Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
5o GD de Bioquímica Aminoácidos e Peptídeos- Métodos Bioquímicos Professor Milton 1- Uma solução de um peptídeo de sequência desconhecida foi dividida em duas amostras. Uma amostra foi tratada com tripsina e outra com quimiotripsina. Os menores peptídeos obtidos por tratamento com tripsina tinham as seguintes sequências Ala-Val-Cys-Arg Pro-Pro-Lys Val-Leu-Ser-Gly-Ile-Phe-Arg Os menores peptídeos obtidos por tratamento com quimiotripsina tinham as seguintes sequências: Ala-Val-Cys-Arg-Met-Tyr Val-Leu-Ser-Gly-Ile-Phe Arg-Pro-Pro-Lys Deduza a sequência do peptídeo Dados a enzima tripsina hidrolisa peptídeos onde houver resíduos de Lys ou Arg que contribuem com a carbonila na ligação peptídica e a quimotripsina em Phe, Tyr ou Trip da mesma forma. 2- Como podemos separar os peptídeos abaixo empregando uma cromatografia de troca iônica que contém o trocador iônico Q-sepharose ? Val-Lys-His-Cys; Val-Arg-His-Cys ; Val-His-Tyr-Cys 1 3- Seria possível separar os peptídeos acima pelas diferenças de ponto isoelétrico empregando-se a cromatografia cuja fase estacionária contém trocadores iônicos positivos ou negativos? Especifique as condições 4- As proteínas na forma nativa A, B e C possuem massas moleculares 15, 35 e 100 KD foram submetidas à cromatografia de filtração em gel com as fases estacionárias, P-30, P-200 e G-100. Considerando essas informações e dados de especificações técnicas das resinas citadas, esboce os perfis cromatográficos esperados para as três especificações de fase estacionária. P30 (2500 – 40000) G100 (4000 – 150000) P200 (30000 – 200000) 5- Como seria possível separar os peptídeos Pro-Val-His, Val-Pro-Gly e Ser-Ile-Val. Proponha o método predizendo a sequência em que serão deslocados do sistema de separação. 6- Discorra sobre os diferentes tipos de resinas de troca iônica, explicitando as vantagens e limitações e a faixa de pH que pode ser utilizada. 2 5 GD de Bioquímica Aminoácidos e Peptídeos- Métodos Bioquímicos 1- 2- O trocador iônico Q-sepharose é um trocador aniônico onde a carga da sua resina é positiva e se liga em moléculas que possuem carga liquida negativa. No entanto, os três peptídeos em pH neutro possuem carga liquida positiva devido a presença de Histidina acompanhada de aminoácidos que possuem radicais sem carga. Devido a isso, nenhum peptídeo se ligaria a coluna nessas condições. Portanto para separar esses peptídeos seria necessário a modificação da carga liquida visando torna-los negativos. Para que isso ocorre seria necessário o ajuste do pH do meio para básico 0,5-1,5 unidades de pH acima do pH do ponto isoelétrico do peptídeo Val-Arg-His-Cys que é o que possui maior ponto isoelétrico dos 3. E então fazer um gradiente decrescente de pH para ir desligando da coluna os peptídeos separando-os. . 3-Sabendo que de acordo com o pH do meio, os peptídeos podem apresentar carga liquida positiva, negativa ou neutra. É possível também separar os peptídeos de acordo com a diferença do seu ponto isoelétrico (onde o peptídeo se torna sem carga). Se for utilizado trocadores aniônicos visando a ligação de peptídeos de carga negativa será necessário um ajuste no pH do meio para 0,5-1,5 unidades de pH acima do pH do ponto isoelétrico do peptídeo. Caso seja utilizado um trocador de cátions visando a ligação de peptídeos de carga positiva será necessário um ajuste do pH do meio para 0,5-1,5 unidades de pH abaixo do pH do ponto isoelétrico do peptídeo. 3 4- 5- Para separar os peptídeos seria necessária uma cromatografia de interação hidrofóbica. Os peptídeos com maior grau de hidrofobicidade se ligarão mais fortemente a matriz hidrofóbica e serão eluidos mais tardiamente devido ao seu grau de hidrofobicidade. É possível observar que Val-Pro-Gly possui três aminoácidos apolares, Ser-Ile-Val possui dois aminoácidos apolares (Val e Ile) e um aminoácido polar sem carga e Pro-Val-His possui dois aminoácidos apolares (Pro e Val) e um aminoácido polar com carga. Portanto a sequência em que esses peptídeos serão deslocados do sistema de separação hidrofóbico será: Pro-Val-His, depois Ser-Ile-Val e em seguida Val-Pro-Gly. 4 6- Existem diferentes tipos de resinas de troca iônica De acordo com os grupos ionizáveis presos às estruturas das resinas, elas se classificam em quatro grupos básicos: catiônica fraca, catiônica forte, aniônica fraca e aniônica forte. A resina Dowex 1 tem como grupo ionizável (Ø - CH2N+ (CH3) 3 e sendo uma resina de poliestireno fortemente básica utilizada para trocar aniônicas. A resina Dowex 50 tem como grupo ionizável (Ø-SO3–H) também uma resina de poliestireno fortemente ácida utilizada para trocas catiônicas. A resina DEAE-celulose tem como grupo ionizável Dietilaminoetil CH2CH2N+ (C2H5) 2 é uma resina carregada positivamente utilizada no fracionamento de proteínas ácidas e neutras. A CM-celulose possui um grupo ionizável Carboximetil CH2COOH é ácida e utilizada no fracionamento de proteínas básicas e neutras. A DEAE –Sephadex é um gel de dextrano básico que possui como grupo ionizável o Dietilaminoetil CH2CH2N+ (C2H5) 2 que tem como vantagem a combinação de gel filtração e troca iônica de proteínas ácidas e neutras. O CM – Sephadex tem como grupo ionizável o Carboximetil - CH2COOH e é um gel de dextrano ácido que tem como vantagem a combinação de gel filtração e troca iônica de proteínas básicas e neutras. 5
Compartilhar