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REPRODUÇÃO ANIMAL E BIOTECNOLOGIAS PATOLOGIAS DO SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO PATOLOGIAS DA BOLSA ESCROTAL São alterações que podem conduzir a degeneração testicular por compressão ou por aumento da temperatura local HIDROCELE Se caracteriza pelo acúmulo de fluído, conhecido como ceroma, no que podemos chamar de parede interna da bolsa escrotal, abrindo um espaço entre o testículo e a própria pele da próstata, pode ser uni ou bilateral. Existem 2 tipos, o exsudato e o transudato onde está completamente relacionado ao edema (inchaço). Obs: Não é comum em mamíferos domésticos, mas pode acontecer. Como identificar: Há uma dificuldade de identificar pois existe a hidrocele e a hematocele, pois as duas geram acúmulo de um líquido, causando a dúvida de qual é o caso. A diferença está no próprio líquido. HIDROcele = fluído (plasma sanguíneo, ceroma). HEMATOcele = sangue Ela pode se dar por algum acidente no pasto causando um trauma local, no caso dos animais de produção ou pode ser originada a partir de um processo infeccioso por algum agente agressor, como bactérias. O prognostico pode ser feito através do teste de godê onde com o dedo da mão posto sobre a pele faz-se uma ligeira compressão o que pode se tornar indicativo positivo ou negativo. O diagnóstico é fechado pelo exame de imagem de ultrassom. Apesar de a princípio não ser uma patologia que coloca a vida do animal em risco e pode ser tratada facilmente, a Hidrocele não tratada pode vir a evoluir para afecções mais graves, como hematoma por exemplo, e aí o tratamento além de mais caro, vai depender da importância daquele animal, sendo assim, o dono pode optar pelo “descarte” no caso de um animal de produção. HEMATOCELE Apesar de possuir praticamente as mesmas características que a Hidrocele apresentada anteriormente. A Hematocele pode ser decorrente de um traumatismo no testículo ou pode ter causa de base secundária, como é o caso do Hemoperitonio onde há sangue circulante na cavidade abdominal e o mesmo desce para a bolsa escrotal via canal inguinal. É um pouco mais preocupante que a Hidrocele pois indica sangue “livre” em um lugar que não devia existir. Precisa ser tratada também e caso evolua deve ser feito o descarte do animal de produção. DERMATITE ESCROTAL Consiste uma inflamação da pele do escroto, geralmente é em um achado frequente e normalmente é inespecífico, ou seja, pode ter como causa agentes patogênicos, assim como ácaros, bactérias, também quando restrita à pele da bolsa escrotal, pode ser resultado de um trauma ou de uma ulceração produzida pelo frio intenso ou de uma exposição a irritantes ambientais como pó de cimento, caracterizando como falha de manejo com o animal. Com um leque amplo de possíveis causas, o mais indicado é fazer rapados, exames que fechem melhor o diagnóstico. Patógenos que apresentam o escroto como local de predileção: • Dermatophilus Congolensis • Besnoitla Besnoiti (Touros) • Chorioptes Bovis – Acaro (Carneiro) _______________________________________ PATOLOGIAS DO TESTÍCULO Alterações relacionadas ao desenvolvimento: • Monorquidismo e anorquidismo • Apendice testicular • Tecido adrenocortical acessório • Crptorquidismo • Hipoplasia Testicular Alterações Degenerativas: • Degeneração Testicular Neoplasicas: • Leydigocitoma • Sertolinoma • Seminoma REPRODUÇÃO ANIMAL E BIOTECNOLOGIAS PATOLOGIAS DO SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO MONORQUIDISMO E ANORQUIDISMO - Ausência congênita de um testículo ou de ambos. Caso o testículo não esteja no escroto como deveria, deve ser feita a investigação, principalmente no abdômen. Nos casos dos animais de produção que vão para abate, não há importância significativa caso seja constatado que realmente não há testículo ou caso ele seja localizado no abdômen. Quando falamos de animais de companhia é diferente, pois caso seja localizado um dos testículos no interior abdominal, ele precisa ser removido para não gerar um tumor futuramente. APÊNDICE TESTICULAR Se caracteriza em uma massa de tecido, de forma oval ou arredondada que costuma se localizar próxima da cabeça do epidídimo, mas também pode ocorrer no testículo, e histologicamente é semelhante a tuba uterina da fêmea. É uma afecção que ocorre em Bovinos e Equinos. Caso o apêndice não cresça, não há importância significativa, pois não será capaz de causar grandes problemas. Caso cresça, ele pode causar problemas mais graves e deve ser retirado. TECIDO ADRENOCORTICAL ACESSÓRIO Ainda sobre Apêndices, alguns podem ter a característica de uma glândula como a adrenal, que fica sobre os rins. Pode acontecer de um tecido semelhante dessa glândula, no momento do desenvolvimento, quando as células estão se diferenciando e migram para outros locais, ela pode se vincular ao epidídimo ou ao testículo. Por se tratar de uma glândula hormonal, é preciso ficar atento a qualquer alteração hormonal que este animal apresente. CRIPTORQUIDISMO Caracteriza-se pela ausência de um ou de ambos os testículos na bolsa escrotal em razão da retenção no seu trajeto normal de migração da cavidade abdominal para a bolsa escrotal. O ideal é que o animal que tenha o Criptorquidismo não seja reprodutor, independente de ser reprodução de grandes ou pequenos. O Animal vai apresentar enfermidades testiculares, não vai possuir epitélio germinativo, vai ocorrer o estreitamento ou fibrose precoce do anel vaginal, além da disfunção do gubernaculo testis, o que pode ser de caráter hereditário. Diagnóstico: • Palpação retal ou externa • Ultrassonografia • Dosagem de Testosterona • Laparoscopia Diagnóstica Tratamento: • Conservativo: baixa eficiência (inguinal) • Cirurgico: através da orquiectómica • Localização: o Inguinal (testículo inguinal) o Para inguinal (testículo abdominal) o Pré-púbico (abdominal bilateral) o Flanco (abdominal) o Laparoscopia (Abdominal uni ou bilateral) Geralmente, os testículos que não desceram, eles não são nada desenvolvidos, são até menores que o tamanho normal e não possuem atividade hormonal para reprodução. HIPOPLASIA TESTICULAR Sendo de origem hereditária, a Hipoplasia Testicular é uma anomalia do desenvolvimento e pode ser encontrada em todas as espécies domésticas. Se caracteriza pelo testículo diminuído de volume, ou seja, ele está lá na bolsa escrotal, porém as células não se multiplicaram, dando uma aparência menor que o esperado e nunca alcançará o tamanho normal. Provavelmente o epitélio germinativo onde ocorre a espermatogênese está comprometido. Histologicamente se dá por túbulos seminíferos com diâmetro reduzido, ausência total de espermatogênese e presença de células de Sertoli normais. Podendo ocorrer a fibrose (degeneração testicular). REPRODUÇÃO ANIMAL E BIOTECNOLOGIAS PATOLOGIAS DO SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO DEGENERAÇÃO TESTICULAR É a principal causa de redução de fertilidade nos machos, possui causas indiretas e nem sempre diagnosticáveis, podendo ser considerada uma patologia discreta ou até severa. Pode ser unilateral ou bilateral e inicialmente possui sinais clínicos de consistência flácida, tamanho normal ou discretamente diminuído, além da coloração pálida. Diferentemente da hipoplasia onde não há o crescimento do testículo, na Degeneração, o testículo já foi normal, sofreu uma degeneração e “involuiu” de tamanho, agregando outros problemas além da diminuição do tamanho. O que pode ser notado no exame histopatológico: • Degeneração de espermátides • Células gigantes e multinucleadas • Espermatogônias com citoplasma vacuolizado e com núcleo picnótico • Membrana basal espessa • Proliferação de tecido conjuntivo fibroso • Destruiçãode túbulos Principais Causas • Hipertermia • Infecções ou traumas • Nutrição • Lesões vasculares • Obstrução de cabeça de epidídimo • Autoimune • Agentes químicos, físicos, tóxicos e hormonais Há tratamento especificamente para a degeneração testicular? Depende. Quando no caso de um trauma, por exemplo, caso não tenha afetado as células reprodutoras, pode ser feito o tratamento e o animal poderá voltar para reprodução. Se for o caso de manejo nutricional, se o testículo ainda não se encontra no processo de fibrose propriamente dita, também há possibilidade de tratamento. Porém, em alguns casos, onde as células reprodutoras já foram prejudicadas e há o tecido fibroso, o recomendado é a retirada do testículo e o tratamento da causa de base, ou seja, a fonte do problema. Com relação ao prognóstico, se trata de algo desconfortável ao animal, dependendo do nível de comprometimento do testículo e da causa de base. ORQUITE Se trata de uma alteração inflamatória dos testículos (ITE), e acomete a todas as espécies. Normalmente as principais causas consistem em traumatismo e agentes infecciosos (na maioria das vezes, bacterianas). Na Orquite também é comum notar a presença dos sinais cardeais como Dor, Calor, Rubor e Tumor (aumento de volume) e Perda de função. Tudo isso depende do grau de comprometimento também. As vias de “adesão” desta patologia se caracterizam principalmente pela via hematógena, retrógrada e lesão local. Tendo em mente que as causas de origem bacterianas são mais comuns, qualquer bactéria pode entrar via corrente sanguínea. Uma doença que possui influência sobre essa patologia é a Brucelose, pois compromete de maneira MUITO significativa a reprodução dos animais, tanto machos quanto fêmeas, se fazendo necessária a vacinação em dia, caso contrário, em machos pode chegar a ser responsável por um quadro de orquite aguda irreversível, assim como nas fêmeas repetição de cio ou até aborto em casos mais graves. Nessas condições o animal DEVE ser descartado. Há também uma forma de classificar a orquite que seria do ponto de vista histopatológico, sendo a Orquite Intersticial aquela que é caracterizada por infiltrado inflamatório constituído predominantemente por linfócitos, plasmócitos e macrófagos, com localização intertubular (intersticial) e perivascular. Já a Orquite Intratubular se caracteriza por traumas e rupturas da barreira hematotesticular, podendo evoluir para a Orquite Granulomatosa estéril. REPRODUÇÃO ANIMAL E BIOTECNOLOGIAS PATOLOGIAS DO SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO Diagnóstico: Através da coleta do material de caráter infeccioso para cultura, posteriormente se faz o isolamento e o antibiograma. Há a possibilidade de tratamento com antibióticos ou antiinflamatorios, e outros tipos de aconselhamento com o intuito de conservar aquele animal na reprodução, porém nem sempre são técnicas efetivas, depende do grau de comprometimento do órgão. Na maioria dos casos, a indicação é de Tratamento cirúrgico que consiste na Orquiectomia (castração), descartando aquele animal da reprodução. Em situações como esta, imprescindível que seja o médico veterinário trabalhe em cima de diagnósticos diferenciais excluindo outras possibilidades de inflamações. Por se tratar de uma patologia onde pode apresentar os mesmos sintomas que outras, o diagnostico diferencial é uma ferramenta, um levantamento de possíveis afecções com sintomatologia semelhante, dando a possibilidade do exercício de pensar em todas as possíveis possibilidades do problema, podendo ser mais assertivo, com embasamento e argumentos suficientes na hora de fechar um diagnóstico. • Hernia Inguinoescrotal • Neoplasia • Hidrocele • Hematocele NEOPLASIA Se trata de um novo tecido que se formou e continua se formando de forma desproporcional, onde há o aumento de volume, alteração da consistência testicular e alteração da superfície testicular. Geralmente quando se fala em Neoplasia, também há processo inflamatório que deve ser descartado através de biopsia, caso haja a proliferação de novas células, é uma neoplasia, caso não haja, se trata de uma inflamação. Quanto mais diferente for uma célula da outra, mais grave é o processo, pois são indiferenciadas, crescem de forma desordenada e normalmente se trata de uma neoplasia maligna. A neoplasia benigna há também o crescimento desordenado de células, porém são células que se assemelham. Diagnóstico: • Exame Físico • US • Biopsia Tratamento: • Cirúrgico: Orquiectomia Leydigocitoma uma das principais Neoplasias de testículo é o característico por afetar células de leyding e que pode ocorrer com mais frequência em cães e touros mais velhos, geralmente aqueles que passaram uma vida inteira vivendo para a reprodução animal. É possível notar características morfológicas como uni ou bilateral, discretamente encapsulado, tem aspecto amarelado, é pouco consistente a palpação e afeta diretamente a qualidade do sêmen de touros quando seu diâmetro é superior a 1cm. Sertolioma Se trata de uma neoplasia multilobular que afeta as células de Sertoli que protegem os túbulos seminíferos, o que acaba resultando na perda total da morfologia desses túbulos, substituindo todo o parênquima testicular, assumindo um aspecto mais pálido e os espermatozoides são todos destruídos. Durante a palpação, esse tipo de Neoplasia possui geralmente a característica de uma consistência mais firme que o normal, em razão da abundante quantidade de tecido conjuntivo de sustentação. Porém apenas com a biopsia é possível dar o diagnostico final. Com relação a sua histologia, os tumores de células de Sertoli possuem estruturas tubulares revestidas por células que lembram as células de Sertoli e são suportadas por um septo fino de tecido fibroso. Seminoma É uma Neoplasia característica do túbulo seminífero que afeta as células de linhagem germinativas (espermatogonia, espermatocito primário, secundário, espermátide etc.). Quando analisado, macroscopicamente, sua superfície de corte de nódulo testicular possui coloração esbranquiçada a acinzentada. Com relação a palpação, esta neoplasia costuma ter consistência flácida, podendo ser friável. REPRODUÇÃO ANIMAL E BIOTECNOLOGIAS PATOLOGIAS DO SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO Histologicamente, se apresenta como células germinativas neoplásicas arredondadas ou poligonais em padrão sólido com infiltrado linfocitário focal, de caráter benigno, podendo haver inflamação. PATOLOGIAS DO EPIDÍDIMO Alterações relacionadas ao desenvolvimento: • Aplasia • Paradidimo Alterações Regressivas • Cistos epiteliais Inflamatórias • Espermatocele e granuloma espermático • Epididimite APLASIA DO EPIDÍDIMO Consiste numa anomalia congênita, caracterizada pela falta de desenvolvimento de um determinado segmento do ducto epididimário. A Aplasia é quando apenas há um “vestígio” do órgão, apenas o “broto”. Ele não chegou nem a desenvolver o mínimo possível. As consequências dessa alteração são subfertilidade, devia a obstrução do fluxo espermático. PARADIDIMO (Apêndice do Epidídimo) Ocorre eventualmente acumulando secreções de células epiteliais que causam a dilatação e formação cística. A incidência é maior em bezerros do que em touros por incrível que pareça. CISTOS EPITELIAIS São pequenas formações císticas ao longo do epitélio epididimário que somente são possíveis de serem detectados através de microscopia e podem estar diretamente associados a processos inflamatórios do epidídimo. Também não compromete a vida do animal, caso não haja crescimento. ESPERMATOCELE E GRANULOMA ESPERMÁTICO Consiste na dilatação cística do conduto epididimário com acúmulo de espermtozoides,podendo progredir para um processo inflamatório com a presença de granulomas causando uma fibrose de tecido conjuntivo, o que ressalta que, de qualquer forma, este animal deve ser retirado da reprodução. Em caprinos mochos, é a principal causa de infertilidade, geralmente por trauma. EPIDIDIMITE Se trata de uma alteração inflamatória que muitas vezes pode possuir relação com a orquite (inflamação do testículo), que acaba passando para o epidídimo, havendo a diminuição de espermatozoides, tumor (aumento), sensibilidade ao toque, o animal também pode apresentar dor. PATOLOGIAS DO CORDÃO ESPERMÁTICO São classificadas em alterações: • Varicocele • Torção • Funiculite VARICOCELE Se trata da dilatação das veias do plexo pampiniforme e cremastéricas quando há falha nas válvulas de retorno sanguíneo dentro da veia. Além de altera o volume do cordão, altera do testículo também, possui causa desconhecida e predispõe a degeneração testicular, levando a infertilidade. As grandes varicoceles são acompanhadas por trombose. Conduta: orquiectomia. TORÇÃO A torção do funículo espermático é observada nos testículos retidos, em especial quando há um neoplasma testicular associado. Pode gerar um trauma, e em decorrência da torção deixar de circular sangue no local, levando a uma necrose. Conduta: orquiectomia. REPRODUÇÃO ANIMAL E BIOTECNOLOGIAS PATOLOGIAS DO SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO FUNICULITE É o nome da do a inflamação do funículo espermático. Se trata de uma consequência usual de orquiectomia, em especial em suínos, que costumam ser castrados pelos proprietários, e equinos. Geralmente se dá em decorrência de uma falha técnica cirúrgica durante a castração, causando possivelmente a contaminação da ferida durante o processo de cicatrização, secundário a infecção prévia. Seus sinais clínicos são diversos e dentre eles estão: • Consistência firme do cordão espermático à palpação • Drenagem de secreção sanguinolenta ou purulenta • Presença de fístula • Edema do prepúcio e porção ventral do abdômen • Aumento da sensibilidade local • Alteração na locomoção • Febre Diagnóstico: • Inspeção • Exame físico • US • Laparoscopia Tratamento: Conservativo se demonstra pouco eficiente então é mais aconselhado o tratamento cirúrgico que consiste na remoção do tecido inflamado/infectado. AFECÇÕES DO PÊNIS E PREPÚCIO Para saber identificar um pênis que apresente alguma afecção, primeiro é necessário realizar um exame onde é feita a “extensão manual” do membro, que deve ser totalmente exposto para identificar qualquer tipo de alteração. Isso faz parte da inspeção geral. São classificadas em alterações: • Fimose/ Parafimose • Hipospadia • Pênis Bífido • Persistencia do frênulo peniano Alterações circulatórias • Acrobustite • Balanopostite Neoplasias PARESIA / PARALISIA DO PÊNIS Principais Causas: • Neuropatias • Uso de tranquilizantes • Feridas crônicas Sinais Clínicos: • Exposição permanente do pênis (com ou sem reflexo) • Diminuição da temperatura - (baixa vascularização) • Aumento de volume • Edema • Ressecamento da pele e presença de feridas (Evolui para um quadro de Parafimose que impossibilita a retração do órgão). PARAFIMOSE É a condução que resulta na incapacidade do pênis de se retrair na cavidade prepucial. Etiologia: • Tecidos cicatriciais – devido a uma cicatriz, o tecido cicatricial vai impedir a exposição do pênis, atrapalhando a reprodução. • Edema peniano e/ou prepucial • Espessamento crônico do óstio prepucial • Neoplasias ou granulomas. Sinais Clínicos: • Exposição parcial do pênis REPRODUÇÃO ANIMAL E BIOTECNOLOGIAS PATOLOGIAS DO SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO Tratamento conservador X Cirúrgico A tentativa inicial é sempre a de tratamento conservador que consiste em acabar com o problema através de medicação, porém nem sempre soluciona. Sendo assim, muitas vezes há a necessidade de partir para a cirurgia que seria a retirada do órgão, ou a parte prejudicada, dependendo do caso. FIMOSE Se caracteriza no impedimento da exteriorização do pênis por algum motivo, o animal consegue urinar, porém não é capaz de expor o órgão. As causas vão desde inflamatória a neoplásica, defeito congênito ou até mesmo cicatriz do óstio prepucial. É necessária a técnica de circuncisão onde se faz a remoção do prepúcio para que haja a exposição do pênis. Sinais Clínicos: • Desconforto durante a micção • Micção sem exteriorizar o pênis • Acúmulo de urina dentro do prepúcio Tratamento: Conservador X Cirúrgico Dependendo do nível de comprometimento desse pênis, pode ser que apenas o tratamento conservador consiga resolver. Porém, em estágios mais avançados onde o comprometimento do órgão aumenta, apenas o tratamento cirúrgico é possível. HIPOSPÁDIA / EPISPADIA É uma condição na qual ocorre o fechamento ventral incompleto da uretra peniana, resultando em abertura ventral da uretra em seu trajeto da região perineal até o óstio uretral. Devido a estes problemas, outros subjacentes podem ser notados em conjunto, assim como a hipoplasia, prepúcio ausente e os testículos geralmente ectópicos. PÊNIS BÍFIDO É uma condição também conhecida como difalia (diphallus), onde o animal (do sexo masculino), pode apresentar glande dupla, ou um segundo tecido semelhante a glande. A intensidade do processo é variável, podendo haver duplicação apenas da glande ou duplicação de todo o pênis. Em alguns casos, até mesmo com duas uretras e bexigas urinárias independentes, sendo passível de remoção cirúrgica. Porém, ainda assim não é um animal que seja indicado para a reprodução. PERSISTENCIA DO FRENULO PENIANO Não se trata de um defeito grave, mas podem apresentar um efeito negativo ao limitar a extensão a qual o pênis pode ser protuído em relação ao prepúcio, fazendo com que o pênis ereto fique encurvado em vez de reto. Obs: A persistência do frênulo é importante em touros e suínos. Há algumas técnicas usadas para a correção, porém, dependem do nível de persistência desse frênulo, a idade deste animal, pois sendo um filhote, a correção é mais fácil. Já em animais adultos, pode haver a necessidade de anestesia local para um micro procedimento com a ajuda de um bisturi elétrico. ACROBUSTITE Se trata de um prolapso na mucosa prepucial com ulceração e fibrose na região de transição mucocutânea. Etiologia: • Animais predispostos por possuírem bainha pendular • Raças predispostas – Hereford e Angus, entre outras • Lesões repetitivas Sinais Clínicos: • Eversão do prepúcio • Edema • Dor • Ferida REPRODUÇÃO ANIMAL E BIOTECNOLOGIAS PATOLOGIAS DO SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO Tratamento: Conservativo X Cirúrgico X Circuncisão Mais uma patologia onde o protocolo utilizado para o tratamento vai depender exclusivamente do nível de comprometimento, o estado clínico do animal para saber como proceder. É possível utilizar somente o trato conservativo, pode funcionar. Porém, na maioria dos casos em que o membro já se encontra em estado avançado, com muito edema, fibrose tecidual, pode ser recomendada a circuncisão do pênis. BALANOPOSTITE Inflamação conjunta de prepúcio e glande peniana em resposta de lesões traumáticas ou infecciosas. É grave, porém vale apena o tratamento conservativo nesse caso, também dependendo do comprometimento deste membro, pode variar para uma amputação do mesmo. Mas por se tratar de uma inflamação, se ainda estiver em estágio inicial e não tiver comprometido consideravelmente o pênis e a glande, tratamento com medicação, pode resolver. NEOPLASIAS • Comum na espécie equina • Maior incidência em animaisdespigmentados • Carcinomas, papilomas e melanomas Fibropapiloma Neoplasia de caráter benigno que afeta especificamente os tecidos de revestimento e fibroplastos (células do tecido conjuntivo). Possui caráter delimitado, em formato de capsula, onde é possível identificar começo, meio e fim da neoplasia, (aparentemente na superfície da pele). Pode aparecer em vários locais, em qualquer parte do corpo. Ainda que haja características marcantes, é necessário sempre fazer a análise do tecido, utilizando o exame histopatológico para melhor eficiência de diagnostico como benigno ou maligno. O tratamento se dá por eletrocauterização com o bisturi elétrico. Carcinoma de Células Escamosas Se trata de uma Neoplasia maligna, podendo desenvolver metástases rapidamente, ela age de forma invasiva e de rápido crescimento das células epidérmicas (células achatadas da pele), que tende a se diferenciar em queratinócitos. Por aparência, pode vir a ser semelhante a um quadro de Acrobustite, por isso é tão importante que seja feito o exame histopatológico que será capaz de apresentar com mais precisão o diagnóstico. Obs: É uma neoplasia comum em equinos, que compreende cerca de 7 a 30% das doenças neoplásicas que afetam a espécie. Melanoma É um processo neoplásico relativamente comum também em Equinos, porém equinos idosos e de pelagem tordilha (de pelagem clara), devido o fato de a Neoplasia afetar justamente as células da pele destes animais, geralmente vista em lugares que não são cobertos por pelos, tendo mais exposição a raios solares. Obs: Apesar de possuir um nome que daria a entender ser benigno, o melanoma é uma neoplasia de caráter maligno. FERIDAS • Coice • Cópula • Transposição de cercas ou porteiras • Alteração de comportamento • Parasitismo e traumatismo em geral
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