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@veteriris Principais neoplasias prostáticas 1- Hiperplasia prostática benigna: Definição: A hiperplasia prostática é o aumento do tamanho da glândula e compõe a patologia mais comum nos cães, sendo mais frequente em machos não castrados com idade superior a 6 anos. Essa alteração se refere ao aumento de tamanho ou do número de células (hipertrofia e hiperplasia, respectivamente), onde ocorre diminuição da função secretória, inflamação do interstício, aumento de elementos prostáticos, entre outros. Causa: As principais causas são a proporção anormal de andrógenos comparando com os estrógenos. Os autores Barsanti e Finco (1992) consideram que, com o envelhecimento, ocorre um aumento da glândula prostática, devido ao aumento da sensibilidade do tecido prostático à testosterona, uma vez que a secreção de testosterona e a de di-hidrotestosterona (DHT) tendem a diminuir com a idade. De acordo com Klausner et al. (1994), a próstata canina com HPB não contém mais DHT do que a de cães normais, mas existe aumento no número de receptores para este metabólito. Características macro/ microscópicas: A próstata afetada pela hiperplasia pode estar aumentada no exame físico, com consistência firme, contorno regular, superfície lisa, móvel e indolor. O exame ultrassonográfico pode confirmar o aumento de tamanho e mostrar as áreas hipoecoicas. De acordo com Muzzi et al. (1999), o exame citológico do material aspirado da próstata de cães com HPB pode revelar uma grande quantidade de células prostáticas justapostas, com citoplasma basofílico, granular e anisocariose. Figura 1- Aspecto macroscópico da HPB no cão, bexiga urinária (*) e prostatomegalia bilateral simétrica. FONTE: PARRY, 2007 Figura 2- núcleos de células glandulares prostáticas numa zona de hiperplasia benigna. @veteriris 2) Metaplasia escamosa: Definição: É uma enfermidade que se caracteriza pela transformação do epitélio glandular em epitélio escamoso estratificado, onde ocorre a deposição de queratina dentro do lúmen. Acontece de forma secundaria ao hiperestrogenismo (excesso de estrogênio). Causa: A principal causa de hiperestrogenismo endógeno é o tumor de células de Sertoli (Hargis e Ginn, 2007). As células de Sertoli normais e neoplásicas produzem hormônios estrogênicos em excesso. A metaplasia pode também estar ligada a prostatite crônica ou irritação desencadeada pela presença de urólitos. Caracteristicas macro/ microscópicas: No perfil hematológico, são descritos trombocitopenia, granulocitose ou granulocitopenia e aplasia de medula óssea (Chun e Garret, 2005; Hargis e Ginn, 2007). Figura 3- Metaplasia Escamosa. Substituição do epitélio glandular por epitélio estratificado escamoso bem diferenciado com ceratina no lúmen acinar. H.E., 400x. Fonte: Giovana Wmgeter DiSantis; Renée laufer Amorim; Enio Pedone Bandarnf. @veteriris 2- Adenocarcinoma Prostático: Definição: É uma neoplasia de comportamento maligno que se origina do epitélio da prostáta, considerada a mais comum da próstata canina. Causa: De acordo com estudos realizados por Chaisiri e Pierrepoint (1980) e Leav e Gerald (2006) demonstraram que muitas próstatas com adenocarcinoma também apresentavam áreas de hiperplasia benigna, sugerindo que a neoplasia possa se desenvolver em ambiente de desequilíbrio hormonal. Entretanto, deve haver envolvimento de outros fatores, já que o tumor em cães parece não responder à restrição androgênica, ao contrário do que ocorre com os homens (Fork et al., 2008; Leroy e Northrep, 2009). Caracteristicas macro/ microscópicas: Durante a palpação retal, a glândula pode apresentar-se endurecida e irregular, podendo estar aderida ao canal pélvico (Smith, 2008). No exame radiográfico podem-se notar prostatomegalia, mineralização do tecido prostático, com contorno irregular, linfadenopatia regional e sinais de metástase nos pulmões ou ossos. Figura 4- Adenocarcinoma prostático. Ácinos de tamanhos diferentes, revestidos por um epitélio prismático simples ou epitélio estratificado, que forma papilas sólidas para o lúmen dos ácinos. Objetiva 10x. Fonte: J.F. Silva e J.J. Correia @veteriris 3- Carcinoma das células de transição: Definição: O carcinoma de células de transição é a segunda afecção neoplásica prostática mais comum e se origina nas células uroteliais que limitam o interior da bexiga e pode ocorrer por meio de extensão direta de lesão da bexiga ou da uretra ou de alterações neoplásicas nas próprias células do ducto peri-uretral. Causa: A etiologia das neoplasias prostáticas é considerada espontânea, mas não há dúvida quanto ao envolvimento hormonal. Johnston et al. (2000) relatam que a depleção andrógena pós-orquiectomia resulta em involução de lesões proliferativas prostáticas benignas, mas não de carcinomas prostáticos. Caracteristicas macro/microscópicas: Quando o aumento prostático ultrapassa o reto, pode haver alteração do tamanho e formato das fezes. A ocorrência de hérnias perianais também pode estar associada a este aumento de volume da próstata. Figura 5- Carcinoma Prostático. Aumento de volume nodular com perda da arquitetura normal. Fonte: Giovana Wmgeter DiSantis; Renée laufer Amorim; Enio Pedone Bandarnf. @veteriris
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