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CASOS CONCRETOS CORRIGIDOS DE PRATICA SIMULADA IV

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AULA 2 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _____ VARA DE FAMÍLIA DE RECIFE-PE  
 
 
 
 
 
 
 
 
JOSÉ, nacionalidade..., casado, bancário, CPF n°..., endereço eletrônico..., endereço..., vem por seu advogado, com fundamento no artigo 305 e seguintes do CPC, propor:  
 
TUTELA CAUTELAR DE ARROLAMENTO DE BENS EM CARÁTER ANTECEDENTE 
 
em face de TÂNIA, nacionalidade..., casada, profissão..., CPF n°..., endereço eletrônico..., endereço..., tendo em vista os fundamentos de fato e de direito a seguir expostos:  
 
I – DOS FATOS 
As partes se casaram em janeiro de .... Logo no primeiro mês após o casamento, o requerente, desconfiado do comportamento da requerida, buscou informações sobre o seu passado, tomando conhecimento de que a requerida havia cumprido pena privativa de liberdade pela prática de crime de estelionato.  
O requerente, por ser funcionário de instituição bancária há quinze anos e por ter conduta ilibada, passou a temer que a requerida aplique golpes financeiros valendo-se de sua condição profissional. Diante disso, o requerente, sentindo-se enganado, decidiu romper a sociedade conjugal. 
Ocorre que a requerida, para provocar o requerente, tem tentado alienar o patrimônio do casal, o qual consiste em dois carros com valor total estimado em R$ 90.000,00 (noventa mil reais), além de outros bens que o requerente não sabe precisar diante de algumas aquisições recentes feitas pela requerida.  
Importante destacar que o requerente, na semana que antecedeu o ajuizamento da presente ação, viu anúncio de venda dos carros em jornal de grande circulação, bem notou que a requerida vem recebendo ligações de desconhecidos.  
Assim, considerando a urgência da situação, com risco de prejuízo na partilha de bens por vir, e o fato do requerente não ter conseguido colher toda a documentação necessária para formular, desde já, o pedido principal, serve a presente ação para obter, em caráter antecedente, na forma do artigo 305 e seguintes do Código de Processo Civil, o arrolamento de bens do casal, preservando o patrimônio que será partilhado quando forem aduzidos os pedidos de divórcio e partilha de bens. 
 
II – DO DIREITO 
O artigo 300 do Código de Processo Civil trata dos requisitos para a concessão de tutela de urgência. De acordo com referido artigo, os requisitos são: a) probabilidade do direito (fumus boni iuris); b) perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo (periculum in mora). 
O primeiro requisito se mostra presente no caso concreto, à medida que o direito do requerente é provável, eis que é casado com a requerida, sendo seu direito potestativo o divórcio, nos termos do artigo 226, §6º, da Constituição Federal, e, como corolário lógico, sendo seu direito a partilha de bens do casal, na forma do artigo... do Código Civil, tendo em vista o regime de bens adotado. 
Por seu turno, o segundo requisito decorre da situação de urgência que permeia o caso. Como dito nos fatos desta ação, a requerida vem tentado alienar o patrimônio do casal, já existindo anúncio em jornal de grande circulação para a venda dos carros de propriedade das partes, tendo, ainda, o requerente notado que a requerida vem recebendo ligações de desconhecidos. 
Assim, presentes os requisitos legais, faz jus o requerente à concessão da tutela cautelar, sendo o caso de arrolamento de bens com apreensão do patrimônio arrolado, uma vez que o requerente desconhece todos os bens a que tem direito, bem como a mera documentação não é suficiente para afastar o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo. 
 
III – DOS PEDIDOS 
Requer: 
a) a concessão, em caráter liminar ou após manifestação da parte contrária, de medida cautelar antecedente de arresto de bens partilháveis das partes, apreendendo-se referidos bens, inclusive com a expedição de ofícios aos órgãos competentes, como o DETRAN;  
b) A citação do réu para, no prazo legal, oferecer contestação, sob pena de decretação da revelia; 
c) Requer a produção de todas as provas em direito admitidas.  
 
Atribui-se à causa o valor de R$ ... 
 
Local..., data.... 
 
Advogado... 
OAB... 
	
AULA 3
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ______ VARA CÍVEL DE FORTALEZA-CE 
 
 
 
XYZ VIAGENS S/A, pessoa jurídica de direito privado, CNPJ nº..., endereço eletrônico..., endereço..., representada por Carlos, nacionalidade..., estado civil..., empresário, CPF nº..., endereço eletrônico..., endereço..., Fortaleza-CE, através de seu advogado (procuração anexa), vem perante V. Exa., com fulcro no artigo 824 e seguintes do Código de Processo Civil, propor perante vossa excelência, com fulcro no artigo 824 e seguintes do Código de Processo Civil, propor 
 
AÇÃO DE EXECUÇÃO FUNDADA EM TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL 
 
Em face de PEDRO, nacionalidade..., estado civil..., empresário, CPF nº..., endereço eletrônico..., endereço..., Fortaleza-CE, tendo em vista as razões de fato e de direito a seguir expostos. 
 
1 – DOS FATOS 
O executado, o representante do exequente e o Sr. Gustavo decidiram constituir a companhia exequente, de capital fechado. No estatuto social, foi estipulado que o capital social de R$ 900.000,00 (novecentos mil reais) seria dividido em 900 (novecentas) ações, sendo 300 (trezentas) preferenciais sem direito de voto e 600 (seiscentas) ordinárias, todas a serem subscritas em dinheiro pelo preço de emissão de R$ 1.000,00 (um mil reais) cada.  
Cada um dos três acionistas subscreveu a quantidade total de 300 (trezentas) ações (200 ordinárias e 100 preferenciais), tendo havido a realização, como entrada, de 10% (dez por cento) do preço de emissão.  
Em relação ao restante, os acionistas comprometeram-se a integralizá-lo até o dia 23 de julho de 2015, de acordo com os respectivos boletins de subscrição devidamente assinados.  
No entanto, o executado não integralizou o preço de emissão de suas ações, tendo os demais sócios optado por exigir o adimplemento da obrigação. Com isso, a presente ação busca o adimplemento da obrigação em comento, acrescida de acessórios legais e contratuais.  
 
 
2- DO DIREITO 
Da narrativa contida nos fatos, fica evidente que o executado é acionista remisso, nos termos do artigo 106, §2º, da Lei nº 6.404/76, estando de pleno direito constituído em mora, uma vez que deixou de integralizar a parte que lhe competia, no prazo e na forma previsto no boletim de subscrição, fazendo com que o principal seja acrescido, no caso em exame, de juros e correção monetária. 
Neste contexto, deve-se destacar que o exequente é portador de título executivo, qual seja: boletins de subscrição (anexos), tendo em vista expressa previsão legal, mais precisamente no artigo 784, inciso XII, do Código de Processo Civil c/c artigo 107, inciso I, da lei 6404/76. 
Com efeito, a obrigação constante no título executivo anexo é certa, líquida e exigível, pois impõe claramente obrigação do executado pagar quantia certa em favor do exequente; o valor da obrigação se encontra em moeda nacional e devidamente atualizado conforme cálculo anexo, representando, hoje, o montante de R$...; a obrigação é atual, eis que já se operou o termo, isto é, a data limite para pagamento era 23/07/15, conforme se extrai do título executivo. 
Portanto, presentes o título executivo e o inadimplemento, se mostra adequada a via executiva para buscar o adimplemento da obrigação. 
 
3 – DOS PEDIDOS 
Requer: 
a) citação do executado para, no prazo legal, pagar R$..., sob pena de penhora e expropriação de bens; 
b) a condenação do executado ao pagamento das custas processuais e dos honorários advocatórios de sucumbência, estes na forma do artigo 827 do Código de Processo Civil; 
 
Atribui-se a causa do valor de R$... 
 
Local..., data.... 
 
Advogado... 
OAB... 
	
AULA 4
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CÍVEL DE FLORIANÓPOLIS-SC 
 
 
 
 
Distribuído por dependência: processo nº... 
 
 
PEDRO DE CASTRO, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., CPF nº..., endereço eletrônico..., endereço..., Florianópolis-SC,através de seu advogado (procuração anexa), vem perante vossa excelência, com fulcro no artigo 914 e seguintes do Código de Processo Civil, propor 
 
EMBARGOS À EXECUÇÃO 
 
em face do BANCO QUERO SEU DINHEIRO S/A, pessoa jurídica de direito privado, CNPJ nº..., endereço eletrônico..., endereço..., Rio de Janeiro-RJ, tendo em vista as razões de fato e de direito a seguir expostas. 
 
1 - DA TEMPESTIVIDADE E DA DISTRIBUIÇÃO POR DEPENDÊNCIA 
De início, destaca o embargante que a peça de resistência é tempestiva, considerando o prazo previsto no artigo 915, caput, do Código de Processo Civil, a data da citação e a data de protocolo destes embargos. 
Ademais, justificável a distribuição por dependência no presente caso, tendo em vista o disposto no artigo 914, § 1º, do Código de Processo Civil e o fato de tramitar neste h. juízo a execução ora embargada. 
 
2 - DOS FATOS 
Em agosto de 2015, o embargante assinou nota promissória, na qual assumiu o encargo de avalista do empréstimo de mútuo financeiro contraído pela Sra. Laura junto ao embargado, no valor de R$300.000,00 (trezentos mil reais) a serem pagos em 30 (trinta) parcelas mensais e sucessivas.  
Em março de 2016, o embargante foi informado pelo embargado que a Sra. Laura havia deixado de cumprir sua obrigação, a partir da quarta parcela, vencida em dezembro de 2015.  
Preocupado e objetivando evitar maiores transtornos, o embargante quitou a dívida em 03 de abril de 2016 sem, contudo, ter solicitado que lhe fosse entregue a nota promissória que havia assinado.  
Para espanto do embargante, foi informado pelo porteiro do edifício no qual tem seu consultório que havia sido procurado por um oficial de Justiça. Ao diligenciar para inteirar-se dos acontecimentos, o embargante descobriu que o embargado havia ajuizado Ação de Execução fundada em título executivo extrajudicial em face dele e da Sra. Laura, que tramita perante o MM. Juízo da 02ª Vara Cível de Florianópolis-SC.  
Acreditando tratar-se de um equívoco, o embargante compareceu no dia seguinte no Cartório da 02ª Vara Cível para consultar os autos do processo, quando foi intimado da penhora de fls..., tendo, ainda, verificado o seguinte: a) o embargado estava executando outro empréstimo contraído pela Sra. Laura, no valor de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais), sendo que o mesmo não possuí qualquer garantia. b) apesar da nota promissória assinada pelo embargante estar vinculada ao contrato quitado em abril de 2015, o embargado a utilizou para embasar a execução, tendo, ainda o incluído no polo passivo. c) o embargado requereu a penhora do consultório do embargante, situado na Rua Nóbrega nº 36, sala 801, Centro, Florianópolis-SC, o que foi deferido por V. Exa..  
Assim, busca o embargante a tutela jurisdicional, a fim de afastar a execução movida indevidamente contra si. 
 
3 – DO DIREITO 
 
o artigo 917, inciso VI, do Código de Processo Civil, permite ao embargante trazer qualquer matéria de defesa nos embargos à execução.  
Com efeito, o artigo 337, inciso XI, do Código de Processo Civil, autoriza a alegação de ilegitimidade passiva como defesa processual. 
Deste modo, inegável o cabimento de embargos à execução para alegar a existência de ilegitimidade passiva. 
O artigo 17 do Código de Processo Civil indica que as partes devem ser legítimas, mais precisamente: a parte deverá tutelar em nome próprio, direito próprio (legitimidade ordinária); ou tutelar em nome próprio, direito alheio, com autorização legal para tanto (legitimidade extraordinária). 
Aquele que demanda em nome próprio, direito alheio, sem autorização legal é parte ilegítima - passiva (réu) ou ativa (autor). 
No caso dos autos, a farta documentação anexa comprova que a obrigação executada não se refere à nota promissória juntada aos autos, mas sim outro contrato de mútuo, firmada pela executada Laura, no qual inexiste qualquer avalista ou outra garantia. Comprova também que o embargante já quitou a obrigação contida na nota promissória. 
Assim, resta claro que o embargante não tem pertinência subjetiva à execução embargada, posto que a obrigação executada não possui garantia e não foi contraída pelo embargante. Com isso, deve o embargante ser excluído do polo passivo da execução, com fulcro no artigo 485, inciso CI, do Código de Processo Civil. 
 
4 - DO EFEITO SUSPENSIVO 
O artigo 919, § 1º do Código de Processo Civil permite a concessão de efeito suspensivo aos embargos à execução, desde que presentes os seguintes requisitos: a) fumus boni iuris; b) periculum in mora; c) garantia do juízo. 
O primeiro requisito decorre do cruzamento das normas de cabimento dos embargos (artigo 917, inciso VI e artigo 337, inciso XI, ambos do Código de Processo Civil) com a situação fática dos autos. Do referido cruzamento se tem a ausência de pertinência subjetiva do embargante na execução, ante a ausência de obrigação por ele contraída – seja como avalista ou devedor principal. 
Já o segundo requisito decorre do risco de expropriação do bem penhorado, caso prossiga o processo de execução na pendência do julgamento dos embargos. 
Por fim, o terceiro requisito decorre da penhora realizada na fl..., que garante o juízo. 
Portanto, presentes os requisitos legais, faz jus o embargante à concessão de efeito suspensivo. 
 
5 – DOS PEDIDOS 
Requer: 
a) a concessão de efeito suspensivo aos embargos à execução; 
b) a citação do embargado para, acaso queira, no prazo legal, apresentar resposta; 
c) a procedência dos embargos para extinguir a execução, tombada sob o nº..., em face do embargante, dada a ilegitimidade passiva deste; 
d) a condenação do embargado ao pagamento das custas processuais e dos honorários advocatórios de sucumbência; 
e) protesta provar o alegado através de todos os meios de prova admitidos no direito, inclusive cópia do processo de execução, declarando o advogado que subscreve o presente, serem autênticas, sob sua responsabilidade pessoal. 
 
Atribui-se a causa o valor de R$.... 
 
Local..., data.... 
Advogado... 
OAB...
AULA 5
EXCELENTISSÍMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 30ª VARA CÍVEL DE SÃO PAULO-SP 
 
 
Processo nº... 
 
 
ZÍLIO, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., CPF nº..., endereço eletrônico..., endereço..., São Paulo-SP, vem perante vossa excelência através de seu advogado (procuração anexa), com fulcro no artigo 525 do Código de Processo Civil, apresentar 
 
IMPUGNAÇÃO 
 
ao cumprimento de sentença proposto por DEUSTÊMIO, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., CPF n°..., endereço eletrônico..., endereço..., tendo em vista as razões de fato e de direito a seguir expostas. 
 
1 - DA TEMPESTIVIDADE 
De início, destaca o impugnante que é tempestiva a presente peça processual, considerando a data em que se encerrou o prazo para pagamento voluntário, a data de protocolo desta impugnação e o prazo previsto no artigo 525, caput, do Código de Processo Civil. 
 
2 - DOS FATOS 
O exequente, de posse de sentença estrangeira condenatória contra o executado, devidamente homologada perante o Superior Tribunal de Justiça, propôs a competente execução, tombada sob o nº ..., em tramitação neste h. Juízo. 
Ocorre que o executado identificou diversos defeitos na execução, que podem ser atacados mediante a impugnação ao cumprimento de sentença, mais precisamente: a) incompetência absoluta; b) penhora incorreta; c) excesso na execução. 
Assim, serve a presente peça processual para impugnar os defeitos acima mencionados, tendo em vista as razões pormenorizadas nos tópicos subsequentes. 
 
3 - DO DIREITO 
 
3.1- DA INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA 
O artigo 109, inciso X, da Constituição Federal e o artigo 965 do Código de Processo Civil estabelecem que compete à Justiça Federal executar a sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de Justiça, sendo tais normas de competência absoluta, eis que seguem o critério funcional. 
No caso dos autos, o exequente move ação fundada em sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de Justiça perante a justiça estadual causando manifesta incompetênciaabsoluta que deve ser reconhecida na impugnação, como autoriza o artigo 525, §1º, inciso VI, do Código de Processo Civil. 
Portanto, deve ser reconhecida a incompetência absoluta do juízo, remetendo o processo para o juízo competente, a saber: Justiça Federal da Seção Judiciária de São Paulo. 
 
3.2- DA PENHORA INCORRETA 
Os artigos 789 e 790, ambos do Código de Processo Civil, estabelecem os sujeitos que podem ter seus bens alcançados na execução. 
No caso em exame, o veículo penhorado (fl...) não é de propriedade do executado ou de qualquer sujeito que, pelo código, tenha responsabilidade patrimonial na execução impugnada. Na verdade, o veículo em tela é de propriedade da empresa em que o executado trabalha, sendo-lhe confiado o automóvel apenas para execução de seu trabalho. 
Deste modo, o executado, com fulcro no art.525, §1º, inciso IV, do Código de Processo Civil. requer seja reconhecida a penhora incorreta, cancelando a mesma. 
 
 
3.3- DO EXCESSO NA EXECUÇÃO 
O exequente pretende o pagamento de R$.... 
Todavia, o cálculo apresentado desrespeita as diretrizes do título executivo, conforme cálculo anexo. 
Assim, com fundamento no artigo. 525, §1º, inciso V do Código de Processo Civil, deve ser limitada a execução ao valor correto, qual seja R$.... 
 
3.4- DO EFEITO SUSPENSIVO 
O executado tem direito de obter efeito suspensivo na impugnação, desde que, conforme o artigo 525, §6º do Código de Processo Civil, estejam presentes os seguintes requisitos: a) fumus boni iuris; b) periculum in mora; c) garantia do juízo. 
O primeiro requisito decorre:  1) do cruzamento do artigo 109, inciso X, da Constituição Federal e do artigo 965 do Código de Processo Civil, com o juízo da execução, que evidenciam sua incompetência absoluta; 2) da documentação que demonstra ser o veículo penhorado de propriedade do empregador do executado; c) dos cálculos anexos, que tornam claro que a execução exige valor maior do que é devido. 
O segundo requisito decorre do risco de expropriação do bem penhorado, caso a execução não seja paralisada. 
Por fim, o terceiro requisito decorre da existência de bem penhorado (fl...). 
Assim, presentes os requisitos legais, faz jus o executado à concessão de efeito suspensivo à impugnação. 
 
4 - DOS PEDIDOS 
Requer: 
a) a concessão do efeito suspensivo à impugnação; 
b) a intimação do exequente para, acaso queira, se manifestar, no prazo legal; 
c) seja acolhida a presente impugnação para: 
c.1) reconhecer a incompetência absoluta, remetendo-se os autos para o juízo competente, mais especificamente para uma das varas federais da sessão judiciária de São Paulo; 
c.2) reconhecer a penhora incorreta, cancelando a penhora feita na fl...; 
c.3) reconhecer o excesso na execução, limitando o valor executado a R$...; 
d) a condenação do exequente ao pagamento das custas processuais e dos honorários advocatícios de sucumbência; 
e) pretende provar o alegado por todos os meios de prova admitidos no direito. 
 
Local..., data.... 
Advogado... 
OAB.. 
AULA 6
EXMO SR DR JUIZ DE DIREITO DA _____ VARA CÍVEL DE ... 
 
 
 
 
 
 
OSÉAS, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., CPF Nº..., endereço eletrônico..., endereço..., através de seu advogado (procuração anexa), vem perante V. Exa., com fulcro no artigo 539 e seguintes do CPC, propor 
AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO 
Em face de CARRO E AUTOMÓVEIS LTDA, pessoa jurídica de direito privado, CNPJ nº..., endereço eletrônico..., endereço...; e LEONTINO SILVEIRA, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., CPF Nº..., endereço eletrônico..., endereço..., tendo em vista as razões de fato e de direito a seguir aduzidas. 
 
I - DOS FATOS 
O requerente celebrou contrato de locação do veículo marca..., modelo..., placa..., com o primeiro requerido, sendo que o prazo de duração do contrato é de 12 (doze) meses, iniciado no mês.... 
No terceiro mês do contrato, o requerente recebeu notificação judicial do segundo requerido, na qual este requer que os pagamentos dos alugueres, a partir do recebimento da notificação, sejam feitos a ele, uma vez que afirma ter adquirido o veículo objeto do contrato de locação, exibindo contrato de compra e venda com o primeiro requerido. 
Ato contínuo, o requerente buscou esclarecimentos com o primeiro requerido, que disse desconhecer o contrato de compra e venda.  
Diante da dúvida de quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento, o requerente se viu compelido a ajuizar a presente ação. 
 
II - DO DIREITO 
Nas hipóteses em que ocorre dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento, o artigo 335, inciso IV, do Código Civil e o artigo 539, caput, do Código de Processo Civil permitem o ajuizamento de ação de consignação em pagamento. 
No caso em exame, como já descrito nos fatos, o requerente possui contrato de locação em vigor com o primeiro requerido, tendo o segundo requerido notificado o requerente para que este lhe pagasse os alugueres vincendos, uma vez que afirma ter adquirido o veículo objeto da locação, apresentando, inclusive contrato de compra e venda. A aquisição em questão não foi reconhecida pelo primeiro requerido. 
Deste modo, inegável o cabimento da presente demanda, a fim de que os requeridos sejam citados para provarem o seu direito, conforme preceitua o artigo 547 do Código de Processo Civil. 
Por oportuno, considerando que a obrigação tratada nesta ação é de trato sucessivo, pretende o requerente, desde já, a consignação das parcelas vincendas, sem maiores formalidades, na forma e prazo previstos no artigo 541 do Código de Processo Civil.  
Por fim, diante do acima exposto, deve ser julgada procedente a presente demanda, declarando extinta a obrigação, como se extrai do artigo 546 do Código de Processo Civil. 
 
III - DOS PEDIDOS 
a) A expedição da guia de depósito no valor de R$ ..., a ser efetivado no prazo de 5 (cinco) dias do deferimento; 
b) A citação dos requeridos, a fim de que provem o seu direito; 
c) a consignação das parcelas vincendas, sem maiores formalidades, na forma e prazo previstos no artigo 541 do Código de Processo Civil 
c) ao final, requer a procedência da presente ação para declarar extinta a obrigação consignada; 
d) a condenação ao pagamento das custas processuais e dos honorários advocatícios de sucumbência; 
e) Pretende provar o alegado através de todos os meios de prova admitidos no direito. 
 
Atribui-se à causa do valor de R$ .... 
 
Local..., data... 
 
SÉRGIO ROSE 
OAB/RJ nº 1000 
AULA 7
EXMO SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ______ VARA CÍVEL DE SÃO LOURENÇO-MG 
 
 
 
 
 
LOJÃO CHALÉ LTDA, pessoa jurídica de direito privado, CNPJ nº..., endereço eletrônico..., endereço..., neste ato representado por seu administrador e representante legal, Sr. Fabriciano Murta, nacionalidade..., estado civil..., empresário, CPF nº..., endereço eletrônico..., endereço..., através de seu advogado (procuração anexa), vem perante V. Exa., com fulcro no artigo 700 e seguintes do Código de Processo Civil, propor 
AÇÃO MONITÓRIA 
Em face de PEÇANHA, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., CPF nº..., endereço eletrônico..., domiciliado e residente na Rua X, casa Y, nº 1, na cidade de São Lourenço/MG, tendo em vista as razões de fato e de direito a seguir expostos. 
 
I - DOS FATOS 
O requerido adquiriu eletrodomésticos, no valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais), do requerente, tendo sido emitida, na mesma data, uma nota promissória no valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais), com vencimento para o dia 25/01/2013, sexta-feira, dia útil no lugar do pagamento.  
Ocorre que, até a data do ajuizamento desta ação, o requerido não adimpliu a obrigação consubstanciada na mencionada nota promissória, resultando numa dívida atualizada no valor de R$ 280.000,00 (duzentos e oitenta mil reais). 
Restadas infrutíferas as tentativas de cobrança amigável, O requerente move a presente ação para o recebimento dos valores que lhe são devidos. 
 
II - DO DIREITO 
O artigo 700, inciso I, do Código de Processo Civil, permite o ajuizamento de ação monitória, a fim deobter o cumprimento de obrigação de pagar quantia em dinheiro, quando o credor/autor é detentor de prova escrita sem eficácia de título executivo. 
No caso dos autos, as partes celebraram contrato de compra e venda, com emissão da nota promissória anexa, que, até o momento, não foi adimplida pelo requerido, resultando numa dívida, hoje, de R$ 280.000,00 (duzentos e oitenta mil reais), conforme cálculo anexo. 
É inegável que a nota promissória em comento é documento escrito que expressa uma obrigação de pagar quantia em dinheiro. 
No que tange à ausência de eficácia executiva da nota promissória anexa, importante destacar que a data de vencimento da mesma era 25/01/2013, ou seja, há mais de 3 (três) anos, considerando a data de propositura desta ação, o que implica a prescrição da pretensão à execução da nota promissória, conforme artigo 77 do Decreto nº 57.663/66; e artigo 206, §3º, inciso VIII, do Código Civil. 
Ante a todo o exposto, resta evidente que o requerente preenche todos os requisitos para mover ação monitória, a fim de receber R$ 280.000,00 (duzentos e oitenta mil reais), expresso na nota promissória anexa, que perdeu sua força executiva. 
 
III - DOS PEDIDOS 
Requer: 
a. Seja expedido mandado de citação e de pagamento para que o requerido pague ao requerente a quantia de R$ 280.000,00 (duzentos e oitenta mil reais), no prazo legal, acrescido de 5% (cinco por cento) de honorários advocatícios; 
b. a condenação do requerido ao pagamento de custas processuais em caso de descumprimento do mandado monitório; 
c. A procedência do pedido para decretar a constituição, de pleno direito, de título executivo judicial, independentemente de qualquer formalidade, se não realizado o pagamento e não apresentados embargos pelo requerido, bem como a majoração dos honorários advocatícios de sucumbência; 
d. Pretende provar o alegado através de todos os meios de prova admitidos no direito, especialmente a juntada da nota promissória e do memorial de cálculos anexos. 
 
Atribui-se à causa o valor de R$ 280.000,00 (duzentos e oitenta mil reais). 
 
Loca..., data.... 
Advogado... 
OAB...
AULA 8
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 4ª VARA CÍVEL DE ITAPERUNA-RJ 
 
 
Distribuído por dependência: processo nº 6002/2015 
 
JOSÉ AFONSO, nacionalidade..., solteiro, engenheiro, CPF nº ..., endereço eletrônico ..., domiciliado na Rua Central, nº 123, bairro Funcionários, Mucurici-ES, através de seu advogado (procuração anexa), vem perante V. Exa., com fulcro no artigo 674 e seguintes do Código de Processo Civil, propor ação de 
EMBARGOS DE TERCEIRO 
Em face de CARLOS BATISTA, nacionalidade..., solteiro, contador, CPF nº ..., endereço eletrônico ..., residente na Rua Rio Branco, nº 600, bairro ..., Itaperuna-RJ, tendo em vista as razões de fato e de direito a seguir expostas. 
 
1 – DA DISTRIBUIÇÃO POR DEPENDÊNCIA E DA TEMPESTIVIDADE 
Inicialmente, cumpre destacar que este h. juízo é competente para processar e julgar a presente demanda, uma vez que, em atenção ao disposto no artigo 676 do Código de Processo Civil, tramita nesta vara a ação da qual originou o ato de constrição ora embargado. 
Outrossim, são tempestivos os embargos de terceiro, de acordo com o artigo 675, caput, do Código de Processo Civil, porquanto não se efetivou a expropriação do bem tratado nesta peça processual. 
 
2 – DOS FATOS 
No dia 10/01/2015, o EMBARGANTE adquiriu da Sra. Lúcia Maria, que figura como EXECUTADA no processo nº 6002/2015, pelo valor de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais), uma casa para sua moradia, situada na cidade de Mucurici/ES, Rua Central, nº 123, bairro Funcionários. O valor ajustado foi quitado por meio de depósito bancário em uma única parcela, no dia... . 
Sete meses após a aquisição do imóvel onde passou a residir, ao fazer o levantamento de certidões necessárias à lavratura de escritura pública de compra e venda e respectivo registro, o EMBARGANTE tomou ciência da existência de penhora sobre o imóvel, determinada por este h. Juízo, nos autos da execução de título extrajudicial nº 6002/2015, ajuizada pelo EMBARGADO em face da Sra. Lúcia Maria, vendedora do imóvel para o EMBARGANTE. 
Analisando os autos da execução em comento, verifica-se que o EMBARGADO busca a satisfação de crédito contido em cheque emitido e vencido três meses após a venda do imóvel, bem como que a determinação de penhora do imóvel ocorreu em razão de expresso requerimento formulado na inicial da execução pelo EMBARGADO, tendo este desprezado a existência de outros imóveis livres e desimpedidos de titularidade da EXECUTADA, cidadã de posses na cidade onde reside.  
Objetivando afastar o ato de constrição sobre seu bem, o EMBARGANTE busca a tutela jurisdicional através da presente ação. 
 
3 – DO DIREITO 
O artigo 674 do Código de Processo Civil, em conjunto com a súmula nº 84 do Superior Tribunal de Justiça, permitem o ajuizamento de embargos de terceiro, com a finalidade de que o promissário comprador afaste ato de constrição judicial sobre o bem adquirido, emanado de processo do qual não seja parte. 
Para ter êxito nos embargos de terceiro, além da hipótese de cabimento, descrita no parágrafo anterior, deve o embargante demonstrar o preenchimento dos requisitos contidos no artigo 677 do Código de Processo Civil, bem como a ausência de fraude à execução. Com isso, os requisitos podem ser elencados da seguinte maneira: a) prova da posse ou do domínio do bem objeto da demanda; b) qualidade de terceiro em processo do qual emana ordem judicial que lhe resulta constrição ou ameaça de constrição sobre bens que possua ou sobre os quais tenha direito incompatível com o ato constritivo; c) inexistência de fraude à execução. 
O primeiro requisito se apresenta no caso em exame, à medida que a documentação anexa prova que o EMBARGANTE adquiriu o imóvel situado na cidade de Mucurici/ES, Rua Central, nº 123, bairro Funcionários mediante compromisso de compra e venda, inclusive antes mesmo da relação jurídica que resultou na dívida exigida no processo nº 6002/2015. Soma-se a isso, que o EMBARGANTE firmou no imóvel em questão sua residência logo após a aquisição, encontrando-se, portanto, na posse do imóvel até a presente data. 
Já o segundo requisito decorre do fato do ato de constrição judicial, que causou a turbação discutida nos embargos de terceiro, ter emanado do processo nº 6002/2015, no qual figuram como partes apenas o EMBARGADO (na qualidade de exequente) e a Sra. Lúcia Maria (na qualidade de executada), ou seja, o ora EMBARGANTE não figura como parte do citado processo, sendo, com isso, terceiro. 
Por fim, o terceiro requisito pode ser identificado no caso dos autos, já que impossível se falar em fraude à execução, quando a aquisição do imóvel pelo EMBARGANTE se deu em 10/01/2015, isto é, três meses antes do negócio jurídico tratado nos autos da execução. Não bastando, a venda do imóvel em foco não levou a EXECUTADA ao estado de insolvência, eis que é cidadã de posses na cidade onde reside, de modo que existem outros bens livres e desembaraçados capazes de satisfazer a obrigação exigida no processo nº 6002/2015. 
Assim, presentes os requisitos legais, faz jus o EMBARGANTE à desconstituição da penhora de seu imóvel, mantendo-o na posse do mesmo. 
 
4 – DOS PEDIDOS 
Requer: 
a. A citação do EMBARGADO, a fim de que possa, no prazo legal, oferecer resposta; 
b. A procedência da ação para desconstituir a penhora de seu imóvel, situado na cidade de Mucurici/ES, Rua Central, nº 123, bairro Funcionários, mantendo-o na posse do mesmo; 
c. A condenação do EMBARGADO ao pagamento das custas processuais e dos honorários advocatícios de sucumbência; 
d. Protesta provar o alegado através de todos os meios de prova admitidos no direito. 
 
Atribui-se à causa o valor de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais). 
 
Local..., data... . 
Advogado... 
OAB...

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