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Fichamento Sweet e Mathew

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Referência Bibliográfica: SWEET, Alec Stone; MATHEW, Jud. Proportionality Balancing and 
Global Constitutionalism, Columbia Journal of Transnational Journal, 2008. 
Informações dos autores: 
Alec Stone Sweet: formado em Ciências Políticas pela Western Washington University (1982), 
Mestre em Relações Internacionais pela Universidade Johns Hopkins School of Advanced 
International Studies (1984) e Doutor em Ciências políticas pela University of Washington (1990); 
Mestre honorário pela Universidade de Oxford (1998) e Yale (2005). Lecionou em Yale Law School 
e Nuffield College, Oxford. Em 2016 se tornou Professor de Direito (Saw Swee Hock Centennial 
Professorship) na Universidade Nacional de Singapura. Ainda, é professor visitante da Columbia 
Law School, bem como em Provença, Bolonha, Florença, Madri, Milão, Paris, Estocolmo, Sidnei e 
Viena. 
Jud Mathew: Bacharel pela Universidade de Princeton; Mestre em Relações Internacionais pela 
Universidade de Yale; Juris Doctor pela Escola de Direito de Yale; Doutor em Ciência Política pela 
Universidade de Yale. Desde 2019 é professor de Direito na Penn State Law (Pensilvânia). Foi 
professor assistente de Direito na Univerity of Illinois College of Law (2011-2013) 
Breve Resumo dos capítulos: Os autores iniciam afirmando que a análise da proporcionalidade 
(PA), nos últimos 50 anos, difundiu-se no mundo. Hodiernamente, é um princípio abrangente de 
adjudicação constitucional, sendo o procedimento preferido para o julgamento de disputas 
envolvendo um conflito entre duas reivindicações de direitos ou entre um direito assegurado e um 
estado legitimo ou interesse público. Ainda, segundo Sweet e Mathew, com o novo 
constitucionalismo, este tipo de disputa passou a dominar os processos dos tribunais constitucionais 
e cortes supremas e a PA (analise da proporcionalidade) se tornou o modelo standart para o 
julgamento desses conflitos. Em seguida, os juristas abordam rapidamente a origem da análise da 
proporcionalidade na Alemanha e sua difusão para demais países (países europeus, Israel, Canadá, 
países da Oceania e das Américas Central e do Sul). Nesse sentido, nos anos 90, praticamente todos 
os países com um sistema de justiça constitucional abraçaram os princípios da análise da 
proporcionalidade, excetuado os EUA (parcialmente). Ressalta-se, ainda, que a proporcionalidade 
alcançou, também, a União Europeia (UE), a Convenção Europeia sobre Direitos Humanos (CEDH), 
e o Organização Mundial do Comércio (OMC). Segundo os autores, o julgamento de conflitos entre 
direitos fundamentais utilizando a proporcionalidade é, hoje, um dos principais traços do 
constitucionalismo global. Mais que isso, os autores estudam brevemente o que seria a 
proporcionalidade, partindo da seguinte premissa: proporcionalidade seria um ‘não-escrito”, um 
princípio geral de direito e, mais que isso, um procedimento de tomada de decisão e uma estrutura 
analítica que os juízes utilizam para resolver conflitos entre dois valores ou interesses 
constitucionalmente protegidos. Não obstante, a análise da proporcionalidade (PA) é desencadeada 
quando, prima facie, uma lei/ato do governo viola um direito constitucional. Em sua forma completa, 
a análise da proporcionalidade é composta por 4 estágios (4 testes). Sweet e Mathew dividem os 4 
estágios em: 1) legitimidade: o ato do governo não pode ser constitucionalmente proibido, caso seja 
a lei/ato é inconstitucional (a constituição deve autorizar) – propósito da medida governamental; 2) 
adequação: verifica-se, judicialmente, se os meios adotados pelo governo possuem relação com o 
objetivo/finalidade política à que a lei/ato se propôs; 3) necessidade: em seu núcleo temos o teste 
dos meios menos restritivos (a medida não deve restringir o direito em grau maior do que o 
necessário para alcançar o objetivo declarado pelo governo - se a medida governamental falhar no 
teste da adequação ou da necessidade já será considerada desproporcional; e 4) equilíbrio em sentido 
estrito/ proporcionalidade em sentido estrito: se o ato/lei passa nas três fases supracitadas passa-se à 
4 etapa, onde o juiz pondera se os benefícios do ato, em relação aos custos incorridos pela violação 
do direito, devem prevalecer, à luz da respectiva importância dos valores em tensão, no caso 
concreto. Para os doutrinadores, a PA é um processo social é, portanto, deve ser analisada 
empiricamente. E, embora seja um processo inerentemente judicial, os estágios 3 e 4 da PA expõe 
os juízes enquanto legisladores. Nesse sentido, gera-se debates sob dois pontos de vista: o daqueles 
que acreditam que a PA seja perigosa e outros acreditam que seria muito restritiva à 
discricionariedade da política. Sweet e Mathews parecem querer defender a análise da 
proporcionalidade de ambos os ataques e enfatizam que a PA é um procedimento analítico. SSIM, 
Após a introdução sobre os temas as serem tratados, bem como a estruturação do paper, os autores 
iniciam a Parte II, denominada “Teoria”. Nesse capítulo, os mesmos se dedicam à proposta de uma 
teoria da proporcionalidade que combine elementos jurídicos estratégicos e formais. Argumenta-se 
que a adoção de uma postura de equilíbrio (ponderação) explícita confere vantagens ao julgador, 
bem como que a análise da proporcionalidade fornece uma base doutrinária de princípios para a 
ponderação. Nesse sentido, Sweet e Mathew buscam oferecer conteúdo empírico a essas afirmações 
de duas formas: demonstrando o ajuste/relação entre a proporcionalidade e a estrutura das 
disposições contemporâneas de direitos; fornecendo um breve resumo e análise da teoria dos direitos 
constitucionais de Robert Alexy. Assim, a fim de explicaram a PA enquanto um padrão 
constitucional global, a primeira parte da explicação consiste em um conjunto de suposições 
simplificadas e uma série de argumentos genéricos relacionados a dilemas clássicos de julgamento 
(adjudicação). Segundo os professores, ao adotar a estrutura da proporcionalidade, os juízes 
adquirem um meio coerente e prático de responder a essas questões básicas de legitimidade. Ainda, 
ressaltam que, uma vez adotado, a PA tende a desenvolver um status normativo próprio, um novo 
elemento de norma fundamental, ou um princípio meta-constitucional que rege o desenvolvimento 
da doutrina constitucional. Sweet e Mathew, após essas considerações iniciais do capítulo, dividem 
sua abordagem em 7 partes. A primeira (A. Dois-contra-um) parte da análise de uma teoria redutiva 
e simplificada da resolução de conflitos de terceiros (presente em praticamente todas as sociedades, 
uma vez que é uma demanda social e universal bastante intensa). Para os doutrinadores, quando duas 
partes em conflito pedem à um terceiro para que solucione o litígio, se está construindo, por meio 
de um ato consensual de delegação, um modo de governança (aqui entendido como um processo 
através do qual os sistemas de regras, normas e leis, em vigor em uma sociedade são aplicados e 
adaptados às necessidades e propósitos daqueles que vivem sob eles). Nesse sentido, a teoria exposta 
pelos autores foca na dinâmica e nas consequências políticas da passagem da díade para a tríade e 
na passagem do TDR consensual para o compulsório. Assim, os mesmos explicam que a governança 
triádica contém uma tensão fundamental que ameaça destruí-la. E, nesse sentido, analisam a mesma 
em relação ao TDR consensual. Entretanto, analisam os juristas que nas elações sociais cada vez 
mais interdependentes, a demanda funcional por TDR se sobrepõe a uma necessidade crescente de 
adaptação às regras (legislação). Em tais situações, o TDR consensual, com sua ênfase na resolução 
de conflitos por meio da (re) promulgação de normas existentes, é muitas vezes insuficiente para 
sustentar níveis crescentes de intercâmbio social. Nesse sentido, segundo os autores, lei e 
julgamento, são quase obrigatórios sob essa perspectiva. Com isso, os autores passam a segundaparte do capítulo (B. Cortes e Legislação Judicial). Com o movimento para o julgamento, agrava-se 
o dilema 2-contra-1 em pelo menos duas formas: 1) a autoridade do juiz é fixada pelo cargo e pela 
jurisdição compulsória. As Cortes ainda são retratadas sob a perspectiva de destaque das funções e 
propriedades da TDR. Ainda, mesmo que os juízes busquem (através de mecanismos) evitar declarar 
um vencedor e um perdedor, do ponto de vista do réu ele segue sendo parte do aparato coercitivo do 
Estado; 2) os juízes farão leis. Os autores supõem que esse comportamento legislativo é 
principalmente defensivo, ou seja, desenvolve uma retórica de justificativas (evitando, assim, ter sua 
imparcialidade questionada). De qualquer modo, essa decisão terá efeitos regulatórios (desde que 
aja uma noção mínima de precedente no sistema). Ainda, da perspectiva 2-contra-1, a criação de leis 
pelo judiciário enseja em um dilema acerca da legitimidade de segunda ordem, uma vez que a lei a 
ser aplicada se revela apenas com a decisão do juiz. Para esse dilema de legitimidade, os autores 
oferecem duas respostas. Com base na teoria doutrinária de Hart, a lei restringe os juízes. Esse é um 
argumento funcional: sem a discrição judicial não há como ser cumprida a função de adjudicação 
de forma adequada. E, aliado a esse argumento, Sweet e Mathew, trazem o argumento da teoria da 
delegação (nos sistemas constitucionais modernos, o poder judicial é delegado (os governantes 
conferem discrição legislativa aos tribunais)). Desse modo, quando o sistema opera de forma 
adequada os tribunais ajudam os governantes no cumprimento do seu objetivo com maior eficiência. 
Nesse sentido, os teóricos analisam que a legislação judicial seria um subproduto normal da deleção 
(e na pior das hipóteses é o preço que se paga por um benefício social maior). Ocorre que debates 
sobre ativismo judicial continuam e trazem à tona arguições sobre o Tribunal, em seu julgamento, 
vir a priorizar eventuais interesses políticos em detrimento de outros interesses. A forma mais aguda 
deste problema aparecerá sob condições de supremacia judicial. Nesse sentido, é preciso analisar a 
questão da supremacia judicial sob a perspectiva do “novo constitucionalismo”. Desse modo, no 
tópico C, os juristas apontam que o novo constitucionalismo se espalhou pelo mundo nos últimos 
50 anos e hoje não tem rivais enquanto modelo de organização de Estado. Ainda, trazem a lista dos 
preceitos desse modelo. Para tanto, o “novo constitucionalismo” parte do preceito de que os direitos 
e a proteção efetiva dos direitos são fundamentais para a legitimidade democrática do Estado. 
Portanto, rejeita modelos de soberania legislativa, bem como aquelas ideologias que confeririam a 
uma pessoa ou partido autoridade política irrestrita. Para ser viável, é necessário que se tenha uma 
massiva delegação aos juízes constitucionais. Para os doutrinadores, o constitucionalismo moderno 
é caracterizado pela supremacia judicial estrutural, sendo essa uma construção formal, que varia em 
graus entre os sistemas. Além disso, nada dizem sobre como o poder será exercido pelos juízes. 
Entretanto, a supremacia institucionalizada significa que os resultados produzidos por meio de 
adjudicação constitucional serão inflexíveis, exceto por meio de adjudicação, desde que exista 
alguma concepção minimamente robusta de precedente. Logo, os juízes têm todo o interesse em 
construir uma doutrina - estruturas de argumentação - que possam ser dissociadas de resultados de 
políticas específicas. A partir do quarto tópico do segundo capítulo, Sweet e Mathew explicam que, 
no presente trabalho, a PA será retratada enquanto um sistema operacional que os juízes 
constitucionais utilizam para alcançarem dois objetivos sobrepostos: 1) gerenciar ambientes 
potencialmente tensos (em razão da natureza política da revisão de direitos), bem como 2) 
estabelecer e reforçar a relevância da deliberação e julgamento constitucional no sistema político. 
Sob o viés da adjudicação constitucional, a ponderação/equilíbrio não pode ser separado da criação 
de leis pelo judiciário. Isso porque, os juízes ou se comportam como legisladores ou precisam julgar 
um ato anterior de ponderação praticado por um administrador eleito. Entretanto, os juristas buscam 
argumentar sobre as importantes vantagens que a aplicação da ponderação oferece. Nesse sentido, 
na visão dos autores, um tribunal que reconhece explicitamente que o equilíbrio é inerente à 
adjudicação de direitos é um tribunal mais honesto do que aquele que alega que apenas aplica um 
código constitucional, mas não pondera nem faz leis. Ainda, ressaltam eles, o tribunal também se 
torna melhor estrategicamente, em relação às alternativas. A aplicação da ponderação/equilíbrio 
deixa claro: (a) que cada parte está pleiteando uma norma ou valor constitucionalmente legítimo; (b) 
que, a priori, o tribunal considera cada um desses interesses em igual consideração; (c) determinar 
qual valor deve prevalecer em qualquer caso não é um exercício mecânico, mas é uma tarefa judicial 
difícil que envolve considerações políticas complexas; e (d) que casos futuros opondo os mesmos 
dois interesses jurídicos um ao outro podem muito bem ser decididos de forma diferente, 
dependendo dos fatos. Afinal, em situações de ponderação é o contexto que varia, e é a leitura do 
contexto pelo juiz que determina os resultados. Isso não significa dizer que um Tribunal de 
ponderação não possa dar alguma medida de coerência à adjudicação, desenvolvendo procedimentos 
estáveis para chegar a decisões. Na medida em que forem bem-sucedidos, esses procedimentos 
assumirão algumas das funções de sistematização do precedente de forma mais ampla. Com isso, 
Sweet e Mathew buscam focar exatamente nesse tipo de procedimento, uma "estrutura de 
argumentação". Estas são estruturas discursivas que organizam a) como os litigantes defendem seus 
interesses e como eles envolvem os argumentos de seus oponentes, e b) como os tribunais estruturam 
suas decisões. Mais que isso, tais estruturas incorporam inconsistências argumentativas (para cada 
passo de inferência existe um argumento e um contra-argumento) podendo os juízes resolver as 
disputas a partir de um “menu” das conclusões defensáveis que se podem alcançar. Nessa senda, 
para os doutrinadores, os tribunais devem propagar, de modo antecipado, as molduras/estruturas de 
argumentação, de modo a consolidar a argumentação como doutrina constitucional, tornando 
ineficaz a argumentação fora desse padrão estrutural, conferindo a juízes a capacidade de reprodução 
e com isso da sua legitimação. Na mesma linha de raciocínio, a estrutura argumentativa da análise 
da proporcionalidade às partes em litígio o tipo e a sequência de argumentos que podem e devem 
ser apresentados, e o caminho pelo qual os juízes irão raciocinar para chegar à decisão. Com isso, o 
Tribunal tem a possibilidade de demonstrar seu respeito e reverência pelas posições relativas de cada 
uma das partes. Este último ponto é crucial, conforme afirmam Sweet e Mathew, uma vez que, em 
situações onde os juízes não podem evitar declarar um vencedor, eles podem pelo menos fazer uma 
reverência à parte perdedora. Ou seja, o Tribunal afirma, ao realizar a proporcionalidade em sentido 
estrito, que cada parte possui um direito constitucionalmente protegido, mas que o tribunal precisa 
tomar uma decisão. Ainda, a adjudicação de direitos contemporâneos, o equilíbrio prevalece por três 
razões básicas: 1) as disposições de direitos são normas relativamente abertas, ou seja, são 
indeterminadas e correm o risco de serem interpretadas de maneira inflexível e partidária; 2) a 
maioria das Constituições do pós-guerra afirmam que a maioria de seus direitos não são absolutos, 
podendo estes serem limitados por outros direitos constitucionais. Assim, as cláusulas de limitação 
são a norma; 3) as constituições modernas (ou doutrinas/teoriasconstitucionais) exigem que os 
órgãos do estado, incluindo o legislativo e o executivo, trabalhem para proteger ou aumentar o gozo 
dos direitos e é justamente função central dos tribunais constitucionais de supervisionar essas 
atividades (nessas situações os governos argumentarão no sentido de que a medida não se opõe a 
direitos, mas sim que visa um outro direito). Nesse sentido, apontam os autores que a mudança para 
a proporcionalidade gera o que anteriormente chamamos de problema de legitimidade de “segunda 
ordem”, na medida em que expõe totalmente as capacidades legislativas do juiz. Sobre esse assunto, 
Sweet e Mathew trazem as principais ideias de Hans Kelsen. Uma vez que o positivista, em sua 
teoria constitucional, atentou para a hierarquia das normas que os juízes devem observar e, assim, 
garantir a validade e a legitimidade do sistema. Indo além, Kelsen também buscou distinguir a 
função legislativa do juiz e do legislador (legisladores negativo e positivo, respectivamente). Não 
obstante, Kelsen alertou explicitamente sobre os perigos de se estabelecer direitos de posição 
constitucional, que ele equiparou à lei natural. Pois, o tribunal que buscava proteger direitos iria 
inevitavelmente obliterar a distinção entre o legislador “negativo” e o “positivo” e os juízes se 
tornaria, assim, superlegisladores. Com a passagem para o novo constitucionalismo, percebe-se que 
Kelsen estava certo, afinal um tribunal fiduciário protetor de direitos é um legislador positivo cuja 
autoridade legislativa discricionária, pelo menos no papel, é potencialmente ilimitada. Porém, o 
contexto para os argumentos de Kelsen mudou, uma vez que após a Segunda Guerra Mundial, a 
revisão constitucional se tornou o centro da ideia de constitucionalismo. Nesta senda, Sweet e 
Mathew afirmam que nesse novo contexto, argumenta-se que defender a supremacia judicial do 
ponto de vista da teoria da delegação seria simples, pois: um compromisso político com os direitos 
requer uma delegação massiva aos juízes; e, ao fazerem seu trabalho adequadamente, em alguns 
casos os juízes iriam acabar interferindo nos processos e resultados das políticas. Nesse mesmo 
sentido, também se poderia argumentar que, sob o novo constitucionalismo, não há problema de 
legitimidade, uma vez que a própria constituição prevê expressamente os direitos, a revisão dos 
direitos e a supremacia estrutural do juiz constitucional em certos processos (relevantes para a 
política). Todavia, conforme colocam os autores, esses argumentos não se mostraram capazes de pôr 
fim a questão controversa da supremacia e o que os juízes fazem com ela. Em seguida, os autores 
abordam a obra de Alexy (A theory of constitutional rights). Em seu trabalho, Alexy desenvolve 
uma "teoria estrutural" de equilíbrio/ponderação de direitos e proporcionalidade à luz da 
jurisprudência do Tribunal Constitucional Federal Alemão. Não obstante, os juristas afirmam que a 
teoria tem uma aplicação muito mais ampla, uma vez que fala diretamente às principais questões 
levantadas pelo novo constitucionalismo. Assim, as ideias de Alexy constituem os fundamentos 
conceituais básicos da AP. Sweet e Mathew apontam duas contribuições originais de Alexy, 
fundamentais para o presente paper: 1) distinção entre regras e princípios (que faz uma grande 
diferença na adjudicação), pois o conflito entre regras é julgado de um modo (invalidação ou exceção 
apropriada) e entre princípios de outro (pela ponderação). Ainda, o escopo do “legalmente possível” 
é o que define as condições de limite para o processo de otimização e é determinado pela oposição 
entre princípios, que está embutida nas especificidades de um conflito. Conforme os autores, para 
Alexy os conflitos de regras acontecem no nível de validade, já entre princípios se dá na dimensão 
do peso em relação a um certo contexto. Logo, a ponderação/equilíbrio serve tanto para resolver 
conflitos entre princípios quanto para auxiliar todos os órgãos do Estado em sua tarefa de otimizar 
direitos e outros princípios compensatórios de forma adequada; 2) construção da ponderação 
enquanto um princípio metaconstitucional (embora esse não tenha sido o termo exato utilizado). Na 
mesma linha, os juristas ressaltam o teste dos meios menos restritivos (LRM), em termos de 
otimização de Pareto, argumentando que não pode existir justificativa defensável a permitir que uma 
autoridade pública afete um direito mais do que o necessário à realização de outro direito. Ou seja, 
quanto maior o grau de não satisfação ou de detrimento de um princípio, maior deve ser a 
importância da satisfação do outro (fase da proporcionalidade em sentido estrito na PA). Sweet e 
Mathew, assim como Alexy, colocam que a PA gera uma forma particular de argumentação e coloca 
o juiz sob a obrigação de justificar suas decisões em termos de certas restrições. Assim, na medida 
em que juízes, de fato, objetivem soluções de Pareto (fase da necessidade), bem como o 
cumprimento de balanceamento (fase final), a análise da proporcionalidade será menos vulnerável à 
acusação de ausência de critérios racionais e de meio apto a escolhas políticas. Finalizam os autores 
apontando que um juiz de direitos que equilibra/pondera, trabalha para otimizar e geralmente busca 
seguir a “lei do equilíbrio” tenderá a empurrar os resultados das políticas para o centro partidário., 
pois eliminará medidas extremas que possam ser adotadas por partidos políticos com agendas 
reformistas. Em consequência disso, a PA passa a induzir os formuladores de políticas a avaliar a 
proporcionalidade de suas próprias decisões de forma contínua. E na medida em que a PA torna a 
política partidária mais consensual ao longo do tempo, então esse fato provavelmente atenuará os 
dilemas de legitimidade que enfocamos aqui. Os juristas concluem o capítulo ressaltando dois pontos 
(indissociáveis na prática): 1) a possibilidade de a PA auxiliar aos juízes no dilema do 2 contra 1, 
legislação e supremacia judicias; e 2) a capacidade de se encaixar na estrutura decorrente dos 
preceitos do “novo constitucionalismo”, combinando fatores políticos (estratégicos), legais 
(advindos de normas) e lógicos sobrepostos à adjudicação de direitos. Na parte III do presente 
trabalho, intitulada “ The German Genealogy” os autores abordam (bem como será abordado, 
também, na parte IV) a genealogia da análise da proporcionalidade, focando, nesse tópico, na sua 
origem na Alemanha. Para tanto, discorrem os autores sobre o impacto no desenvolvimento 
constitucional mundial advindo do estabelecimento de um sistema de justiça constitucional na Lei 
Básica Alemã (1949). Assim, Sweet e Mathew buscam apresentar o impacto alemão no 
constitucionalismo global no que se refere à emergência da PA enquanto procedimento forma para 
lidar com a reivindicação de direitos. Para isso, os juristas estudam os antecedentes da 
proporcionalidade cerca de 2 séculos atrás, que estavam previstos no direito administrativo alemão 
(police law). Já nos anos 50 a proporcionalidade migrou para o direito constitucional e, sob a tutela 
do Tribunal Constitucional Alemão, desenvolveu-se enquanto estrutura de ponderação. Os autores 
abordam que uma versão embrionária da análise da proporcionalidade foi proposta ao final do século 
18, quando se passou a contemplar novas formas de intervenção estatal e, em consequência, como 
regular conflitos entre o interesse público e as liberdades individuais. Nesse sentido, os principais 
pensadores jurídicos e políticos procuraram fundamentar a legitimidade das intervenções policiais 
em princípios estáveis capazes de mediar o conflito entre a autonomia privada e o bem público. 
Deste modo, os autores abordam brevemente o teste dos meios menos lesivos/restritivos no contexto 
dos atos de polícia da época. Os autores chamam atenção para o fato de que embora os juristas já 
tivessem elaborado um teste de proporcionalidade para a legitimidadeda intervenção do Estado nas 
liberdades privadas antes de 1800, é importante observar que a PA ainda não estava sendo 
implantada como uma restrição à ação do Estado. Só após várias décadas a revisão judicial de atos 
administrativos apareceria em qualquer um dos estados alemães. Os autores continuam explanando 
que ao longo do século XIX, os estudiosos continuaram a reiterar e a refinar os padrões baseados na 
proporcionalidade para o exercício do poder policial, e essas ideias finalmente receberam espaço 
nos tribunais administrativos. Sweet e Mathew seguem discorrendo sobre a evolução da aplicação 
da proporcionalidade ao longo do século 19 e no século seguinte. Ressaltam, também, que, com o 
tempo, a ponderação passou a ser aplicada, ainda que não de forma uniforme. Entretanto, afirmam 
os teóricos afirmam que a revisão dos direitos constitucionais provou ser mais problemática. Com 
isso, passa a abordar os motivos que levam a essa situação. Com relação a Alemanha, os autores 
afirmam que o advento do Terceiro Reich levantou a questão, já que a revisão judicial foi atacada 
pelos nazistas e seu novo estabelecimento doutrinário. Rotular uma medida estadual como política 
costumava ser suficiente para protegê-la da revisão judicial. Já com o advento da Lei Básica Alemã, 
em 1949, estabeleceu-se a República Federal como uma nova ordem constitucional, baseada em 
compromissos com os direitos humanos executáveis como lei superior, e a criação de um tribunal 
constitucional. Nesse sentido, juristas iniciaram a argumentação para o reconhecimento da 
proporcionalidade como princípio constitucional e doutrinadores tiveram importante papel no 
refinamento de conceitos que os tribunais empregaram provendo fundamentos à extensão da 
proporcionalidade. Nesse ponto, os autores destacam as contribuições de Rupprecht Krauss e Peter 
Lerche para a constitucionalização da proporcionalidade. Assim, a proporcionalidade, desenvolvida 
em um contexto de direito administrativo agora refletindo o estado de forma mais ampla, fornece 
uma barreira adequadamente alta que os legisladores devem superar antes de infringir direitos 
individuais, pontos que remetem a Svarez. Nesse sentido, de Svarez a Lerche, percebe-se o 
compromisso doutrinário para desenvolver uma proporcionalidade baseada em direitos. Entretanto, 
apesar desses esforços, não se pode perder de vista que a lei constitucional da República Federal 
seria doravante moldada principalmente por juízes constitucionais, e não por autoridade doutrinária. 
Ainda, nos anos de 1950 o GFCC elaborou estruturas separadas para análise do princípio da 
proporcionalidade, com o leading case Apothekenurteil. Em seguida, questionam os autores: “Por 
que a proporcionalidade e o equilíbrio assumiram a proeminência que tiveram neste momento 
específico? ” Embora não tragam, conforme os mesmos, uma resposta conclusiva, Sweet e Mathew 
buscam enfatizar alguns pontos relevantes: 1) a Lei Básica previa direitos constitucionais em uma 
estrutura particular, para a qual PA e a ponderação eram perfeitamente adequados; 2) os elementos 
centrais do PA eram nativos da Alemanha. Logo, todos os estudiosos e juízes de direito público 
estavam familiarizados com os testes LRM; e todos os juízes de direito privado tinham experiência 
com balanceamento (ponderação), a partir do Código Civil Alemão; 3) os professores de direito não 
eram apenas nomeados para o Tribunal, mas também tendiam a dominá-lo intelectualmente. Na 
década de 1950, os professores de direito não contaminados pela simpatia nazista também teriam 
possuído muito mais prestígio do que qualquer outro juiz de tribunal superior. E, talvez o mais 
importante, a nova Alemanha Ocidental se comprometeu firmemente a proteger os direitos 
fundamentais no nível mais alto possível, enquanto o prestígio dos partidos políticos e da autoridade 
legislativa era relativamente baixo. Assim, ao adicionar o estágio da ponderação, caso uma ação 
estatal, mesmo que estreitamente legítima para alcançar um propósito legítimo de estado, infringir 
mais direito do indivíduo do que o tolerável, dados os compromissos constitucionais existentes, não 
prevaleceria em detrimento do direito infringido. Ademais, os autores abordam mais algumas datas 
marcantes no processo alemão de constitucionalização da proporcionalidade. Nesse sentido, o 
impacto da jurisprudência construída pelo Tribunal Constitucional Alemão (com relação a 
proporcionalidade dos atos de governo) foi profundo. A “judicialização do processo legislativo”, 
resultou em na produção de um conjunto relativamente detalhado de provisões sobre como os 
legisladores e administradores devem se comportar, se desejassem exercer sua autoridade 
legalmente nos domínios importantes de políticas. Desse modo, os legisladores envolveram-se em 
deliberações constitucionais significativas, e de forma sistemática. Ainda, ressaltam os teóricos. 
Direitos e ponderação também foram cruciais para a "constitucionalização" do direito privado, 
iniciada pela decisão do GFCC no caso Luth de 1958. Sweet e Mathew concluem a terceira parte de 
seu estudo afirmando que a linha de jurisprudência Luth significa que “todo o direito privado está 
diretamente sujeito aos direitos constitucionais” - e, portanto, ao equilíbrio/ponderação - 
aumentando radicalmente a presença dos direitos constitucionais, e do Tribunal Constitucional 
Alemão, no direito privado alemão. No capítulo IV, denominado “Difusion”, Sweet e Mathew se 
dedicam ao exame de como os juízes, em três sistemas nacionais e três sistemas internacionais, 
passaram a adotar a PA. Buscam, assim, analisar como os juízes representam o que estão fazendo 
quando recorrem à PA, e como a PA se constitucionaliza enquanto um meta-princípio de governança 
judicial. Importante ressaltar que, conforme os autores, esse capítulo não se dedica a fazer um 
levantamento de todos as semelhanças e diferenças observadas quando examinamos o uso da PA 
comparativamente, entre esses sistemas. Ainda, uma descoberta que, na opinião dos teóricos, merece 
destaque é a de que em cada um dos sistemas examinados, os juízes adotaram a PA para lidar com 
as questões mais importantes politicamente e potencialmente controversas, problemas aos quais eles 
poderiam esperar ser expostos. Assim sendo, os juristas iniciam abordando os três sistemas legais 
nacionais, sendo eles: Canadá, África do Sul e Israel. Nesses países, não houve, historicamente, 
muita influência do sistema alemão ou da lei continental. Nesses sistemas a estrutura de 
proporcionalidade era desconhecida antes do início da revisão de direitos, e a revisão de direitos era 
desconhecida até recentemente. Uma vez que os direitos e a revisão foram estabelecidos, os tribunais 
superiores dos respectivos sistemas rapidamente adotaram PA. Assim, no Canadá, a Suprema Corte 
canadense adotou a análise de proporcionalidade em meados de 1980, como a técnica para decidir 
reivindicações de direitos sob a Carta de Direitos e Liberdades do Canadá. Desse modo, os autores 
trazem o emblemático caso Oakes, que deu origem ao teste Oakes, composto de quatro fases, bem 
como estudam importantes aspectos do governo na época. O trabalho chama atenção para o fato de 
que o Tribunal, ao julgar o caso Oakes, não fez referência a antecedentes estrangeiros de sua análise 
de proporcionalidade e não fez referência a nenhuma outra autoridade. A fórmula apresentada em 
Oakes está tão próxima da versão alemã da PA que se presume que a Corte estava familiarizada com 
a doutrina alemã. Sweet e Mathew tentam desvendar o porquê desse silêncio, uma vez que 
costumeiramente a Corte citava leis estrangeiras. Assim, os autores sugerem apontam que em vez 
de se basear em uma linhagem estrangeira, o tribunal deseja apresentar a proporcionalidade como 
uma abordagem fundamentada e sensata para o problema específico colocado pelos direitos da 
Carta. Ainda, é citado novamente a estruturaquadridimensional do teste de proporcionalidade 
canadense. Mais que isso, após Oakes, não demorou muito para que a estrutura da proporcionalidade 
fosse aceita como procedimento operacional padrão em litígios de envolvendo os direitos previstos 
na Carta. Não obstante, não se pode olvidar que a proporcionalidade influenciou o Canadá (assim 
como a Alemanha) para além das questões judiciais. Nesse sentido, os legisladores canadenses, 
sabendo que seus atos poderiam passar pelo crivo da Corte canadense por meio do teste Oakes, 
passaram a levar a proporcionalidade em conta durante o processo legislativo (teve, assim, uma 
influência importante nas culturas burocráticas e políticas, que se tornaram mais receptivas, ou pelo 
menos mais resignadas, à importância de avaliar a legislação proposta a partir da perspectiva da 
Carta). Ainda, os autores abordam algumas críticas a análise da proporcionalidade no Canadá, como, 
por exemplo que o passo de equilíbrio/ponderação da PA tornou-se irrelevante, afinal, nenhum 
estatuto foi invalidado com base na "proporcionalidade dos efeitos". Em 2007, no entanto, o 
Supremo Tribunal se esforçou para repudiar essas críticas, confirmando que considerou o equilíbrio 
stricto senso essencial para a revisão de direitos nos termos da Carta. Passando para a análise da 
África do Sul, os teóricos afirmam que em meados de 1990 houve um grande desenvolvimento 
constitucional no país e a constitucionalização da proporcionalidade foi um dos principais resultados 
desse processo. A princípio, a Corte se mostrou resistente à aplicação da análise da 
proporcionalidade, mas essa resistência foi superada rapidamente ao analisar a proporcionalidade da 
pena de morte em um caso concreto (State v. Makwanyane). O padrão adotado nesse caso passou a 
ser utilizado em litígios subsequentes. Entretanto, inicialmente, a proporcionalidade foi tratada mais 
como uma abordagem pragmática para aplicar a cláusula de limitação do que um princípio inelutável 
de direito. Quando a África do Sul adotou uma constituição permanente em 1996, a PA foi elevada 
ao status de um princípio constitucional. Embora a Corte Sul Africana tenha se baseado na 
proporcionalidade canadense, os autores ressaltam que cada teste possui suas particularidades. Não 
obstante, o domínio do poder executivo na legislação na África do Sul torna difícil avaliar os 
impactos da jurisprudência da proporcionalidade do Tribunal sobre o processo legislativo do país. 
Com relação a Israel, Sweet e Mathew inicialmente ressaltam que Israel é um dos quatro países do 
mundo hoje sem uma constituição codificada e consolidada. Todavia, possui uma Suprema Corte 
que se tornou uma poderosa quando começou, na década de 1980, a injetar direitos e doutrinas de 
revisão judicial na lei superior. Nesse mesmo período, a Corte estava se esforçando para desenvolver 
uma espécie de doutrina indígena de proto-proporcionalidade. Uma vez que o uso da PA em outros 
sistemas jurídicos chamou sua atenção na década de 1990, o Tribunal rapidamente adotou a estrutura 
padrão baseada na Alemanha. Em seguida, usou o PA tanto para determinar quando as limitações 
de direitos eram permitidas, quanto para julgar a legalidade da ação administrativa. Hoje, sem 
dúvida, a Suprema Corte israelense aplica a PA de forma mais consistente e rigorosa do que qualquer 
outro órgão judicial no mundo. Ainda, pode-se citar como “turning point” da proporcionalidade em 
Israel o caso United Mizrachi Bank Ltd. v. Migdal Cooperative Village. Não obstante, o poder 
judiciário não foi o único a ser influenciado pela constitucionalização da proporcionalidade. Citando 
Barak, os autores afirmam que tanto o poder executivo quanto o legislativo avaliam cuidadosamente 
suas ações à luz do teste da proporcionalidade. Passando, assim, para os regimes criados por leis 
internacionais, os autores estudam a aplicação da análise na proporcionalidade na Convenção 
Europeia dos Direitos do Homem, na Comunidade Europeia e na Organização Mundial do 
Comércio. Desse modo, alegam os doutrinadores que, em cada um dos casos, PA está diretamente 
ligada aos processos e resultados nos quais os estudiosos normalmente se concentram quando 
discutem sobre constitucionalização. Em cada regime, foi delegada a um tribunal fiduciário a tarefa 
de fazer cumprir os tratados, e esses instrumentos possuem, ou evoluíram para manifestar, uma 
estrutura agora familiar. Os valores essenciais do tratado, como o direito de um indivíduo ou de um 
estado, são qualificados por outros valores importantes, qualificações expressas na forma de 
derrogações que os estados podem reivindicar no interesse público. Opinam os autores que um 
tribunal que julga os conflitos decorrentes de tal estrutura é um tribunal que opera em um modo 
constitucional, inerentemente, independentemente de como se entenda a natureza “constitucional” 
do regime de forma mais ampla. O fato de que os tribunais superiores desses regimes adotaram a 
PA, um padrão constitucional global, apoia o ponto dos mesmos. Assim, os mesmos passam a 
desenvolver detalhadamente os aspectos da PA em cada um dos três regimes supracitados. No quinto 
e último capítulo do estudo, “All things in proportion”, os autores buscam avaliar a relação entre a 
PA e o poder judiciário. Segundo os teóricos, embora a AP possa ser retratada como um 
procedimento "neutro", sua adoção tem - inexoravelmente - levado a um aumento constante da 
autoridade judicial sobre como as constituições evoluir e como a política é feita. Nesse sentido, 
colocam os juristas que, a revisão da proporcionalidade é inevitavelmente um exercício de legislação 
constitucional (ou internacional) aplicada. Além disso, também se encaixa na missão dos modernos 
tribunais fiduciários, que governam governantes políticos, uma vez que regulam o exercício da 
autoridade do Estado à luz das normas da lei superior. Ainda, ressalta-se que a PA é moldada pelos 
juízes de cada sistema de acordo com seus próprios propósitos. Nesse sentido, a aplicação da análise 
da proporcionalidade, inevitavelmente, com as transformações políticas, irá se modificar ao longo 
do tempo. Os autores apontam duas fontes de mudança, uma exógena e outra endógena e discorrem 
brevemente sobre estas. Ao final, Sweet e Mathew terminam afirmando que, em qualquer, 
acontecimento, é óbvio que o Tribunal nunca pôde prescindir da ponderação. 
Citações literais do texto: 
Pgs.: Cópia literal do texto: Palavras-chaves: 
p. 74 Over the past fifty years, proportionality analysis (PA) has widely 
diffused. It is today an overarching principle of constitutional 
adjudication, the preferred procedure for managing disputes involving 
an alleged conflict between two rights claims, or between a rights 
provision and a legitimate state or public interest. 
Proportionality 
analysis; 
Constitucional 
adjudication 
p. 75 Although other modes of rights adjudication were available and could 
have been chosen and developed, PA has emerged as a multi-purpose, 
best-practice, standard. […] From German origins, PA has spread 
across Europe, 
including to the post-Communist states in Central and Eastern Europe, 
and into Israel. It has been absorbed into Commonwealth systems - 
Canada, South Africa, New Zealand, and via European law, the U.K.- 
and it is presently making inroads into Central and South America. By 
the end of the 1990s, virtually every effective system of constitutional 
justice in the world, with the partial exception of the United States, had 
embraced the main tenets of PA. Strikingly, proportionality has also 
migrated to the three treaty-based regimes that have serious claims to 
be considered “constitutional” in some meaningful sense:the European 
Union (EU), the European Convention on Human Rights (ECHR), and 
the World Trade Organization (WTO). […] PA is a doctrinal 
construction: it emerged and then diffused as an unwritten, general 
principleof law through judicial recognition and choice. 
PA; Standard; 
Doctrinal; 
Principle of law 
p. 76 In its fully developed form, the analysis involves four steps, each 
involving a test. First, in the “legitimacy” stage, the judge confirms that 
the government is constitutionally authorized to take such a measure. 
[...] The second phase “suitability” is devoted to judicial verification 
that, with respect to the act in question, the means adopted by the 
government are rationally related to stated policy objectives. The third 
step “necessity”. The core of necessity analysis is the deployment of 
a “least-restrictive means” (LRM) test: [...] if the government’s 
measure fails on suitability or necessity, the act is per se 
disproportionate; it is outweighed by the pleaded right and therefore 
unconstitutional. The last stage, “balancing in the strict sense”, is also 
known as “proportionality in the narrow sense”. If the measure under 
review passes the first three tests, the judge proceeds to balancing 
stricto senso. 
Steps; 
Legitimacy; 
Suitability; 
Necessity; 
Balancing 
p. 77 Indeed, the framework is typically debated from two opposed 
standpoints. Some see it as dangerous: judges may defer too much to 
legislators and executives; they may even “balance rights away.” 
Others see PA as being too restrictive of policy discretion, inevitably 
casting judges as masters of the policy processes under review. 
Proponents defend proportionality against attacks from both sides. 
Although we will join this debate, it is important to emphasize that PA 
is an analytical procedure - it does not, in itself, produce substantive 
outcomes. That point made, judges also use proportionality as a 
foundation on which to build doctrine, the “argumentation 
frameworks’ that govern rights litigation. 
Framework; 
Balancing; PA; 
Analytical 
procedure 
p. 81 The first part of the explanation therefore rests on a set of simplifying 
assumptions, and a series of generic arguments related to classic 
dilemmas of adjudication. […] In adopting the proportionality 
Dilemmas; 
Proportionality 
framework 
framework, constitutional judges acquire a coherent, practical means 
of responding to these basic legitimacy questions. As important, once 
adopted, PA tends to develop a normative status of its own, comprising 
a new element of a “presupposed Grundnorm”, or a meta-constitutional 
principle governing the development of constitutional doctrine. […] 
We proceed from a simple, reductive theory of third-party dispute 
resolution (TDR). 
p. 82 When two parties in dispute ask a third party for assistance, they build, 
through a consensual act of delegation, a node of social authority, or 
mode of governance. By “mode of governance”, we mean a process 
through which the rule systems (norms, law) in place in any society are 
applied and adapted, on an ongoing basis, to the needs and purposes of 
those who live under them. The theory focuses on the dynamics and 
political consequences of moving from the dyad (cooperation, conflict, 
dispute settlement between two parties) to the triadic context, and 
moving from consensual TDR to compulsory TDR. 
Triadic governance contains a fundamental tension that threatens to 
destroy it. In consensual TDR, the triadic figure knows that her social 
legitimacy rests in part on the consent of the parties, and thus on the 
perception that she is neutral vis à vis the dispute. Yet in declaring a 
winner, she creates a 2-against-1 situation that is likely to erode that 
perception. Given a fundamental interest in not declaring a loser, she 
will seek to mediate settlements, or to “split the difference” between 
the parties. [...] In invoking norms, the triadic figure is, in effect, saying 
to the loser, “you have not lost because I prefer your opponent to you; 
you have lost because it is my responsibility to uphold what is right in 
our community, given the harm that has occurred”. Her legitimacy now 
rests, in part, on the perceived legitimacy of a third interest being 
brought to bear on the parties - the social interest embodied in the 
norms being applied. 
Mode of 
governance; Rule 
systems; Dyad; 
Triadic; 
Consensual; 
Compulsory 
p. 83 In social settings characterized by rising levels of interdependence 
(increased social differentiation, division of labor, impersonal 
contracting across larger distances) and rising transaction costs, the 
functional demand for TDR overlaps with a growing need for rule 
adaptation (lawmaking). In such situations, consensual TDR, with its 
emphasis on settling conflict through (re)enactment of existing norms, 
is often insufficient to sustain increasing levels of social exchange. 
Governance and commitment devices - law and adjudication- are all 
but required. […] The move to adjudication aggravates the 2-against-
1 dilemma, in at least two ways. First, the judge’s authority is fixed by 
office and compulsory jurisdiction, backed by the state’s enforcement 
capacities. Courts are still ritually portrayed in terms of an “orthodox 
prototype”, [...] And judges still seek to avoid or mitigate the effects of 
declaring a loser through the development of settlement regimes, 
splitting the costs of a decision among the parties, processing appeals, 
and so on. But, from the point of view of defendants and losers, at least, 
judges are part and parcel of the coercive apparatus of the state. 
Second, given a steady caseload, adjudicators will make law. [...] The 
judge develops rhetorics of justification, in part, to counter the 
perception of bias. Even so, a record of deliberation - the giving of 
Interdependence; 
TDR; 
Adjudication; 2-
against-1; Judges 
authority; Loser; 
Justification; 
Judicial 
lawmaking; 
Legitimacy 
dilemma 
reasons - will have prospective, regulatory effects, so long as some 
minimal notion of precedent exists in the system. […] From the 
perspective of 2-against-1, judicial lawmaking raises a second-order 
legitimacy dilemma, given that the “content of the law governing the 
dispute could not have been ascertained by the parties at the time [it] 
erupted.” The applicable law is revealed through the judge’s ruling. 
p. 84 Here we note only two responses to them. One major stream of 
positivist theory emphasizes how the law itself constrains judges. Hart 
implies that the extent of defensible lawmaking discretion in place at 
any point is proportional to the extent of indeterminacy of the pertinent 
law. Judicial lawmaking can be defended in so far as it proceeds in 
light of existing law and precedent, and to the extent that it “renders” 
that law more determinate. The argument is functional: if judges did 
not possess lawmaking discretion, they would not be able to perform 
their adjudication role properly, given indeterminacy and other 
uncertainties. […] A set of (not incompatible) arguments proceeds 
from standard delegation theory. In modern constitutional systems, 
judicial power is delegated power. Rulers (the principals) confer 
lawmaking discretion on courts (their agents) for sound functional 
reasons, and good agents are those that use this authority to perform 
the tasks given to them. When the system operates properly, courts 
help rulers govern more efficiently. When the principals are not unified 
but multiple actors (political parties, states, and so on) are competing 
for power amongst themselves, they may turn to courts as commitment 
devices. 
Positivity theory; 
Constrains; 
Judicial 
Lawmaking; 
Judges; 
Delegation 
theory; Judicial 
power 
p. 85 It follows that judicial lawmaking counts as a positive to the extent that 
it operates to help principals deal with their governance problems, 
including imperfect commitment and legal indeterminacy. In this view, 
judicial lawmaking is a normal by-product of delegating to 
constitutional judges, at worst, a reasonable,predictable price to pay 
for obtaining some greater social benefit: protecting rights, securing 
federalism, making trading blocs work. For their part, judges build 
constitutional doctrine, those constraints on the exercise of lawmaking 
discretion presumed to be stable. […] In rights adjudication, wherein 
litigating parties always represent some wider social interest, 
lawmaking and 2-against-1 necessarily overlap. A court that chooses 
one constitutional value over another is also favoring one policy 
interest over another. Other things equal, the most acute form of this 
problem will appear under conditions of judicial supremacy. Over the 
past fifty years, the “new constitutionalism” has swept across the 
globe, and today has no rival as a template for the organization of the 
state. 
Judicial 
lawmaking; 
Governance; By-
product; Policy 
p. 86 The “new constitutionalism” is based on the precept that rights and 
effective rights protection are basic to the democratic legitimacy of the 
state. It therefore rejects models of legislative sovereignty (e.g., of 
Australia, the French Third and Fourth Republics, and of Great Britain 
until recently), as well as those ideologies that would confer on one 
person or party unconstrained political authority. To be viable, the 
form requires massive delegation to constitutional judges. […] A more 
appropriate metaphor is that of constitutional ‘trusteeship”: situations 
New 
constitutionalism; 
Rights; 
Democratic; 
Thrusteeship 
wherein the founders of new constitutions delegate expansive, open-
ended “fiduciary” powers on a review court. A trustee is a particular 
kind of agent, possessing the power to govern the rulers themselves. In 
the most common situation, the trustee court exercises fiduciary 
responsibilities with respect to the constitution, in the name of a 
fictitious entity: the sovereign People. 
p. 87 Modern constitutionalism is characterized by structural judicial 
supremacy, where the principals have, in effect, transferred a bundle 
of significant “political property rights” to judges, for an indefinite 
duration. Structural supremacy is a purely formal construct; it varies 
by degrees across systems; and nothing in the notion tells us anything 
about how judges will actually exercise their powers. However, 
institutionalized supremacy means that the outcomes produced through 
constitutional adjudication will be inflexible, “being more or less 
immune to change except through adjudication,” so long as some 
minimally robust conception of precedent exists. In such a situation, 
judges have every interest in building doctrine - argumentation 
frameworks - capable of being decoupled from specific policy 
outcomes. One of our claims is that PA has provided an important 
doctrinal underpinning for the rights-based expansion of judicial 
authority across the globe. 
Structural judicial 
supremacy; 
Formal construct; 
Power; 
Argumentation 
framework; 
Judicial authority 
p. 88 - to manage potentially explosive environments, given the politically 
sensitive nature of rights review. 
- to establish, and then reinforce, the salience of constitutional 
deliberation and adjudication within the greater political system. 
PA provides basic materials for achieving both objectives, in a 
relatively standardized, easy-to-use form. Under conditions of 
supremacy and a steady case load, a trustee court has powerful reasons 
to seek to draw the major actors in the polity into the processes it 
governs, and to induce them to use the modes of deliberation that it 
curates. In so far as they do, political elites will help to legitimize the 
court and its doctrines, despite or because of controversy about 
supremacy. […] they typically announce that no right is absolute, 
which thrusts them into a balancing mode. When it comes to 
constitutional adjudication, balancing can never be dissociated from 
lawmaking: it requires judges to behave as legislators do, or to sit in 
judgment of a prior act of balancing performed by elected officials. We 
nonetheless argue that the move to balancing offers important 
advantages. 
PA; Objectives; 
Supremacy; 
Trustee; 
Constitutional 
adjudication; 
Balancing 
p. 89 A court that explicitly acknowledges that balancing inheres in rights 
adjudication is a more honest court than one that claims that it only 
enforces a constitutional code, but neither balances nor makes law. It 
also makes itself better off strategically, relative to alternatives. The 
move to balancing makes it clear: (a) that each party is pleading a 
constitutionally-legitimate norm or value; (b) that, a priori, the court 
holds each of these interests in equally high esteem; (c) that 
determining which value shall prevail in any given case is not a 
mechanical exercise, but is a difficult judicial task involving complex 
policy considerations; and (d) that future cases pitting the same two 
legal interests against one another may well be decided differently, 
Balancing; Rights 
Adjudication; 
Honest; 
Strategically 
depending on the facts. In balancing situations, it is context that varies, 
and it is the judge’s reading of context - the circumstances, fact 
patterns, and policy considerations at play in any case - that determines 
outcomes. A balancing court can, nevertheless, give some measure of 
coherence to adjudication by developing stable procedures for arriving 
at decisions. To the extent that it is successful, these procedures will 
take on some of the systematizing functions of precedent more broadly. 
Our focus in this paper is on a particular type of procedure, an 
“argumentation framework.” 
p. 90 The framework clearly indicates to litigating parties the type and 
sequence of arguments that can and must be made, and the path 
through which the judges will reason to their decision. Along this path, 
PA provides ample occasion for the balancing court to express its 
respect, even reverence, for the relative positions of each of the parties. 
This latter point is crucial. In situations where the judges cannot avoid 
declaring a winner, they can at least make a series of ritual bows to the 
losing party. Indeed, the court that moves to balancing stricto senso is 
stating, in effect, that each side has some significant constitutional right 
on its side, but that the court must, nevertheless, take a decision. […] 
In contemporary rights adjudication, balancing holds sway for three 
basic reasons. First, rights provisions are relatively open-ended norms, 
that is, they are both indeterminate and in danger of being construed in 
an inflexible and partisan manner. 
Framework; 
Arguments; 
Judges; Balancing 
Court; Balancing 
stricto senso; 
Open-ended 
norms 
p. 91 Second, most post-World War II constitutions state unambiguously 
that most rights provisions are not absolute but, rather, are capable of 
being limited by another value of constitutional rank. In fact, limitation 
clauses are the norm. 
Limitated; 
Limitation clauses 
p. 92 […] constitutional judges have adopted PA to manage the intra-
constitutional conflicts associated with rights. Put differently, judges 
do not develop doctrines that enable them to “enforce” limitation 
clauses; a law is struck down when it fails the test of proportionality. 
[…] Across post-1989 Central Europe, PA is automatically activated 
whenever the “necessity,” or “essential” nature, or “reasonableness,” 
of governmental measures is challenged under a rights provision. A 
third reason: many modern constitutions (or constitutional theory or 
doctrine) require state organs, including the legislature and the 
executive, to work to protect or enhance the enjoyment of rights. It is 
a core function of constitutional and supreme courts to supervise this 
activity. In such situations, governments will develop arguments to the 
effect that their measures arenot opposed to rights, but in fact stand-in 
for a specific right. […] is recast, as one between right X and a 
government action designed to facilitate the development or enjoyment 
of right Y. Courts can, and often do, interpret these disputes as tensions 
between two rights. […] The move to proportionality generates what 
we earlier called a “second-order” legitimacy problem, in that it fully 
exposes the lawmaking capacities of the rights-protecting judge. 
Intra-
constitutional 
conflicts; State 
organs; 
Enjoyment of 
rights 
p. 93 In his constitutional theory, Kelsen focused on the legal system as a 
hierarchy of norms, which judges are enlisted to defend as a means of 
securing the system’s validity and legitimacy. In the inter-war years, 
Kelsen labored to rationalize constitutional review, in the face of 
Constitutional 
theory; Kelsen; 
Hierarchy of 
norms; Positive 
longstanding political hostility to sharing power with judges. Most 
important, he distinguished what legislators and constitutional judges 
do, when they make law. Parliaments are “positive legislators,” since 
they make law freely, subject only to constitutional constraints (rules 
of procedure). Constitutional judges, on the other hand, are “negative 
legislators,” whose legislative authority is restricted to the annulment 
of a statute when it conflicts with the constitutional law. The distinction 
between the positive and the negative legislator rests on the absence, 
within the constitutional law, of enforceable rights. […] The court that 
sought to protect rights would inevitably obliterate the distinction 
between the “negative” and the “positive” legislator. Through their 
quest to discover the content and scope of rights, constitutional judges 
would, inevitably in his view, become super-legislators. The passage 
to new constitutionalism proved Kelsen right: a rights-protecting, 
trustee court is a positive legislator whose discretionary lawmaking 
authority, at least on paper, is potentially limitless. […] After World 
War II, rights and constitutional review became central to the very idea 
of constitutionalism. 
legislator; 
Negative 
legislator; 
Constitutional 
review 
p. 94 - 
95 
[…] a political commitment to rights requires massive delegation to 
judges; and, if the judges do their jobs properly, they will at times 
impinge upon policy processes and outcomes. One could also argue 
that, under the new constitutionalism, there is no legitimacy problem, 
since the constitution itself expressly provides for rights, rights review, 
and the structural supremacy of the constitutional judge in certain 
(policy-relevant) processes. […] Alexy develops a “structural Theory’ 
of rights and proportionality balancing in light of the case law of the 
German Federal Constitutional Court (GFCC). But the theory has far 
wider application, since it speaks directly to major issues raised by the 
new constitutionalism, and in this paper. At this point in time, Alexy’s 
ideas constitute the basic conceptual foundations of PA. […] Alexy 
makes two original contributions. First, he distinguishes between rules 
and principles and then conceptualizes principles as “optimization 
requirements.” […] A conflict between two rules can be resolved 
through giving primacy to, invalidating, or establishing an 
“appropriate exception” to, one of the rules, in relation to the other. A 
conflict between two principles, however, can only be managed 
through balancing - the judge finds that one principle outweighs the 
other, given a particular set of circumstances. Alexy’s account of rights 
yields a stipulation to the effect that rights have an inherent, non-rule-
like quality. […] The scope of the “legally possible” - which sets 
boundary conditions to the optimization process – is determined by the 
opposition between principles, which is itself embedded in the 
specifics of a conflict. “Conflicts of rules are played out at the level of 
validity,” Alexy argues, whereas “competitions between principles are 
played out in the dimension of weight,” given a specific context. […] 
Further, the purpose of balancing must be both to resolve alleged 
conflicts between principles, and to aid all of the organs of the state in 
their task of optimizing rights and other countervailing principles 
properly. Alexy’s second major contribution follows from his 
construction of balancing as a kind of meta-constitutional rule (Alexy 
Political 
commitment; 
Massive 
delegation; 
Judges; structural 
supremacy; 
Structural theory; 
Rules; Principles; 
Optimization 
requirements; 
Conflicts; Level 
of validity; 
Dimension of 
weight; 
Balancing; Pareto 
does not use that phrase; in our view, he presupposes PA and balancing 
as a Grundnorm). A conflict between principles places judges under a 
duty to balance and to optimize. […] Alexy theorizes the necessity 
prong of PA - the LRM test - in terms of Pareto optimality. 
Accordingly, there can be no defensible justification for allowing a 
public authority to infringe more on a right than is necessary for it to 
realize any second principle, given that the right could be optimized: 
p. 96 Optimization is also built into Alexy’s “law of balancing,” which 
governs the “proportionality in the narrow sense” phase of PA: “The 
greater the degree of non-satisfaction of, or detriment to, one principle, 
the greater must be the importance of satisfying the other.” […] any 
proponent of PA must admit that the move to proportionality balancing 
reveals, rather than disguises, Kelsen’s positive legislator, the rights-
protecting, trustee court. Alexy can nonetheless claim, as we have, that 
PA generates a particular form of argumentation, and places the judge 
under an obligation to justify her decisions in terms of certain 
constraints. 
Optimization; 
Law of balancing 
p. 97 Finally, an active rights adjudicator that balances, works to optimize, 
and generally seeks to follow the “law of balancing” will tend to push 
policy outcomes to the partisan center. It will do so to the extent that it 
eliminates extreme measures that might be pursued by political parties 
with reformist agendas. And it will do so in so far as the judicial move 
to PA affects, or colonizes, legislative and administrative space, by 
inducing policymakers to assess the proportionality of their own 
decision making in an ongoing way. If PA does make partisan politics 
more consensual over time, then that fact is likely to mitigate the 
legitimacy dilemmas on which we have focused here. Our argument to 
this point rests on two logics that are separate in principle, but are 
inseparable in practice. First, at least in theory, PA can help judges 
respond to a set of acute overlapping dilemmas, related to 2-against-1, 
lawmaking, and judicial supremacy. Second, PA fits the structure of 
rights provisions in a world dominated by the precepts of the “new 
constitutionalism.” 
Policy; PA; 
Legitimacy 
dilemmas 
p. 98 The German Basic Law (1949) established a system of constitutional 
justice that not only transformed German law, politics, and state 
theory, but has impacted heavily on the development of 
constitutionalism across the globe. The GFCC has been the main agent 
of these changes. Our concern is with one contribution of the German 
experience to global constitutionalism: the emergence of PA as a 
formal procedure for dealing with rights claims. We trace the 
antecedents of the proportionality framework back two centuries, to a 
corner of German administrative law - police law (Polizeirecht). […] 
Proportionality then migrated to the constitutional law in the 1950s 
and, under the tutelage of the GFCC, developed into the expansive 
balancing framework. […] Scholars proposed an embryonic version 
of PA in the late eighteenth century, when they began to contemplate 
new forms of state interventionand, therefore, the prospect of regular 
conflict between public purposes and individual freedoms. 
German Basic 
Law; Formal 
Procedure; 
Antecedents 
p. 99 Leading legal and political thinkers sought to ground the legitimacy of 
police interventions on stable principles capable of mediating the 
conflict between private autonomy and the public good. […] 
Proportionality was given a central place in these early theories of the 
police power, as a standard governing the legality of state measures. 
Legitimacy; 
Private autonomy; 
Public good 
p. 100 Although jurists had thus already devised a proportionality test for the 
legitimacy of state intervention in private freedoms before 1800, it is 
important to note that PA was not yet being deployed as a constraint 
on state action. It would be many decades before the judicial review of 
administrative acts would appear in any of the German states. 
Proportionality 
test; Constraint on 
state action. 
p. 101 Throughout the nineteenth century, scholars continued to reiterate and 
refine proportionality-based standards for the exercise of police power, 
and these ideas were finally given agency with the establishments of 
administrative courts. 
Proportionality-
based standards 
p. 102 By the end of the nineteenth century, the principle of proportionality 
enjoyed a secure place in administrative law, both in judicial decisions 
and scholarly treatises. In the decades that followed, the activities of 
the regulatory state expanded, especially at the state level, and 
litigation of administrative acts increased, to which judges responded 
by applying a LRM test. As noted, judges initially seemed to regard 
proportionality primarily in LRM terms, but courts did not always 
distinguish between the various ways that administrative measures 
might be disproportionate. Over time, balancing was also 
contemplated and employed, but the practice was far from uniform. 
Administrative 
law; Balancing 
p. 103 Constitutional rights review proved to be more problematic. Although 
the constitutions of most German states did contain bills of rights in 
the later nineteenth century, courts did not enforce those rights as 
trumps against otherwise legal state action. 
Constitutional 
rights review 
p. 104 Drafted under the watchful gaze of occupying forces, the German 
Basic Law of 1949 established the Federal Republic as a new 
constitutional order grounded in a commitment to human rights 
enforceable as higher law. 
Commitment to 
human rights; 
Higher law 
p. 105 The Basic Law also created a constitutional court, the GFCC, and 
conferred upon it jurisdiction to defend those rights, in cooperation 
with the ordinary courts. The GFCC statute permitted individuals to 
bring claims of rights violations directly to the Court, and this route to 
judicial redress was itself constitutionalized in 1969 (Article 93 ß 4a). 
Immediately, jurists began arguing for the recognition of 
proportionality as a constitutional principle. […] In hindsight, one sees 
the hugely important role that legal scholars played in elevating 
proportionality to a constitutional principle. They refined the concepts 
that courts employed, and provided the rationales for proportionality’s 
expansion. 
Constitutional 
court; 
Proportionality; 
Constitutional 
principle 
p. 107 Proportionality, developed in an administrative law context now 
mirroring the state more broadly, provides a suitably high bar that 
lawmakers must clear before infringing individual rights, points 
harkening back to Svarez. From Svarez to Lerche, then, one finds a 
remarkable continuity in doctrinal commitment to developing a 
proportionality based account of rights. Though this commitment was 
undoubtedly important, the constitutional law of the Federal Republic 
High bar; 
Lawmakers 
would henceforth be fashioned primarily by constitutional judges, not 
by doctrinal authority. 
p. 108 By the close of the 1950s, the GFCC had elaborated the familiar multi-
stage framework. In the leading case, Apothekenurteil (1958), the 
Court distinguished the LRM test from balancing in the strict sense for 
the first time, as separate elements of the proportionality principle. 
Multi-stage 
framework; 
Separate elements 
p. 109 First, the Basic Law provided for constitutional rights of a particular 
structure, to which PA and balancing were perfectly suited (as argued 
in Parts II.C and II.D of this paper). Second, core elements of PA were 
native to Germany. All public law scholars and judges would be 
familiar with LRM testing; and all private law judges had experience 
with balancing, from the German Civil Code. […] Third, law 
professors were not only appointed to the Court, they also tended to 
dominate it intellectually. In the 1950s, law professors untainted by 
Nazi sympathies (and therefore appointable) would also have 
possessed far more prestige than any other high court judge. Perhaps 
most important, the new West Germany had firmly committed to 
protecting fundamental rights at the highest possible level, while the 
prestige of political parties and legislative authority was relatively low. 
Core elements; 
p. 110 Even a measure that is narrowly tailored to achieve a legitimate state 
purpose may nonetheless infringe more on an individual’s right than is 
tolerable, given existing constitutional commitments. In adding a 
balancing stage, the German Court avoided having to defend the 
superiority of a framework that ended with the LRM test. If the Court 
were to justify its move to PA today, we would argue, it would invoke 
these considerations: the priority of rights, given the recent Nazi past; 
the structure of rights, taking account of the modern welfare state and 
commitments to social democracy; and the rationality of the 
proportionality principle as a well-theorized general principle of law 
that “flows,” in Grimm’s words, “from the rule of law or the essence 
of fundamental rights,” and confers basic legitimacy on the system as 
a whole. 
Legitimate state 
purpose; 
Balancing stage; 
LRM test 
p. 111 The result has been the production of a relatively detailed set of 
proscriptions about how legislators and administrators should behave, 
if they wish to exercise their authority lawfully in virtually all 
important policy domains. In the shadow of proportionality review, 
and particularly balancing in the strict sense, German lawmakers 
engage in meaningful constitutional deliberation, and systematically 
so. Rights and balancing have also been crucial to the 
“constitutionalization” of the private law, initiated by the GFCC’s 
ruling in Luth (1958). 
 
p. 112 As subsequently developed, the Luth line of jurisprudence means that 
“all private law is directly subject to constitutional rights” - and 
therefore to balancing - radically enhancing the presence of 
constitutional rights, and the GFCC, in German private law. […] One 
finding deserves emphasis in advance. In each of the systems 
examined, judges adopted PA to deal with the most politically salient, 
and potentially controversial, issues to which they could expect to be 
exposed. 
Private law, 
Constitutional 
rights; Systems; 
p. 113 From a comparative law perspective, PA exhibits a viral quality, 
spreading relatively quickly from one jurisdiction to another. In post-
1989 Central and Eastern Europe, for example, virtually every 
constitutional court has adopted PA on the German model; most did so 
all but immediately, citing the case law of the GFCC and the European 
Court of Human Rights as authority. PA is also gaining ground in 
Central and South American legal systems, and citations of Alexy in 
law journals are on the rise. […] The Canadian Supreme Court adopted 
proportionality analysis in the mid-1980s as the technique for deciding 
rights claims under Canada’s Charter of Rights and Freedoms. 
Comparativelaw; 
PA; German 
model; Legal 
system 
p. 116 In an effort to forestall opposition from the provinces, which had 
blocked previous efforts in the 1970s, the proposed draft included a 
fairly permissive limitation clause. The government’s draft would 
recognize rights “subject only to such reasonable limits as are generally 
accepted in a free and democratic society with a parliamentary system 
of government.” […] In the new draft, reasonable limits on rights must 
be “prescribed by law” and capable of being “demonstrably justified” 
in a “free and democratic society.” 
Draft; Limitation 
clause 
p. 118 What is striking is that the Oakes Court made no reference to foreign 
antecedents of its proportionality analysis, and referenced no other 
authority. The formula presented in Oakes is so close to the German 
version of PA that we can presume the Court was familiar with German 
doctrine. The Canadian Supreme Court does not avoid citing foreign 
law on principle; indeed, discussions of foreign analogues are quite 
common. Oakes itself contains a detailed discussion of the 
presumption of innocence in the constitutional law of the United 
States. The silence here suggests that, rather than resting on a foreign 
pedigree, the court wishes to present proportionality as a reasoned and 
sensible approach to the particular problem posed by Charter rights. 
[…] proportionality has four elements underlines that the court is 
developing the framework of analysis through a process of reasoned 
argument. In any case, it did not take long for the proportionality 
framework developed in Oakes to be accepted as standard operating 
procedure in Charter litigation. 
Oakes; 
Proportionality 
analysis; Four 
elements; 
Proportionality 
framework 
p. 119 But judicial decisions tell only part of the story of proportionality’s 
impact in Canada. As in Germany, the Court’s Charter jurisprudence 
has induced significant changes “upstream,” requiring other 
government actors to consider proportionality as part of the legislative 
process. Oakes and related decisions have had, as Hiebert has shown, 
“an important influence on bureaucratic and political cultures, which 
became more receptive, or at least more resigned, to the importance of 
assessing proposed legislation from a Charter perspective.” Knowing 
that their actions will be subject to judicial review for conformity with 
the Charter, legislators have an incentive to consider the 
proportionality of their policymaking, and to build a record of their 
deliberations, in order to “Charter-proof” their policies. 
Judicial decisions; 
Legislative 
process 
p. 123 Some critics of PA in Canada have also suggested that the balancing 
step of PA has become irrelevant, and it is true that no statutes 
determined to satisfy the earlier steps of the analysis have been 
invalidated on grounds of “proportionality of effects,” to use the 
Balancing step; 
Irrelevant; Critics 
Canadian term. In 2007, however, the Supreme Court took pains to 
repudiate these critics, confirming that it considered balancing in the 
strict sense to be essential to rights review under the Charter […] 
p. 124 In New Zealand, where the main tenets of parliamentary sovereignty 
have been retained, judges nonetheless adopted PA, through the Oakes 
test. 
Adopted PA 
p. 125 The mid-1990s were years of rapid constitutional development for 
South Africa, and the constitutionalization of proportionality was 
among the major outcomes. 
South Africa; 
Constitutional 
development 
p. 126 The new Constitutional Court initially resisted applying PA to the 
limitation clause, but this resistance evaporated almost immediately. 
In State v. Zuma and Two Others, its first decision on the issue, the 
Court confronted a fact pattern similar to that of Oakes […] The Court 
overcame its resistance to PA in its very next decision on the limitation 
clause. Significantly, the justices of the newly-constituted Court spent 
a week in Germany visiting with the judges of the GFCC shortly before 
issuing the ruling. 
 
p. 127 Chaskaslon explicitly referenced foreign sources of authority for the 
move, discussing the role of PA in German, Canadian, and European 
law, noting differences and similarities with the South Africa context. 
He then turned to consider the death penalty’s proportionality. 
Foreign sources of 
authorit; Death 
penalty 
p. 128 Makwanyane’s approach was adopted in subsequent cases. Initially, 
proportionality was treated more as a pragmatic approach to applying 
the limitation clause than as an ineluctable principle of law. When 
South Africa adopted a permanent constitution in 1996, however, PA 
was elevated to the status of a constitutional principle. 
 
p. 130 In its development since the mid-1990s, “South African limitations 
jurisprudence has borrowed extensively from Canadian limitations 
jurisprudence.” However, PA does not take the exact same form in the 
two jurisdictions: in particular, the analysis in South Africa is not 
always conducted in a sequence of discrete steps. 
Limitations 
jurisprudence 
p. 131 In contrast to Canada, executive-branch domination of lawmaking in 
South Africa makes it difficult to assess the upstream impact of the 
Court’s proportionality jurisprudence on the legislative process. 
Executive-branch 
domination; 
Lawmaking 
p. 132 
- 133 
Israel is one of the four countries in the world today without a codified, 
entrenched constitution. The country nonetheless possesses a Supreme 
Court that became a powerful court when it began, in the 1980s, to 
inject rights and doctrines of judicial review into the higher law. In this 
same period, the Court was in the throes of developing a kind of 
indigenous, proto-proportionality doctrine. Once the use of PA in other 
legal systems came to its attention in the 1990s, the Court quickly 
adopted the standard, German-based framework. It then used PA both 
for determining when limitations on rights were permissible, and for 
judging the legality of administrative action. Today, arguably, the 
Israeli Supreme Court applies PA more consistently and rigorously 
than any other judicial body in the world. 
Judicial review; 
Higher law; 
p. 135 The decisive turning point for proportionality came in United Mizrachi 
Bank Ltd. v. Migdal Cooperative Village, 
Turning point 
p. 138 The judiciary is not the only branch of government to be affected by 
the constitutionalization of proportionality in Israel. According to 
 
Chief Justice Barak, “the executive branch has internalized the 
constitutional revolution.” All government legislation and 
administrative actions “are carefully evaluated to determine if they 
pass constitutional muster,” and the Attorney General and 
departmental legal advisers have inculcated the civil service in the 
framework of rights analysis. Chief Justice Barak also wrote that “the 
legislative branch takes the constitutional change seriously,” and 
“exercises great caution on this issue.” However, unlike in Canada, 
Israel’s Supreme Court continues to conduct its proportionality 
analysis de novo, without regard to the judgments of other branches 
regarding the constitutionality of their actions. 
p. 139 In each of the cases, PA is directly implicated in the processes and 
outcomes on which scholars typically focus when they argue about 
constitutionalization. The finding should not surprise. In each regime, 
a trustee court has been delegated the task of enforcing treaties, and 
these instruments possess, or have evolved to manifest, a now familiar 
structure. Core treaty values, such as a right of an individual or a state, 
are qualified by other important values, qualifications expressed in the 
form of derogations that states may claim in the public interest. In our 
view, a court that adjudicates conflicts arising from such a structure is 
a court operating

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