Buscar

Incontinência Urinária

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Incontinência Urinária
É definida como a perda involuntária de urina, que
gera um sério problema social e de higiene para o
incontinente.
Condição que afeta a vida em diferentes aspectos
físicos, sociais, psicológicos, ocupacionais,
domésticos e sexuais
FISIOPATOLOGIA
A ação de armazenar e esvaziar a bexiga depende
dos diferentes músculos e nervos parassimpáticos,
simpáticos, somáticos e sensoriais, trabalhem em
conjunto. Quando há uma alteração estrutural ou
funcional na bexiga, uretra e/ou esfíncteres, acontece
o IU.
CLASSIFICAÇÃO
IU Transitória:
Perda urinária momentânea que se reverte
espontaneamente após tratar a causa principal.
É necessário estar presente a menos de 6 semanas,
sendo suas principais causas: momento de confusão
aguda, infecção somática do trato urinário, uretrite
atrófica, vaginite, medicamentos, deficiência
psicomotoras e compactação das fezes.
Espera-se que o paciente recupere a continência
quando essas causas não são devidamente
solucionadas.
IU Crônica:
Não se reverte espontaneamente e pode ser dividida
em alguns tipos como: incontinência de esforço,
incontiência de urgência, incontinência mista,
incontinência de transbordamento ou paradoxal,
incontiência funcional e incontinência contínua.
IU Esforço:
Perda involuntária de urina durante uma ação de
esforço, acontece esse escape quando acontece ao
realizar atividades como tossir, rir, espirrar, subir ou
descer escadas, correr e levantar, devido a um
aumento da pressão intravesical.
Apresenta como causa a fraqueza do esfíncter ou a
fraqueza do assoalho pélvico, que
consequentemente, irá gerar uma função ineficaz do
sistema urinário.
IU Urgência:
É uma necessidade repentina, forte e imperiosa de
urinar, ocorrendo á perda de urina antes de conseguir
chegar ao banheiro.
Decorrente da hiperatividade do músculo detrusor,
que pode apresentar causa sensorial, decorrente de
uma irritação, inflamação ou infecção no interior da
bexiga, e/ou distúrbios neurológicos neurológicos
sensitivos.
IU Mista:
A presença simultânea dos mecanismos
fisiopatológicos da IU de esforço e urgência.
IU Paradoxal ou por Transbordamento:
É sequente de uma retenção urinária, causada pelo
comprometimento da contratilidade do detrusor, ou
por uma obstrução da saída da bexiga, ou até mesmo
por ambas as causas juntas.
Como consequência, terá uma distenção da bexiga,
que levará um escape de urina por estouro, ou seja, a
bexiga está completamente cheia e a urina
transborda involuntariamente.
O paciente apresenta vontade de urinar, mas elimina
apenas gotas.
Esse tipo é mais comum em homens de forma
crônica, devido à hiperplasia prostática.
IU Funcional:
Decorretes de dificuldades cognitivas, funcionais ou
de mobilidade que prejudicam o uso do banheiro, e
que não há falha funcional da bexiga ou controle
neurológico. Logo, é a perda involuntária de urina
causada por barreiras ambientais ou físicas para o
acesso ao banheiro.
IU Contínua:
Perda constante de urina, causada por lesões graves
ao sistema esfincteriano, no qual a pressão uretral
torna-se incapaz de impedir o fluxo urinário.
Essa pode ser congênita ou consequente de
ressecções pélvicas e traumas genitais.
FATORES PARA A OCORÊNCIA DE IU
● Envelhecimento
● Genética
● raça branca
● obesidade
● polifarmácia
● tabagismo
● constipação
● alimentos irritantes vesicis
● doenças crônicas
● infecções do trato urinário
● cirurgias pélvicas
● atividades físicas de alto impacto na região
abdominal
● trauma do assoalho pélvico
● enfermidades neurológicas
● déficit cognitivo e funcional
● gravidez
● Histórico obstétrico
● Histerectomia
● Menopausa
● Terapia Hormonal substitutiva
● Cirurgia Ginecológica
EPIDEMIOLOGIA
● É uma doença subnotificada,
subdiagnosticada
● Baixo reconhecimento profissional
● IU pode estar presente em várias doenças
● Presente em vários grupos populacionais
independente de sexo, etnia ou idade
● Prevalência maior em mulheres
IMPACTOS DA IU
A patologia pode repercurtir como:
● trauma psicológico
● ameaça para a autoestima
● depressão
● isolamento, pelo constragimento pelo odor
(muito relacionada a crenças e ideias culturais
em que o odor é relacionado a falta de fralda e
falta de higiene)
● ansiedade
● dificuldade relacionadas a trabalho
● perda da independência
● vulnerabilidade
● sentimentos como: solidaão, culpa,desespero,
impotência, angústia e humilhação
● probabilidade de instituicionalização em lares
de longa permanência
Algumas pessoas passam a ter modificações
comportamentais a fim de minimizar as
inconveniências:
● Alteram hábitos como a utilização de perfumes
de odor forte
● Roupas escuras
● Absorventes ou protetores para controle da
perda
● Diminuição da ingestão hidrica
● Trocas de roupas
● Sempre ficar proximas ao banheiro
● suspensão de fármacos que estimulam a
função urinária
● Evitar o convivio social
AVALIAÇÃO DA IU
Apesar de ser muito difícil os pacientes procurarem
ajuda, devido a barreiras culturais, físicas, sociais e
psicologicas. A procura precoce com uma avaliação
diagnóstica resulta em uma resposta terapêutica
melhor.
Anamnsese
Avaliação geral e especifica (início dos sintomas,
duração, impactos, associação com outras
comorbidades, função sexual e intestinal, história
ginecológica, história urológica pregressa, histórico
neurológico, histórico cirúrgico e registro do diário
miccional)
Pode usar também alguns questionários sobre
qualidade de vida (Euro-Qol QE-5D, KHQ, I-PSS)
Exame físico
Cefálo-podal, com ênfase nas regiões abdominais e
pélvicas. Indica-se verificar o paciente com a bexiga
parcialmente cheia, verificar os sinais de IU de
esforço e realizar manobras de valsava.
Avaliação Urodinâmica
Estudos e exames específicos do sistema urinário.
TRATAMENTO
Terapias Comportamentais
Exercicios da Musculatura Pélvica (Emp)
Terapia com Cones Vaginais
Eletroestimulação Vaginal Ou Retal
Medicações
Cirurgias
Produtos De Contenção (Absorventes, Fraldas E
Cateteres Bolsa Coletora De Urina)
ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM
Os enfermeiros tem uma especialidade para avaliar e
manusear a IU - Estomaterapia - que compreende
assistencia as pessoas que apresentam estoma,
feridas, incontinências anal e urinária.
Os cuidados de enfermagem vão além dos cuidados
domiciliares focados nos absorventes, deve ser um
cuidado integral.
.
Educação em Saúde:
Explicação do mecanismo fisiopatológico e do que é
ser incontinente, esclarecendo dúvidas e mitos.
Orientação sobre a associação e dissociação da IU
com o envelhecimento, como um processo natural da
vida; e
Orientar sobre a prevenção de acidentes físicos,
como quedas de pacientes idosos, relacionadas ao
aumento da frequência de micção
Suporte emocional:
Estimular o incontinente a participar de grupos de
apoio que permitem a troca de experiência.
Pode também proporcionar confiança e empatia na
relação de enfermeiro/paciente,
Incentivar o retorno das atividades diárias sem
colocar limitações e ampliar a compreensão do
paciente a respeito da patologia e suas
consequências.
Avaliar a qualidade de vida, para identificar
estratégias efetivas de abordagem e buscar minimizar
o sofrimento psicológico, incentivando a promoção da
saúde e o autocuidado.
Terapia comportamental:
Auxiliar e orientar a mudança do estilo de vida, nos
cuidados de higiene e na prevenção de infecção;
Estimular a prática de exercício físico e a redução de
peso;
Orientar quanto à ingesta hídrica e ao consumo de
alimentos não constipantes e não irritantes vesical;
Orientar e incentivar o processo de fortalecimento da
musculatura do assoalho pélvico com exercícios e
outros processos comportamentais que promovam a
melhora e diminuição da perda involuntária da urina.
SAE:
Realizar investigação precoce dos sintomas de IU
através da anamnese e do exame físico durante a
consulta de enfermagem;
Produzir um planejamento dos cuidados a serem
executados pela sua equipe e paciente. Para a
elaboração de cuidados, deve ser levado em
consideração o que foi decidido acerca das questões
do tratamento, ser verificado e quantificado os riscos
de lesões e cuidados com a pele,compreendendo a
rede de apoio familiar, as relações sociais e as
possíveis modificações para melhorar a qualidade de
vida do paciente. Vale ressaltar a necessidade de
uma assistência ao incontinente, baseada nos
processos de enfermagem, pois essa considera o
paciente em sua totalidade

Continue navegando