: Desporto ou apenas fisioterapia? O método de Lyon ensina aos pacientes como praticar desportos e os melhores e piores desportos para a escoliose. MÉTODO LYON O método de Lyon utiliza a respiração angular rotacional com o diafragma, bem como uma máquina de respiração para aumentar a capacidade pulmonar. Este método também pretende melhorar a resistência da musculatura paraespinal profunda e central e concentra-se na mobilização para melhorar a correção. COLETE DE LYON O ARTbrace é um novo colete: assimétrico, rígida, feito de policarbonato de 4 mm. A cinta reproduz a forma de uma coluna torcida, oposta à escoliose. Ambas as hemi-conchas laterais de policarbonato articulam numa barra de metal posterior. Os fechos anteriores e inferiores são rígidos; o terço superior é uma cinta de velcro.O método de Lyon combina os EEFE com o uso do colete e, mais recentemente, utiliza simultaneamente o EEFE com o colete, sob a forma do novo ARTbrace de Lyon (Asymmetrical Rigid Torsion). O tratamento em fisioterapia inclui a mobilização 3D da coluna vertebral, a mobilização do ângulo ilio-lombar (escoliose lombar), a educação do paciente e as atividades da vida diária, incluindo a correção da posição sentada. O protocolo de tratamento para a escoliose do método de Lyon depende da idade do paciente. Pacientes juvenis (menores de 15 a 17anos) não fazem alongamentos. Pacientes adolescentes completam todo o programa. Com pacientes adultos, o foco está na redução da dor e na proteção dos discos intervertebrais. http://fisioterapiajoaomaia.blogspot.pt/2012/11/escoliose.html RESULTADOS DO COLETE Resultados do colete, usado por mais de dois anos num caso de escoliose progressiva. A abordagem de Lyon não é apoiada por evidências científicas consistentes para casos em que o ângulo de Cobb é menor que 20°. Para os casos em que o ângulo de Cobb é de 20° ou maior, o método depende principalmente da ARTbrace e do reforço para a sua eficácia. Sob essa abordagem, os exercícios de fisioterapia são vistos como complementares ao apoio rígido, e em cada caso são adaptados às necessidades particulares do indivíduo. O tratamento em fisioterapia inclui a mobilização 3D da coluna vertebral, a mobilização do ângulo ilio-lombar (escoliose lombar), a educação do paciente e as atividades da vida diária, incluindo a correção da posição sentada. O protocolo de tratamento para a escoliose do método de Lyon depende da idade do paciente. Pacientes juvenis (menores de 15 a 17 anos) não fazem alongamentos. Pacientes adolescentes completam todo o programa. Com pacientes adultos, o foco está na redução da dor e na proteção dos discos intervertebrais. Berdishevsky H, Lebel VA, Bettany-Saltikov J, Rigo M, Lebel A, Hennes A, Romano M, Białek M, M'hango A, Betts T, de Mauroy JC, Durmala J. Physiotherapy scoliosis-specific exercises - a comprehensive review of seven major schools. Scoliosis Spinal Disord. 2016 Aug 4;11:20 ÓRTESE NO BRASIL Os coletes ortopédicos utilizados no Brasil para o tratamento da escoliose, são uma boa solução? Com base nas informações dos estudos acima, os coletes ortopédicos utilizados no Brasil para o tratamento da Escoliose idiopática do adolescente tem uma alta chance de piora e consequentemente, maior chances deste paciente ser submetido ao tratamento cirúrgico (de 22% a 49% de chances) que muitas vezes não é a melhor saída (ver artigo sobre cirurgia), desta maneira como especialista no tratamento da escoliose, sugiro um colete mais moderno, ativo e que faça correções de forma tri-dimensional. Além disso, é imprescindível um Tratamento Científico da Escoliose que tem mostrado evidências científicas na melhora da curvatura. Como neste estudo realizado em 2008, concebido para confirmar se o indicação para o tratamento com exercícios específicos para Escoliose Idiopática do Adolescente se alterou nos últimos anos, descobriram que, com apenas uma única exceção, todos os estudos confirmaram a eficácia dos exercícios na redução da taxa de progressão (principalmente na puberdade precoce) e/ou a melhorar a curvatura da escoliose pelo Cobb ângulo. Leve em consideração a importância de receber um tratamento individual específico com base nas mais fortes evidências científicas, evitando o uso dos coletes ortopédicos e de possíveis cirurgias. http://randradefisio.com.br/devo-ou-nao-operar-a-escoliose-do-meu-filho-a/ TTO ESCOLIOSE O tratamento é continuado até se determinar que foi atingida a maturidade óssea. É considerado um tratamento com sucesso caso a magnitude de curva inicial se mantenha até ao fim do uso do colete. Quando é verificado insucesso no tratamento (curvas que progrediram, especialmente para além dos 45 graus já com maturidade óssea), Escoliose Idiopática do Adolescente COM O COLETE poderá ser devida a correção inadequada, irritações sucessivas da pele que originaram falhas na utilização correta do coletE. O peso do adolescente também tem influência nos resultados do tratamento com colete, sendo que um doente obeso (IMC> percentil 85) tem um risco superior de falência do tratamento com colete e uma taxa de cirurgia perto do dobro daqueles com peso abaixo do percentil 85. Foi demonstrado que o sexo tem influência no tratamento com órteses. Os rapazes aparentam aderir menos ao tratamento que as raparigas. Num estudo realizado por Katz et al. que comparou pacientes tratados com o colete Boston e com Charleston, verificou que a taxa de insucesso, num grupo de 25 rapazes, era de 80% quando comparado com 36% nas raparigas. Yrojönen et al verificou uma taxa de insucesso de 31.4% num grupo de 51 rapazes quando comparado com um grupo de controlo de 51 raparigas (21.6%), ambos utilizavam coletes Boston. Mas quando retirados os rapazes não colaborantes não existia grandes diferenças. Logo concluíram que apesar dos rapazes serem menos colaborantes que as raparigas, não existe razão para abandonar o uso dos coletes. TTO COM ÓRTESES O uso de colete tem um efeito estético negativo que pode levar a uma baixa autoestima e consequentemente alguns efeitos psicológicos. Todos estes efeitos têm um impacto negativo na qualidade de vida do doente, que aliado ao fato dos coletes serem de fácil remoção, conduzem a uma redução da adesão. Para além disso, o seu uso acarreta também um desconforto funcional derivado de pontos de pressão, irritação da pele em elevadas temperaturas e alguma restrição de movimentos. Sendo a baixa adesão ao tratamento um dos maiores obstáculos à eficácia do uso de coletes, a sua avaliação torna-se importante. Caso seja verificado um insucesso no início do tratamento com órteses, este deve ser interrompido e o adolescente ser submetido a tratamento cirúrgico caso indicado. Não existe razão para esperar até ao fim da puberdade parar terminar o tratamento e realizar a cirurgia. É fundamental ajustar o tratamento à progressão da curva. ELETROTERAPIA A Eletroterapia foi encarada como um tipo de tratamento com potencial, mas não foram registrados grandes sucessos. Por fim, baseado na pesquisa realizada e das evidências científicas encontradas, foi concluído que dos tratamentos conservador, só a órtese demonstrou ser muito efetiva no tratamento da EIA. Existe uma falta de informação sobre a eficácia dos outros métodos de tratamento.(25) TTO CIRÚRGICO Os objetivos do tratamento cirúrgico da EIA são o impedimento da progressão da curva em primeiro lugar e, em segundo, atingir uma correção permanente da deformidade. Com a cirurgia, tenta-se manter uma coluna estável e equilibrada nos planos sagital e coronal, preservar o máximo de segmentos móveis possíveis, melhorar os resultados a nível físico, psicossocial, diminuir o risco de desenvolvimento de dor lombar no futuro. O tratamento cirúrgico padrão da EIA é a cirurgia de fusão que se baseia na abolição do movimento entre segmentos da coluna através da fusão com enxerto ósseo do próprio doente (vindo de raspagens das cristas ilíacas). Devido à localização da medula espinal, tornou-se fundamental existir neuromonitorização intraoperatória. A utilização intraoperatória de potenciais evocados somatossensoriais (PESS) demonstrou uma diminuição na incidência de défices neurológicos no pós-operatório. TTO CIRÚRGICO O tratamento cirúrgico está indicado no tratamento de curvas superiores a 45 graus e ainda em fase de crescimento ou então que continuem a progredir mesmo após o termino do crescimento. Logo, a decisão para realização do tratamento cirúrgico assenta: no risco de progressão, maturidade óssea, tipo de curva, magnitude da curva, aparência estética e no insucesso do tratamento conservador.(1) As curvas >50 graus progridem mesmo após a maturação óssea; as de maior magnitude causam perda da função pulmonar, podendo mesmo causar insuficiência respiratória em curvas severas; quanto maior for a progressão, mais difícil se torna o seu tratamento cirúrgico. Através das consultas prévias com o paciente e os pais, devem ser explicados os prós e contras da intervenção, risco e o resultado pretendido. O paciente precisa toda a informação de forma a tomar uma decisão fundamentada para ser submetido ao tratamento cirúrgico. A escolha do tipo de abordagem cirúrgica depende de: Tipo de curva Tamanho Rigidez Maturidade óssea Instrumentação disponível Habilidade dos cirurgiões. COMPLICAÇÕES CIRÚRGICASAs complicações do tratamento cirúrgico podem ser imediatas ou tardias consoante o momento de apresentação. Dentro das complicações imediatas podem ser neurológicas, pulmonares ou vasculares, enquanto nas complicações consideradas tardias são as infeções (agente mais comum é o estafilococos) que podem provocar danos irreversíveis aos pacientes. Complicações Imediatas A taxa de complicações neurológicas varia de 0.2 a 1.8% dependendo do procedimento, sendo a maioria transitórias. Complicações neurológicas podem resultar de contusão direta ou de um problema isquêmico, resultando em lesão aos vasos que alimentam a medula. Pode existir lesão dos nervos periféricos ou compressão das raízes dos nervos pelo material implantado. Em mãos experientes, lesões da medula espinal são raras. Para evitar esses riscos, deverá recorrer-se a neuromonitorização. COMPLICAÇÕES PÓS CIRURGIAS Complicações tardias processos inflamatórios e infeção. A infeção pode manifestar-se meses ou mesmo anos após a cirurgia. É realizada profilaxia antibiótica de rotina. Podemos dividir as infeções segundo as semanas de apresentação no pós-operatório: o Infecção recente (dentro de 12 semanas após a cirurgia), deverá ser feita uma revisão da ferida e prescrição de antibioterapia.(1) A ocorrência de infecção tem aqui um maior risco devido à extensão da cirurgia e também ao recurso a transfusões sanguíneas e uso de aloenxertos. Infeções tardias (ocorrem ao fim de 20 semanas ou mais) geralmente são sintomáticas após 2-3 anos, nesses casos, deve ser realizada nova intervenção cirúrgica com remoção dos implantes. Caso a fusão esteja já sólida não é necessário aplicar mais medidas. PÓS CIRURGIAS O tratamento cirúrgico reduz a deformidade e previne a progressão da curva. No entanto, a sua eficácia por vezes não é verificada. A curva pode continuar a progredir, descompensar ou até mesmo desenvolver novas deformidades. A cirurgia escoliótica pode desenvolver por vezes um desequilíbrio coronal iatrogénico. Esse desequilíbrio ocorre devido Escoliose Idiopática do Adolescente a uma correção excessiva da curva major em relação ao potencial compensatório da curva menor. Por este fato, torna-se essencial avaliar a rigidez das curvas antes da correção completa para impedir esse desequilíbrio. Pode surgir o fenômeno de Crankshft, embora mais frequente na EIJ com grande potencial de crescimento. Deve-se ao crescimento anterior da coluna vertebral apesar da fusão posterior. Esse fenómeno leva a um aumento da angulação e rotação da coluna. Dubousset defendia que devido a esse fenómeno, nos pacientes mais jovens com grande potencial de crescimento, devia ser realizada fusão anterior e posterior. É realizado um seguimento de 1 ano, com restrições nos desportos de contato e culturismo durante esse tempo. Após 1 ano não existe qualquer restrição nas atividades que podem ser realizadas pelos pacientes. PROGNÓSTICO Não existe prevenção para o desenvolvimento de escoliose, sendo fundamental apostar na deteção precoce para que seja realizado o tratamento adequado. O objetivo é prever ocorrência de progressão, permitindo que o tempo de intervenção seja mais preciso e eficaz. As atividades da vida diária do paciente podem ser influenciadas pela escoliose (dores lombares e naqueles que realizem trabalhos pesados), afetando o seu bem-estar. Se a escoliose ultrapassar os 30 graus segundo ângulo de Cobb, no fim do crescimento, o risco para a saúde em adulto será aumentado significativamente. Geralmente restrições na respiração e problemas cardiovasculares na vida adulta só ocorrem em pacientes com escolioses superiores a 80 graus. É possível identificar os efeitos na saúde mental e na qualidade da vida que a deformidade pode trazer ao paciente com EIA ao descobrir a sua percepção sobre a sua própria imagem. No entanto, a perspetiva das pessoas pode mudar ao longo do curso das suas vidas, logo tornando-se um parâmetro muito difícil de avaliar. Foi concluído que os pacientes tratados cirurgicamente possuíam uma melhor autoimagem, pelo contrário a pior autoimagem foi verificada nos pacientes sujeitos a órtese. Os pacientes que não receberam tratamento e só foram sujeitos a vigilância, curiosamente, quanto maior era o ângulo da curva, pior era a sua autoimagem. No geral, os estudos não demonstraram grande diferença entre os rapazes e as raparigas, no entanto, um dos estudos demonstrou que os rapazes tem uma melhor autoimagem pós-operatória que as raparigas. PROGNÓSTICO Danielsson et al realizou uma revisão literária para verificar os resultados a longo prazo dos pacientes com EIA que não receberam qualquer tipo de tratamento. Concluiu que a EIA não resulta em aumento na taxa de mortalidade, mas existe uma associação a sintomas Escoliose Idiopática do Adolescente pulmonares nas curvas torácicas de maior magnitude. A prevalência de dor lombar está aumentada nos pacientes com EIA, mas essa dor é branda e ocasional. A escoliose não interfere com a vida sexual ou gravidez em nenhuma forma segundo os estudo consultados. A EIA é uma doença multifatorial com diversas origens e predisposições, no entanto, sem uma causa única indiscutível subjacente. Devido à sua repercussão na vida dos doentes, quer a nível físico quer mental, necessita ser corretamente diagnosticada e encaminhada. Com novas técnicas de diagnóstico a serem desenvolvidas (Scolioscreen), sistemas de classificação a serem revistos e novas técnicas cirúrgicas, torna-se possível diminuir as repercussões que desta doença terá a longo prazo. Um dos aspetos frequentemente negligenciável nos estudos são as repercussões psicológicas que uma doença deformante pode ter no doente: diminuição do autoestima, falhas na integração social e ridicularização pelos colegas nesta idade tão ténue. São todas consequências devastadoras com repercuções muito sérias e merecem seguimento por um profissional de saúde. Através da deteção precoce, é possível diminuir a progressão da curva, evitando a necessidade de posterior correção cirúrgica e melhorando a qualidade de vida do doente. Os avanços no tratamento conservador permitem diminuir a progressão da curva e necessidade cirúrgica. Apesar das ortóteses serem a opção mais utilizada, foi evidente um aumento na utilização de PSSE permitindo estabilizar a progressão de algumas curvas. Apesar de ainda ser uma área pouco explorada, foi demonstrado ter muito potencial de desenvolvimento e impacto no tratamento conservador da patologia. TTO CONSERVADOR < 25º: monitoramento a cada 4 a 12 meses (depende da idade e grau), se curva > 30º em esqueleto maduro –> monitoramento a cada 5 anos. Órteses: criança em fase de crescimento, quando curva progride para 25 a 30º, limite de tratamento com órtese é Risser 2 ou 3 e curva < 45º. – Pode haver correção, porém a tendência é a curva retornar ao nível antes do tratamento. – Milwaukee é a melhor para controle de curvas torácicas superiores, outras opções são Boston, Wilmington e Charleston (para uso noturno, com curva no sentido da convexidade). – O maior tempo no de horas de uso da órtese proporciona correção mais eficaz. Não é muito convincente a base científica com relação à eficácia das órteses. TTO COM ÓRTESES – Colete de Milwaukee: função principal de manter as deformidades – Pouca função de correção até Risser IV – Uso por 22 horas por dia – Deve estar em fase de crescimento – Serve para curvas torácicas de qualquer nível – Funciona por correção de 3 pontos – Controle: – – RX a cada 4 meses após 4-6 horas sem colete – – Retirada progressiva 4-6 horas por mês TTO CIRÚRGICO Objetivos: melhora do alinhamento / equilíbrio e prevenção da progressão da curva. – O melhor método para correção duradoura é a instrumentação corretiva acrescida de artrodese, que pode ser feita anterior ou posterior. Em geral, curvas torácias > 40 a 50º em imaturos e > 50º em maturos. Pré-operatório – RM / TC: afastar siringomielia, diastematomielia e síndromedo encarceramento medular – Função pulmonar: curva grave ou paralítica TTO CIRÚRGICO Intra-operatório: potencial evocado ou Stagnara wake up test – Níveis para artrodese: vértebras neutras superior e inferior (são as que voltam a ser paralelas ao chão) – Associada a espondilolistese, tumor ou inflamatórias – Tratar doença primária antes da escoliose – escoliose pode resolver Harrington: distração com haste com catraca, no lado côncavo, mais haste de compressão rosqueada no lado convexo. Problema: leva a hipocifose. Cotrel-Dubousset: manobra de rotação. Indicações para fusão anterior e posterior: curvas > 75º e rígidas (correção por inclinação < 50º) e risco de deformidade “eixo de manivela” (crescimento anterior, apesar da fusão posterior, apenas em imaturos –> Risser 1 ou menos, trirradiada aberta, definida como aumento de 10º no Cobb ou rotação). CORREÇÃO CIRÚRGICA Correção cirúrgica conforme o padrão da curva: padrão mais comum –> torácica D Pela classificação de King Moe: – I: curva primária dupla verdadeira, ambas requerem fusão, – II: falsa dupla curva 1ária, permite fusão seletiva, – III: curva torácica, – IV: curva torácica longa, – V: curva torácica dupla. Curva torácica D: instrumentação posterior mais fusão (haste côncava é a 1ª a ser posicionada), pode também ser feita por instrumentação anterior Curva torácica D e Lombar E: se King II, fusão seletiva apenas da torácica. Se a junção das curvas (normalmente T12) estiver cifótica, a correção deve estender-se distalmente a cifose. Curva Torácica dupla: (ombro E elevado, ao contrário da torácica simples que eleva o D) Curva Lombar ou Toracolombar E: fusão isolada da curva lombar ou toracolombar Curva Tripla: torácica sup E, torácica D, lombar/toracolombar E, as curvas rígidas devem ser fixadas. Materiais para correção Harrington – Compressão: melhor para correção de cifose – Distração: melhor para correção de escoliose – Técnica clássica: haste de distração na concavidade e compressão na convexidade – na prática haste de distração isolada é usada mais frequentemente Luque: força corretiva sublaminar contra haste pré-moldada – Corrige a deformidade por aplicação de forças no plano transverso Resultados Evitar prolongamento caudal da fusão (abaixo de L3), para não ocorrer lombalgia. Fenômeno crancksaft: – artrodese posterior -> corpo anterior cresce -> rotação -> recorrência da giba https://traumatologiaeortopedia.com.br/conhecimentos/lombalgia/ COMPLICAÇÕES PÓS CIRURGIA – Lesão neurológica: trauma direto, tração excessiva, insuficiência de irrigação vascular para medula (> risco para congênitos e hipercifose). – Monitoramento da medula -> despertar de Stagnara – Perda de sangue – Complicações do material: quebra da haste = pseudartrose, contudo podem não estar relacionados a qualquer problema clínico. – Síndrome compressiva da artéria mesentérica superior: compressão da 3ª porção do duodeno – – Náusea, vômitos e distenção abdominal Complicações neurológicas Teste do despertar ou Stagnara wake up test: – Se não mover os pés (correção excessiva? acidente de penetração?) – Corrigir PA e anemia – – Se não melhorar, reduzir a correção – – Se não melhorar: retirar haste + artrodese com imobilização gessada por 1 ano Paraplegia pós-operatória: retirar haste em até 3 horas TTO EXAME FÍSICO -Forma do tronco -Compensação das curvas -Exame neurológico -Desenvolvimento puberal =Avaliação postural (ombros, escápulas, cinturas, inclinação da pelve + medida dos MMII ALTERAÇÕES ÓSSEAS 1-ESCOLIOSE CONGÊNITA: ALTERAÇÕES ÓSSEAS PARCIAL/ UNILATERAL/ FALHA DE FORMAÇÃO ALTERAÇÕES ÓSSEAS TOTAL/UNILATERAL/FALHA DE FORMAÇÃO-HEMIVÉRTEBRA EXAME FÍSICO =TESTE DE ADAMS: -FLEXÃO DA COLUNA, JOELHO EM EXTENSÃO, PALMAS DAS MÃOS JUNTAS- = VERIFICAMOS ROTAÇÃO E GIBOSIDADE. -Incapacidade de realizar a flexão do tronco -dor lombar -espasmos isquiotibiais Resposta: As vértebras sempre rodam para a convexidade da curva na escoliose estrutural RX -Paciente em ortostática: AP e PERFIL, expondo a coluna toda em um único filme. OBS: As radiografias de controle não precisam serem vistas em perfil. -Verificar as alterações de partes moles. -Verificar alterações de parte ósseas(ex. acunhamento de vértebras, hemivértebras, barras ósseas e indícios de disrafismos espinhais). -Verificar a presença de todos os pedículos e distância interperdicular, -Nivelamento da pelve (discrepância do comprimento dos MMII- a convexidade da curva lombar será do mesmo lado do encurtamento. Método de COBB-quantificação da magnitude da curva. Índice de Risser-maturidade esquelética e prognóstico, evolução e tto da escoliose ESCOLIOSE Escoliose Vertebral: Aparece por volta dos 10 anos de idade em uma coluna previamente normal. Devido a uma rotação no próprio eixo, a deformidade se apresenta tanto no plano frontal quanto no lateral. O corpo vertebral gira para o lado convexo e o processo espinhoso para o lado côncavo. As costelas acompanham a rotação vertebral, girando para trás e para cima no lado convexo, e para frente no lado côncavo. Devem ser consideradas como escolioses “verdadeiras” curvas maiores que 10º Cobb. Tipos de Curvas: A curva torácica para a direita é o tipo mais freqüentemente encontrado. Curvas que fogem deste padrão devem ser melhor estudadas para o diagnóstico diferencial com outras etiologias. Prevalência: Atinge 2-3% da população. Felizmente as curvas maiores de 40º Cobb representam apenas 0.1% da população. Meninas são 10 vezes mais acometidas do que os meninos. Diagnóstico: A deformidade é mais facilmente notada quando o tronco é visto por trás. Em uma curva torácica para direita, o ombro direito é elevado e o braço esquerdo freqüentemente parece ser mais longo e mais afastado do corpo. A escápula direita move-se para cima e lateralmente. Devido à rotação do tronco, a mama esquerda pode parecer maior do que a direita. Dobrinhas do flanco e abdome podem estar assimétricas, principalmente em crianças com excesso de peso. A crista do ilíaco esquerdo aparenta ser mais saliente que a direita. ACOMPANHAMENTO Os princípios do tratamento têm por objetivo alterar a história natural da EIA (escoliose idiopática em adolescentes). Sabe-se que as curvas com maior risco de progressão são as que aparecem antes da maturidade esquelética e que apenas as curvas maiores de 40º Cobb podem progredir independentemente da faixa etária. As duas variáveis principais no tratamento da EIA são a maturidade óssea e o valor angular da curva (Cobb). A orientação abaixo pode ser utilizada como regra para o tratamento da maioria dos pacientes portadores da EIA. • Para curvaturas < 20º: Observação periódica durante o período do crescimento e estímulo à pratica de atividades recreativas; • Para curvaturas 20 º-40º: A órtese (colete) é indicada nas crianças com potencial de crescimento ósseo; IMPORTANTE Grau de Curvatura do Ângulo de Cobb Idade 10-12 Idade 13-15 Idade acima de 16 < 20º 25% 10% 0% 20º-30º 60% 40% 10% 30º-60º 90% 70% 30% > 60º 100% 90% 70% 1. Ainda não há evidências científicas de que programas de exercícios, manipulação vertebral ou RPG melhorem ou impeçam a história natural da escoliose. 2. Nenhuma restrição deve ser feita para realização de qualquer tipo de atividade física ou esportiva. 3. Na presença de história familiar positiva para escoliose vertebral é recomendado o exame das crianças da mesma família, pois a EIA pode apresentar herança genética com maior risco de ocorrência na mesma família. 4. Curvas de menor valor (<20º) são comuns, mas apenas três adolescentes do sexo feminino em cada 1.000 possuem deformidade vertebral que necessite de tratamento com colete ou cirurgia. * Dados gerados pela Sociedade de Pesquisa de Escoliose, Chicago, Ilinois, EUA (Scoliosis Research Society), corroborados pelo Comitê de Patologias da Coluna Vertebral da SBOT.
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