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23 10 ESCOLIOSE

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ESCOLIOSE 
AVALIAÇÃO E TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICOS
MARIA CRISTINA SALIMENA
Fisioterapeuta
CONCEITO DE ESCOLIOSE
Desvio lateral com rotação de vértebras a partir da linha média do eixo vertebral
normal.
Escoliose pode classificar-se como um desvio tridimensional do eixo da
coluna vertebral:
curvatura lateral no plano coronal,
rotação axial no plano horizontal e
alterações nas curvas fisiológicas no plano sagital.
ETIOLOGIA
Desconhecida.
Teorias:
– Fatores genéticos: aumento quando membro da família acometido
– Defeitos de tecidos: centrada em cada um dos tecidos estruturais
– Anormalidade de crescimento – osteopenia (não confirmado), Hueter-Volkmann
– Teorias do SNC – melatonina (não confirmada), anormalidades vestibulares
ETIOLOGIA: 
-VIDA FETAL
-INFÂNCIA
-ADOLESCÊNCIA
Obs: Esta deformidade pode perdurar para o resto da vida
COLUNA VERTEBRAL NORMAL
Coluna normal
– Escoliose até 10º
– Lordose lombar ou cifose torácica até 50º
– Raramente há progressão de curva < 45º, após o final do crescimento
– Diferenciação e crescimento pulmonar até 8 anos
– Se escoliose grave < 5 anos: risco de insuficiência cardiorrespiratória e dispnéia
–Artrodese > 4 anos: tamanho do canal medular já é igual ao do adulto e não haverá estenose
– Progressão maior nas fases de crescimento rápido: nascimento até os 3 anos e adolescência
Medidas
Cifose torácica = 30 a 35º
Lordose lombar = 50 a 60º
Escoliose = desvio da linha média, com máxima rotação no ápice da curva; rotação vertebral se dá na direção da 
convexidade.
– Na maioria das vezes é acompanhada de diminuição da cifose (hipocifose).
– Ocorre também encunhamento de discos e corpos, devido efeito de Hueter-Volkmann (supressão do 
crescimento no lado côncavo da curva).
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico é feito baseado numa curvatura lateral da coluna vertebral “superior a
10 graus” numa radiografia pósteroanterior de pé.
Escoliose recebe o nome de idiopática quando não se encontra uma causa evidente
para a sua existência, podendo ser subdividida:
-infantil (<3 anos),
-juvenil (3-9 anos),
-adolescente (10-18 anos)
-adulto (>18 anos).
OBS: Entre as escolioses idiopáticas, a do adolescente é a mais frequente.
ESCOLIOSE E IDADE 
Idade de Surgimento:
– Infantil: 0 a 3 anos (50% anormalidades)
– Juvenil: 4 a 10 anos (20% anormalidades)
– Adolescente: 11 a 17 anos
– Adulto – > 18 anos
Curva primária: 1ª a surgir
Curva secundária: compensatória
Curva estruturada: mais rígidas (não se corrigem satisfatoriamente com inclinação 
lateral)
Curva não-estruturada
TIPOS/ CLASSIFICAÇÃO 
Idiopática (80%): mais comum, potencialmente grave
– Subtipos:
– – Infantil: do nascimento até 3 anos
– – Juvenil: dos 3 até a puberdade (10 anos)
– – Adolescente: da puberdade ao final do crescimento
– – Adulta: ≥ Risser IV
Neuromuscular: desequilíbrio muscular e doença neuromuscular de base
Congênita: decorrente de malformações no desenvolvimento vertebral
– Relacionada a síndromes
LOCALIZAÇÃO DA CURVA
– Cervical: ápice C2 a C6
– Cervicotorácico: ápice C7 a T1
– Torácico: ápice T2 a T11
– Toracolombar: ápice T12 a L1
– Lombar: ápice L2 a L4
– Lombossacral: ápice L5 ou abaixo
Obs: Ápice = centro da curva, maior desvio lateral do disco ou vértebra, vértebra ou 
disco mais horizontal. As vértebras terminais são as mais inclinadas (usadas na 
determinação do ângulo de Cobb).
CLASSIFICAÇÃO
I-Escoliose idiopática:
-Tipo de escoliose estrutural de etiologia desconhecida.
-Esta tipo ocorre em 80% dos pacientes com escoliose estrutural e este desvio não
pode ser corrigido.
É uma deformidade e não um diagnóstico.
Quando as causas paralíticas, neurológicas e congênitas são afastadas define a
escoliose idiopática.
Aparece por volta do 1º ano de vida ou de 5 a 6 anos ou a partir do 11º ano de vida
até o final do crescimento. Pode ser dividida em INFANTIL(nascimento aos 3 primeiros
anos de vida/ JUVENIL(4ª ao início da puberdade ) /ADOLESCENTE (na puberdade até
antes do fechamento da fises)
A escoliose idiopática é uma deformidade estrutural progressiva
.
Existem várias teorias que define este tipo de escoliose por:
-Insuficiência dos ligamentos costovertebrais
-Fraqueza e desequilíbrio da musculatura paravertebral
-Destribuição desigual da fibras do tipo I e II
-Anomalias do colágeno
-Desequílibrio vestibular
ESCOLIOSE IDIOPÁTICA
PREVALÊNCIA
-Curvas > 10º= menor percentual
-Curvas >30º=maior percentual
OBS: As curvas de menor magnitude são mais frequentes, podendo surgir e 
estacionar espontaneamente.
Faixa etária:
-Adolescente: 89%
-Juvenil: 10%
-Infantil: 0.5%
OBS: Antes dos 10 anos de idade tem um mau prognóstico para evoluir com
deformidade grave e maior comprometimento cardiopulmonar.
DIFERENCIAÇAO ENTRE ESCOLIOSES
ESCOLIOSE INFANTIL SEGUIMENTO
CLÍNICA
-Investigar a família
-Aparecimento
-Velocidade de crescimento (aumento de 5 ou mais graus em dois ou
mais exames consecutivos)
-Dor com pequeno desconforto e mais relato de fadiga.
-Curvas com rápida progressão, investigar siringomielia, tumor e etc.
OBS: Desconforto, leve fadiga, exame neurológico.
ESCOLIOSE JUVENIL/ ADOLESCENTE
< 6 a = masculino > femenino, D = E;
– > 6 a = feminino > masculino, D;
– tratamento = adolescente, com fusão anterior + 
posterior p/ evitar Crankshaft ou “eixo de manivela”.
Adolescente
Curva para Direita, feminino > masculino – aumento 
progressivo, quanto maior a curva.
FATORES RISCO PARA A PROGRESSÃO 
Sexo (> feminino)
– Crescimento esquelético
– Localização da curva (> quando acima T12)
– Magnitude da curva (> quanto maior o grau ao dx)
Vida Adulta: risco de progressão quando curva > 50º (± 1º por ano) e curvas lombares quando > 30º, apenas em 
curvas torácicas > 90º foi observada mortalidade por cor pulmonale e ICC.
Triagem escolar: para crianças entre 10 e 12 anos, devendo-se encaminhar crianças com escoliômetro medindo 
mais de 7º (devido correlação linear entre ART e Cobb).
AVALIAÇÃO
Teste de Adams: flexão do tronco com os membros inferiores estendidos
– Avalia a presença, gravidade e flexibilidade da curva
Caminhar na ponta dos pés: S1; nos calcanhares: L5
Agachar e levantar: L4
Compensação da curva
– Compensada quando projeção da linha mediana do occipicio está na linha mediana 
do sacro
TESTE DE ADMS
Teste de Inclinação Anterior (Teste de Adams)
Este teste tem por objetivo a busca por um sinal físico de rotação vertebral
fixa (estruturada) da coluna vertebral (gibosidade).
A criança curva-se anteriormente com os braços para frente, palmas viradas
uma para a outra e com os pés juntos. Uma visão tangencial do dorso
facilita a visualização da gibosidade costal ou da saliência da silhueta dos
músculos lombares.
Uma diferença na altura entre o gradil costal direito e esquerdo é
sugestivo de escoliose e merece melhore investigação.
Um teste de curvatura para frente positivo em uma menina com uma
curvatura torácica vertebral. Curvaturas torácicas são mais bem
detectadas com o examinador posicionado diretamente atrás da
criança. Já na curva lombar, a forma mais fácil de visualização é pela
frente.
A escoliose idiopática é um tipo de escoliose estruturada, que pode ser definida clinicamente como aquela que 
apresenta no teste de Adam (flexão do tronco para frente) manutenção da deformidade, com rotação tanto das 
vértebras como das costelas.
A rotação dos corpos vértebras são para o lado da convexidade, sendo os processos espinhosos rodados para 
concavidade.
EXAMES COMPLEMENTARES
RX:
– PA em pé (não é necessário perfil na avaliação inicial, a menos que tenha sinais de risco de anormalidades)
– com inclinação (em supina)
– oblíqua de Stagnara (perpendicular a saliência costal) = escoliose em sua real magnitude
– rotação vertebral (máximo no ápice) = assimetria dos pedículos, processos espinhoso p/ concavidade = Nash e 
Moe ou Perdriolle
– cartilagem trirradiada fecha antes de aparecimento da apófise ilíaca (Risser 0) = corresponde 
aproximadamente ao máximode crescimento da coluna.
TC: importante nas deformidades congênitas -> muitas vezes necessita de associação com mielografia
RM: indicado p/ todas infantil e juvenil, anormalidades ósseas e se for planejada cirurgia. Para quadros típicos, a 
RM ainda é discutível antes da cirurgia.
USG: para vias urinárias em escoliose congênita.
AVALIAÇÃO NO RX DO ÂNGULO DE COBB
ÂNGULO DE COBB: superior a 10 graus é considerado patológico, mas o diagnóstico de escoliose
só é feito quando está presente uma componente rotacional, como é indicado pela projeção dos
processos espinhosos em direção à concavidade da curva. Caso existindo várias curvas, a curva major é
aquela com o maior ângulo de Cobb. Se duas curvas tiverem a mesmo tamanho, o mais rígido é
considerado major. Na possibilidade de as duas curvas demonstrarem ter uma rigidez semelhante então é
considerado curvas duplo-major. De acordo com a SRS, as curvas minor são aquelas que não são
consideradas curva major. As curvas minor podem ser curvas compensatórias.
MÉTODO NASH/MOE: método mais frequente para averiguar a rotação vertebral. A técnica determina a
rotação vertebral, de acordo com os pedículos, em 5 graus. Grau 0 (neutro), ambos os pedículos da
vértebra demonstram uma distância simétrica dos bordos laterais. Grau I e II, o pedículo no lado
convexo desloca-se em direção à linha média do corpo vertebral enquanto o pedículo do lado
côncavo deixa de aparecer. Grau III, o pedículo do lado convexo encontra-se na linha média do
corpo vertebral, enquanto nos graus IV e V ultrapassa a linha média em direção ao lado côncavo
da vértebra.(1)
JOHN COBB
Em 1948 John Cobb foi o 1º a descrever um sistema de medição para a escoliose.
O método de Cobb, com viria a ser chamado, indica a magnitude da curva em graus,
numa radiografia.
O método de Cobb identifica a vértebra do limite superior e inferior da curva – a
vertebra limite é aquela com a maior inclinação na ponta proximal e distal da curva
vertebral, respetivamente;
=traçar uma linha paralela na parte superior da vertebra limite superior e um linha
na parte inferior da vértebra limite inferior;
=traçar linhas perpendiculares a estas linhas e o ângulo formado na intercessão é
definido como o ângulo de Cobb que traduz a angulação da curva vertebral.
AVALIAÇÃO DO RX
Medida da curva pela técnica de Cobb
– Linhas perpendiculares a linhas tangentes a:
– superfície superior da vértebra proximal ao centro da curva
– superfície inferior da vértebra distal ao centro da curva
RX ÂNGULO DE COBB
Medida da Curvatura (Ângulo de Cobb):
O Raio-x panorâmico de coluna nas incidências de frente
e lateral deve ser solicitado quando encontrarmos
alterações no exame físico, sugestivas da presença de
escoliose.
O ângulo de Cobb é medido ao traçar-se duas linhas
paralelas às placas terminais dos corpos vertebrais no
início e fim da curva. Em seguida, traça-se mais duas
linhas perpendiculares a estas e o ângulo formado
pelo cruzamento destas duas linhas é conhecido
como ângulo de Cobb.
MÉTODO NASH E MOE
Existem 2 métodos mais frequentemente
usados para avaliação da rotação das
vértebras são o método de Nash e Moe e o
de Perdriolle e Vidal. O método de Nash e
Moe consiste na determinação de acordo
com a posição dos pedículos na
radiografia de frente.
Grau 0 é considerado sem rotação e os
pedículos são vistos simetricamente.
Grau 1 um dos pedículos está
desaparecendo.
Grau 2 um pedículo desapareceu e o outro já
se encontra deslocado, porém ainda não na
linha média.
Grau 3 o pedículo é visto na linha média do
corpo vertebral.
Grau 4 o pedículo do lado convexo já
atravessou a linha média e encontra-se do
lado côncavo da vértebra.
ROTAÇÃO VERTEBRAL/ RELAÇÃO ENTRE OS PEDÍCULOS
SEM ROTAÇÃO PEDÍCULO NA PEDÍCULO A 2/3 PEDÍCULO PEDÍCULO
DIREÇÃO DA PARA A NO MEIO DA ALÉM DA 
LINHA MÉDIA LINHA MÉDIA LINHA MÉDI LINHA MÉDIA 
– 0: eqüidistantes
– +: 1 desaparecendo
– ++: somente 1 pedículo visível – +++: pedículo no centro
– ++++: > central
Grau 0 (neutro), ambos os 
pedículos da vértebra 
demonstram uma distância 
simétrica dos bordos 
laterais.
Grau I e II, o pedículo no 
lado convexo desloca-se em 
direção à linha média do 
corpo vertebral enquanto o 
pedículo do lado côncavo 
deixa de aparecer.
Grau III, o pedículo do lado 
convexo encontra-se na 
linha média do corpo 
vertebral.
Graus IV e V ultrapassa a 
linha média em direção ao 
lado côncavo da vértebra.
SINAL DE RISSER
Potencial de Crescimento Ósseo (Sinal de Risser):
O sinal de Risser é freqüentemente utilizado como critério
para avaliação do potencial de crescimento ósseo por sua
fácil aplicação e comprovação da boa correlação com a
maturidade óssea. Nele é avaliado o aparecimento da
apófise de crescimento da crista ilíaca posterior, que
sempre aparece de lateral para medial.
Nos estágios 1, 2 e 3 considera-se o paciente com
maturidade esquelética, e nos estágios 4 e 5, com baixo
potencial de crescimento.
Risser 0: sem apófise
Risser 1: 25%
Risser 2: 50%
Risser 3: 75%
Risser 4: 100%
Risser 5: Fusão da apófise à asa do ilíaco
Obs: Menarca e caracteres sexuais secundários também devem ser considerados na avaliação do potencial
de crescimento.
PROGRESSÃO DA ESCOLIOSE
1 - Sexo: a progressão é mais comum em meninas
2 - Idade: aumento da progressão no início da adolescência
3 - Menarca: a progressão é menos comum após a menarca
4 - Sinal de Risser: O sinal de Risser corresponde à ossificação da apófise do osso ilíaco, pode ser identificado em
um Rx AP de bacia e é classificada em 5 tipos tendo correlação com a maturidade esquelética do paciente. A
cartilagem apofisária se ossifica de anterior para posterior e Risser dividiu este trajeto em quatro partes, sendo
que cada quarto corresponde a um tipo na classificação de Risser. O tipo 5 corresponde à fusão da capa
ossificada ao osso ilíaco. O tipo 4 e 5 de Risser indicam maturidade esquelética. Há uma diminuição da
progressão da curva com o aumento do Risser.
Existem outros marcadores clínicos e radiológicos de maturidade esquelética. Clinicamente pode-se avaliar: os
graus de maturidade sexual de Tanner e radiograficamente pode-se avaliar: o fechamento da cartilagem
trirradiada do quadril e a fusão do anel de ossificação vertebral ambos sendo sinais de maturidade esquelética.
Índice de Risser Maturidade esquelética
Ossificação da cartilagem de crescimento da apófise do osso ilíaco que se inicia e progride de anterior para 
posterior e é dividida em cinco graus. Todo o processo leva de 18 a 24 meses
RISSER E ESCOLIOSE
A classificação ou sinal de Risser é definido pela 
quantidade de ossificação da apófise ilíaca, que evolui 
progressivamente de anterolateral para posteromedial. 
O Risser 0 indica ausência de ossificação; o Risser I 
siginifica cerca de 25 % de ossificação; Risser II cerca de 
75%; Risser III 75% e o Risser IV 100%. No Risser V já 
existe fusão completa da apófise. A evolução de Risser I 
até V geralmente ocorre em 2 anos.
Vários estudos demonstram que em casos de
escoliose, os pacientes com graus mais imaturos da
classificação de Risser tem uma tendência maior para a
evolução da curva, e quanto maior a escoliose maior
esta chance. A Classificação de Risser é usada para
classificar a maturidade esquelética com base no nível
de ossificação e fusão das apófises da crista ilíaca. O
seu uso clínico é importante no acompanhamento de
crianças e adolescentes com escoliose. Neste sistema,
quanto maior o estágio de Risser, maior a
probabilidade de ossificação das cartilagens de
crescimento, especialmente da coluna vertebral, menor
a velocidade de crescimento e menor chance de
acentuação da curva da escoliose.
RISSER E ESCOLIOSE
Classificação
•Estágio 0: nenhum centro de ossificação no nível da 
apófise da crista ilíaca
•Estágio 1: calcificação da apófise da crista ilíaca < 
25%
•Estágio 2: calcificaçãoda apófise da crista ilíaca de 
25-50% 
•Estágio 3: calcificação da apófise da crista ilíaca de 
50-75% 
•Estágio 4: calcificação da apófise da crista ilíaca > 
75% 
•Estágio 5: ossificação completa e fusão da apófise da 
crista ilíaca
Mais imaturos da classificação de Risser tem uma
tendência maior para a evolução da curva, e quanto
maior a escoliose maior esta chance.
Em 2008, Sanders e colaboradores propuseram um sistema alternativo 
para avaliar a maturidade esquelética, utilizando radiografias simples das 
mãos. 
C - Sinais de Alerta em Escoliose:
Todas as vezes em que a deformidade vertebral apresentar-se com características diferentes dos padrões mais
comuns (sexo feminino, idade entre 10 e 14 anos, sem queixas de dor, com curva de lenta evolução e torácica
esquerda), é necessária uma melhor investigação diagnóstica, pois outra etiologia pode ser a causa da deformidade.
Os principais sinais de alerta são:
• Meninos com curvas de valor elevado;
• Curvas atípicas e de valor elevado;
• Manifestações sistêmicas;
• Dor e sinais de comprometimento neurológico;
• Rápida progressão;
• Lesões cutâneas ao longo da coluna;
AVALIAÇÃO POSTURAL
ESCOLIOSE
AVALIAÇÃO DOS MMII
AVALIAÇÃO DOS MMII
TTO
=Parar ou prevenir a progressão da curva na puberdade 
=Manter ou restaurar o balanço coronal e sagital 
=Corrigir a deformação da coluna
=Prevenir ou tratar a disfunção com compromisso respiratório nas grandes curvas
=Prevenir ou tratar sintomas de dor na coluna vertebral 
=Melhorar a estética através da correção cirúrgica 
O tratamento depende da causa da escoliose, do tamanho e da localização da 
curvatura, além do quanto o paciente ainda crescerá. As decisões terapêuticas devem 
ser individualizadas, considerando a probabilidade de progressão, baseadas na 
magnitude da curva segundo o ângulo de Cobb, maturidade óssea, idade do paciente e 
maturidade sexual.
TTO ESCOLIOSE
Segundo a SRS deve dividir-se o tratamento da EIA em conservador ou cirúrgico.
– Tratamento Conservador: Considerando a história natural relativamente benigna da
escoliose, o tratamento cirúrgico está reservado para grandes curvas
progressivas, estando o tratamento conservador indicado em curvas menores ou
que ainda não possuem indicação cirúrgica. O grande objetivo do tratamento
conservador é evitar a progressão da curva para que não seja necessária uma futura
intervenção cirúrgica, melhorar a estética e a qualidade de vida do doente e,
eventualmente, diminuição da dor caso esteja presente. A terapia conservadora pode
consistir na vigilância, fisioterapia, uso de órtese ou eletroterapia.
VIGILÂNCIA
Deve ser feita na maioria dos casos de escoliose idiopática adolescente com
curvatura inferior a 25 graus ainda em fase de crescimento ou inferior a 45 graus
no caso de ter concluído o crescimento.
Devem ser realizadas reavaliações clínicas, radiografias da coluna (quando existe
suspeita de progressão) e um follow-up adequado.
O tempo de ACOMPANHAMENTO varia segundo diversos autores, existindo quem
defenda que deve ser realizada a intervalos de 4-6 meses, outros apoiam que deve ser
realizado de ano a ano, dependendo da situação clínica.
Doentes com maior risco de progressão da curva devem ser avaliados mais
frequentemente. Se durante a avaliação destes doentes se verificar uma progressão
igual ou superior a 5 graus, deve ponderar-se uma mudança da atitude
terapêutica.
FISIOTERAPIA
Fisioterapia: é útil para diminuir os sintomas associados a escoliose, referentes a desequilíbrios
musculares e para melhorar ou preservar a função da coluna e melhorar o condicionamento
cardiovascular e cardiorrespiratório.
Frequência: Escoliose Idiopática do Adolescente- as sessões depende da técnica utilizada e do grau de
cooperação do doente, devendo ser realizada todos os dias ou várias vezes por semana (2-4 vezes
por semana). Os doentes a realizar fisioterapia devem manter-se sob observação do médico assistente
devido ao risco de progressão da curva existente e às limitações da fisioterapia. Apesar de prevalecer
muito na literatura científica da área Ortopédica que a fisioterapia não é útil para o tratamento da EIA, têm
sugerido alguns estudos que defendem a sua utilidade.
Negrini S. et al. defende a utilização de exercícios de fisioterapia específicos para a escoliose. Consistem
em protocolos adaptados para o tipo de curva do doente, magnitude e características clínicas. As PSSEs
têm como objetivo reduzir a deformidade e estabilizar a progressão.
OBS: Um estudo comparou dois grupos, um que realizou PSSE e outro fisioterapia convencional: verificou que 6.1% 
dos pacientes com EIA que foram submetidos a PSSE necessitaram depois de órtese, comparativamente com 25% 
dos pacientes no grupo de fisioterapia normal.
FISIOTERAPIA
O papel do tratamento da EIA baseado em exercícios tem-se então mostrado controverso.
Frequentemente os pacientes com escoliose geralmente praticam ginástica ou
natação, embora não seja encontrada evidência contra a prática de outras atividades
físicas, deve ser usada alguma cautela nos desportos de contacto. É necessário salientar
que a componente social e educacional dos desportos nunca deve ser negada, podendo levar a
consequências graves na auto imagem do doente e repercussões na sua interação social com os
seus colegas. Foram encontrados outros estudos que demonstraram a falta de evidência sólida
que prove ou negue a eficácia do tratamento baseado em exercícios na prevenção da progressão
da curva. Mantém-se então a controvérsia deste tema tornando-se necessária a realização de
mais estudos para se definir o papel e eficácia deste tipo de tratamento nos doentes com EIA.
ÓRTESES
O tratamento com colete/órtese é uma das opções no tratamento da EIA nas curvas entre 25 – 40
graus (com escala de Risser < 3) e nas curvas entre 20-30 graus, que progridem mais de 5 graus
em 6 meses. Consiste na aplicação externa de forças corretivas no tronco do adolescente, colocando a
coluna vertebral na sua posição simétrica com o objetivo de prevenir o aumento da progressão da curva.
Atendendo à história natural da doença, as contra-indicações para a utilização de órteses são:
adolescentes que já terminaram o crescimento; os que se encontram ainda em fase de
crescimento com uma curva superior a 45 graus; nas curvas menores de 25 graus e sem
documentação de progressão; lordose torácica verdadeira; crianças sem suporte familiar ou que
simplesmente rejeitem a sua utilização.
No período de adaptação é realizada uma radiografia ao doente com o colete, algumas semanas
após início do uso, de forma a efetuar alguns ajustes. Radiografias sucessivas devem ser
realizadas a cada 6 meses sem o colete para acompanhar a progressão da curva.
Num estudo realizado por Katz et al sobre a utilização de órteses, este verificou que o tempo em que
o doente permanece com o colete estava relacionado com a diminuição da progressão da curva,
assim como a necessidade de tratamento cirúrgico posteriormente.
ÓRTESES
A SRS recomenda a utilização do colete entre 20-22 horas por dia até que o doente atinja a maturidade óssea ou
até que sejam atingidos os critérios cirúrgicos.
O colete deve ser retirado para a higiene pessoal do doente e para praticar desporto ou até mesmo PSSE.
Wiley et al (32) analisou os resultados da utilização do colete com o regime de utilização, ao comparar doentes que
não cumpriam o regime (menos de 12 horas por dia), doentes que cumpriam parcialmente (entre 12 a 18 horas por
dia) e aqueles que cumpriam ao utilizar o colete durante 18-23 horas.(2,32) Os doentes que utilizaram o colete por
menos de 12 horas demonstraram ter um agravamento da curva de 41.3 graus para 56.3; aqueles que
utilizavam o colete parcialmente progrediram de 37.6 para 41.2; e curiosamente, os que utilizaram a tempo
inteiro, demonstraram uma melhoria significativa da curva de 39.3 para 35.7 graus no fim do follow-up.
Uma meta-análise de 20 estudos que foi desenvolvida,demonstrou que a utilização do colete durante 23 horas por
dia era significativamente mais eficaz em reduzir a progressão da curva do que qualquer outro tipo de tratamento
conservador. Quanto mais horas o paciente utilizar o colete, maior será o benefício. No entanto, existem alguns
pacientes em que o tratamento com colete não era eficaz.
ÓRTESES
Caso se verifique uma estabilização do crescimento da curva, o colete deve ser mantido com uma diminuição
progressiva na utilização até que seja encontrada evidência clara do término do crescimento. Se em qualquer
momento a estabilidade da coluna estiver em causa, o regime de utilização do colete deverá ser mantido. Existe uma
variedade de órteses disponíveis para o tratamento da EIA variando segundo localização da curva a ser tratada, da
magnitude, do potencial de progressão, duração de utilização e protocolos do país. Coletes na EIA têm sido prescritos
desde que Blount et al. começou a usar os coletes Milwaukee no pós cirúrgico da escoliose em 1945. O nome
da órtese geralmente vem do nome da cidade ou centro onde foi inventada. Atualmente existem dois grandes
tipos de coletes: órteses cervico-toraco-lombo-sacral (CTLSO) e a órteses toraco-lombo-sacral (TLSO)
CTLSO – Órtese da base do crânio até à zona pélvica. Está indicada no tratamento de curvas torácicas com ápex em
ou por volta de T8, curvas duplas torácica e outras curvas duplas com o ápex do componente torácico acima de T8.
Esta tipo de órtese é constituída por um anel cervical em metal ajustável com 3 apoios, 2 suboccipitais e um
submentoniano para apoiar a cabeça, unido a uma base pélvica em plástico por um suporte vertical anterior e dois
posteriores em metal, todos ajustáveis. São utilizados, lateralmente, suportes almofadados ajustados ao corpo do
paciente e ligados aos suportes metálicos, com intuito de manter a coluna alinhada. A base pélvica em plástico é
personalizada através de um molde do utilizador. É uma órtese muito visível, que requer uso a tempo inteiro pelo que
a sua aceitação pelos adolescentes é baixa, tendo significativos efeitos psicológicos. É exemplo deste tipo de órteses
o colete Milwaukee que requer uso a tempo inteiro com intervalo para prática de desporto. Geralmente existe algum
incumprimento ou resistência dos pacientes à sua utilização.
COLETE DE MILWAUKEE
Colete Milwaukee foi desenvolvido na cidade de
Milwaukee nos Estados Unidos, por Walter Blount e
Albert Schmidt , em 1945. Inicialmente foi desenvolvido
para imobilização durante o pós-operatório de cirúrgias da
coluna vertebral.
O Colete Milwaukee foi utilizado pela primeira vez
como Órtese tóraco-lombo-sacra (TLSO) para
escoliose, pelo Dr. Moe Spring e Lonstein do grupo Twin
Cities.
Em um estudo de Lonstein e Winter, (1994) onde foram
tratados 1.020 pacientes com escoliose idiopática do
adolescente, 22% após o tratamento realizaram
intervenção cirúrgica, ou seja o tratamento foi mal
sucedido. E isto aconteceu com maior frequências em
curvas acima de 30 graus.
ÓRTESES
A taxa de sucesso do colete Milwaukee: curvas entre 20 e 29 graus com Risser
entre 0 e 1 progrediram 28% menos que nas curvas equivalentes em pacientes sem
tratamento com este tipo de colete e pacientes com curvas de magnitude semelhante
mas com sinal de Risser 2 ou mais, progrediram 10 % menos que os pacientes não
tratados. Nas curvas com ângulo entre 30 a 39 graus e Risser de 0-1, foi verificado
que progrediram 14% menos que os não tratados, assim como nos pacientes com
ângulos equivalentes mas num Risser 2 ou mais, onde demonstraram que progrediram
21% menos que os não tratados.(2,19,35) TLSO - é uma órtese menos visível e mais
leve. Deve ser usada cerca de 23 horas diárias e está indicada no tratamento de
curvas lombares e toracolombares, assim como nas curvas torácicas com ápex em
ou abaixo de T8. Não são particularmente úteis para corrigir curvas muito altas.(2)
É constituída por um suporte pélvico, com um revestimento almofadado, que se estende
até ambas as axilas. São colocados no interior pequenos suportes
ÓRTESES
Almofadados contra as costelas, que também são utilizados para correção parcial da
componente rotacional.(2) Este tipo de colete pode ser colocado por debaixo da roupa e
não sendo visível, ajudando na sua aceitação pelo adolescente. Os exemplos mais
frequentes são os coletes de Boston e Lyon. Existem ainda mais tipos de TLSO:
Chêneau, Malaga e SpoRT (Sforzesco). A CTLSO e TLSO são de uso a tempo-inteiro,
mas também existem outros tipos de órteses apenas para uso noturno cujo principal
objetivo é melhorar a qualidade de vida do doente sem prejudicar, no entanto, os
resultados finais do tratamento. Um exemplo de colete de uso noturno é o colete de
Providence, este tipo de colete baseia-se na aplicação direta de forças rotacionais,
controladas e laterais à curva em três pontos.
COLETE DE BOSTON
O Colete de Boston, foi desenvolvido na cidade de Boston
nos Estados Unidos, por ohn Hall e William Miller do Hospital
Infantil de Boston , em 1972. Principalmente, por um paciente
com uma curva lombar que se recusou a usar uma colete de
Milwaukee. Este colete ortopédico também é um TLSO e é o
mais utilizado na América do Norte.
Em um estudo de Emans (1984), um estudo retrospectivo com
295 pacientes. Em seus resultados foi observado, uma alta
porcentagem (49%) de pacientes que não melhoraram, 43%
dos pacientes com escoliose conseguiram melhorar, 11% após
o tratamento realizaram intervenção cirúrgica e 1% realizou
cirurgia nas seguintes avaliações (follow-up).
MÉTODO DE LYON
O Método Lyon de tratamento da escoliose envolve cinco etapas:
Fase I: Abordagem de Lyon para a avaliação
A abordagem de Lyon considera três fatores na determinação do regime de terapia a prosseguir: a idade do paciente,
desequilíbrio postural e o ângulo de Cobb.
Fase II: Consciência da deformidade do tronco
A abordagem de Lyon usa a visualização com espelhos e vídeo para ajudar na correção de curvaturas.
MÉTODO LYON
Fase III: O que fazer: exercícios chave
A base do método de Lyon é evitar a extensão espinhal durante
o exercício e aumentar a cifose da região torácica e a lordose
da coluna lombar, bem como a mobilização segmentar,
estabilização do centro, propriocepção, equilíbrio e
estabilização.
Abordagem de Lyon, é dado grande ênfase aos exercícios feitos
no molde de gesso antes do colete para incentivar o equilíbrio,
força muscular e resistência quando com o colete.
Fase IV: O que não fazer e por quê
O método de Lyon evita movimentos extremos do plano sagital
(flexão e extensão) e exercícios que causem falta de ar.
Fase V: Desporto ou apenas fisioterapia?
O método de Lyon ensina aos pacientes como praticar
desportos e os melhores e piores desportos para a escoliose.
MÉTODO LYON
O método de Lyon utiliza a respiração angular rotacional com o
diafragma, bem como uma máquina de respiração para
aumentar a capacidade pulmonar. Este método também
pretende melhorar a resistência da musculatura paraespinal
profunda e central e concentra-se na mobilização para
melhorar a correção.
COLETE DE LYON
O ARTbrace é um novo colete: assimétrico, rígida, feito de
policarbonato de 4 mm. A cinta reproduz a forma de uma
coluna torcida, oposta à escoliose. Ambas as hemi-conchas
laterais de policarbonato articulam numa barra de metal
posterior. Os fechos anteriores e inferiores são rígidos; o terço
superior é uma cinta de velcro.O método de Lyon combina
os EEFE com o uso do colete e, mais recentemente,
utiliza simultaneamente o EEFE com o colete, sob a
forma do novo ARTbrace de Lyon (Asymmetrical Rigid
Torsion). O tratamento em fisioterapia inclui a mobilização
3D da coluna vertebral, a mobilização do ângulo ilio-lombar
(escoliose lombar), a educação do paciente e as atividades da
vida diária, incluindo a correção da posição sentada.
O protocolo de tratamento para a escoliose do método de Lyon
depende da idade do paciente. Pacientes juvenis (menores de 15 a 17anos) não fazem alongamentos. Pacientes adolescentes completam
todo o programa. Com pacientes adultos, o foco está na redução da
dor e na proteção dos discos intervertebrais.
http://fisioterapiajoaomaia.blogspot.pt/2012/11/escoliose.html
RESULTADOS DO COLETE
Resultados do colete, usado por mais de dois anos num caso de escoliose progressiva.
A abordagem de Lyon não é apoiada por evidências científicas consistentes para casos em que o ângulo de Cobb é 
menor que 20°.
Para os casos em que o ângulo de Cobb é de 20° ou maior, o método depende principalmente da ARTbrace e do 
reforço para a sua eficácia. Sob essa abordagem, os exercícios de fisioterapia são vistos como complementares ao apoio 
rígido, e em cada caso são adaptados às necessidades particulares do indivíduo.
O tratamento em fisioterapia inclui a mobilização 3D da coluna vertebral, a mobilização do ângulo ilio-lombar
(escoliose lombar), a educação do paciente e as atividades da vida diária, incluindo a correção da posição 
sentada.
O protocolo de tratamento para a escoliose do método de Lyon depende da idade do paciente. Pacientes juvenis (menores 
de 15 a 17 anos) não fazem alongamentos.
Pacientes adolescentes completam todo o programa. Com pacientes adultos, o foco está na redução da dor e na 
proteção dos discos intervertebrais.
Berdishevsky H, Lebel VA, Bettany-Saltikov J, Rigo M, Lebel A, Hennes A, Romano M, Białek M, M'hango A, Betts T, de Mauroy JC, 
Durmala J. Physiotherapy scoliosis-specific exercises - a comprehensive review of seven major schools. Scoliosis Spinal Disord. 
2016 Aug 4;11:20
ÓRTESE NO BRASIL
Os coletes ortopédicos utilizados no Brasil para o tratamento da escoliose, são uma boa solução?
Com base nas informações dos estudos acima, os coletes ortopédicos utilizados no Brasil para o tratamento da
Escoliose idiopática do adolescente tem uma alta chance de piora e consequentemente, maior chances deste
paciente ser submetido ao tratamento cirúrgico (de 22% a 49% de chances) que muitas vezes não é a melhor
saída (ver artigo sobre cirurgia), desta maneira como especialista no tratamento da escoliose, sugiro um colete
mais moderno, ativo e que faça correções de forma tri-dimensional.
Além disso, é imprescindível um Tratamento Científico da Escoliose que tem mostrado evidências científicas na
melhora da curvatura. Como neste estudo realizado em 2008, concebido para confirmar se o indicação para o
tratamento com exercícios específicos para Escoliose Idiopática do Adolescente se alterou nos últimos anos,
descobriram que, com apenas uma única exceção, todos os estudos confirmaram a eficácia dos exercícios na
redução da taxa de progressão (principalmente na puberdade precoce) e/ou a melhorar a curvatura da escoliose
pelo Cobb ângulo.
Leve em consideração a importância de receber um tratamento individual específico com base nas mais fortes 
evidências científicas, evitando o uso dos coletes ortopédicos e de possíveis cirurgias.
http://randradefisio.com.br/devo-ou-nao-operar-a-escoliose-do-meu-filho-a/
TTO ESCOLIOSE
O tratamento é continuado até se determinar que foi atingida a maturidade óssea. É considerado um tratamento
com sucesso caso a magnitude de curva inicial se mantenha até ao fim do uso do colete. Quando é verificado
insucesso no tratamento (curvas que progrediram, especialmente para além dos 45 graus já com maturidade
óssea), Escoliose Idiopática do Adolescente COM O COLETE poderá ser devida a correção inadequada,
irritações sucessivas da pele que originaram falhas na utilização correta do coletE.
O peso do adolescente também tem influência nos resultados do tratamento com colete, sendo que um doente
obeso (IMC> percentil 85) tem um risco superior de falência do tratamento com colete e uma taxa de cirurgia
perto do dobro daqueles com peso abaixo do percentil 85.
Foi demonstrado que o sexo tem influência no tratamento com órteses. Os rapazes aparentam aderir menos ao
tratamento que as raparigas. Num estudo realizado por Katz et al. que comparou pacientes tratados com o colete
Boston e com Charleston, verificou que a taxa de insucesso, num grupo de 25 rapazes, era de 80% quando
comparado com 36% nas raparigas. Yrojönen et al verificou uma taxa de insucesso de 31.4% num grupo de 51
rapazes quando comparado com um grupo de controlo de 51 raparigas (21.6%), ambos utilizavam coletes Boston.
Mas quando retirados os rapazes não colaborantes não existia grandes diferenças. Logo concluíram que apesar
dos rapazes serem menos colaborantes que as raparigas, não existe razão para abandonar o uso dos coletes.
TTO COM ÓRTESES
O uso de colete tem um efeito estético negativo que pode levar a uma baixa autoestima
e consequentemente alguns efeitos psicológicos. Todos estes efeitos têm um impacto
negativo na qualidade de vida do doente, que aliado ao fato dos coletes serem de fácil remoção,
conduzem a uma redução da adesão. Para além disso, o seu uso acarreta também um
desconforto funcional derivado de pontos de pressão, irritação da pele em elevadas
temperaturas e alguma restrição de movimentos. Sendo a baixa adesão ao tratamento
um dos maiores obstáculos à eficácia do uso de coletes, a sua avaliação torna-se importante.
Caso seja verificado um insucesso no início do tratamento com órteses, este deve ser
interrompido e o adolescente ser submetido a tratamento cirúrgico caso indicado. Não existe
razão para esperar até ao fim da puberdade parar terminar o tratamento e realizar
a cirurgia. É fundamental ajustar o tratamento à progressão da curva.
ELETROTERAPIA
A Eletroterapia foi encarada como um tipo de tratamento com potencial, mas não foram 
registrados grandes sucessos. Por fim, baseado na pesquisa realizada e das evidências 
científicas encontradas, foi concluído que dos tratamentos conservador, só a órtese 
demonstrou ser muito efetiva no tratamento da EIA. Existe uma falta de informação 
sobre a eficácia dos outros métodos de tratamento.(25)
TTO CIRÚRGICO
Os objetivos do tratamento cirúrgico da EIA são o impedimento da progressão da curva em primeiro
lugar e, em segundo, atingir uma correção permanente da deformidade. Com a cirurgia, tenta-se
manter uma coluna estável e equilibrada nos planos sagital e coronal, preservar o máximo de segmentos
móveis possíveis, melhorar os resultados a nível físico, psicossocial, diminuir o risco de desenvolvimento
de dor lombar no futuro. O tratamento cirúrgico padrão da EIA é a cirurgia de fusão que se baseia na
abolição do movimento entre segmentos da coluna através da fusão com enxerto ósseo do próprio
doente (vindo de raspagens das cristas ilíacas). Devido à localização da medula espinal, tornou-se
fundamental existir neuromonitorização intraoperatória. A utilização intraoperatória de potenciais
evocados somatossensoriais (PESS) demonstrou uma diminuição na incidência de défices
neurológicos no pós-operatório.
TTO CIRÚRGICO
O tratamento cirúrgico está indicado no tratamento de curvas superiores a 45 graus e ainda em fase
de crescimento ou então que continuem a progredir mesmo após o termino do crescimento. Logo,
a decisão para realização do tratamento cirúrgico assenta: no risco de progressão, maturidade óssea, tipo
de curva, magnitude da curva, aparência estética e no insucesso do tratamento conservador.(1)
As curvas >50 graus progridem mesmo após a maturação óssea; as de maior magnitude causam
perda da função pulmonar, podendo mesmo causar insuficiência respiratória em curvas severas;
quanto maior for a progressão, mais difícil se torna o seu tratamento cirúrgico.
Através das consultas prévias com o paciente e os pais, devem ser explicados os prós e contras da
intervenção, risco e o resultado pretendido. O paciente precisa toda a informação de forma a tomar uma
decisão fundamentada para ser submetido ao tratamento cirúrgico. A escolha do tipo de abordagem
cirúrgica depende de: Tipo de curva Tamanho Rigidez Maturidade óssea Instrumentação
disponível Habilidade dos cirurgiões.
COMPLICAÇÕES CIRÚRGICASAs complicações do tratamento cirúrgico podem ser imediatas ou tardias
consoante o momento de apresentação. Dentro das complicações imediatas podem
ser neurológicas, pulmonares ou vasculares, enquanto nas complicações
consideradas tardias são as infeções (agente mais comum é o estafilococos) que
podem provocar danos irreversíveis aos pacientes.
Complicações Imediatas A taxa de complicações neurológicas varia de 0.2 a 1.8%
dependendo do procedimento, sendo a maioria transitórias. Complicações neurológicas
podem resultar de contusão direta ou de um problema isquêmico, resultando em
lesão aos vasos que alimentam a medula. Pode existir lesão dos nervos periféricos
ou compressão das raízes dos nervos pelo material implantado.
Em mãos experientes, lesões da medula espinal são raras. Para evitar esses
riscos, deverá recorrer-se a neuromonitorização.
COMPLICAÇÕES PÓS CIRURGIAS
Complicações tardias processos inflamatórios e infeção. A infeção pode manifestar-se
meses ou mesmo anos após a cirurgia. É realizada profilaxia antibiótica de rotina. Podemos dividir
as infeções segundo as semanas de apresentação no pós-operatório: o Infecção recente (dentro
de 12 semanas após a cirurgia), deverá ser feita uma revisão da ferida e prescrição de
antibioterapia.(1) A ocorrência de infecção tem aqui um maior risco devido à extensão
da cirurgia e também ao recurso a transfusões sanguíneas e uso de aloenxertos.
Infeções tardias (ocorrem ao fim de 20 semanas ou mais) geralmente são
sintomáticas após 2-3 anos, nesses casos, deve ser realizada nova intervenção
cirúrgica com remoção dos implantes.
Caso a fusão esteja já sólida não é necessário aplicar mais medidas.
PÓS CIRURGIAS
O tratamento cirúrgico reduz a deformidade e previne a progressão da curva. No
entanto, a sua eficácia por vezes não é verificada.
A curva pode continuar a progredir, descompensar ou até mesmo
desenvolver novas deformidades.
A cirurgia escoliótica pode desenvolver por vezes um desequilíbrio coronal
iatrogénico. Esse desequilíbrio ocorre devido Escoliose Idiopática do Adolescente
a uma correção excessiva da curva major em relação ao potencial compensatório
da curva menor. Por este fato, torna-se essencial avaliar a rigidez das curvas antes
da correção completa para impedir esse desequilíbrio.
Pode surgir o fenômeno de Crankshft, embora mais frequente na EIJ com grande
potencial de crescimento. Deve-se ao crescimento anterior da coluna vertebral apesar
da fusão posterior. Esse fenómeno leva a um aumento da angulação e rotação da
coluna.
Dubousset defendia que devido a esse fenómeno, nos pacientes mais jovens com
grande potencial de crescimento, devia ser realizada fusão anterior e posterior. É
realizado um seguimento de 1 ano, com restrições nos desportos de contato e
culturismo durante esse tempo. Após 1 ano não existe qualquer restrição nas atividades
que podem ser realizadas pelos pacientes.
PROGNÓSTICO
Não existe prevenção para o desenvolvimento de escoliose, sendo fundamental apostar na deteção precoce
para que seja realizado o tratamento adequado. O objetivo é prever ocorrência de progressão, permitindo que
o tempo de intervenção seja mais preciso e eficaz. As atividades da vida diária do paciente podem ser influenciadas
pela escoliose (dores lombares e naqueles que realizem trabalhos pesados), afetando o seu bem-estar. Se a escoliose
ultrapassar os 30 graus segundo ângulo de Cobb, no fim do crescimento, o risco para a saúde em
adulto será aumentado significativamente. Geralmente restrições na respiração e problemas
cardiovasculares na vida adulta só ocorrem em pacientes com escolioses superiores a 80 graus. É
possível identificar os efeitos na saúde mental e na qualidade da vida que a deformidade pode trazer ao paciente
com EIA ao descobrir a sua percepção sobre a sua própria imagem. No entanto, a perspetiva das pessoas pode
mudar ao longo do curso das suas vidas, logo tornando-se um parâmetro muito difícil de avaliar. Foi concluído que os
pacientes tratados cirurgicamente possuíam uma melhor autoimagem, pelo contrário a pior autoimagem foi
verificada nos pacientes sujeitos a órtese. Os pacientes que não receberam tratamento e só foram sujeitos a
vigilância, curiosamente, quanto maior era o ângulo da curva, pior era a sua autoimagem. No geral, os estudos não
demonstraram grande diferença entre os rapazes e as raparigas, no entanto, um dos estudos demonstrou que os
rapazes tem uma melhor autoimagem pós-operatória que as raparigas.
PROGNÓSTICO
Danielsson et al realizou uma revisão literária para verificar os resultados a longo prazo
dos pacientes com EIA que não receberam qualquer tipo de tratamento. Concluiu que a
EIA não resulta em aumento na taxa de mortalidade, mas existe uma associação a
sintomas Escoliose Idiopática do Adolescente pulmonares nas curvas torácicas
de maior magnitude.
A prevalência de dor lombar está aumentada nos pacientes com EIA, mas essa dor é
branda e ocasional.
A escoliose não interfere com a vida sexual ou gravidez em nenhuma forma
segundo os estudo consultados.
A EIA é uma doença multifatorial com diversas origens e predisposições, no entanto, sem uma causa única indiscutível subjacente.
Devido à sua repercussão na vida dos doentes, quer a nível físico quer mental, necessita ser corretamente diagnosticada e 
encaminhada. Com novas técnicas de diagnóstico a serem desenvolvidas (Scolioscreen), sistemas de classificação a serem revistos 
e novas técnicas cirúrgicas, torna-se possível diminuir as repercussões que desta doença terá a longo prazo. Um dos aspetos 
frequentemente negligenciável nos estudos são as repercussões psicológicas que uma doença deformante pode ter no doente: 
diminuição do autoestima, falhas na integração social e ridicularização pelos colegas nesta idade tão ténue. São todas 
consequências devastadoras com repercuções muito sérias e merecem seguimento por um profissional de saúde. Através da 
deteção precoce, é possível diminuir a progressão da curva, evitando a necessidade de posterior correção cirúrgica e melhorando 
a qualidade de vida do doente. Os avanços no tratamento conservador permitem diminuir a progressão da curva e necessidade 
cirúrgica. Apesar das ortóteses serem a opção mais utilizada, foi evidente um aumento na utilização de PSSE permitindo estabilizar 
a progressão de algumas curvas. Apesar de ainda ser uma área pouco explorada, foi demonstrado ter muito potencial de 
desenvolvimento e impacto no tratamento conservador da patologia.
TTO CONSERVADOR 
< 25º: monitoramento a cada 4 a 12 meses (depende da idade e grau), se curva > 30º em esqueleto maduro –> 
monitoramento a cada 5 anos.
Órteses: criança em fase de crescimento, quando curva progride para 25 a 30º, limite de tratamento com órtese 
é Risser 2 ou 3 e curva < 45º.
– Pode haver correção, porém a tendência é a curva retornar ao nível antes do tratamento.
– Milwaukee é a melhor para controle de curvas torácicas superiores, outras opções são Boston, Wilmington e 
Charleston (para uso noturno, com curva no sentido da convexidade).
– O maior tempo no de horas de uso da órtese proporciona correção mais eficaz. Não é muito convincente a 
base científica com relação à eficácia das órteses.
TTO COM ÓRTESES
– Colete de Milwaukee: função principal de manter as deformidades
– Pouca função de correção até Risser IV
– Uso por 22 horas por dia
– Deve estar em fase de crescimento
– Serve para curvas torácicas de qualquer nível
– Funciona por correção de 3 pontos
– Controle:
– – RX a cada 4 meses após 4-6 horas sem colete
– – Retirada progressiva 4-6 horas por mês
TTO CIRÚRGICO
Objetivos: melhora do alinhamento / equilíbrio e prevenção da progressão da curva.
– O melhor método para correção duradoura é a instrumentação corretiva acrescida de artrodese, que pode ser 
feita anterior ou posterior.
Em geral, curvas torácias > 40 a 50º em imaturos e > 50º em maturos.
Pré-operatório
– RM / TC: afastar siringomielia, diastematomielia e síndromedo encarceramento medular
– Função pulmonar: curva grave ou paralítica
TTO CIRÚRGICO
Intra-operatório: potencial evocado ou Stagnara wake up test
– Níveis para artrodese: vértebras neutras superior e inferior (são as que voltam a ser paralelas ao chão)
– Associada a espondilolistese, tumor ou inflamatórias
– Tratar doença primária antes da escoliose – escoliose pode resolver
Harrington: distração com haste com catraca, no lado côncavo, mais haste de compressão rosqueada no lado 
convexo. Problema: leva a hipocifose.
Cotrel-Dubousset: manobra de rotação.
Indicações para fusão anterior e posterior: curvas > 75º e rígidas (correção por inclinação < 50º) e risco de 
deformidade “eixo de manivela” (crescimento anterior, apesar da fusão posterior, apenas em imaturos –> Risser
1 ou menos, trirradiada aberta, definida como aumento de 10º no Cobb ou rotação).
CORREÇÃO CIRÚRGICA
Correção cirúrgica conforme o padrão da curva: 
padrão mais comum –> torácica D
Pela classificação de King Moe:
– I: curva primária dupla verdadeira, ambas 
requerem fusão,
– II: falsa dupla curva 1ária, permite fusão 
seletiva,
– III: curva torácica,
– IV: curva torácica longa,
– V: curva torácica dupla.
Curva torácica D: instrumentação posterior mais fusão (haste 
côncava é a 1ª a ser posicionada), pode também ser feita por 
instrumentação anterior
Curva torácica D e Lombar E: se King II, fusão seletiva apenas 
da torácica. Se a junção das curvas (normalmente T12) estiver 
cifótica, a correção deve estender-se distalmente a cifose.
Curva Torácica dupla: (ombro E elevado, ao contrário da 
torácica simples que eleva o D)
Curva Lombar ou Toracolombar E: fusão isolada da curva 
lombar ou toracolombar
Curva Tripla: torácica sup E, torácica D, lombar/toracolombar
E, as curvas rígidas devem ser fixadas.
Materiais para correção
Harrington
– Compressão: melhor para correção de cifose
– Distração: melhor para correção de escoliose
– Técnica clássica: haste de distração na concavidade e compressão na convexidade
– na prática haste de distração isolada é usada mais frequentemente
Luque: força corretiva sublaminar contra haste pré-moldada
– Corrige a deformidade por aplicação de forças no plano transverso
Resultados
Evitar prolongamento caudal da fusão (abaixo de L3), para não ocorrer lombalgia.
Fenômeno crancksaft:
– artrodese posterior -> corpo anterior cresce -> rotação -> recorrência da giba
https://traumatologiaeortopedia.com.br/conhecimentos/lombalgia/
COMPLICAÇÕES PÓS CIRURGIA
– Lesão neurológica: trauma direto, tração excessiva, insuficiência de irrigação vascular para medula (> risco para congênitos e
hipercifose).
– Monitoramento da medula -> despertar de Stagnara
– Perda de sangue
– Complicações do material: quebra da haste = pseudartrose, contudo podem não estar relacionados a qualquer problema clínico.
– Síndrome compressiva da artéria mesentérica superior: compressão da 3ª porção do duodeno
– – Náusea, vômitos e distenção abdominal
Complicações neurológicas
Teste do despertar ou Stagnara wake up test:
– Se não mover os pés (correção excessiva? acidente de penetração?)
– Corrigir PA e anemia
– – Se não melhorar, reduzir a correção
– – Se não melhorar: retirar haste + artrodese com imobilização gessada por 1 ano
Paraplegia pós-operatória: retirar haste em até 3 horas
TTO
EXAME FÍSICO
-Forma do tronco
-Compensação das curvas
-Exame neurológico
-Desenvolvimento puberal
=Avaliação postural (ombros, escápulas, cinturas,
inclinação da pelve + medida dos MMII
ALTERAÇÕES ÓSSEAS
1-ESCOLIOSE CONGÊNITA: ALTERAÇÕES ÓSSEAS PARCIAL/ UNILATERAL/ FALHA DE FORMAÇÃO
ALTERAÇÕES ÓSSEAS TOTAL/UNILATERAL/FALHA DE FORMAÇÃO-HEMIVÉRTEBRA
EXAME FÍSICO
=TESTE DE ADAMS: 
-FLEXÃO DA COLUNA, JOELHO EM EXTENSÃO, PALMAS DAS MÃOS JUNTAS-
= VERIFICAMOS ROTAÇÃO E GIBOSIDADE.
-Incapacidade de realizar a flexão do tronco
-dor lombar
-espasmos isquiotibiais
Resposta: As vértebras sempre rodam para a convexidade da curva na escoliose estrutural
RX
-Paciente em ortostática: AP e PERFIL, expondo a coluna toda em um único filme.
OBS: As radiografias de controle não precisam serem vistas em perfil.
-Verificar as alterações de partes moles.
-Verificar alterações de parte ósseas(ex. acunhamento de vértebras, hemivértebras,
barras ósseas e indícios de disrafismos espinhais).
-Verificar a presença de todos os pedículos e distância interperdicular,
-Nivelamento da pelve (discrepância do comprimento dos MMII- a convexidade da 
curva lombar será do mesmo lado do encurtamento.
Método de COBB-quantificação da magnitude da curva.
Índice de Risser-maturidade esquelética e prognóstico, evolução e tto da escoliose
ESCOLIOSE
Escoliose Vertebral:
Aparece por volta dos 10 anos de idade em uma coluna
previamente normal. Devido a uma rotação no próprio
eixo, a deformidade se apresenta tanto no plano frontal
quanto no lateral.
O corpo vertebral gira para o lado convexo e o processo
espinhoso para o lado côncavo. As costelas
acompanham a rotação vertebral, girando para trás e para
cima no lado convexo, e para frente no lado
côncavo. Devem ser consideradas como escolioses
“verdadeiras” curvas maiores que 10º Cobb.
Tipos de Curvas:
A curva torácica para a direita é o tipo mais freqüentemente encontrado.
Curvas que fogem deste padrão devem ser melhor estudadas para o diagnóstico diferencial com outras etiologias.
Prevalência:
Atinge 2-3% da população.
Felizmente as curvas maiores de 40º Cobb representam apenas 0.1% da população.
Meninas são 10 vezes mais acometidas do que os meninos.
Diagnóstico:
A deformidade é mais facilmente notada quando o tronco é visto por trás. Em uma curva torácica para direita, o ombro
direito é elevado e o braço esquerdo freqüentemente parece ser mais longo e mais afastado do corpo. A escápula
direita move-se para cima e lateralmente. Devido à rotação do tronco, a mama esquerda pode parecer maior do que a
direita.
Dobrinhas do flanco e abdome podem estar assimétricas, principalmente em crianças com excesso de peso. A crista
do ilíaco esquerdo aparenta ser mais saliente que a direita.
ACOMPANHAMENTO
Os princípios do tratamento têm por objetivo alterar a história natural da EIA (escoliose idiopática em adolescentes).
Sabe-se que as curvas com maior risco de progressão são as que aparecem antes da maturidade esquelética e que
apenas as curvas maiores de 40º Cobb podem progredir independentemente da faixa etária.
As duas variáveis principais no tratamento da EIA são a maturidade óssea e o valor angular da curva (Cobb).
A orientação abaixo pode ser utilizada como regra para o tratamento da maioria dos pacientes portadores da EIA.
• Para curvaturas < 20º: Observação periódica durante o período do crescimento e estímulo à pratica de atividades
recreativas;
• Para curvaturas 20 º-40º: A órtese (colete) é indicada nas crianças com potencial de crescimento ósseo;
IMPORTANTE 
Grau de Curvatura do
Ângulo de Cobb
Idade 10-12 Idade 13-15 Idade acima de 16
< 20º 25% 10% 0%
20º-30º 60% 40% 10%
30º-60º 90% 70% 30%
> 60º 100% 90% 70%
1. Ainda não há evidências científicas de que programas de exercícios, manipulação vertebral ou RPG melhorem ou impeçam a história natural da 
escoliose.
2. Nenhuma restrição deve ser feita para realização de qualquer tipo de atividade física ou esportiva.
3. Na presença de história familiar positiva para escoliose vertebral é recomendado o exame das crianças da mesma família, pois a EIA pode apresentar
herança genética com maior risco de ocorrência na mesma família.
4. Curvas de menor valor (<20º) são comuns, mas apenas três adolescentes do sexo feminino em cada 1.000 possuem deformidade vertebral que 
necessite de tratamento com colete ou cirurgia.
* Dados gerados pela Sociedade de Pesquisa de Escoliose, Chicago, Ilinois, EUA (Scoliosis Research Society), corroborados pelo Comitê de Patologias 
da Coluna Vertebral da SBOT.

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