Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
78 Elany Portela Via Glicolítica Oxidativa Glicólise É a quebra da glicose em 2 moléculas de piruvato, e é dividida em fase preparatória (gasta 2 ATPs) e fase compensatória (gera 4 ATPs) 1ª Etapa: conversão da α-D-glicose em glicose-6-P pela hexocinase. A hexocinase vai adicionar um grupamento fosfato no carbono 6 da glicose. O objetivo dessa reação é impedir que a glicose saia da célula, já que a glicose-6- fosfato não atravessa a GLUT. Essa reção é termodinamicamente favorável, ou seja, é uma reação que tende a acontecer, também é uma reação irreversível (serve como ponto de controle do processo). A glicose-6-fosfato não está comprometida com a glicólise, por isso ela pode seguir também para a via das pentoses ou para a síntese do glicogênio. 2ª Etapa: conversão da glicose-6-fosfato em frutose-6-fosfato pela fosfohexose isomerase. O objetivo dessa reação é tornar a molécula mais simétrica permitindo quebra-la em 2 iguais. *Glicose é aldose e frutose é cetose. 3ª Etapa: Fosforilação da frutose-6- fosfato em frutose-1,6-bifosfato pela fosfofrutocinase 1 (FFK1) É uma reação irreversível e gasta 1 ATP. Há comprometimento com a via glicolítiva. O objetivo dessa reação é desestabilizar a molécula, tornando-a mais instável, permitindo a quebra da glicose em piruvato posteriormente. O aumento de ATPé um fator alostérico negativo para a FFK1. REGULAÇÃO DA FFK1 A fosfofrutocinase 1 é uma enzima alostérica inibida alostéricamente pelo ATP O aumento nas concentrações de ATP diminui a afinidade da FFK1 pelo substrato, resultando na diminuição da velocidade da via glicolítica. 79 Elany Portela 4ª Etapa: Clivagem da frutose-1,6- bifosfato pela aldolase. Há formação de 2 trioses: diidroxiacetona fosfato (DHAP) e gliceraldeído-3-fosfato (GAP) Só a GAB continua o processo de glicolise, mas a DHAP consegue se converter em GAP. 5ª Etapa: Interconversão das trioses fosfato pela triose-fosfato isomerase. Por serem isomeros, DHAP torna-se GAP EQUAÇÃO PARCIAL DA FASE PREPARATÓRIA 1 GLICOSE + 2 ATP -> 2 GLICERALDEÍDO-3-P + 2 ADP *A partir de agora todas as reações vão ocorrer em dobro, devido a presença de 2 gliceraldeídos. 6ª Etapa: Oxidação do gliceraldeído-3- fosfato pela gliceraldeído-3-p- desidrogenase (GAPDH) ** desidrogenase = oxirredução *** Há a participação de coenzimas NAD+ (oxidado) e NADH + H+ (reduzido) 7ª Etapa: Transferência de fosfato do 1,3-bifosfatoglicerato para ADP pela fosfoglicerato cinase (PGK) formando 3- fosfoglicerato. É a primeira reação que gera energia útil na forma de ATP. Gera 2 ATPs (lembrar que a reação está ocorrendo em dobro) 8ª Etapa: Conversão do 3P-glicerato em 2-P glicerato pela fosfoglicerato mutase, que retira P do C3 e coloca no C2. O objetivo da reação é aproximar cargas negativas, pois isso favorece a retirada de P. 9ª Etapa: Desidratação do 2-p-glicerato em fosfoenolpiruvato (PEP) pela enolase. *O enol é instável ** O fluoreto consegue inibir a glicólise, pois bloqueia a atividade da enolase. 80 Elany Portela 10ª Etapa: Transferência de fosfato do PEP para ADP pera piruvato cinase. É a segunda reação que gera energia útil na forma de ATP Gera 2 ATPs EQUAÇÃO PARCIAL DA FASE LUCRATIVA 2 GLICERALDEIDO-3-P + 2 Pi + 2 NAD + 4 ADP -> 2 PIRUVATO + 2 NADH + 2 H+ + 4 ATP + 2 H2O EQUAÇÃO GERAL DA VIA GLICOLÍTICA: 1 GLICOSE + 2 ADP + 2 Pi + 2 NAD -> 2 PIRUVATOS + 2 NADH + 2 H+ + 2 ATP + 2 H2O SALDO BRUTO : 2 NADH+ + 4 ATP SALDO LÍQUIDO: 2 NADH+ + 2 ATP A glicólise libera apenas 5% da energia potencial da glicose, o piruvato ainda retém grande parte da energia química. Piruvato é convertido em acetil CoA O piruvato é transportado para a mitocôndria pela proteína de membrana piruvato translocase. Chegando lá complexo piruvato desidrogenase forma acetil coenzima-A (acetil CoA) através da reação de descarboxilação oxidativa. O complexo piruvato desigrogenase é formado por piruvato desidrogenase(E1), diidrolipoiltransacetilase (E2) e diidropoildesidrogenase (E3) 81 Elany Portela Ciclo de Krebs RESULTADO FINAL DO CICLO DE KREBS: 1 GTP (ATP), 3 NADH, 1 FADH2 e libera 2 moléculas de CO2.
Compartilhar