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Fraude de Vinhos (apresentação da disciplina Análise Quantitativa 2)

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FRAUDE DE VINHOS 
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Instituto de Química - Departamento de Química Analítica
Alunas:
Beatriz Nascimento de Araujo 
Júlia Ferreira Canella
Larissa de Oliveira Augusto
ASPECTOS HISTÓRICOS 
7000
 a.C.
As mais antigas sementes de uvas cultivadas foram descobertas na Georgia (Rússia). 
3000
a.C.
No Egito o consumo de vinho cresceu e deu um grande impulso para o comércio externo. 
2500
a.C.
Os vinhos egípcios já eram exportados para a Europa, África Central e alguns reinos da Ásia. 
1000
a.C.
O consumo de vinho floresceu na Grécia e na Roma, onde pela primeira vez foi realizado o processo de envelhecimento da bebida. 
A origem do vinho
ASPECTOS HISTÓRICOS 
Fraude de vinhos na antiguidade
O código de Hamurabi incluía uma lei que punia a fraude na venda de vinhos. Os criminosos que fossem flagrados vendendo vinhos adulterados eram condenados à morte por afogamento.
1.754
 a.C.
60
 a.C.
Naquela época, o vinho Farleniano era considerado o melhor e mais caro do império Romano, sendo um grande alvo de falsificações. 
O acetato de chumbo foi amplamente utilizado na Roma antiga como adoçante para vinhos. Isso porque os romanos utilizavam um processo de ebulição da bebida em chaleiras de chumbo. 
150
 a.C.
ASPECTOS HISTÓRICOS 
Chegada do vinho no Brasil
As primeiras videiras do Brasil foram trazidas pela expedição colonizadora de Martim Afonso de Souza, em 1532. Com o objetivo de disseminar a agricultura na nova colônia. 
Com a multiplicação das iniciativas em torno da vinicultura no Brasil, em 1785 a corte portuguesa proibiu o cultivo de uva no país. Esta proibição só foi revogada com a chegada da família real no Brasil, em 1808.
O grande salto para a produção nacional de vinhos e sua comercialização, ocorreu com a chegada dos imigrantes italianos em 1785.
ASPECTOS HISTÓRICOS 
Fraude de vinhos no Brasil
Jornal Diretrizes 1942
Jornal do Brasil 1971
Jornal Diretrizes
1942
São Paulo
Jornal do Brasil
1971
Porto Alegre
Tribuna da Imprensa
1982
Rio de Janeiro
Foi realizada uma reportagem denunciando uma ampla brecha na lei que favorecia os falsificadores. Essa brecha consistia na inexistência de uma lei que punisse com cadeia e processo os falsificadores de bebidas.
O Jornal do Brasil denunciou o uso de sacarina e água para adocicar e multiplicar o vinho gaúcho. Um laboratório volante foi montado em uma kombi para realizar a análise de vinhos e vinagres transportados por caminhões.
Segundo o jornal Tribuna da Imprensa, foi apenas em 1982 que as fraudes de vinho começaram a ser punidas de uma forma mais severa. 
METODOLOGIA ANALÍTICA DO PASSADO
 Análise sensorial 
Visual
Olfativo
Gustativo e tátil
Fornece informações sobre a cor,
Limpidez, textura e efervescência
e viscosidade.
Fornece informações sobre o 
aroma e sua composição 
Fornece informações sobre o 
gosto doce, ácido, amargo e
salgado, além de fornecer 
informação acerca da estrutura
do vinho
METODOLOGIA ANALÍTICA DO PASSADO
 Presença de enxofre
1. Imersão de um ovo na solução de vinho
2. Adição de nitrato de prata
METODOLOGIA ANALÍTICA DO PASSADO
 Presença de chumbo
1. Adição de sulfeto de cálcio
2. Adição de sulfato de sódio
METODOLOGIA ANALÍTICA DO PASSADO
METODOLOGIA ANALÍTICA DO PASSADO
Presença de corantes
Phytolacca decandra
Baga de sabugueiro 
Líquido rosáceo descolore
após o aquecimento
Incrustação violeta ou azul de cor intensa
CASOS ATUAIS DE FRAUDE
Casos internacionais
Estados Unidos
2013
Foi o maior caso de falsificação na história do
vinho, visto que o fraudador Rudy Kurniawan
lucrou milhões de dólares em vinhos 
falsificados que se passavam por raros e 
colecionáveis. Esse episódio resultou na 
condenação de 10 anos de prisão do autor,
sendo a primeira pessoa a ser julgada por 
falsificação de vinhos no território dos EUA.
Itália
2020
Uma quadrilha produzia réplicas perfeitas 
de garrafas e caixas de um vinho cujo 
rótulo é Sassicaia, um dos rótulos mais 
conhecidos na Itália e que custa cerca de
R$ 4.000,00 no Brasil. Além dos rótulos,
também foi encontrado selos de qualidade
utilizados pelo conselho regulador da 
Toscana.
CASOS ATUAIS DE FRAUDE
Casos nacionais
Rio Grande do Sul
2014
Nesse caso, empresas de vinho foram autuadas e
tiveram os seus lotes retirados de circulação em 
razão da comprovação do uso de antibiótico 
para conservar o vinho. O antibiótico encontrado
foi a natamicina. Essa prática é ilegal conforme 
a ANVISA.
Curitiba
2020
Nesse caso, a fraude foi descoberta após 
consumidores denunciarem o estabelecimento
à Polícia Federal após passarem mal. Após isso,
descobriu-se que o vinho estava adulterado 
pois estava diluído com álcool combustível, 
ácido cítrico, corantes e estabilizantes.
METODOLOGIAS ANALÍTICAS ATUAIS PARA ATESTAR A QUALIDADE DO VINHO 
O que é o vinho?
De acordo com a legislação brasileira, o vinho é uma bebida alcoólica produzida exclusivamente da uva com no mínimo 7% de teor alcoólico.
METODOLOGIAS ANALÍTICAS ATUAIS PARA ATESTAR A QUALIDADE DO VINHO 
O que é o vinho?
Rolha
Água
Álcool
Açúcar
Ácidos
Outras substâncias
Do ponto de vista de sua composição química, o vinho é uma solução ácida, com teor alcoólico de 7% a 20% em volume, contando com centenas de substâncias orgânicas e minerais em quantidades mínimas.
Sais minerais, compostos fenólicos, substâncias nitrogenadas, ésteres, aldeídos, cetonas, vitaminas.
13
METODOLOGIAS ANALÍTICAS ATUAIS PARA ATESTAR A QUALIDADE DO VINHO 
Regulamentação e Legislação
No Brasil, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) é o órgão responsável por criar e fiscalizar leis e normas que definem, regularizam e controlam a elaboração e circulação dos vinhos.
MAPA
Lei nº 7.678/1988
A Lei que trata sobre a produção, circulação e comercialização do vinho e derivados da uva e do vinho no Brasil. 
Já passou por várias regulamentações como objetivo harmonizar a legislação brasileira com o Regulamento Vitivinícola do Mercosul.
A classificação correta dos vinhos, está estabelecida no Art. 8º da lei 7.678/1988, que teve modificações realizadas pela lei nº 10.970/2004.
METODOLOGIAS ANALÍTICAS ATUAIS PARA ATESTAR A QUALIDADE DO VINHO 
Regulamentação e Legislação
Segundo as suas classificações são divididos quanto à classe, cor e teor de açúcares totais.
Classificações dos vinhos de acordo com a legislação Brasileira
METODOLOGIAS ANALÍTICAS ATUAIS PARA ATESTAR A QUALIDADE DO VINHO 
Regulamentação e Legislação
Verificar as conformidades quanto a uma lei, portaria ou regulamento que rege este produto.
Análise físico-química do vinho
Fundamental para o controle de qualidade
Estabelece os teores máximos e mínimos para alguns constituintes da composição do vinho.
Normativa n° 14, de 8 de fevereiro de 2018
Regulamento Vitivinícola do Mercosul
Estabelece quais os métodos analíticos usuais e expressões dos resultados para cada parâmetro.
Determinados e quantificados seguindo procedimentos específicos de Organizações e Associações oficiais como a Organização Internacional da Uva e do Vinho (OIV)
METODOLOGIAS ANALÍTICAS ATUAIS PARA ATESTAR A QUALIDADE DO VINHO 
Análise físico-química do vinho
IMPORTÂNCIA
Do ponto de vista acadêmico
Do ponto de vista tecnológico
Maioria: Métodos clássicos
Mensurar os seguintes parâmetros:
Graduação alcoólica 
Acidez total 
Acidez volátil 
Análise do pH 
Extrato seco - Relação álcool em peso/extrato seco reduzido 
Teor de cinzas 
 
METODOLOGIAS ANALÍTICAS ATUAIS PARA ATESTAR A QUALIDADE DO VINHO 
Graduação alcoólica
Corresponde ao número de litros de álcool etílico em 100 litros da bebida, a uma temperatura de 20º C 
DEFINIÇÃO
Álcool etílico
Proveniente da fermentação alcoólica do açúcar do mosto
Tabela 1: Limites permitidos de graduação alcoólica de acordo com a classe de vinho 
METODOLOGIAS ANALÍTICAS ATUAIS PARA ATESTAR A QUALIDADE DO VINHO 
Graduação alcoólica
MÉTODO USUAL
Regulamento Vinícola do Mercosul
Consiste na destilação dovinho e posterior medida do grau alcoólico por densimetria. 
Procedimento básico:
1º etapa: Destilação simples:
 50 mL de amostra de vinho com 10 mL de CaO.
2º etapa: Densimetria
Determinar a densidade do destilado a 20 ºC no densímetro Anton Paar DMA 45 e fazer a leitura do grau alcoólico a partir de valores tabelados. 
METODOLOGIAS ANALÍTICAS ATUAIS PARA ATESTAR A QUALIDADE DO VINHO 
Acidez total 
Corresponde à soma dos ácidos tituláveis quando se neutraliza o vinho até pH 7,0 com solução alcalina 
DEFINIÇÃO
Durante a maturação do vinho ocorre um decréscimo na concentração de diversos ácidos. 
Principal: O ácido tartárico
Maior 
acidez
Sabor mais fresco
Cor mais intensa
Estabilidade microbiológica
Tabela 2: Limites de acidez total de acordo com a classe de vinho 
METODOLOGIAS ANALÍTICAS ATUAIS PARA ATESTAR A QUALIDADE DO VINHO 
Acidez total 
MÉTODO USUAL
Regulamento Vinícola do Mercosul
Consiste na titulação com hidróxido de sódio usando azul de bromotimol como indicador. 
Procedimento básico:
Titulação de 5 mL de vinho diluído em 100 mL de água destilada, com hidróxido de sódio 0,1 N, utilizando o azul de bromotimol como indicador do final da reação, até o aparecimento de cor azul, obtendo o volume gasto (mL).  
onde:
 n = mililitros de hidróxido de sódio gastos na titulação
N = normalidade do hidróxido de sódio
V = volume de vinho utilizado em mL.
METODOLOGIAS ANALÍTICAS ATUAIS PARA ATESTAR A QUALIDADE DO VINHO 
Acidez volátil 
DEFINIÇÃO
Corresponde à soma dos ácidos graxos da série acética presentes no vinho no estado livre ou salificado.
São os ácidos:
acético, fórmico, propanoico e butílico
Limite de acidez volátil
20,0 meq/L
 para todas as diferentes classes de vinho. 
Ocorre uma elevação significativa, principalmente devido a bactérias acéticas, que degradam o álcool produzindo ácido acético e gás carbónico. 
Esgotamento do recipiente
condições são favoráveis para as bactérias crescerem e produzirem aumentos na acidez volátil. 
Os vinhos novos contêm acidez volátil mínima, que foi produzida na fermentação alcoólica e na malolática. 
METODOLOGIAS ANALÍTICAS ATUAIS PARA ATESTAR A QUALIDADE DO VINHO 
Acidez volátil
MÉTODO USUAL
Regulamento Vinícola do Mercosul
Procedimento básico:
Consiste na destilação por arraste de vapor do vinho e posterior titulação do destilado com hidróxido de sódio. 
1º etapa: Destilação por arraste de vapor 
2º etapa : Titulação do destilado 
Acrescentar algumas gotas de fenolftaleína ao destilado do Erlenmeyer e titular com hidróxido de sódio 0,1 N.
No balão A: Água
No balão B: 10 mL de vinho, e alguns cristais de ácido tartárico
onde:
 n = mililitros de hidróxido de sódio gastos na titulação
N = normalidade do hidróxido de sódio
V = volume de vinho utilizado em mL.
23
METODOLOGIAS ANALÍTICAS ATUAIS PARA ATESTAR A QUALIDADE DO VINHO 
Análise do pH 
DEFINIÇÃO
O pH representa a concentração de íons de hidrogênio livres dissolvidos no vinho. 
pH = - log [H+] 
Fórmula:
No caso dos vinhos brasileiros, é variável de 3,0 até 3,8, dependendo do tipo de vinho (branco ou tinto), da cultivar e da safra. 
A aferição deste valor é muito importante, pois influencia os aspectos sanitários e organolépticos do vinho.
METODOLOGIAS ANALÍTICAS ATUAIS PARA ATESTAR A QUALIDADE DO VINHO 
MÉTODO USUAL
Regulamento Vinícola do Mercosul
Procedimento básico:
Através de um potenciômetro de leitura digital com precisão de 0,01 unidades.
Análise do pH 
1 O aparelho deve ser calibrado com soluções tampão à temperatura de 20 ºC 
2 Leitura digital direta no potenciômetro
Baseia-se na diferença de potencial entre dois eletrodos mergulhados na amostra de vinho em análise
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METODOLOGIAS ANALÍTICAS ATUAIS PARA ATESTAR A QUALIDADE DO VINHO 
Extrato seco total 
DEFINIÇÃO
Conjunto de todas as substâncias que em condições físicas determinadas não se volatilizam. 
Adição ilícita de álcool ou água ao vinho, bem como outras práticas legais, como o envelhecimento. Alguns processos, como a oxidação de corantes ou polifenóis, a fermentação de açúcares residuais e certas doenças, também modificam os valores do extrato seco. 
Pode ser alterado
A legislação brasileira não estabelece limites para o extrato seco total em vinhos. 
METODOLOGIAS ANALÍTICAS ATUAIS PARA ATESTAR A QUALIDADE DO VINHO 
Extrato seco total 
MÉTODO USUAL
Regulamento Vinícola do Mercosul
Indireto através de densimetria, é expresso em gramas por litro e deve ser determinado com uma aproximação de 0,5 g. 
É calculado indiretamente a partir do valor da densidade do resíduo sem álcool, vinho cujo álcool foi eliminado e cujo volume foi reconduzido ao valor inicial, com água. 
O extrato seco assim obtido corresponde à quantidade de sacarose que, dissolvida numa quantidade de água suficiente para um litro, corresponde a uma solução de mesma densidade que o resíduo sem álcool. Essa quantidade é tabelada. 
A densidade do resíduo sem álcool (dr) é calculada pela fórmula de Tabarié:  
  
dr = dv - da + 1.000  
onde: 
dv = densidade relativa do vinho a 20 ºC obtida por meio do densímetro Anton Paar DMA 45. 
da = densidade a 20 ºC da mistura hidroalcoólica, (com o mesmo grau do vinho)
Procedimento básico:
Converter os valores (dr) para a quantidade de extrato seco (g L-1) com auxílio de valores tabelados. 
27
METODOLOGIAS ANALÍTICAS ATUAIS PARA ATESTAR A QUALIDADE DO VINHO 
Relação álcool em peso/extrato seco reduzido 
A legislação brasileira não estabelece limites para o extrato seco total em vinhos. 
Mas determina valores máximos para a relação álcool/extrato reduzido. 
Essa relação é utilizada para detectar a adição de álcool, água ou açúcar ao vinho antes do engarrafamento 
METODOLOGIAS ANALÍTICAS ATUAIS PARA ATESTAR A QUALIDADE DO VINHO 
Relação álcool em peso/extrato seco reduzido 
O extrato seco reduzido
Extrato seco reduzido (g/L) =
 Extrato seco (g/L) - [Açúcares totais (g /L) - 1,0]
METODOLOGIAS ANALÍTICAS ATUAIS PARA ATESTAR A QUALIDADE DO VINHO 
Relação álcool em peso/extrato seco reduzido 
METODOLOGIAS ANALÍTICAS ATUAIS PARA ATESTAR A QUALIDADE DO VINHO 
Teor de cinzas
DEFINIÇÃO
Correspondem ao conjunto de produtos da incineração do extrato seco do vinho conduzida entre 500 ºC e 550 ºC até a combustão completa do carbono 
Compreendem a todos os compostos inorgânicos do vinho e são provenientes, principalmente, da parte sólida da uva. 
Normalmente as cinzas dos vinhos são brancas ou acinzentadas. 
Aparecimento de uma coloração verde que passa à vermelha com a adição de um ácido indica presença de manganês em teor elevado. 
A cor amarelada das cinzas é um indicativo de teor elevado de ferro 
Valor mínimo de 1,50 g/L em vinhos tintos e 1,00 g/L para vinhos rosados e vinhos brancos. Não há especificações em valores máximos permitidos ou recomendados. 
METODOLOGIAS ANALÍTICAS ATUAIS PARA ATESTAR A QUALIDADE DO VINHO 
Teor de cinzas
1. Colocar 20 mL da amostra de vinho em uma capsula de platina, previamente tarada. 
2. Evaporar até secar em banho-maria ou na chapa aquecedora. 
3. Queimar o resíduo em bico de Bunsen e passar a capsula para a mufla a 525 ºC ± 25 ºC até que o resíduo fique completamente branco. 
4. Esfriar a cápsula no dessecador e pesar rapidamente numa balança de precisão. 
Procedimento básico:
As cinzas são expressas em g L-1 de amostra pela seguinte fórmula: 
METODOLOGIAS ANALÍTICAS ATUAIS PARA ATESTAR A QUALIDADE DO VINHO 
Demais parâmetros 
Na tabela estão descritos alguns outros componentes do vinho e seus respectivos métodos analíticos usuais, métodos de referência, limite admitido e expressão dos resultados, que constam no Regulamento Vitivinícola do Mercosul, na Instrução Normativa N° 14, de 8 De fevereiro De 2018 e estão descritos nas Normas OIV, CEE2676/90 
METODOLOGIAS ANALÍTICAS ATUAIS PARA ATESTAR A QUALIDADE DO VINHO 
Referências bibliográficas
[1] MACHADO, C. Fraudes em alimentos: conheça os principais alvos de adulteração. Eali. Disponível em: < https://www.eali.com.br/post/fraudes-em-alimentos-conhe%C3%A7a-os-principais-alvos-de-adultera%C3%A7%C3%A3o>.Acesso em: 2 mar. 2021.
[2] BRASIL. Câmara dos Deputados. Projeto de lei nº 7.664, de 2017. Disponível em: <https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra;jsessionid=7AAE1D24C068C90B1A74E86728DF3F2C.proposicoesWebExterno2?codteor=1564518&filename=Avulso+-PL+7664/2017>. Acesso em: 2 mar. 2021.
[3] SITTA, R. O vinho falsificado e os riscos à saúde. V ao Cubo. Disponível em: <https://vaocubo.com/2019/12/15/fakewinerisks> Acesso em: 2 mar. 2021.
[4] PINHEIRO, J.C. Fraudes, enganos e trapaças no vinho. O boletim do vinho. Disponível em: < https://oboletimdovinho.com.br/2016/05/24/fraudes-enganos-e-trapacas-no-vinho/> Acesso em: 2 mar. 2021.
[5] HISTÓRIA do Vinho. Portal São Francisco. Disponível em:< https://www.portalsaofrancisco.com.br/historia-geral/historia-do-vinho>. Acesso em: 2 mar. 2021.
[6] JOHNSON, H. A história do Vinho. Londres: Editora Mitchell-Beazley, 1989.
[7] GRIZZO, A. Servido nos banquetes de Júlio César, o Falerno é o vinho mais famoso do Império Romano. Revista Adega. Disponível em: < https://revistaadega.uol.com.br/artigo/grand-cru-romano_9694.html>. Acesso em: 2 mar. 2021. 
[8] WEOR, S. Medicina oculta de Samael Aun Weor. 1. ed. Edisaw, 2011. p. 56.
[9] HOLMBERG, L. Wine fraud. International Journal of Wine Research, v. 2, p. 105-113, out. 2010. 
[10] SILVANO, C. História do vinho no Brasil e sua evolução até os dias de hoje. Enovírtua. Disponível em: <https://www.enovirtua.com/enocultura/historia-do-vinho-no-brasil-e-sua-evolucao-ate-os-dias-de-hoje/>. Acesso em: 2 mar. 2021.
[11] Jornal Diretrizes, p. 16-17, mai. 1942. 
[12] Jornal do Brasil, 20 nov. 1971.
[13] Brunch K.L. A História do Direito do Vinho no Brasil. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 2018.
[14] Jornal Tribuna da Imprensa, Rio de Janeiro, mar. 1982.
[15] EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA. Metodologia para análise de vinhos. 1. ed. Brasília: Embrapa, 2010, 126 p. Disponível em < https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/887323/1/Metodologiaanalisevinhotintoed012010.pdf >. Acesso em: 2 mar. 2021.
METODOLOGIAS ANALÍTICAS ATUAIS PARA ATESTAR A QUALIDADE DO VINHO 
Referências bibliográficas
[16] OBSERVADOR. Rudy Kurniawan: a história do falsificador de vinhos que saiu da prisão. Observador. Disponível em: < https://observador.pt/2020/11/10/rudy-kurniawan-a-historia-do-falsificador-de-vinhos-que-saiu-em-liberdade/ >. Acesso em: 2 mar. 2021. 
[17] R7. Polícia da Itália descobre negócio milionário de vinhos falsificados. Notícias R7. Disponível em: < https://noticias.r7.com/internacional/policia-da-italia-descobre-negocio-milionario-de-vinhos-falsificados-14102020 >. Acesso em: 2 mar. 2021.
[18] GAZETA DO POVO. Vinho “batizado” com etanol é apreendido, depois que clientes passam mal. Gazeta do Povo. Disponível em: < https://www.gazetadopovo.com.br/curitiba/vinho-colonial-etanol-curitiba-apreensao/ >. Acesso em: 2 mar. 2021.
[19] G1. Mapa divulga marcas de vinho com suspeita de adição de antibiótico. G1 globo. Disponível em: < http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2014/05/mapa-divulga-lista-de-vinhos-investigados-por-fraude-no-rs.html >. Acesso em: 2 mar. 2021.
[20] O GLOBO, ano 8, n. 843, 18 dez. 1876. 
[21] O AUXILIAR DA INDÚSTRIA NACIONAL. Anos 1879 e 1880.
[22] VOGEL, A. I. Química analítica qualitativa. 5. ed. São Paulo: Mestre Jou, 1905. p. 228.
[23] VOGEL, A. I. Química analítica qualitativa. 5. ed. São Paulo: Mestre Jou, 1905. p. 277 
[24] BRASIL. Lei nº 7.678, de 8 de novembro de 1988. Dispõe sobre a produção, circulação e comercialização do vinho e derivados da uva e do vinho, e da outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 9 nov. 1988. p. 21561.
[25] AQUARONE, E.; BORZANI, W.; SCHIMIDELL, W.; LIMA, U.D.A. Biotecnologia Industrial. V. 4. São Paulo: Edgar Blücher, 2001. 
[26] MERCOSUL/GMC. Regulamento Vitivinícola do Mercosul. Buenos Aires, 1996. 24 p. Disponível em: <https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/inspecao/produtos-vegetal/legislacao-1/biblioteca-de-normas-vinhos-e-bebidas/resolucao-mercosul-gmc-no-45-de-1996.pdf/view > Acesso em: 2 mar. 2021.
[27] BRASIL. Lei nº 10.970, de 12 de novembro de 2004. Altera dispositivos da lei nº 7.678, de 08/11/1988, que dispõe sobre a produção, circulação e comercialização do vinho e derivados da uva e do vinho, e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 16 nov. 2004. Seção 1, p. 1.
[28] BRASIL. Lei nº 12.320, de 06 de setembro de 2010. Dá nova redação ao caput do art. 15 da lei nº 7.678, de 8 de novembro de 1988, que dispõe sobre a produção, circulação e comercialização do vinho e derivados da uva e do vinho, na forma que especifica. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 8 set. 2010. Seção 1, p. 1.
METODOLOGIAS ANALÍTICAS ATUAIS PARA ATESTAR A QUALIDADE DO VINHO 
Referências bibliográficas
[29] BRASIL. Decreto nº 8.198, de 20 de fevereiro de 2014. Regulamenta a lei nº 7.678, de 8 de novembro de 1988, que dispõe sobre a produção, circulação e comercialização do vinho e derivados da uva e do vinho. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 21 fev. 2014. Edição extra, Seção 1, p. 1.
[30] BRASIL. Decreto nº 9.348, de 17 de abril de 2018. Altera o decreto nº 8.198, de 20 de fevereiro de 2014, que regulamenta a lei nº 7.678, de 8 de novembro de 1988, que dispõe sobre a produção, circulação e comercialização do vinho e derivados da uva e do vinho. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 18 abr. 2018. Seção 1, p. 8.
[31] LOPES, R. V. S. Análise de parâmetros físico-químicos de vinhos tintos brasileiros. 2017. 62 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Química) - Centro de Ciência e Tecnologia, Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, Campos dos Goytacazes, 2017.
[32] RIZZON, L. A. Metodologia para análise de vinho. 1. ed. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, 2010.
[33] BRASIL. Ministério Da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa n° 14, de 8 de fevereiro de 2018. Estabelece a Complementação dos Padrões de Identidade e Qualidade do Vinho e Derivados da Uva e do Vinho. 2018. Disponível em: <https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/inspecao/produtos-vegetal/legislacao-1/biblioteca-de-normas-vinhos-e-bebidas/instrucao-normativa-no-14-de-8-de-fevereiro-de-2018.pdf/view > Acesso em: 2 mar. 2021.
[34] COMISSÃO EUROPEIA. Regulamento (CEE) nº 2676/90 da Comissão de 17 de setembro de 1990. Determina os métodos de análise comunitários aplicáveis no sector do vinho. Jornal Oficial das Comunidades Europeias. 3 out. 1990. Disponível em: <https://op.europa.eu/pt/publication-detail/-/publication/6528497d-1ece-4355-ab08-c73b3242f7ee#:~:text=para%20o%20Conte%C3%BAdo-,Regulamento%20(CEE)%20n%C2%BA%202676%2F90%20da%20Comiss%C3%A3o%20de%2017,aplic%C3%A1veis%20no%20sector%20do%20vinho> Acesso em: 2 mar. 2021. 
[35] COMISSÃO EUROPEIA. Regulamento (CEE) nº 2870/20 da Comissão de 19 de dezembro de 2000. Estabelece métodos de análise comunitários de referência aplicáveis no sector das bebidas espirituosas. Jornal Oficial das Comunidades Europeias. 29 dez. 2000. Disponível em: <https://op.europa.eu/de/publication-detail/-/publication/b858d9a9-7fd3-4b3b-9cdf-31f1e2e499f0/language-pt > Acesso em: 2 mar. 2021.
[36] NAZRALA, J. J. B. ; VILA, H. F. ; PALADINO; S.C.; LUCERO, C.C. Manual de técnicas analíticas para mostos y vinos. 1 ed. Mendoza: Ediciones Inta, 2009.
[37] ANTOON PAAR. Densímetros digitais. Antoon paar. Disponível em: <https://www.anton-paar.com/br-pt/produtos/grupo/densimetro-digital/> Acesso em: 2 mar. 2021.
[38] MANTECH. Destilador de vinho. Mantech. Disponível em: < http://www.mantechequipamentos.com.br/produtos/destilador-de-vinho.html > Acesso em: 2 mar. 2021. 
[39] CHEESELAB. pHmetro de bancada Ohaus ST2100F Bivolt. Cheeselab. Disponível em: <https://www.cheeselab.com.br/phmetro-de-bancada-ohaus-st2100f-bivolt/p?idsku=317&gclid=Cj0KCQiAvvKBBhCXARIsACTePW-y17wXTvcbMpfjcrcnApMk7YWD6kI9gCWI8pakOK7ycus1oFhHkJUaAtI5EALw_wcB> Acesso em: 2 mar. 2021

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