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Abdias Nascimento - O Quilombismo

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NASCIMENTO, ABDIAS DO. O Quilombismo. 2ª. ed. Rio de Janeiro: Fundação Palmares, 2002.
Documento 1 – Introdução ao livro ‘Mistura ou massacre?’ - Ensaios desde dentro do genocídio de um povo negro
* “ [...] essa destruição coletiva tem conseguido se ocular da observação mundial pelo disfarce de uma ideologia de utopia racial denominada ‘democracia racial’, cuja técnica e estratégia têm conseguido, em parte, confundir o povo afro-brasileiro, dopando-o, entorpecendo-o interiormente; tal ideologia resulta para o negro num estado de frustação, pois que lhe barra qualquer possibilidade de auto-afirmação com integridade, identidade e orgulho. ” – pg. 27
* “ [...] os negros do Brasil só têm uma opção, desapar3ecer. Seja aniquiladas pela força compulsória da miscigenação e da assimilação, ou através da ação direta da morte pura e simples. ” – pg. 36
* “ Entre os mecanismos do linchamento social do afro-brasileiro, o supremacismo branco maneja várias ferramentas de controle social do povo negro, inclusive uma constante lavagem cerebral visando entorpecer ou castrar sua capacidade de raciocínio. ” – pg. 40
* “ Considerando o ser humano como a autêntica base do poder, inspirada no exemplo de Palmares e apoiada nesse comunalismo autorizado, a maioria de descendência africana no Brasil terá condições de eliminar os privilégios econômicos, políticos, culturais e sociais que atualmente institucionalizam as estruturas do poder, ao construir o Estado Nacional Quilombista. ” – pg. 43
Anexo – 1º Congresso de Cultura negra das Américas 
* “ Na América Latina se pratica a discriminação racial de maneira mascarada, sutil, aberta ou encoberta. Tal discriminação utiliza as diferentes tonalidades de cor epidérmica do negro como mecanismo para conseguir que o homem negro desapareça através da ideologia do branqueamento como busca do homem ideal, no esforço de obter melhores condições de vida. Com este mesmo mecanismo, se destrói a solidariedade política, econômica, religiosa e familiar dos grupos negros. ” – pg. 53
* “ V – [...] instrumentos para concretizar os ideais e os objetivos de estudo, intercâmbio de ideias e de estratégias de luta [...] atividades política e estratégica; atividade cultural; desenvolvimento tecnológico. ” – pg. 55,56 [não é observada a concretização dessas atividades, propostas e leis são regulamentadas, porém, não são colocadas em prática]
* O quilombismo “trata-se não só de um instrumento de luta anti-racista, mas sobretudo de uma proposta afro-brasileira de organização político-social de nosso país [...] representa uma tentativa de pensar a nossa forma de abordar os respectivos desafios e responsabilidades, construindo as políticas públicas necessárias para tornar realidade para todos o exercício da cidadania plena nu Brasil multirracial, multiétnico e pluricultural. ” – pg. 57
Documento 2 – Revolução cultural e futuro do Pan-africanismo 
* “ [...] a noção de auto-suficiência (self-reliance) mergulha suas raízes na mitopoesia, isto é, no espaço profundo onde a cultura exerce uma função crítica imanente ao seu fundamento criativo e libertador do ser humano e da sociedade nacional. [...] renovar, criticar, ampliar e atualizar nosso conhecimento já existente. ” – pg. 67
* “ Tornar contemporâneas as culturas africanas e negras na dinâmica de uma cultura pan-africana mundial, progressista e anticapitalista, me parece ser o objetivo primário, a tarefa básica que a história espera de nós todos. ” – pg. 68
* “ Nosso país desenvolveu uma cultura baseada em valores racistas, institucionalizando uma situação de características patológicas, a patologia da brancura, e uma forma de interação racial que se caracteriza como genocídio na forma e na prática. ” – pg. 98 [necropolítica e racismo estrutural]
* “ [...] arte é aquele outro olho, o olho de Ifá, que inspira, organiza, significa e infunde significação à nossa trajetória non mundo história e espiritual. ” – pg. 106
* “ A aventura da mitopoesia é concomitante com nossa existência, conquanto, a um tempo, muito anterior a ela. Parte do sujeito e parte do objeto, a mitopoesia é capaz de induzir e ser refletida. Nossa razão é tanto poética quanto forjada: aparelho detector de nossas visões prospectivas. ” – pg. 106 
Documento 3 – Considerações não-sistematizadas sobre arte, religião e cultura afro-brasileiras
* “ O negro brasileiro, ao contrário, tem de enfrentar uma teia emaranhada de sutilezas domesticadoras que principia na já citada obliteração de sua memória; depois vêm a violação miscigenadora, o estupro aculturativo, a imposição sincrético-religiosa. ” – pg. 118
* “ [...] quem não tem passado não tem presente e nem poderá ter futuro. ” – pg. 120
* Política de embranquecimento, a miscigenação com arma genocida – pg. 120, 121
* “ Agredido de todos os lados, foi em suas religiões ancestrais que o africano encontrou um espaço onde se apoiar e defender o que lhe restava de identidade humana. ” – pg. 122
* “ Estas pequenas amostras da natureza sincrética da interação entre as religiões africanas, acontecida sem pressões, mostram fenômeno determinado pela necessidade na prática do culto, assim como pelas situações locais, na idêntica servidão de todos. Esta dinâmica imposta pela vontade de sobrevivência revela a grande vitalidade intrínseca de cada uma das religiosas envolvidas no processo. ” – pg. 129
* “ [...] a cultura negra no Brasil se mantém, em grande parte, devido à possibilidade de se disfarçar e cala; queremos dizer com isso que a cultura negra pôde sobreviver, escapar ao extermínio [...] porque se guardou no recesso das comunidades religiosas (os terreiros), disfarçando-se quando queria, silenciando quando devia. A história da cultura afro-brasileira é principalmente a história de seu silêncio, das circunstâncias de sua repressão. ” – pg. 138 (Sodré apud Santos, 1976)
* “ Com o esmagamento das línguas africanas e a imposição simultânea da língua portuguesa, se tentou consumar o seccionamento entre o africano e o tecido espiritual e histórico que constituía seu mundo simbólico. ” – pg. 144
* “ Nem por dentro, nem por fora, se permite ao negro a cidadania plena e efetiva de brasileiro guardando a integridade do seu ser total. ” – pg. 147
* Folclore racista, cantigas de ninar – pg. 158-160 [saci-pererê]
* “ [...] o mecanismo transmissor do preconceito à criança, e esta cresce como se tal repulsa racial contra o negro fosse inata, e não um veneno que os adultos inocularam na sua mente e no seu espírito, por meio de canções de berço, histórias e livros infantis. ” – pg. 159
* “ Do mundo dos brancos – pessoas ou instituições – só temos recebido ou a agressão frontal (somos uma maioria explorada e desprezada por uma minoria), ou a hipócrita solidariedade dos paternalizadores, sempre prontos a ‘ajudar’, ‘aconselhar’, ‘orientar’ e, finalmente, cooptar nossas lideranças em potencial ou nossas organizações mais agressivas. ” – pg. 169
* “ Da tensão de ser dividido, ou de ponte entre a casa-grande e a senzala, resultou a permanente instabilidade psicológica do mulato, a qual reproduz a trágica situação em que se acha socialmente inserido. ” – pg. 171
* O negro estava inserido no teatro enquanto essa posição era subalterna, quando passa a ter reconhecimento e a retratar a vida dos brancos, os negros assumem posições ‘escondidas’, e quando aparecem no palco interpretam personagens insignificantes ou estereotipados. – pg. 172-174
* “ [...] na vida diária e concreta, desgraçadamente, o negro – e suas manifestações culturais e artísticas, sua promoção social e econômica – sofre constantes limitações e injúrias por causa da coloração e da diferença de sua herança espiritual. ” – pg. 183
* “ [...] tanto a significação estética, os estilos formais, substância transcendente e atributos outros implicados no acontecer cultural negro-africano, continuam tão válidos hoje como ontem. ” – pg. 185
* “ Acreditamos que a civilização do universal jamais poderá ser atingida enquanto a ação do colonialismo ou do neocolonialismo permanecer corroendo as bases econômicas epolíticas dos povos e países, e a pura declamação cultural vazia [...] um universo em que as culturas não predominem umas sobre as outras; onde não haja uma religião superior às outras, nem uma raça privilegiada, já que todas se originam do mesmo Deus ou da mesma natureza. Mas que também não exista a colonização de uma classe sobre as outras, sob quaisquer disfarces ideológicos ou ‘científicos’. ” – pg. 188, 189
* “ Minha negrura é parte integrante do meu ser histórico e espiritual, e se o mundo do Ocidente continua oprimindo e humilhando o negro e usurpando sua humanidade, cabe ao ofendido resgatar sua humanidade, e este resgate se inicia com a recomposição de sua integridade [...] falo de auto-estima e auto-respeito [...] ” – pg. 189
* “ Os cronistas e críticos, com colunas nos jornais, são os ‘padrinhos, descobridores’ e ‘protetores’ mais frequentes e visíveis. E o pobre do negro artista, sem infraestrutura econômica, sem suporte social e familial, tem sido a vítima desse racismo sutil e frustrante. ” Os padrinhos passam a assumir o papel de ‘dono’ do artista, já que o seu sucesso/fracasso será associado a este. – pg. 192
* “ [...] o racismo, junto com a estrutura de classe, constituem fator determinantes das relações econômicas de produção e distribuição nas sociedades industriais multiétnicas de cominação etno-ocidental. ” (Larkin Nascimento, 1979) – pg. 194
* “ Mas a cultura afro-brasileira, possuidora de um inerente dinamismo, sempre esteve comprometida com a libertação do povo negro. ” – pg. 202
* “ Quero encerrar este documento reafirmando minha confiança nos jovens negros do Brasil. Vejo que eles estão acordados e alertas. Plenos de confiança e esperança. Uma esperança seria, engajada e consequente. De quem não espera o futuro perdido nos sonhos, à contemplação ou à abstração da história. Muito pelo contrário. A juventude negra mostra possuir uma terrível consciência histórica da esperança; porque se acha imersa numa terrível situação que só permite a desesperança. ” – pg. 204 
* Poema Esperança – pg. 204,205
Documento 4 – Etnia afro-brasileira e política internacional 
* “ As agressões de que são vítimas os negros se inserem nos níveis físico-biológicos, através da ideologia do embranquecimento [...] a agressão econômica [...] atira os negros no desemprego, no subemprego [...] mantendo-os sem os recursos ao atendimento de suas mínimas necessidades [...] ” – pg. 214
* “ Assim, o racismo constitui a espinha dorsal psico-sócio-cultural que faz da sociedade convencional brasileira uma entidade intrinsecamente preconceituosa e discriminadora dos descendentes afro-negros. ” – pg. 216
 * No capitalismo, o negro é perde mais uma vez sua humanidade, passando a ser encarado como uma máquina. O racismo, o colonialismo e toda discriminação é associada, então, ao capitalismo e a busca incessante por capital. 
* “ [...] o negro, como uma coletividade, jamais foi parte dos círculos onde se tomam decisões, mesmo quando o assunto tratado se referia específica e imediatamente ao negro. ” – pg. 242
Documento 5 – Reflexões de um afro-braziliano 
* O perigo da “democracia racial” falsamente instituída no Brasil está justamente na sua sutileza, ela assume a forma de uma ideologia, sem a necessidade de legislações que a regulamente. – pg. 283, 284
Documento 6 – Nota breve sobre a mulher negra
* A representação da mulher negra e mulata na literatura brasileira. 
* “ Se a mulher branca sofre em sua condição de mulher numa sociedade predominantemente patriarcal, a mulher negra tem um outro componente que a torna mais discriminada ainda: a cor [...] esta é a mulher negra que conhecemos: oprimida racial, social e sexualmente, marcada sempre pela inferioridade. ” Vera Daisy Barcelos – pg. 315
* A construção do feminismo e sua luta pelas mulheres brancas, sem a incorporação das mulheres negras, pelo contrário, ocorrendo a suas custas. 
Documento 7 – Quilombismo: Um conceito científico emergente do processo histórico-cultural da população afro-brasileira 
* “ Excetuando os índios, o africano escravizado foi o primeiro e único trabalhador, durante três séculos e meio, a erguer as estruturas deste país chamado brasil. Creio ser dispensável evocar neste instante o chão que ao africano regou com seu suor, lembrar ainda uma vez mais os canaviais, os algodoais, o outro, o diamante e a prata, os cafezais, e todos os demais elementos da formação brasileira que se nutriam no sangue martirizado do escravo. O negro está longe de ser um arrivista ou um corpo estranho: ele é o próprio corpo e alma deste país. ” – pg. 334
* “ [quilombos modernos, legais e ilegais] uma única afirmação humana, étnica e cultural, a um tempo integrando uma prática de libertação e assumindo o comando da própria história. A este complexo de significações, a esta práxis afro-brasileira, eu denomino do quilombismo. ” – pg. 338 
* “ O modelo quilombista vem atuando como ideia-força, energia que inspira modelos de organização dinâmica desde o século XV. Nessa dinâmica quase sempre heroica, o quilombismo está em constante reatualização, atendendo exigências do tempo histórico e situações do meio geográfico. ” – pg. 339
* Algumas vezes o negro apropria-se de mecanismos concedidos pela classe dominante, utilizando-os como forma de expressão e resistência, em sentido oposto a domesticação pretendida pelos brancos. – pg. 339
* “ [...] ponto importante do quilombismo: o caráter nacionalista do movimento [...] sendo o quilombismo uma luta anti-imperialista, se articula ao pan-africanismo e sustenta radical solidariedade com todos os povos em luta contra a exploração, a opressão, o racismo e as desigualdades motivadas por raça, cor, religião ou ideologia. ” – pg. 340 
* “ O negro já compreendeu que terá de derrotar todas as componentes do sistema ou estrutura vigente, inclusive a sua intelligentsia responsável pela cobertura ideológica da opressão através da teorização ‘científica’ seja de sua inferioridade biossocial, da miscigenação sutilmente compulsória ou do mito ‘democracia racial’. ” – pg. 345
* “ [...] não nos interessa a proposta de uma adaptação aos moldes da sociedade capitalista e de classes [...] confiamos na idoneidade mental do negro, e acreditamos na reinvenção de nós mesmo e de nossa história. Reinvenção de um caminho afro-brasileiro de vida fundado em sua experiência histórica, na utilização do conhecimento crítico e inventivo de suas instituições golpeadas pelo colonialismo e o racismo. ” – pg. 346
* Um futuro melhor para o negro envolve tanto as mudanças de realidade referente a melhoria da qualidade de vida como também uma mudança no clima moral, no que se refere aos componentes da personalidade negra que encontram expressão na sua cultura, religião, história, costumes, etc. – pg. 347 
* “ A cristalização dos nossos conceitos, definições ou princípios deve exprimir a vivência de cultura e de práxis da coletividade negra. Incorporar nossa integridade de ser total, em nosso tempo histórico, enriquecendo e aumentando nossa capacidade de luta. ” – pg. 348
* “ Quilombo não significa escravo fugido. Quilombo quer dizer reunião fraterna e livre, solidariedade, convivência, comunhão existencial. Repetimos que a sociedade quilombola representa uma etapa no progresso humano e sócio-político em termos de igualitarismo econômico [...] todos os fatores e elementos básicos são de propriedade e uso coletivo. Uma sociedade criativa, no seio da qual o trabalho não se define como uma forma de castigo, opressão ou exploração; o trabalho é antes uma forma de libertação humana que o cidadão desfruta como um direito e uma obrigação social. ” - pg. 348, 349 [luta anti-racista e anti-capitalista]
* “ Não permitamos que a derrocada desse mundo racista, individualista e inimigo da felicidade humana afete a existência futura daqueles que efetiva e plenamente nunca a ele pertenceram> nós, negro-africanos e afro-brasileiros. ” – pg. 349
* “ Assegurar a condição humana do povo afro-brasileiro, há tantos séculos tratado e definido de forma humilhante e opressiva,é o fundamento ético do quilombismo. ” – pg. 350
* ABC do Quilombismo – pg. 356-364
* Mudanças e medidas propostas ao Governo Brasileiro – pg. 365-369
* Princípios e propósitos do Quilombismo – pg. 369-372 [ comunismo anti-racista ???]
* Proposta da Semana da memória afro-brasileira – pg. 372-377
* “ Resgatar nossa memória significa resgatarmos a nós mesmos do esquecimento, do nada e da negação, e reafirmarmos a nossa presença ativa na história pan-africana e na realidade universal dos seres humanos. ” – pg. 374
Documento 8 – Os africanos na América Central e o do Sul e no Caribe
* “ O legítimo objetivo revolucionário, ao contrário de erradicar as diferenças entre culturas e identidades, seria antes cultivá-las e respeitá-las, para que elas – as diferenças – não sejam transformadas em pedra fundamental da opressão, da desigualdade de oportunidades, ou da estratificação social e econômica. ” – pg. 393
* “ O quilombismo propõe, em síntese, um socialismo democrático e descentralizado, com ênfase na propriedade coletiva da terra, nas realidades pluriculturais e multiétnicas das sociedades americanas, e nas necessidades de respeito {a pessoa dos descendentes de africanos e dos povos indígenas, bem como de reconstrução das histórias e dos valores culturais não-europeus. [...] posição articulada de defesa do meio-ambiente, defendendo a harmonia com a natureza, e um conceito crítico de desenvolvimento focalizando principalmente a distribuição mais justa da renda com acesso a emprego, moradia, serviços de saúde, educação e ensino não eurocentrista para todos. ” – pg. 400
* “ [...] um consenso básico: o reconhecimento da situação histórica da opressão dos povos negros, que hoje materializa-se no estado de destituição sócio-econômica em que os negros vivem na região como regra geral [...] e a persistência das práticas discriminatórias contra os negros, que reduz os termos e as oportunidades de sua justa participação em todas as instancias das nossas diferentes estruturas sociais. ” – pg. 412 [Congressos da Cultura negra das Américas]
* “ [pigmentocracia] Essa discriminação utiliza as diferentes tonalidades da cor da pelo dos negros como mecanismo para fazer desaparecer o negro através da ideologia do branqueamento como busca do homem ideal, a fim de obter melhores condições de vida, e utiliza o mesmo mecanismo para destruir a solidariedade política, econômica, religiosa e familiar dos grupos negros. ” – pg. 412 
Documento 9 – Pronunciamento de abertura 
Documento 10 – O modelo brasileiro e latino: um paradigma das formas contemporâneas do racismo

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