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Diagnósticos citogenéticos

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1 
4º SEMESTRE 2021 – UNIFTC GENÉTICA 
JULIANA OLIVEIRA 
DIAGNÓSTICO 
CITOGENÉTICO 
Principal técnica que é utilizada para avaliar as alterações 
existentes nos cromossomos como alteração estrutural, 
numérica. 
DEFINIÇÃO 
A citogenética foi definida como um conjunto de técnicas 
efetivas para a análise cromossômica e diante disso, 
estabeleceram o número cromossômico humano normal de 
46. 
Consiste em um estudo, em microscópio óptico, dos 
cromossomos e suas variações, tanto de número quanto de 
estrutura. Atualmente, é considerava como uma pesquisa 
biológica importante em todas as áreas da genética clínica 
molecular. 
CARIÓTIPO HUMANO 
O cariótipo é o complemento cromossômico característico 
de cada espécie (número e morfologia). Consiste na 
organização dos cromossomos de uma determinada 
espécie, considerando o tamanho e a morfologia dos 
cromossomos (ordem decrescente de tamanho). 
➔ Morfologia dos cromossomos: 
 
Tem-se uma outra morfologia que consiste nos telo 
centros, mas não ocorre na espécie humana. 
CROMOSSOMOS 
É importante entender que o cromossomo é o DNA 
compactado e para isso, pode-se ter diferentes níveis de 
condensação desse DNA p.ex.: 
1. Cadeia simples de DNA. 
2. Filamento de cromatina (DNA com histonas). 
3. Cromatina condensada em intérfase com centrômeros. 
4. Cromatina condensada em prófase (duas cópias da 
molécula de DNA). 
5. Cromossomo em metáfase. 
 
PADRÕES DE BANDEAMENTO 
Baseado nesses diferentes níveis de condensamento do 
DNA, foram desenvolvidas técnicas de bandeamento para 
identificar os cromossomos, porquê os cromossomos 
possuem regiões específicas chamadas de “bandas” claras, 
escuras ou coloridas, onde os genes são alocados. 
A princípio tem-se o tratamento dos cromossomos 
envolvendo desidratação, envelhecimento, desnaturação ou 
digestão enzimática seguida da incorporação corante DNA-
específico. 
ANALISANDO O CARIÓTIPO 
Analisa-se bandas mais escuras e mais claras e isso é muito 
importante para se enxergar deleção, translocação, que 
consistem em alterações estruturais. 
 
ID IOGRAMA 
Consiste em um padrão que mostra como são as bandas 
normais de cada cromossomo. Sendo importante 
correlacionar com o que é encontrado no cariótipo do 
paciente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
4º SEMESTRE 2021 – UNIFTC GENÉTICA 
JULIANA OLIVEIRA 
Quando estudamos alterações cromossômicas, vimos 
alguns testes invasivos que são feitos ainda no pré-natal a 
fim de identificar cromossomopatias, mas de que forma o 
material colhido naquele exame é utilizado? 
As células sofrem a adição de fitomaglutinina, que é um 
reagente que vai estimular a mitose, e são colocadas em 
cultura a 37ºC durante 3 dias, estimulando essa célula a 
crescer e aumentar para que se tenha uma quantidade 
maior para fazer o estudo. Após esses 3 dias essas é 
adicionado salina hipotônica (p/ lavar, mantendo o equilíbrio 
hidroeletrolítico) + colchicina nesse meio, pois, ela é um 
antimitogênico que para a mitose em um ponto estratégico 
para a visualização microscópica, nesse caso, a metáfase, 
que é a fase onde os cromossomos atingem seu maior nível 
de condensação. As células são fixadas e após isso, faz-se a 
digestão com a tripsina (proteína enzimática que faz a 
digestão de outras proteínas) e coloca esse material da 
cultura em uma substância de coloração, que é chamada de 
Giemsa, permitindo uma melhor visualização dos 
cromossomos, estando pronto para a visualização. 
 
Na fase de análise faz-se o bandeamento G, tingindo os 
cromossomos em bandas claras e escuras, permitindo a 
análise. 
Além do bandeamento G pode-se ter o bandeamento C, 
que é baseado nos centrômeros. 
INSTABILIDADE CROMOSSÔMICA 
Na citogenética é possível analisar também a instabilidade 
cromossômica, a qual é muito associada à câncer, logo, 
existem problemas cromossômicos que são associados com 
outras patologias, o câncer é uma delas. 
Essa instabilidade cromossômica é a tendências que os 
cromossomos apresentam em serem quebrados e essa 
instabilidade que gera essas quebras ou rupturas estão 
associadas com os processos tumorais, logo, é uma outra 
possibilidade diagnóstica que está fora do rol das 
cromossomopatias. 
 
CITOGENÉTICA MOLECULAR 
Técnica que utiliza citogenética com biologia molecular. 
FISH – HIBR IDAÇÃO IN S ITU POR FLUORESCÊNCIA 
Quando se fala de hibridação, remete-se à uma mistura, 
visto que esse é conceito de algo híbrido. Então, 
basicamente na hibridação o que se tem é um DNA que é 
desnaturado (abertura da dupla fita), vai ser feita uma 
sonda para se ligar com as respectivas fitas do DNA, de 
maneira complementar à aquela sequência. 
Desse modo, ao conhecer a sequência que se quer 
identificar, é possível desenhar uma outra sequência 
complementar e fazer a hibridação. 
P.ex. em relação ao patógeno que provoca a sífilis 
(treponema), descobri que tá ali ATG e vou desenhar a 
sequência complementar e coloco naquele tecido, se tiver a 
sequência do treponema presente, elas irão se conectar. 
Essa hibridação utiliza a fluorescência, pois, quando houver 
a hibridação um sinal será gerado pela fluorescência, sendo 
mais fácil identificar o local. 
 
Podem ser utilizadas diferentes tipos de sonda, sendo elas 
sondas pontuais ou sondas painting. 
Pode-se utilizar o FISH para o diagnóstico de síndromes, 
cromossomopatia, mas também se pode fazer para o 
diagnóstico de leucemia, que são provocados por algumas 
alterações cromossômicas estruturais. 
SKY – CARIÓTIPO ESPECTRAL 
É uma técnica um pouco mais moderna para o diagnóstico 
citogenético. É uma técnica que também usa a fluorescência 
e sonda para fazer o diagnóstico genético. 
Utiliza-se esse método quando a FISH não é funcional, 
principalmente em situações de alterações estruturais, visto 
que as alterações numéricas são mais simples. 
A técnica de SKY apresenta algumas vantagens, como p.ex. 
o fato de apresentar sondas que permitem a classificação de 
 
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4º SEMESTRE 2021 – UNIFTC GENÉTICA 
JULIANA OLIVEIRA 
todos os cromossomos do cariótipo. Além disso, é possível 
analisar muitas translocações associadas à cânceres e pode-
se, ainda, usar esse método para que, a partir do que se 
encontrou na estrutura do cromossomo, seja possível saber 
qual tratamento vai ser desenvolvido para o paciente. 
É mais utilizado em pesquisas e menos para diagnóstico 
devido ao seu alto custo e complexidade nas análises. 
 
A instabilidade cromossômica se faz presente também 
nesse caso, mas devido a coloração específica de cada 
cromossomo se torna mais fácil saber de onde parte isso. 
ACGH – HIBR IDAÇÃO GENÔMICA COMPARATIVA 
ARRAY 
Essa é uma técnica também cromossômica que apresenta 
uma capacidade diagnóstica maior, com sensibilidade e 
poder de detecção de pequenas alterações também 
maiores. 
Essa técnica é fundamental para análises de alguns 
problemas genéticos que as outras técnicas não conseguem 
identificar. Nesse método é possível identificar tudo que é 
identificado nas duas outras técnicas, no entanto,é a mais 
cara e por isso nem sempre é a mais viável. 
Nessa técnica pode-se identificar todas as alterações 
numéricas, no entanto, também é possível identificar micro 
deleções, micro duplicações, as quais não são perceptíveis 
nas técnicas anteriores. 
Seu processo consiste na comparação de uma amostra 
normal e uma amostra do paciente que será avaliado. Desse 
modo, marca-se com fluorocromo, mistura-se as amostras 
e as coloca em uma placa, nesse sentido, tem-se uma série 
de genes que serão identificados naquela placa e serão 
tingidos de acordo com os perfis genéticos encontrados, e 
a partir disso, observa-se se há perda ou ganho de DNA, 
em qual região/cromossomo ocorreu essa perda, 
entendendo o perfil de perda e ganho da carga 
cromossômica. 
Logo, a ACGH é uma técnica muito importante que 
correlaciona as informações genéticas com a clínica. 
 
Apenas 5% dos problemas genéticos são identificáveis pelo 
método de FISH e SKY. Já na técnica de ACGH é 
possível identificar mais de 20% dos problemas genéticos 
com maior precisão. 
ATENÇÃO! 
É importante entender que a aplicabilidade dessas 
técnicas se dá a partir da colheita de células que é feita 
por métodos invasivos no pré-natal, como 
amniocentese, cordocentese, etc.

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