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TITULOS DE CREDITO - CONTEUDO 8 MODULO 9 - UNIP

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01/06/2021 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/17
CONHECIMENTO DE DEPÓSITO e WARRANT
1 CONCEITO
Em Direito, chama-se de conhecimento à prova escrita produzida especificamente
para afirmar a entrega de determinada mercadoria. Por um lado, afirma o
recebimento da mercadoria, atestando-o; por outro, mais do que uma simples
declaração do recebimento da mercadoria, desenvolveu-se no Direito uma evolução
técnica importante, frisada por Carlos Rocha Guimarães: “a palavra conhecimento é,
em regra, empregada para os títulos negociáveis”. Como se vê, atribuiu-se, em
regra, a tais instrumentos jurídicos a condição de títulos representativos do direito
aos bens ali anotados, definindo-lhes a cambialidade como característica, isto é,
permitindo sejam os documentos negociados e, com eles, a propriedade sobre as
mercadorias. Pode-se afirmar, portanto, que os conhecimentos são títulos de crédito
representativos do direito sobre bens, em lugar de títulos que expressem o direito a
pecúnia, a dinheiro.
Conhecimento de depósito e warrant são dois tipos de títulos de crédito especiais,
emissíveis por empresas de armazéns gerais, sempre que tanto lhes for pedido por
aquele que utiliza de seus serviços, representando as mercadorias que ali foram
depositadas, nos moldes do Decreto no 1.102/1903. Essa norma, todavia, teve o seu
conteúdo esvaziado com a edição das Leis nos 9.973/00 e 11.076/04, que afastaram
sua aplicação no que diz respeito a bens agropecuários. Mas ainda valem para outros
produtos.
Armazéns gerais são empresas (pessoas naturais ou jurídicas), devidamente
registradas nas juntas comerciais, que têm por fim a guarda e conservação de
mercadorias, serviço que prestam de acordo com a lei, um regulamento interno,
sendo remunerados por tarifa correspondente. Sua existência e funcionamento são
regulamentados pelo Decreto no 1.102/1903, em normas rígidas que, assim,
garantem a confiabilidade e a segurança dos títulos cambiais correspondentes. Basta
lembrar que o armazém geral responde pelas perdas e avarias da mercadoria, ainda
mesmo no caso de força maior; ademais, exige o artigo 1o, § 2o, do Decreto no
1.102/1903 que o empresário assine termo de responsabilidade, como fiel
depositário dos gêneros e mercadorias que receber, e só depois de preenchida esta
formalidade poderão ser iniciados os serviços e as operações que constituem objeto
da empresa. Lembre-se de que por força do artigo 37 do Decreto no 1.102, são nulas
as convenções ou cláusulas que diminuam ou restrinjam obrigações e
responsabilidades que, por aquela norma, são impostas às empresas de armazéns
gerais e aos que figurarem nos títulos que elas emitirem. Dessa maneira, as
empresas de armazéns gerais respondem pela guarda, conservação e pronta e fiel
entrega das mercadorias que tiverem recebido em depósito, sob pena de serem
presos empresários, gerentes, superintendentes ou administradores sempre que não
efetuarem aquela entrega dentro de 24 horas depois que judicialmente forem
requeridos; tal responsabilidade cessa nos casos de avarias ou vícios provenientes da
natureza ou acondicionamento das mercadorias, e por força maior. São também
responsáveis pela culpa, fraude ou dolo de seus empregados e prepostos e pelos
furtos acontecidos aos gêneros e mercadorias dentro dos armazéns. A indenização
será correspondente ao preço da mercadoria em bom estado no lugar e no tempo em
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que devia ser entregue; o direito à reparação, segundo o artigo 11, § 1o, prescreve
em três meses, contados do dia em que a mercadoria foi ou devia ser entregue. Não
se aplica o direito ordinário em face da norma especial.
Das mercadorias confiadas a sua guarda, os armazéns gerais passarão, por força do
artigo 6o do Decreto no 1.102/1903, um recibo, declarando nele a natureza,
quantidade, número e marcas, fazendo pesar, medir ou contar, no ato do
recebimento as que forem suscetíveis de ser pesadas, medidas ou contadas. Sempre
que o depositante for efetuando retiradas parciais dessas mercadorias, durante o
período de depósito, as retiradas serão anotadas pelo armazém no verso desse
recibo. Esse movimento de bens deve ser registrado num livro de entrada e saída de
mercadorias, escriturado rigorosamente dia a dia, no qual se anotarão as
consignações em pagamento, as vendas e todas as circunstâncias que ocorrem
relativamente às mercadorias depositadas.
É faculdade do depositante, porém, requerer ao armazém-geral que emita, sobre o
depósito, os dois títulos, quais sejam o “conhecimento de depósito” e o “warrant”,
que serão criados unidos, mas que são separáveis à vontade do portador. Esses
títulos constituem declarações cambiais da existência de mercadorias em depósito,
especificando, como se verá, nome mais usado, natureza, quantidade, peso, estado
dos envoltórios, marcas e outras referências. Para que os títulos sejam emitidos, é
necessário que o depositante restitua à empresa o recibo das mercadorias, evitando-
se, destarte, duplicidade de documentos representativos das mercadorias. É preciso
estar atento por se tratar de documentos distintos, um representativo de um crédito
e o outro, representativo de uma relação de depósito de mercadorias; justamente
por isso, por força do artigo 6o, parágrafo único, é faculdade de quem tiver o direito
de livre disposição das mercadorias requerer, durante o prazo do depósito, a
substituição dos títulos pelo recibo para, assim, poder passar a efetuar saques sobre
o montante global das mercadorias depositadas.
2 DISTINÇÕES
Ambos os títulos declaram a mesma obrigação, diferenciando-se, apenas, pela
finalidade desta. A declaração contida é a de que as mercadorias especificadas no
título serão entregues ao beneficiário nomeado na cártula, o depositante ou terceira
pessoa por ele indicado, ou a sua ordem; o crédito específico de tais títulos é a
faculdade (o poder) de exigir a entrega dos bens depositados, ao qual corresponde a
obrigação, própria dos armazéns-gerais, de os entregar. No plano das finalidades, o
conhecimento de depósito destina-se a permitir a transferência do domínio, da
titularidade sobre os bens depositados; essa circulação é garantida por medidas
como o artigo 9o do Decreto, permitindo aos interessados o exame e a verificação
das mercadorias depositadas e a conferência das amostras, podendo, no
regulamento interno do armazém, ser indicadas as horas para esse fim e tomadas as
cautelas convenientes. Já o warrant é instrumento jurídico apropriado para
representar a existência dos bens que estão depositados em armazéns gerais, e que
tem por finalidade específica permitir que tais bens sejam objeto de penhor a partir
do endosso do título (do warrant, friso) ao mutuante.
O warrant, portanto, é apenas um título de garantia pignoratícia; a palavra é inglesa
e traduz-se por garantia. Embora possa parecer estranho, tal estrutura foi cunhada
na prática comercial, permitindo-se utilizar um título para o oferecimento da garantia
real a favor daquele que concede um empréstimo (mútuo) e, ao mesmo tempo,
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negociar a mercadoria com outrem que, em razão das anotações feitas no
conhecimento de depósito (conferir infra), saberá que está adquirindo bens que
garantem determinada dívida.
3 REQUISITOS
De acordo com o artigo 15, § 1o, da Decreto no 1.102/1903, tanto o conhecimento
de depósito, quanto o warrant, serão extraídos de um livro de talão, o qual conterá
número de ordem correspondente. Ademais, os títulos deverão conter sua
designação particular, ou seja, trazer expressa no instrumento sua identificação
específica, requisito que, aliás, mantém coerência com as exigências formais dos
títulos de crédito. Devem trazer, ademais,a indicação de que são títulos à ordem, de
que são documentos endossáveis, ou seja, que a titularidade neles afirmada pode ser
transferida pela via simplificada do endosso.
Deve, ainda, trazer informações sobre o depósito, quais sejam: a denominação da
empresa do armazém-geral e sua sede; o nome, profissão e domicílio do depositante
ou de terceiro por ele indicado; o lugar e o prazo de depósito. Esse prazo do depósito
começa a correr da data da entrada da mercadoria nos armazéns-gerais e será de
seis meses, e pode ser prorrogado livremente por acordo das partes. Note-se que,
por força do artigo 10 do Decreto, vencido o prazo do depósito, a mercadoria
reputar-se-á abandonada e o armazém-geral dará aviso ao depositante, marcando-
lhe o prazo de oito dias improrrogáveis, para a retirada da mercadoria contra a
entrega do recibo ou dos títulos emitidos. Findo esse prazo, que correrá do dia em
que o aviso for registrado no correio, o armazém-geral mandará vender a mercadoria
por corretor ou leiloeiro, em leilão público, anunciado com antecedência de três dias
pelo menos. O produto da venda, deduzidas as despesas, se não for procurado, por
quem de direito, dentro do prazo de oito dias, será depositado judicialmente por
conta de quem pertencer.
Ainda são requisitos do conhecimento de depósito e warrant informações sobre a
mercadoria depositada, quais sejam sua natureza e quantidade, e designados pelos
nomes mais usados no comércio, seu peso, o estado dos envoltórios e todas as
marcas e indicações próprias para estabelecerem sua identidade. Se a mercadoria é
um bem fungível, que pode ser substituído por outro do mesmo gênero, na mesma
quantidade e qualidade, é possível guardá-la, em lugar apropriado, misturada com
outras de donos diversos, por disposição do artigo 12 do Decreto; nessa hipótese, os
títulos representativos trarão descrição que inclua expressamente a qualidade do
bem, certo que o armazém-geral não é obrigado a restituir a própria mercadoria
recebida, mas pode entregar mercadorias da mesma qualidade e na mesma
quantidade.
Ainda devem constar dos títulos a declaração dos impostos e direitos fiscais, dos
encargos e despesas a que a mercadoria está sujeita, e do dia em que começaram a
correr as armazenagens; a data da emissão dos títulos e assinatura do empresário (o
armazenador) ou pessoa devidamente habilitada por ele.
Os títulos devem ainda trazer a indicação do segurador da mercadoria e o valor do
seguro; com efeito, as mercadorias, para servirem de base à emissão dos títulos,
devem ser seguradas contra riscos de incêndio, no valor designado pelo depositante.
Esse seguro tem por beneficiário a empresa de armazém-geral, que receberá a
indenização devida pela seguradora; em compensação, os portadores de
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conhecimentos de depósito e warrant exercerão sobre a empresa os mesmos direitos
e privilégios que tenham sobre a mercadoria segurada.
Recebendo os títulos, o depositante, ou terceiro, por este autorizado, passará recibo
dos mesmos no verso do respectivo talão; se a empresa, a pedido do depositante,
expedi-los pelo correio, mencionará essa circunstância e o número e data do
certificado do registro postal. Aliás, devem ser anotadas também no verso do talão
as ocorrências que se derem com os títulos dele extraídos, como substituição,
restituição, perda, roubo etc.
Uma vez emitidos os títulos, os gêneros e as mercadorias não poderão sofrer
embaraço que prejudique sua livre e plena disposição, e os armazéns-gerais tornam-
se responsáveis para com terceiros pelas irregularidades e inexatidões encontradas
nos títulos que emitirem relativamente à quantidade, à natureza e ao peso da
mercadoria. Em contraste, respeitando-se o princípio da cartularidade, o
conhecimento de depósito e o warrant podem ser penhorados ou arrestados por
dívidas do portador.
4 TRANSFERÊNCIA
A previsão anotada no artigo 15, § 1o, item 2o, de que os títulos trarão expressados
nome, profissão e domicílio do depositante ou de terceiro por este indicado, deixa
claro não ser lícita a emissão de conhecimento do depósito e o warrant ao portador, o
que, em boa medida, justifica-se pelas preocupações fiscais relacionadas à
movimentação de mercadorias e gêneros. Todavia, títulos cambiais que são, o
conhecimento do depósito e o warrant podem ser transferidos, unidos ou separados,
por endosso. Esse endosso poderá ser dado em preto ou em branco, e neste último
caso, o portador, seja quem for, assumirá a condição de titular das mercadorias
depositadas, e poderá reivindicá-las com a simples apresentação do instrumento.
Como se trata de dois documentos distintos, que são emitidos conjuntamente, mas
podem ser separados, há três situações jurídicas: primeira, o endosso dos títulos
unidos confere, ao endossatário, o direito de livre disposição da mercadoria
depositada. O Ministro Eduardo Ribeiro, do Superior Tribunal de Justiça, examinando
o Recurso Especial 73.700/RJ, realçou que o warrant tem por finalidade ensejar o
penhor das mercadorias depositadas, por meio do endosso. E, se há endosso,
conjuntamente, do conhecimento de depósito, tem-se a transmissão da
disponibilidade dos bens, não se cuidando de excussão de penhor, mas,
simplesmente, de pretender-se a devolução do depositado. Em fato, o portador dos
dois títulos tem direitos plenos sobre a mercadoria, podendo, também, pedir a
divisão da mercadoria em tantos lotes quantos lhe convenham, e entrega de
conhecimentos de depósito e de warrants correspondentes a cada um dos lotes,
sendo restituídos, e ficando anulados os títulos anteriormente emitidos. Da mesma
forma, é permitido ao portador dos dois títulos, também por força do artigo 20 do
Decreto 1.102/1903, pedir novos títulos a sua ordem ou de terceiro que indicar, em
substituição dos primitivos, que serão restituídos ao armazém-geral e anulados.
Numa segunda situação, tem-se o endosso apenas do warrant, separado do
conhecimento de depósito, e confere ao endossatário o direito de penhor sobre a
mesma mercadoria; não se transfere a propriedade do bem dessa forma; apenas se
oferece o bem depositado em penhor, ou seja, como garantia do pagamento de uma
dívida. Sendo destacados os títulos e havendo endosso apenas do warrant, será
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necessário fazer constar nele uma declaração da importância do crédito garantido
pelo penhor da mercadoria, taxa dos juros e a data do vencimento. Essa declaração,
ademais, deverá ser transcrita no conhecimento de depósito e assinada pelos
endossatários do warrant.
Note-se que o portador do warrant que não fique integralmente pago, em virtude da
insuficiência do produto líquido da venda da mercadoria ou da indenização do seguro
no caso de sinistro, tem ação para haver o saldo contra os endossadores anteriores
solidariamente, observando-se a esse respeito as mesmas disposições substanciais e
processuais (de fundo e de forma) relativas a letras de câmbio, correndo a prescrição
do dia da venda. Para tanto, de acordo com o artigo 23, § 7o, deverá providenciar,
em tempo útil, o protesto por falta de pagamento; também perde o direito se, dentro
de 10 dias, contados da data do instrumento de protesto, não promover a venda da
mercadoria. Em tais casos, conservará tão somente ação contra o primeiro
endossador do warrant e contra os endossadores do conhecimento de depósito.
Finalmente, na terceira situação, tem-se o endosso apenas do conhecimento de
depósito que transfere ao endossatário a faculdade de dispor da mercadoria, salvo os
direitos do credor, portador do warrant.
A falência do depositante, ou o deferimento de sua recuperação judicial, em nada
alteram o direito do endossatário, se anterior o endosso, aos bens depositados. Em
fato, com o endosso realizado a tempo e modo válidos, sem que hajafraude ou má-
fé, há transferência efetiva da propriedade sobre as mercadorias depositadas,
realizando-se no momento em que é passada a declaração de transferência pelo
endossatário. Assim, a circunstância de encontrar-se em regime de recuperação
judicial aquele que depositou os bens e procedeu ao endosso dos títulos não tem
relevo algum, em nada afetando o direito do endossatário, na qualidade de credor,
de exigir o adimplemento do que lhe cabe.
5 ADIMPLEMENTO
Está o armazém-geral obrigado a adimplir a obrigação representada pelo título, ou
seja, a entregar a mercadoria ali discriminada ao legítimo portador do conhecimento
de depósito. A mercadoria depositada, como assinalado pelo artigo 21 do Decreto no
1.102/1903, será retirada do armazém-geral contra a entrega do conhecimento de
depósito e do warrant correspondente, liberta pelo pagamento principal e juros da
dívida, se foi negociado. Se não apresenta ambos, o portador não pode retirar a
mercadoria, a não ser dispondo-se a pagar a dívida, consignando principal e juros
até o vencimento e pagando os impostos fiscais, armazenagens vencidas e mais
despesas; o armazém-geral receberá a importância e passará um recibo
correspondente, extraído de um livro de talão. Imediatamente, o armazém-geral
avisará ao primeiro endossador do warrant, por carta registrada, dessa consignação.
A consignação equivale a real e efetivo pagamento e a quantia consignada será
prontamente entregue ao credor mediante a restituição do warrant com a devida
quitação. Se o warrant não for apresentado ao armazém-geral até oito dias depois do
vencimento da dívida, a quantia consignada será levada a depósito judicial por conta
de quem pertencer.
O Superior Tribunal de Justiça, examinando o Recurso Especial 73.700/RJ, decidiu
caber à empresa de armazéns-gerais proceder à entrega das mercadorias a quem,
como legítimo possuidor, apresente aqueles títulos. O conhecimento de depósito
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presta-se a evidenciar, em princípio, quem é o proprietário da mercadoria,
propriedade que se transmite com o endosso. Se isso não ocorreu, em virtude das
relações pessoais entre endossante e endossatário, é matéria estranha ao
depositário. No corpo do voto condutor, proferido pelo ministro Eduardo Ribeiro,
esclarece-se que, uma vez recebendo as mercadorias em depósito, a empresa de
armazéns-gerais assume as responsabilidades daí decorrentes. É depositária das
mercadorias e deve entregá-las quando isso for solicitado, o que cabe ao
depositante, exibindo o conhecimento de depósito e warrant. Se esses títulos forem
endossados, a propriedade transmite-se, e aquele que detém os dois títulos passa a
ter, como regra, a completa disponibilidade das coisas depositadas.
No feito, a empresa de armazéns-gerais, acionada pelo endossatário (uma instituição
financeira), argumentou que os títulos tinham sido apenas caucionados (endosso
caução), não havendo transmissão da propriedade; o argumento, contudo, foi
rechaçado, pois essa seria uma questão pertinente apenas a endossante e
endossatário, sendo o depositário das mercadorias pessoa estranha a ela,
incumbindo-lhe proceder a entrega a quem se apresente como legítimo possuidor
dos títulos.
Não se pode esquecer, porém, que o armazém-geral, e seus administradores, são
fiéis depositários das mercadorias a eles entregues, o que pode conduzir ao pedido
de prisão civil, caso não restituam os bens depositados. A Terceira Turma, todavia,
concedeu habeas corpus de ofício aos administradores da empresa de armazéns-
gerais, ao fundamento de que a infidelidade no depósito de coisas fungíveis não
autoriza a prisão civil. Afinal, esclarece o voto da Ministra Nancy Andrighi, não se
trataria de depósito clássico, pois o depósito da soja não tinha por fim sua
conservação e posterior devolução a seu proprietário; a emissão do título
corresponderia a um “artifício jurídico” que teria por fim a garantia de mútuo
financeiro, havendo emissão de warrant e endosso do conhecimento de depósito,
para transfigurar um depósito atípico em depósito clássico.
6 EXCUSSÃO DO WARRANT
Excutir é o ato de demandar a execução da garantia real, isto é, do penhor, em
virtude do inadimplemento da obrigação por ele garantida. Assim, vencido o débito
garantido pelo warrant, sem o pagamento da dívida, e não estando o valor
correspondente (crédito e juros) depositado no armazém geral, o seu portador
poderá excuti-lo, ou seja, executar a garantia da obrigação da qual é credor. Para
tanto, deverá providenciar o respectivo protesto, nos prazos e pela forma aplicáveis
ao protesto por falta de pagamento das letras de câmbio, segundo determina o
artigo 23 do Decreto no 1.102/1903. Uma vez protestado o título, o portador do
warrant fará vender em leilão, por intermédio do corretor ou leiloeiro, que escolher,
as mercadorias especificadas na cártula.
O Decreto no 1.102/1903 afirma que tal alienação se concretizará
independentemente de formalidades judiciais, mas seguindo procedimentos públicos,
nele anotados, que preservam os interesses do portador do conhecimento de
depósito. Resta investigar se tal previsão sobrevive à Constituição da República,
designadamente às garantias inscritas no artigo 5o, XXXV, LIV e LV, vale dizer, a
garantia de que a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça
a direito, bem como a elevação à condição de garantia fundamental do devido
processo legal, com contraditório e ampla defesa. Sob uma perspectiva
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excessivamente cautelosa, dir-se-ia da inconstitucionalidade, já que, sob tal ângulo,
o Judiciário se torna via obrigatória para todo e qualquer exercício de faculdade
jurídica. Mas tal posição, defendida por muitos doutrinadores e magistrados, por
certo explica a inundação do foro, a conduzir-nos a uma verdadeira inviabilidade da
jurisdição estatal. Em fato, não se pode olvidar que o direito à excussão do warrant,
se inadimplida a obrigação, é regular, convencional e, até, comum. Exigir ir-se ao
Judiciário para tanto é tornar regra o litígio e exceção o exercido do direito. Assim,
parece-me que a norma é, sim, constitucional, desde que satisfeitos os princípios
inscritos entre as garantias fundamentais, vale dizer, antes de qualquer coisa, o
devedor deverá ser inequivocamente notificado, extrajudicial ou judicialmente, de
que o warrant está sendo excutido, permitindo-lhe recorrer ao Judiciário contra a
alienação da mercadoria depositada; dessa forma, garante-se o respeito ao artigo
5o, XXXV, LIV e LV, da Carta Política, embora reconhecendo caber ao devedor o ônus
de tornar o procedimento litigioso, excepcionando, destarte, a regra geral, que é o
exercício do direito do portador da warrant, que se dá em conformidade à lei (uma
faculdade ex vi legibus, portanto). Por interpretação analógica, parece-me que tal
notificação deverá proceder-se em prazo nunca inferior àquele que visa dar
conhecimento, ao executado, do praceamento dos bens constritos, conforme
disposição do Código de Processo Civil. É o suficiente para permitir-lhe o exercício do
direito de recorrer ao Judiciário, merecendo o devido processo legal e fruindo as
garantias da ampla defesa e do contraditório. Ademais, é indispensável que a
alienação se faça em moldes a atender não apenas aos interesses do credor, mas
igualmente a preservar os direitos e interesses do devedor, ao que serve,
indubitavelmente, o concurso promovido por leiloeiro oficial, desde que seja dada
publicidade satisfatória ao certame de venda.
Igual direito de venda cabe ao primeiro endossador que pagar a dívida do warrant,
sem que seja necessário constituir em mora os endossadores do conhecimento do
depósito. O portador do warrant deverá ser pago do seu crédito, juros convencionais
e de mora à razão de 6% ao ano, alémde despesas do protesto, precipuamente pelo
produto da venda da mercadoria. No entanto, preferem-se-lhe a Fazenda Nacional,
pelos direitos ou impostos que lhe forem devidos, o corretor ou leiloeiro, pelas
comissões, e o armazém geral, por todas as despesas de seus serviços, pelas quais
lhe é garantido o direito de retenção. Se com a venda houver excedente de preço, tal
valor será entregue ao portador do conhecimento de depósito contra a restituição
deste título; se o valor aferido não for suficiente para o pagamento da dívida, o
armazém geral mencionará no warrant o pagamento parcial feito e o restituirá ao
portador, para que possa cobrar o saldo restante.
7 COOPERATIVAS
A Lei no 5.764/71, que definiu a Política Nacional de Cooperativismo e instituiu o
regime jurídico das sociedades cooperativas, previu a possibilidade da utilização do
conhecimento de depósito e do warrant pelas cooperativas que se dedicarem a
vendas em comum. Tais sociedades deverão, para tanto, registrar--se como
armazém-geral e, nessa condição, expedir conhecimentos de depósitos e warrants
para os produtos de seus associados conservados em seus armazéns, próprios ou
arrendados, sem prejuízo da emissão de outros títulos decorrentes de suas
atividades normais.
Uma vez providenciado o registro, os armazéns da cooperativa equiparam--se aos
armazéns-gerais, com as prerrogativas e obrigações destes, ficando os componentes
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do Conselho de Administração ou Diretoria Executiva, emitente do título,
responsáveis, pessoal e solidariamente, pela boa guarda e conservação dos produtos
vinculados, respondendo não só criminal e civilmente pelas declarações constantes
do título, como também por qualquer ação ou omissão que acarrete o desvio,
deterioração ou perda dos produtos.
Tais títulos, embora com origem própria, submetem-se ao regime geral do
conhecimento de depósito e do warrant, definidos pelo Decreto no 1.102/1903, e há
pouco estudados.
Exercício 1:
2 - A recebeu por endosso, como pagamento de uma dívida, um conhecimento de
depósito em cujo verso estava anotada a existência de débito vincendo que foi
garantido pelo correspondente warrant. Desejando imediatamente retirar as
mercadorias representadas pelo conhecimento de depósito, A:
 
A)
não poderá fazê-lo, uma vez que com a circulação do warrant constituiu-se sobre as
mercadorias depositadas penhor mercantil que garantirá o pagamento da dívida
correspondente.
B)
não poderá fazê-lo em razão da responsabilidade subsidiária do armazém geral pelo
pagamento do débito.
C)
 poderá fazê-lo mediante prévia autorização do armazém geral que fará consignar
em livro próprio a obrigação pessoal de A como garantidor pessoal da dívida em
substituição ao penhor anterior.
D)
poderá fazê-lo consignando no armazém geral o principal da dívida e os juros até
seu vencimento conforme o warrant, e pagando os impostos correspondentes,
armazenagem vencida e demais despesas.
E)
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NDA
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Exercício 2:
3 - Títulos emitidos por uma empresa de armazéns gerais e entregues ao
depositante, que com eles fica habilitado a negociar a mercadoria depositada junto
à emitente, passando a circular os títulos, ao invés da mercadoria por eles
representada - Dá-se a esses títulos o nome de:
 
A)
Letras de Câmbio.
B)
Duplicatas de Circulação.
C)
Conhecimentos de Depósito.
D)
Cédulas de Crédito Comercial.
E)
NDA
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Exercício 3:
4 - O imóvel objeto de hipoteca constituída por cédula de crédito rural
 
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A)
é penhorável de forma ilimitada.
B)
 não pode ser penhorado no período de vigência do contrato.
C)
só pode ser penhorado dois anos após o resgate da cédula.
D)
admite outra penhora concomitante desde que o valor seja inferior ao da cédula de
crédito rural.
E)
NDA
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Exercício 4:
5 - O empresário individual ou a sociedade empresária que tenha por objeto a
exploração de armazéns gerais, com finalidade de guardar e conservar mercadorias
emitirá, quando pedido pelo depositante, títulos denominados warrant e
conhecimento de depósito. A esse respeito, é INCORRETO afirmar que:
 
A)
o conhecimento de depósito e o warrant são títulos e devem ser emitidos
simultaneamente pelo depositário, podendo ser transmitidos unidos ou
separadamente, mediante endosso.
B)
o warrant é título de crédito que confere direito de penhor sobre a mercadoria
depositada em armazém geral.
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C)
o conhecimento de depósito não pode ser penhorado nem arrestado por dívidas do
portador.
D)
ao portador do conhecimento de depósito é permitido retirar a mercadoria antes do
vencimento da dívida constante do warrant, consignando o armazém geral o
principal de juros até o vencimento e pagando os impostos fiscais, armazenagens
vencidas e mais despesas.
E)
NDA
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Exercício 5:
6 - A cédula de crédito bancário é título emitido por pessoa física ou jurídica, em
favor de instituição financeira ou de entidade a esta equiparada. A cédula de crédito
bancário representa a(o):
 
 
A)
ordem de pagamento à vista ou a prazo, decorrente de operação de crédito, de
qualquer modalidade, com ou sem garantia real.
B)
ordem de pagamento à vista ou a prazo, decorrente de operação de crédito, de
qualquer modalidade, sem garantia real.
C)
promessa de pagamento em dinheiro, decorrente de operação de crédito, de
qualquer modalidade, com ou sem garantia real.
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D)
título representativo de mercadoria, sem garantia real.
E)
título representativo de mercadoria, com garantia real.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Exercício 6:
7 - Em relação às normas aplicáveis aos títulos de crédito industrial, considere as
afirmativas que se seguem.
I - A cédula de crédito industrial representa promessa de pagamento em dinheiro,
com garantia real, cedularmente constituída. 
II - A nota de crédito industrial representa ordem de pagamento em dinheiro, sem
garantia real.
III - A cédula de crédito industrial pode ser garantida por penhor cedular, alienação
fiduciária e hipoteca cedular. 
IV - A cédula e a nota de crédito industrial são documentos que representam
mercadorias ou bens e permitem sua livre disponibilidade, a exemplo do warrant e
conhecimento de depósito.
Está correto APENAS o que se afirma em
 
A)
I e III
B)
 I e IV
C)
II e III
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D)
II e IV
E)
III e IV
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Exercício 7:
8 - Com a emissão dos títulos (conhecimento de depósito ou warrant, as
mercadorias depositadas):
 
A)
podem ser arrestadas.
B)
podem ser penhoradas
C)
podem ser embargadas.
D)
as mercadorias e os títulos emitidos não podem sofrer qualquer tipo de constrição.
E)
as mercadorias não podem, mas os títulos emitidos podem sofrer constrição.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
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Exercício 8:
9 - A cédula de crédito bancário
 
A)
deveráser emitida, necessariamente, com garantia real ou fidejussória.
B)
é título de crédito que representa ordem de pagamento à vista, em favor de
instituição financeira integrante ou não do Sistema Financeiro Nacional.
C)
pode conter os critérios de atualização monetária, mas não os juros sobre a dívida.
D)
é título executivo extrajudicial e representa dívida em dinheiro, certa, líquida e
exigível, seja pela soma nela indicada, seja pelo saldo devedor demonstrado em
planilha de cálculo ou nos extratos da conta corrente.
E)
em nenhuma hipótese poderá ser emitida em moeda estrangeira.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Exercício 9:
10 - Assinale a alternativa que apresenta afirmação correta a respeito da disciplina
sobre Cédula de Crédito Bancário.
 
A)
A Cédula de Crédito Bancário não pode ser protestada por indicação.
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B)
A validade e eficácia da Cédula de Crédito Bancário depende de registro.
C)
É dispensado o protesto das Cédulas de Crédito Bancário para garantir o direito de
cobrança contra endossantes, seus avalistas e terceiros garantidores.
D)
Os bens constitutivos de garantia pignoratícia em favor de Cédula de Crédito
Bancário não poderão permanecer sob a posse direta do emitente.
E)
NDA
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Exercício 10:
11 - Assinale a opção correta relativamente aos títulos de crédito.
 
A)
Com o objetivo de proteger a confiança dos credores que adquirirem o título de
crédito, a legislação brasileira veda a concessão de aval em data posterior à do
vencimento da cártula.
B)
De acordo com a jurisprudência do STJ, o empresário que apresente cheque pós-
datado antes da data acordada com o emitente não estará sujeito ao pagamento de
indenização por danos morais, devido ao fato de o cheque constituir ordem de
pagamento à vista.
C)
O STJ admite que o credor de nota promissória sem força executiva ajuíze, em até
dez anos após a data de vencimento do título, ação monitória em face do emitente.
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D)
A jurisprudência do STJ admite que, nas cédulas de crédito rural, comercial e
industrial, seja pactuada a capitalização de juros.
 
E)
A abstração é um princípio característico dos títulos de crédito, segundo o qual as
diferentes obrigações assumidas no título não são vinculadas, ou seja, são
independentes entre si.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Exercício 11:
12 - Acerca de direito cambiário, assinale a opção correta.
 
A)
A apresentação antecipada do cheque pré-datado não configura dano moral, dado
que o cheque é uma ordem de pagamento à vista.
B)
A cédula de crédito industrial é uma promessa de pagamento em dinheiro, sem
garantia real, exigível pela soma dela constante além de juros, comissão de
fiscalização, se houver, e demais despesas que o credor fizer para segurança e
realização do seu direito creditório.
C)
Tanto as cédulas quanto as notas de crédito rural devem ser inscritas em cartório do
registro de imóveis para ganharem eficácia quanto a terceiros.
D)
A nota de crédito bancário é um título de crédito emitido pelo tomador de
empréstimo em favor de instituição financeira, decorrente de operação de crédito de
qualquer espécie, que deve ser paga em moeda nacional.
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E)
Na execução de título de crédito, a cobrança do valor principal deve ser acrescida de
juros e correção monetária, podendo ainda a ela ser adicionado valor de eventual
pedido de indenização ou multa de mora.
 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Exercício 12:
O Warrant Agropecuário − WA
A)
tem a mesma finalidade do Certificado de Depósito Agropecuário − CDA, dele se
diferenciando por ter objeto operações superiores a um milhão de reais e prever
prazo de pagamento mais longo.
B)
é título de crédito representativo de promessa de entrega de produtos
agropecuários, seus derivados, subprodutos e resíduos de valor econômico,
depositados em conformidade com a Lei n° 9.973/2000.
C)
não constitui título executivo extrajudicial, diferentemente do Certificado de Depósito
Agropecuário − CDA, que possui essa característica.
D)
é título de crédito representativo de promessa de pagamento em dinheiro que
confere direito de penhor sobre o Certificado de Depósito Agropecuário − CDA
correspondente, assim como sobre o produto nele descrito.
E)
é transmissível por cessão de crédito, mas não admite endosso, diferentemente do
Certificado de Depósito Agropecuário − CDA.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)

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