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DOENÇAS BENIGNAS DA MAMA Grupo heterogêneo de lesões que pode representar uma ampla variedade de sinais e sintomas, e em faixas etárias variáveis A alteração na mama gera sofrimento e angústia para a paciente - Importante diferenciar das doenças malignas - Tranquilizar a pacientes e tratar apenas quando for necessário Epidemiologia das doenças da mama A maioria das lesões na mama são benignas Incidência começa a aumentar durante a 2º década de vida, com picos na 4º e 5º década - Diferentemente, as lesões malignas continuam a aumentar após a menopausa Mais de 50% das mulheres em todo o mundo ao longo da sua vida sofre de patologia mamária benigna Os sintomas ocorrem predominantemente entre a menarca e a menopausa Os fibroadenomas predominam nas mulheres jovens, enquanto os cistos na peri-menopausa Etiologias Doenças inflamatórias Lesões proliferativas Mastites agudas e crônicas Adenose de ductos terminais e esclerosante Abscesso subareolar recidivante Hiperplasia ductal (usual ou sem atipia e atípica) Ectasia ductal Alteração papilar apócrina Lobulite linfocítica Alteração papilar apócrina Reações a prótese mamária Cicatriz radial / lesão esclerosante complexa Alterações fibrocísticas Lesões de células colunares Cistos Alteração de células colunares Metaplasia apocrina Hiperplasia de células colunares sem atipias Alterações estromais (fibrose e elastose) Atipia plana Hiperplasia pseudo angiomatóide do estroma mamário Lesões nodulares Fibroadenoma Tumor filoides Papiloma intraductal Hamartoma Lipoma Sintomas mais comuns Nódulo na mama (60%) - geralmente representa cistos e fibroadenomas Dor mamária (mastalgia) Processos inflamatórios da mama Fluxo papilar Conduta do médico frente às queixas Exame físico completo da mama: inspeção estática, inspeção dinâmica, palpação e expressão Propedêutica do nódulo com exame de imagem e, se necessário, histopatológico Avaliação da consistência, limites, regularidade, tamanho, localização ● Abordagem dos nódulos sólidos ● Abordagem dos cistos ● Abordagem da mastalgia Para as dores cíclicas, bilaterais e difusas, é recomendado orientação verbal. Se persistência da dor após 2 meses, deve ser prescrito analgésicos/AINES, se manutenção pode ser utilizado tamoxifeno 10mg/dia 3-6 meses ● Abordagem dos derrames papilares Fibroadenoma ● Epidemiologia Tumor benigno mais comum Incidência predominante: 20-50 anos 10-15% são lesões múltiplas HF de CA de mama e mastalgia pré menstrual estão associadas ao aumento na incidência Uso de ACO é uma proteção para o desenvolvimento do fibroadenoma ● Aspecto do nódulo Lesão palpável, limites bem definidos, móvel, consistência firme ● Etiopatogenia Processo hiperplásico em células de origem fibroblástica Se desenvolve na menace e regredi pós menopausa espontaneamente Interrompe o crescimento ao atingir 2-3 cm ● Exames de imagem Contornos regulares elipsóides bem definidos Não aderidos aos planos profundos Consistência fibroelástica ● PAAF ou biópsia de fragmento TU único < 30 anos e < 3 cm → expectante Múltiplos ou mais de 30 anos → exérese ● Fibroadenomas incomuns Fibroadenoma juvenil: 0.5 a 2%. Aparece em adolescentes e tem crescimento rápido Fibroadenoma gigante: TU maior que 5 cm. Mais comum em gestantes ou lactantes. O tratamento cirúrgico se possível é postergado até o fim da gestação ou lactação ● CA de mama O fibroadenoma isolada não aumenta o risco de câncer de mama Aumenta o risco se associado a outras alterações proliferativas adjacentes ao tumor Tumor filoides 1% dos tumores da mama Raro em mulheres jovens, mais comuns na 4º década Tumor fibroepitelial de crescimento rápido Comportamento biológico variado: benigno, intermediário, localmente agressivo ou maligno ● Exame de imagem ● Conduta Excisão com margem de 2cm devido à chance de recidiva Mastites Podem ser dividas em crônicas ou agudas (mais comuns, principalmente puerperal) Podem ser infecciosas ou não infecciosas As mastites agudas devem ser tratadas com antibióticos, já as crônicas depende da investigação da etiologia Alterações funcionais benignas da mama Conjunto de alterações benignas, não neoplásicas e não inflamatórias, que acomete o lóbulo mamário, de natureza hormonal - Mastalgia, micronódulos difusos, cistos O parênquima da glândula mamária se altera no desenvolvimento das mamas, principalmente entre a menacme e a menopausa. Nas mamas jovens, há a prevalência de ductos e lóbulos de estroma interlobular → nessa fase é mais comum alterações fibrocísticas funcionais benignas Após a menopausa, a mama sofre lipossubstituição devido às alterações hormonais, esse é o período que a mama responde com as AFBM Risco para câncer das lesões benignas
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