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ANTROPOLOGIA 2

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· Pergunta 1
0,175 em 0,175 pontos
	
	
	
	Foucault (1999), aprofundando suas análises anteriores, presentes em, entre outras obras, Surveiller et punir – Vigiar e punir –, nas quais, voltando-se contra concepções legalistas de poder, o autor faz a sua crítica a essa noção, principalmente por duas frentes: primeiramente, contra a noção de poder soberano, unilateral, afixado na figura de um Estado e, em segundo lugar, o poder como interdito, que se exerceria através da repressão de certa liberdade. Sobre um dos alvos da crítica de Foucault – os teóricos contratualistas –, assinale a alternativa INCORRETA:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	e. 
Jean-Jacques Rousseau (1987), por exemplo, um dos expoentes dessa teoria contratualista, defendia que no estado de natureza o homem vivia em guerra com os outros e com a natureza. Porém, os homens passaram a delimitar o que era seu e de outrem – por exemplo, delimitar as terras e dizer que elas eram suas. Nasciam os interesses públicos e a formação do Estado.
	
	
	
· Pergunta 2
0,175 em 0,175 pontos
	
	
	
	Além dos filósofos políticos contratualistas, outra corrente da teoria clássica criticada por Foucault é aquela segundo a qual possuiria o poder quem obtivesse o uso legítimo da violência. Não há aqui um soberano de onde emana o poder, mas, sim, um Estado racionalizado, isto é, burocratizado, compartimentado, uma verdadeira máquina. Esse Estado não pode ser personificado na figura de ninguém. No nosso caso, por exemplo, o presidente não toma decisões sozinho, pois depende de todo um aparato político e institucional que dê suporte a suas decisões. Ele se manteria como tal e manteria a ordem social pelo uso da força. O Estado possuiria, como diria Weber (2005), o monopólio da violência, pois somente ele tem legitimidade, ou seja, poderia, por Lei, fazer o uso dela. Considerando este excerto acerca das críticas de Foucault, assinale a alternativa CORRETA:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a. 
A rigor, para Foucault o poder não está em lugar nenhum, não é coisa, ele apenas se exerce nas relações entre agentes. Assim, rompe-se com a unilateralidade do poder inscrita nos aparelhos do Estado. Ele se dilui em cada microrrelação dentro da sociedade em certas épocas.
	
	
	
· Pergunta 3
0,175 em 0,175 pontos
	
	
	
	Pela forma como o poder adquire existência e circula em sociedade, ao menos pela perspectiva de Foucault, faz com que sejam criados sujeitos que se comportam segundo as normas por eles partilhadas e reproduzidas, isto é, as normas que são ensinadas por todo um mundo social e, assim, reproduzidas de diversas formas por quase todos. Cria, por outro lado, o desviante da norma, o louco, criminoso, sodomita, todos com uma identidade própria, ditada por essas relações de poder. Identidade desviante que deve ser precisada, tratada e, se possível, normalizada. Em outras palavras, usando uma terminologia foucaultiana, pode-se dizer que há uma positividade imanente às relações de poder. É enunciada, desse modo, a existência de outro elemento que não pode ser desvinculado da questão do poder, para Foucault o saber. Considerando este excerto, leia atentamente as seguintes afirmações:
I - Quando Foucault percebeu que os mecanismos pelos quais se exerce o poder passam, necessariamente, por um “conhecimento” que o corresponda e justifique e que também é, por sua vez, um poder, é que ele pôde criar formas de desvendamento da emergência de determinado acontecimento. Dessa forma, existe intrincada relação entre saber e poder.
II - O saber trata-se, precisamente, desse mecanismo inseparável do poder que, em última análise, é a forma como podemos dar sentido a essa relação, isto é, dar-lhe inteligibilidade. Ou seja, é nosso modo de perceber essas relações e torná-las alvos de nosso olhar, mesmo que essas relações nos passem despercebidas.
III - Podemos dizer que, como exemplo dessa relação entre saber e poder, se a relação entre um pai e filho é de poder, onde um manda e o outro obedece, a forma utilizada pelo pai para fazer com que o filho obedeça, seja usando a força, seja apenas conversando, é um saber compartilhado por ambos.
É VERDADEIRO o que se afirma em
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	e. 
I, II e III.
	
	
	
· Pergunta 4
0,175 em 0,175 pontos
	
	
	
	Embora sua morte tenha ocorrido há quase 30 anos, a obra foucaultiana continua a possuir potencial crítico indispensável para uma série de debates contemporâneos e, sem dúvidas, faz pensar algumas de nossas práticas mais íntimas, ou antes, faz perguntar sobre o papel dessas práticas como perpetuadoras de um determinado mecanismo que, ainda que não seja estável, reproduza efeitos de dominação. Questiona quais operações essas práticas colocam em funcionamento as quais ainda não podemos ou conseguimos prescindir. O que nos é importante aqui, sobre as ideias de Foucault, é entender que, a partir dessa concepção que impõe desconfortos aos saberes convencionais, questionando posições naturalizadas, essencializadas, tanto da identidade, quanto da diferença, o autor abriu potencial crítico para diversos movimentos sociais e teóricos. Considerando este excerto a respeito das consequências do pensamento foucaultiano, leia atentamente as seguintes afirmações:
I - Se radicalizarmos o que o autor nos apresenta acerca da sexualidade e, portanto, das identidades sexuais, poderemos pensar todos os tipos de identidade como produzidas no âmbito de relações de poder.
II - Se identidades são produzidas nesse âmbito, então podemos afirmar, sem medo, que todas as identidades são políticas.
III - Identidades sexuais devem ser questionadas e entendidas no interior de um sistema que as normalize e que cria formas de dizer sobre elas, abrindo pouco espaço para a diferença.
É VERDADEIRO o que se afirma em
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. 
I, II e III.

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