Buscar

Introdução à Radiografia do Tórax

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Dalila Fassarella Corrêa 
 
A1 – Introdução à Radiografia do Tórax 
 
1. Principais incidências radiográficas 
utilizadas no estudo do tórax pela radiografia 
convencional. 
✓ Incidência = termo de posicionamento; 
descreve a direção do raio-X (entrada-
saída). Exs: 
• Incidência póstero-anterior (PA): raio-X 
entra na face posterior e sai na anterior 
(vice-versa); 
• Incidência perfil lateral direito: raio-X 
entra pelo lado D e sai pelo E (vice-
versa). 
✓ Básicas: 
1- PA (AP). 
• Preferencialmente PA (e não AP). 
- Estruturas mediastinais/mama 
encontram-se mais próximas da 
placa/filme, reduzindo sua 
magnificação. 
- Aproximando o pulmão da placa, 
torna-se mais nítida sua 
arquitetura/trama (e eventuais 
doenças). 
- Quanto mais próximo da placa, > 
nitidez, tamanho mais próximo da 
realidade. 
Consequências: 
- Evita excesso de magnificação 
cardíaca/hilarA, de partes molesB. 
A) Falsa percepção de 
cardiomegalia/proeminência hilar. 
B) Menos áreas obscurecidas do 
pulmão. 
- Melhor nitidez do parênquima 
pulmonar. 
 Devido à propriedade 
divergente dos raios-X 
(estruturas mais distantes da 
placa são projetadas maiores – 
é como uma sombra). 
 
 
 
• Indicações para realizar AP. 
- Quando não é possível realizar PA. 
 Pcts acamados; crianças 
(realiza-se sentado ou DD). 
 Pct não faz inspiração máx. 
devido à condição clínica. 
Desvantagens: 
- Contrário das consequências da 
PA. 
2- Perfil. 
• Lado E sobre o chassi (placa) – raio 
entra pela D e sai pela E. 
- Objetivo: aproximar o <3. 
• Principais usos: 
- Topografar lesão vista em PA/AP 
(ganha a visão tridimensional). 
- Avaliar áreas ocultas no PA/AP 
(“zonas mudas”). 
 Seio costofrênico posterior – 
obscurecido pelo fígado/baço. 
 Área retrocardíaca – 
obscurecida pelo <3. 
 Área retroesternal – 
obscurecida pelo esterno. 
✓ Complementares. 
1- Laurell. 
• DL com raios horizontais. 
- Pesquisa de derrame > 5 ml. 
2- Ápico lordótica. 
• Menos utilizada. 
• AP com inclinação do tubo 
cefalicamente em 15 a 30°. 
• Clavículas são “excluídas” do campo 
pulmonar. 
- Objetivo: melhor avaliação dos 
lobos superiores, médio e língula. 
• Os raios atravessam o diâmetro mais 
longo dos pulmões, de tal forma que 
caso haja lesão, irá atenuar mais a 
radiação, aparecendo mais radiopacos 
(+branco). 
 
2. Radiografia de tórax em expiração. 
✓ Aspiração de corpo estranho. 
• Corpo estranho no brônquio funciona 
como uma válvula – deixa o ar entrar, 
mas não deixa sair (aprisionamento 
aéreo). 
• Na exp. o pulmão com o corpo estranho 
se mantem +preto (ar aprisionado) 
comparado ao pulmão que não está 
obstruído. 
 
Dalila Fassarella Corrêa 
 
 
✓ Pneumotórax. 
• Consiste na presença de ar entre os 
folhetos visceral e parietal, isto é, a 
perda da pressão pleural negativa (ela 
determina o íntimo contato do 
parênquima pulmonar com a face 
interna da parede torácica). 
• Na exp. o pulmão reduz de tamanho 
(murcha) e não leva consigo a caixa 
torácica. 
- Aumenta a área de pneumotórax – 
o ar no espaço pleural fica mais 
evidente (+preto). 
 
 
3. Critérios de qualidade () de uma 
radiografia de tórax. 
✓ Dose adequada. 
• Quantidade de radiação que atravessa o 
corpo – imagem resultante será mais 
densa (+branca) ou menos densa 
(+preta). 
 Ver com 
dificuldade/precariamente os 
contornos das vértebras 
torácicas – se não ver nada1 ou, ver 
com muita clareza2, está errado (1: 
poca dose | 2: muita dose). 
 
✓ Inspiração correta. 
• A menos que tenha pedido em exp., 
sempre deve ser feito em insp. 
 Deve-se visualizar até 6 costelas 
anteriores ou até 10 costelas 
posteriores – se abaixo de 9 
posteriores, exame mal inspirado; 
se acima de 10, pulmão 
hiperinsuflado (ex.: DPOC). 
- A contagem deve ser feita acima do 
nível do diafragma na linha 
hemiclavicular média. 
 
✓ Alinhamento e posicionamento. 
• Alinhamento: 
 Bordas mediais das clavículas 
devem estar equidistantes do 
centro da coluna. 
• Posicionamento: 
 Escápulas devem estar fora do 
campo pulmonar. 
 
4. Avaliação sistematizada do estudo 
radiográfico do tórax nas incidência PA e 
perfil. 
✓ Começar por áreas de “menor interesse”. 
✓ ATM-P: 
• A: abdome. 
- Contorno diafragmático. 
 Aspecto esperado: 
liso/contínuo, convexo, 
hemicúpula frênica D pode ser 
mais elevada que E, seios 
costofrênicos laterais visíveis e 
com ângulos agudos (<90°). 
 Achados patológicos: 
retificação das cúpulas 
(hiperinsuflação – DPOC?), 
perda do aspecto liso/convexo 
(hérnia diafragmática? 
eventração diafragmática?), 
hemicúpula frênica E mais alta 
que D (lesão traumática?), 
cúpulas anormalmente altas 
(redução volumétrica – 
atelectasia? paralisia frênica?), 
apagamento do seio 
Dalila Fassarella Corrêa 
 
costofrênico (derrame 
pleural?). 
- Gás no abdome. 
 Bolha gástrica (ar no fundo 
gástrico). 
▪ Aspecto esperado: presença. 
▪ Achados patológicos: 
o Ausência – normal; 
obstrução esofágica. 
o Distância entre ela e o 
pulmão > 1cm – tumor de 
fundo gástrico; derrame 
pleural. 
 Gás subdiafrágmático: nunca 
deve ser observado – 
pneumoperitônio. 
• T: tórax ósseo1 e partes moles2. 
1) 
- Costelas, coluna vertebral, 
escápula, clavículas, esterno, 
úmeros. 
 Aspecto esperado: integridade, 
configuração anatômica 
normal. 
 Achados patológicos: fraturas, 
lesões osteoblásticas ou 
osteolíticas. 
2) 
- Cuidado com normal/artefatos: 
mamas/mamilos, cabelo, 
vestimenta. 
• M: mediastino. 
- Traqueia. 
 Carina com ângulo de abertura 
normal? 
- Contorno. 
 Habitual? Requer amplo 
conhecimento de anatomia 
radiológica. 
- Largura. 
 Habitual? Alargamentos sugere 
massas, lesões. 
- Sinais de pneumomediastino? 
- Coração: morfologia e dimensões 
normais? 
- Vasos. 
 A. aorta/aa. pulmonares com 
aspecto habitual? 
- Hilos simétricos, morfologia e 
dimensões normais? 
• P: pulmões (e pleura). 
- Área de maior interesse – deixa 
para o final. 
- Avaliar individual e 
comparativamente. 
- Parênquima pulmonar. 
 Esperado: tamanhos e 
transparência similar; 
vascularização habitual. 
 Patológico: 
o Diferenças de 
transparência: 
▪ Difusa: corpo 
estranho, atelectasia 
de todo pulmão, 
derrame volumoso? 
▪ Focal: 
hipotransparências 
(+denso) –> nódulos, 
massas, 
consolidações? 
/ 
hipertransparên
cias –> 
cavidades, 
enfisemas, 
pneumotórax? 
▪ Vasos pulmonares: 
normal até 1,5cm da 
superfície pleural. 
▪ Fluxo sanguíneo: 
bases > ápices 
(gravidade). 
- Pleura. 
 Esperado: não são visíveis 
(linha entre o pulmão e a 
cavidade torácica/mediastino). 
 Patológico: 
o Espessamento: 
mesotelioma, implante 
secundário? 
o Calcificações: 
pneumoconioses 
(asbesto)? 
o Pneumotórax (ar entre os 
folhetos pleurais). 
o Derrame pleural (outra 
oportunidade para 
procurar). 
 
Para além dos objetivos... 
✓ É a mais solicitada no departamento de 
radiologia. 
✓ Principais indicações: 
• Excluir/confirmar patologia 
pulmonar/pleural; 
• Info. sobre drenos e tubos; 
• Avaliação primária de: 
- Coração/vasos (cardiomegalia, 
aneurisma); mediastino (massas); 
costelas/vértebras/tecidos moles. 
• Avaliação de enfisema subcutâneo. 
Dalila Fassarella Corrêa 
 
✓ Conceito: inspiração x expiração. 
• Inspiração = pulmão mais cheio de ar. 
- Densidade menor – fica preto. 
 Aumenta o contraste entre a 
imagem do parênquima 
(+preto) de eventuais 
patologias – nódulos, 
consolidações, edema 
(+branco). 
• Expiração = pulmão com menos ar. 
- Densidade maior – fica branco. 
 Parênquima ficando mais 
branco, pode-se obscurecer 
eventuais patologias. 
- Diminui a pressão torácica, 
aumentando o retorno venoso -> 
falso aumento do tamanho do 
coração. 
✓ Na incidência AP/PA não temos noção de 
profundidade; na incidência Perfil, não temos 
noção de lateralidade. 
✓ Nódulo: < 3cm | Massa: > 3 cm.✓ Outro mnemônico para avaliação: ABCDE. 
• Airway – via aérea. 
• Breathing – pulmões e espaços pleurais. 
• Circulation – cardiomediastino. 
• Disability – deficiência óssea. 
• Exposure – exposição (tudo mais).

Continue navegando