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UNIVERSIDADE TIRADENTES CURSO DE PSICOLOGIA ANÁLISE EXPERIMENTAL DO RATO SNIFFY PRO ANNE CAROLINE SOUZA BEZERRA ARACAJU-SE 2021 ANNE CAROLINE SOUZA BEZERRA ANÁLISE EXPERIMENTAL DO RATO SNIFFY PRO Trabalho apresentado ao Curso de Psicologia, sob orientação da Prof.ª Dr. Livia de Melo Barros, como requisito para parte da avaliação da disciplina de Análise Experimental do Comportamento. ARACAJU-SE 2021 1. MODELAGEM, DISCRIMINAÇÃO E HIERARQUIA DE MODELAGEM: 1.1. MODELAGEM: Para que possamos aprender um novo comportamento é necessário a existência um repertório de ações pre-existentes os quais geralmente são inatos. Posto isso, é através da modelagem que possuímos a capacidade de gerar novas ações (MOREIRA; MEDEIROS, 2007). Com o intuito de atingir um comportamento-alvo o indivíduo é reforçado ao produzir aproximações sucessivas do comportamento que é almejado. Consequentemente, ao combinar o esquema de reforçamento com as respostas comportamentais já realizadas pelo Sniffy Virtual e a extinção das respostas que não estão de acordo com o critério comportamental é esperado que ocorra a aprendizagem de uma nova resposta. (MOREIRA; MEDEIROS, 2007). 1.2. DISCRIMINAÇÃO: Segundo Moreira e Medeiros (2007), comportamento discriminatório seria aquele que tem alta probabilidade de acontecer na presença de um estímulo específico. Dessa forma, cada estímulo é capaz de controlar uma resposta em específico por meio dos reforçadores, aumentando sua contingência. Portanto, será possível diferenciar quais comportamentos realizar por meio da discriminação de um estímulo (MOREIRA; MEDEIROS, 2007). Para que esse processo ocorra o indivíduo precisa associar o estímulo discriminativo a um comportamento que foi reforçado, e com isso produzir uma resposta. (MOREIRA; MEDEIROS, 2007). 1.3. HIERARQUIA DE MODELAGEM: A hierarquia de modelagem consiste em reforçar pequenos comportamentos que possuam semelhança com o comportamento-alvo. Na base do treinamento o indivíduo experimental será reforçado por um movimento espontâneo semelhante ao que se espera. Em seguida, esse passará a realiza-lo com frequência, porém a forma da resposta não será a mesma, o que faz necessário reforçar os novos comportamentos chegando assim a resposta-alvo (MOREIRA; MEDEIROS, 2007). 1.4. ETAPAS DOS EXERCÍCIOS: Para o desenvolvimento dos exercícios Beg, Roll e Wipe Face foi necessário realizar inicialmente em todos o execício de Sound Food e seguir os seguintes comandos: Windowns, Mind Windowns e Operant Association (ALLOWAY et al, 2017). Ademais, foi solicitado a observação das três barras de associação da Mind Windowns, o horário de início e de finalização. Para a inicialização do Beg em particular foi executado os passos para inicialização do exercicio: Experiment, Design Operant, Contínuos, BEG, Apply e Close (ALLOWAY et al, 2017). Para a modelagem do animal foi reforçado com alimento sua ação de ergue-se de frente para o condicionador. Após determinado tempo esse produzia o movimento juntamente com a cabeça para um dos lados com a finalidade de pedir comida. No Roll e no Wipe Face os comandos continuam os mesmo com execessão da opção Beg que foi mudado a partir do experimento realizado no dia (ALLOWAY et al, 2017). Na modelagem para esfregar o focinho refere-se a alimenta-lo ao esfregar seu rosto com as patas, esse movimento é considerado inato dentro do seu repertório comportamental, logo sua resistência será menor. Já em rolar foi imprescindível estabelecer uma hierarquia de modelagem. Primeiro o reforço foi liberado ao tocar a genitália com uma determinada frequência e o segundo reforço acontece com a retração da cabeça (ALLOWAY et al, 2017). 2. RESULTADOS: 1. Gráfico Exercício Wipe Face 2. Gráfico Exercício Roll 3. Gráfico Exercício Beg 4. Gráfico Experimentos 3. ANÁLISE DOS RESULTADOS: Após seguir todos os passos para cada modelagem foi concluído cada exercício com os seguintes dados, no Wipe Face (esfregar o focinho) o organismo vivo experimental levou cerca de 4 minutos para atingir a 1º associação, 8 minutos na 2º associação e na terceira 13 minutos, finalizando a máxima associação com um total de 20 minutos. No Beg necessitou dos respectivos minutos para a primeira, segunda e terceira associação: 13, 18 e 25. O que foi concluído aos 36 minutos. Tendo por fim o Roll, que utilizou 8 minutos para atingir a primeira associação, 12 para a segunda e 17 para a terceira, finalizando o exercício com 45 minutos. Os respectivos exercícios foram iniciados nos horários a seguir: 11:54 (Wipe Face), 12:12 (Beg), 11:00 (Roll) horas. Com base na análise dos dados experimentais coletados e nos estudos sobre a teoria de modelagem desenvolvida por Skinner, foi apresentado por Alloway, Wilson e Graham que tais experimentos encaixam-se em paramentos de tempo para concluir o processo. Na modelagem beg o Sniffy leva cerca de 45 a 60 minutos para que possa exibir o comportamento-alvo esperado, no wipe face ocorro após cerca de 30 minutos e no roll com cerca de 60 minutos. (ALLOWAY et al, 2017). Portanto, é notório que cada forma de aprendizado apresentará uma demanda específica de tempo, isso ocorre imprescindivelmente por conta dos níveis de dificuldades e do gasto enérgico do rato (MOREIRA; MEDEIROS, 2007). Para modelar o Sniffy para produzir a ação de coçar o focinho (Wipe face) não se faz necessário muito tempo (20 minutos), pois, em seu reportório comportamental já existe tal resposta (ALLOWAY et al, 2017). Seguindo a hierarquia de modelagem o desempenho do Roll exige mais tempo (45 minutos) devido ao maior esforço que o ser experimental precisa realizar para alcançar o comportamento-alvo, sendo assim é preciso reforçar os comportamentos inciais e em seguida, suas mudanças até atingir o esperado. E por fim, temos o beg, que leva um tempo médio (36 minutos) dentre as modelagens, visto que o rato já foi condicionada a ergue-se agora é necessário acrescentar um novo momento ao repertório: o de balançar a cabeça. (ALLOWAY et al, 2017). Se compararmos a demanda (maior e menor tempo de cada prática) de tempo do livro com os dados coletados nos exercícios é possível estabelecer uma relação entre esses, mesmo que a duração de alguns exercícios não tenha sido contemplada devido ao curto período possível para realizar a prática. Dessa forma, podemos afirmar que todo o processo de modelagem foi realizado e cumprido adequadamente. (ALLOWAY et al, 2017). 4. REFERÊNCIAS: MOREIRA, M. B.; MEDEIROS, C. A. de. Princípios básicos de análise do comportamento. Porto Alegre: Artmed, 2007. ALLOWAY, T.; WILSON, G.; GRAHAM, J.. Sniffy : o rato virtual : versão pro 3.0; tradução: Solange Aparecida Visconte ; revisão técnica: Marcelo Bevenuti. – São Paulo, SP : Cengage Learning, 2017.