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1 ARTE NAS IMAGENS DO COTIDIANO 2 NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Gradu- ação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços edu- cacionais em nível superior. A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de co- nhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que cons- tituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publica- ção ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma con- fiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissi- onal e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 3 Sumário ARTE NAS IMAGENS DO COTIDIANO .......................................................................... 1 NOSSA HISTÓRIA ................................................................................................................... 2 1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 4 2. FORMAS DE MANIFESTAÇÕES ARTÍSTICAS QUE TÊM A VISÃO COMO PRINCIPAL FORMA DE APRECIAÇÃO ............................................................................... 6 2.1 ARTE NA EDUCAÇÃO ................................................................................................. 7 2.1.1 POSSIBILIDADES DE LEITURA DE IMAGEM ........................................................... 9 2.1.2 LEITURA DA OBRA OS RETIRANTES DE PORTINARI ................................... 15 3. LEITURA DE IMAGEM E INTERTEXTUALIDADE ................................................. 17 3.1 RELEITURA ................................................................................................................. 20 3.1.1 A ESCRITA DA ARTE ........................................................................................... 21 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................... 23 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 25 file:///C:/Users/sandr/OneDrive/Documentos/ELEABORAÇÃO%20E%20PLANEJAMNETO%20DE%20PROJETOS%20SOCIAIS/APOSTILA-REDES,%20ALIANÇAS%20E%20PARCERIAS.docx%23_Toc63518466 4 1. INTRODUÇÃO Artes visuais, são formas de arte que envolvem o desenho, a pintura, a fotografia, os vídeos e outras expressões que podem ser essencialmente vistas, sendo que uma característica comum entre todas elas é a representação do mundo real ou imaginário, visão, avaliação e apreensão. Existem várias formas de manifestar as artes através do sentido visual, o qual está diretamente ligado à percepção humana e o significado implícito que determinada obra de arte traz consigo. A arte cênica, por exemplo, possui a arte visual como um de seus componentes, uma vez que a maneira de identificar o que os atores estão fazendo e qual mensagem estão passando é através de sua linguagem visual, dos gestos, dos ambientes e dos cenários. Segundo Fusari e Ferraz (1993, p. 74) ...ver é também um exercício de construção perceptiva onde os elementos selecionados e o percurso visual podem ser educa- dos... através de ações planejadas para este fim. A educação do olhar é fundamental, 5 porque o olhar seleciona, associa, organiza, analisa, constrói, desconstrói e saboreia as imagens tanto as da arte quanto as do cotidiano, edificando o que Pillar (1995, p. 36) chama de conhecimento visual. Reforçando esta ideia temos o que nos fala Bar- bosa (1991, p. 20) que, ao educarmos as crianças para lerem as imagens produzidas por artistas, ...as estamos preparando para ler as imagens que as cercam em seu meio ambiente. Desta forma, pretende se uma educação estética, isto é, ensinar a ver, uma vez que o conhecimento da arte não se dá de forma espontânea e sim mediada, e, no caso em pauta, esta mediação se dá pela ação do professor e pelas interações que ocorrem na sala de aula e fora dela. Quanto mais alimentado de imagens da arte estiver o olhar, maior será a possibilidade de inferências, de criticidade e de sensibilidade nos demais relacionamentos da vida cotidiana. Para Parsons (1992, p. 21), que identificou estágios do desenvolvimento estético pelo qual todos passam, cada passo representa um avanço e é um degrau para compre- ensões mais apuradas. Onde cada indivíduo consegue chegar, ...depende da natu- reza das obras de arte com as quais entra em contato e do grau em que se vê esti- mulado a refletir sobre elas. Estudos recentes têm demonstrado que as crianças desde muito pequenas formulam hipóteses sobre as imagens da arte da tentativa de compreendê-las. As análises de Parsons (1992) permitem entender melhor o que as crianças pensam sobre a arte e deixam pistas de como podemos ajudá-las nesta leitura/conversa. Pode-se transpor esse processo para a leitura de uma imagem que não seja da arte. No mundo de hoje (contemporâneo), as linguagens artísticas estão mais ampliadas, difundindo-se e criando novas modalidades. Observa se que a arte se utiliza de vários meios para se manifestar. No ensino das artes os mais conhecidos são a pintura, a escultura e o desenho. As artes gráficas (gravura, tipografia e demais técnicas de impressão), a arquitetura, entre outras. A arte vai para além de formas tradicionais, pois ela faz uso do recurso de sua época, encontrando-se com os avanços tecnológi- cos, que pode ser visto inclusive nas artes gráficas (outdoors)... 6 2. FORMAS DE MANIFESTAÇÕES ARTÍSTICAS QUE TÊM A VI- SÃO COMO PRINCIPAL FORMA DE APRECIAÇÃO As artes visuais fazem parte de uma categoria da área artística que estabelece as várias formas de expressões visuais. As cores e as formas são principais elementos de apreciação das suas manifestações. A palavra visual é originária do latim visualis e significa exatamente ao que é relativo à visão. Por isso, as artes visuais se relacionam com a linguagem visual. O conceito de artes visuais surgiu após a Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945) jus- tamente para designar a percepção visual das formas de manifestações artísticas. Todos os trabalhos artísticos visuais possuem um valor estético e uma criatividade humana para serem consumidos através dos olhos. Por isso, as artes visuais ainda podem ser compreendidas como um conjunto de arte que pode representar o mundo real ou imaginário mediante a percepção da visão. 7 2.1 ARTE NA EDUCAÇÃO A educação serve para educar o homem, desenvolvê-lo socialmente para melhor con- viver com outras pessoas. A escola entra com a função de sistematizar o conheci- mento, possibilitando o aprendizado e a criação aos alunos, ampliando o saber atra- vés das trocas que ocorre de pessoa para pessoa, podendo vir em grupo ou individu- almente. Brandão (1995, p.43) aponta que “o pedagogo era o educador por cujas mãos a cri- ança grega atravessava os anos a caminho da escola, por caminhos da vida”. Para muitos professores, educação é apenas transmissão de conhecimento, quando deve- ria haver também a importância da procura de conhecimento e desenvolvimento de habilidades, já que as pessoas são diferentes umas das outras, tendo aptidõesdife- rentes, gostos diferenciados. Para Barbosa (2005, p.99) “A arte na educação, como expressão pessoal e como cultural, é um importante instrumento para a identificação cultural e o desenvolvimento individual”. No que se refere à identificação cultural e o desenvolvimento individual apreende-se quão importante ferramenta é a .arte educação. De acordo com (Bagno, 2002, p. 14) “Quem põe seu filho na escola espera que ela cumpra com seu papel mais importante que – ao contrário do que muita gente pensa, professores inclusive – não é apenas transmitir conteúdos, mas sim ensinar e aprender”. Os pais levam seus filhos à escola, para que eles aprendam as diferentes disciplinas escolares. Mas as escolas não são somente para transmitir conteúdo, elas deveriam ter como objetivos também o ensinar e aprender com ela. Ensinar a conviver social- mente, promovendo, por exemplo, trabalho em grupo, para que se possa viver em união, obtendo respeito uns com os outros. A criança passa uma boa parte de sua vida na escola, junto com os professores, local onde são orientados para a vida. Co- meça desde as séries iniciais e vão para o ensino médio, são poucas pessoas que continuam mais além, cursando um técnico, ou uma graduação. Esse processo, segundo Brandão (1995, p.64) aparece como sendo um “processo contínuo, que começa nas origens do ser humano e se estende até a morte”. Para o 8 autor acima estamos em constante aprendizado, sendo que nossa educação começa em casa e vai além da escola, pode ser vista em toda parte, a todo o momento esta- mos aprendendo, podemos estar trabalhando, viajando, brincando, que estaremos aprendendo sempre algo novo. Kant afirma que “o fim da educação é desenvolver em cada individuo toda a perfeição de que ele seja capaz” Kant (apud Brandão, 1995, p.63). De acordo com esses autores estamos sempre aperfeiçoando nossa educação, ou seja prendemos a cada momento de nossa existência. Para Bagno (2002, p.15), “Ensinar e aprender, não são apenas mostrar os caminhos, mas tam- bém orientar o aluno para que se desenvolva um olhar crítico que lhe permita desviar-se das bombas e reconhecer, em meio ao labirinto, as trilhas que conduzem as verdadeiras fontes de informação e conheci- mento”. Bagno (2002, p.15) O mundo é um conjunto de informações, podendo ser visto, por todos os lados, onde sempre vamos ter um contato, seja pela TV, rádio, jornais, cartazes, internet, outdoors, entre outros. O professor cria o caminho para que o aluno chegue sozinho as fontes de conhecimento que estão na sociedade. O professor tem como papel importante orientar seus alunos com o que acontece em volta. Em cada pessoa há uma aptidão para algo, e na escola contendo várias ramificações de ensino é mais fácil para o aluno saber o que gosta mais, com o que se identificou melhor, como, por exemplo, no ensino das artes, que é uma disciplina ampla, podendo diversificar muitos assuntos, como o da comunicação visual. A linguagem das artes gráficas dos outdoors juntamente com outras manifestações artísticas, é uma fonte de conteúdo e informações, sendo um recurso acessível para a maioria das pessoas, pelo fato de estarem a nossa volta, podendo ser vistos em prédios, estações, entre outros. Utilizando a comunicação visual dos outdoors em sala de aula, podemos ex- plorar junto com os alunos a história, sua técnica, sua relação com a sociedade, re- pensando o conceito de arte que os alunos têm, ampliando seu olhar que estão volta- dos na maioria das vezes na pintura, na escultura e no desenho. 9 O professor é um propositor, estreitando a relação do aluno com a educação, onde ele contribui com seus conhecimentos, na construção do que o aluno vai conquistando enquanto seu próprio conhecimento. O uso da comunicação visual dos outdoors em sala de aula, em específico nas aulas de arte, é defendido como algo produtivo e necessário, uma vez que o outdoor faz-se uma das linguagens da arte e, está próxima ao que o aluno vivência diariamente. O aluno acaba tendo um interesse no assunto, já que as imagens são um registro, e assim pode auxiliar o aluno a absorver informações contidas dentro daquela imagem a ser observada, ou mesmo refletir a partir do que ela não contempla. Pode se obser- var na imagem do outdoor os elementos básicos da linguagem visual, tais como, a linha, a textura, a cor, a luz, somando-se aqui sua poética e sua estética. 2.1.1 POSSIBILIDADES DE LEITURA DE IMAGEM Hoje vivemos na civilização da imagem, é a era da visualidade cultural visual, onde pode ser visto imagens por toda parte. As imagens contêm mensagens que podem influenciar mais do que textos. Influenciam-nos em nosso modo de vestir, de pensar, em nossa sociedade, o que é belo em nossas vidas, o que devemos consumir. O mundo está cercado de imagens, fazendo com que a educação em arte se torne mais necessário, para ajudar os estudantes a compreenderem e a adquirirem o conheci- mento que as imagens nos trazem. Para Rossi (2003, p.09), todo o aluno deve ter a oportunidade de interpretar os sím- bolos da arte, pois a dimensão estética é constituída do potencial humano. A maioria de informações que o aluno recebe chega através de imagens, algo produzido pela saturação de imagens. Ana Mae Barbosa (1999, p.14) diz que: A leitura de imagens na escola prepararia os alunos para a compreen- são da gramática visual de qualquer imagem, artística ou não, na aula de artes, ou no cotidiano, e que torna-los conscientes da produção hu- mana de alta qualidade é uma forma de prepara-los para compreender 10 e avaliar todo o tipo de imagem, conscientizando-os do que estão aprendendo com estas imagens. Ana Mae Barbosa (1999, p.14) Segundo a autora acima na atualidade todos os alunos devem ser preparados para compreender e avaliar as imagens. Para Rossi (2003, p.19) A leitura de imagem serve para denotar o processo que o leitor vive na relação com a obra/imagem, seja na interatividade, na pintura, no mu- seu ou na sala de aula, onde, atualmente, milhares de alunos estão a olhar para as reproduções de obras de arte que os professores estão trazendo para as atividades de leitura. Rossi (2003, p.19) Importante ressaltar, que milhares de alunos estão aprendo a ler as imagens trazidas pelo professores, por isso esse olhar deve ter significado para quem vive essa relação obra/imagem. A leitura dessas imagens é um meio para a conscientização de que somos os destinatários de mensagens que pretendem impor valores, ideias e com- portamentos que não escolhemos. Porém o importante que aconteça a atividade de leitura. Segundo Pillar (1999, p. 15), “ler uma imagem é perceber, compreender, interpretar a trama de cores, texturas, volumes, formas e linhas que constituem uma imagem”. Lei- tura de imagem é ler o mundo. E, neste mundo moderno, repleto de mensagens visu- ais, a leitura também envolve ler imagens. Na sociedade urbana, industrializada e tec- nológica, a leitura como processo, que requer uma metodologia e teoria próprias, não ocupa lugar de destaque nos currículos de formação de professores, muito além das fronteiras da alfabetização. A comunicação visual vem-se desenvolvendo, nossas vidas diárias são permeadas de imagens de todos os tipos e que as lemos constantemente – códigos textuais e gráficos, expressões fisionômicas, elementos da natureza. Portanto, o conceito de lei- tura é muito mais vasto do que o usualmente empregado no senso comum. Hoje, com as novas mídias e a produção de imagens, nossa realidade passa a ser construída através da representação de imagens e não de um objeto real. 11 Observa-se, portanto, a necessidade de criação de mecanismos para a leitura desses novos, múltiplos e poderosos códigos visuais que invadem espaços públicos e priva- dos, através da televisão,de jornais e revistas, do cinema e do computador, de ou- tdoor. Trevisan (2002, p. 73) “propõe cinco modalidades de metodologias de leitura de imagens, devido às múltiplas facetas existentes nesse processo”. O primeiro, leitura bibliográfico-intencional, presume um estudo da vida do autor e suas ideias estéticas, do ambiente em que viveu das categorias de sua produção e da relação artista-cliente. A seguir, a leitura cronológico-estilística baseia-se na influência do período histórico sobre os estilos de ver e interpretar do artista. Depois ele apre- senta a leitura formal, ainda muito conhecida no Brasil, fixa-se na análise da obra de arte em si, na sua estrutura e disposição da composição e dos elementos gráficos. Na sequência, a leitura iconográfica acrescenta à leitura formal, a leitura dos elementos expressivos e simbólicos intrínsecos – questões históricas, sociais, econômicas, polí- ticas, documentais – descrevendo e classificando as imagens. Finalmente, a iconologia ou iconografia interpretativa busca analisar a concepção de mundo refletida no objeto artístico, fundamentando-se em documentação política, poética, religiosa, filosófica e social, referencial de uma época ou local. Esquematiza, assim, a atitude do artista de representar ou de pensar sobre uma realidade. As ima- gens estão muito presentes em nosso dia-a-dia e são poderosas formas de comuni- cação e informação. Decifra-las, interpretá-las ou lê-las são necessidades fundamentais para qualquer tipo de atividade contemporânea. O ensino da arte no processo pedagógico amplia o mundo expressivo, cognitivo e perceptivo do aluno e as leituras de imagem nesse processo ampliam a habilidade de ver, julgar e interpretar uma imagem dentro de seu contexto histórico, social, político e cultural. A leitura é bem mais que decifrar palavras, é também conhecer os códigos que fazem parte do dia-a-dia, que estão presentes nos gestos, nas roupas, nos alimentos, nos sons, nas imagens. O domínio desses diferentes códigos permite que o indivíduo interprete a sua realidade, especialmente as informações visuais que são tão constantes nos livros, revistas, outdoors, internet, entre outras meios de comunicação. 12 Outdoor Em tempos atrás teve diferentes formas de se anunciar ao ar livre, tomamos como exemplo, as inscrições pré-históricas nas cavernas, os hieróglifos egípcios nas pare- des dos templos. O cartaz passou a existir com a impressão sobre o papel. De 1480 até 1820, o cartaz não era nada além de um texto tipográfico com uma vinheta. Em 1772, era tão grande a proliferação da propaganda que a profissão de colador foi re- gulamentada. Em 28 de julho de 1791, o governo francês determinou que a impressão em preto e branco fosse exclusiva para mensagens oficiais. Em 1793, o austríaco Alois Senefelder inventou a litografia, aperfeiçoando a impressão dos cartazes, le- vando ao desenvolvimento com mais rapidez. O pintor Jules Cheret foi o autor do primeiro desenho litográfico a cores: “Orphée aus Enfers, de 1858”. Arte e propaganda se uniram para transformar as ruas em galeria a céu aberto, fa- zendo com que as pessoas tivessem um acesso maior à arte. Outdoor, um dos primeiros meios publicitários utilizados pelo homem para divulgar produtos, serviços, ideias e etc. Em São Paulo foi instalada a primeira empresa que produzia outdoor no Brasil, a qual chama Publix, cuja continua em atividade. Em tem- pos atrás, quase tudo era artesanal, os anúncios eram pintados à mão, diretamente na chapa de impressão, cor por cor, chapa por chapa, por desenhistas especializados 13 conhecidos como decoradores, levando ao desenvolvimento de escolas de letristas e ilustradores de cartazes. Outdoor é o nome dado a um meio de comunicação publicitário exterior, colocados em placas, em locais de fácil visibilidade, como à beira de rodovias ou no alto de edifícios nas cidades. O outdoor faz parte da paisagem urbana das cidades, do coti- diano das pessoas, independente de sexo, classe social ou faixa etária, levando liber- dade criativa e versátil para a comunicação visual, destacando-se pelo o impacto que causa visualmente. Raramente alguém irá parar, mesmo que por alguns instantes, em frente a um outdoor só para vê-lo. Ao trazer a realidade dos alunos os aspectos da cultura visual, é fundamental procurar desenvolver de forma crítica, dando-lhes munição e embasamentos para suas leituras e interpretações. Ana Mae Barbosa vem incorporando suas ideias no ensino da arte desde a década de oitenta através da metodologia triangular, que é a articulação entre a produção, a leitura e a contextualização da imagens. De acordo com Barbosa (2007, p.34) “Temos que alfabetizar para a leitura da imagem. Através da leitura das obras de artes plásticas estaremos preparando a criança para a decodificação da gramática visual, da imagem fixa e, através da leitura 14 do cinema e da televisão a preparamos para aprender a gramatica da imagem em movimento”. Barbosa (2007, p.34) Embora existam diversas formas de se interpretar uma imagem, nenhuma delas é suficiente, para chegarem a uma interpretação mais abrangente, todas poderão com- binar-se para se complementarem. Cabe ao professor uma verdadeira educação es- tética através de um método adequado inter-relacionando o contexto cultural com a realidade do seu leitor. Cada vez que se lê uma imagem o processo de interpretação reabre-se, mesmo aquilo que se conservou da primeira interpretação é mudado em função do novo contexto, possibilitando novas interpretações. E também avaliar a imagem, que é uma reflexão baseada na bagagem cultural do leitor, que é o confronto da obra tal como é com a obra como ela própria queria ser indicando o seu valor artístico. Feldman (citado por Barbosa, 1991, p. 20), aponta quatro estágios a serem seguidos para a leitura da imagem que são distintos, mas interligados entre si e não ocorrem necessariamente nessa ordem. São eles: ...descrição, análise, interpretação e julga- mento. A descrição se refere a prestar atenção ao que se vê e, a partir da observação, listar apenas o que está evidente, como, por exemplo, tipos de linhas e formas utiliza- das pelo autor, cores, elementos e de mais propriedades da obra. Nesta etapa identi- fica-se, também, o título da obra, o artista que a fez, lugar, época, material utilizado, técnica, estilo ou sistema de representação, se figurativo ou abstrato etc. A análise diz respeito ao comportamento dos elementos entre si, como se influenciam e se relacionam. Por exemplo, os espaços, os volumes, as cores, as texturas e a disposição na obra criam contrastes, semelhanças e combinações diferentes que neste momento serão analisadas. O estágio da interpretação é dos mais gratificantes, pois é quando procuramos dar sentido ao que se observou, tentando identificar sen- sações e sentimentos experimentados, buscando estabelecer relações entre a ima- gem e a realidade no sentido de apropriar-se da primeira. No quarto estágio, o do julgamento, emitimos um juízo de valor a respeito da qualidade de uma imagem, decidindo se ela merece ou não atenção. Nesta etapa as opiniões são muito divergentes, pois algumas obras têm um significado especial para algumas pessoas e nenhum valor para outras. Mas é senso comum que um bom trabalho é o 15 que tem o poder de encantar muitas pessoas por um longo tempo. Feldman (citado por Barbosa, 1991, p. 44) sugere ainda que as leituras sejam comparativas entre duas ou mais obras, a fim de que se evidenciem as semelhanças e diferenças, possibili- tando analogias e aprendizagens mais enriquecedoras. Outros autores também realizaram interessantes estudos sobre maneiras de aproxi- mar as artes visuais de crianças e jovens como, por exemplo, Saunders, Ott, Briére, Hauser, Ragans, presentes no livro deBarbosa (1991). No entanto, todos, de uma forma ou outra, se valem dos estágios propostos por Feldman. Para explicar melhor as ideias colocadas, vamos fazer um exercício de leitura de imagem tomando como ponto de partida a obra Os retirantes de Cândido Portinari, datada de 1944 2.1.2 LEITURA DA OBRA OS RETIRANTES DE PORTI- NARI 16 Descrição: nesta fase, no ensino fundamental, cabe ao professor direcionar as inda- gações sobre a obra no sentido de que os alunos identifiquem seus elementos. É através de alguns mecanismos que entenderá melhor o que está percebendo. Aqui estão sugestões de algumas perguntas que poderão ser feitas para iniciar o diálogo com a obra ou o objeto: O que você está vendo nesta imagem? Quantas pessoas aí estão? Que outros elementos? Existem linhas nesta imagem? Como são? Lisas, grossas, retas, quebradas, onduladas? Que cores você vê? São claras, escuras, esfumaçadas? Que texturas podem ser apontadas? Nas roupas, no corpo ou no rosto, no céu, no chão. Que efeitos o artista conseguiu? Ainda entrarão nesta fase as questões relativas ao contexto histórico da obra e o que já foi anteriormente referido. Análise: aqui também se poderá aguçar o olhar do aluno através das perguntas: Você identifica movimento na obra? Há uma figura central? Há algum elemento que dá equilíbrio? omo é o tratamento da cor em relação às formas? Tem contraste? Tem volume? Como é o fundo? Interpretação: nesta fase, geralmente, tanto crianças quanto adultos falam com mais desenvoltura porque podem dar asas à imaginação e conversar com a obra sem medo do erro e do receio de não entendê-la. Mesmo assim, perguntas como as da sequência são bem-vindas: Que sentimentos Os retirantes motivaram? A realidade expressa na obra é a mesma de hoje? Se Portinari fosse vivo será que pintaria o mesmo tema? Que semelhanças e diferenças é possível identificar no ontem da obra e o hoje? 17 O que poderíamos fazer para mudar a situação atual? A arte pode ajudar? Julgamento: neste estágio é interessante dialogar sobre: Você acha que esta obra é importante. Por quê? Porque Portinari a pintou? Para quê? Porque as pessoas querem ter obras de arte? Elas são importantes? Que outras obras ou objetos você conhece que têm algo semelhante com a obra de Portinari? Outras tantas indagações poderíamos fazer com o objetivo de aproximar arte e aluno com o intuito de desenvolver o espírito crítico, próprio de um apreciador consciente que se vale desse aprendizado para direcionar, humanizar e qualificar suas escolas estéticas. Ainda é pertinente ressaltar que o contato com a arte tem a função de levar a criança a pensar sobre a sua realidade social e em que ela pode ser modificada ou acrescida a partir desse estudo. É preciso atentar também que as perguntas indicadas não podem se tornar um clichê. São apenas um caminho, entre outros, para estimular a leitura do texto pictórico. 3. LEITURA DE IMAGEM E INTERTEXTUALIDADE É na inter-relação do indivíduo com os objetos que se dá a organização de um sistema de imagens visuais/mentais que, gradualmente, conduzem a percepções cada vez mais complexas e sutis, permitindo não só a compreensão dos conhecimentos ine- rentes à arte, mas, principalmente, a produção de conhecimento em arte. Consequen- temente, o estímulo à leitura das imagens é fundamental para que alcancemos esta meta e passemos a perceber o que muitas vezes se esconde a um olhar desatento. Paul Klee, artista plástico suíço, dizia que a arte não reproduz o visível, torna visível, e é nesta possibilidade subjacente de se revelar, de se construir ao nosso olhar, de apontar novos significados, que está uma das importâncias da leitura das imagens para o processo de alfabetização estética. Aprender a ler os códigos do sistema de 18 representação das artes visuais é tão importante quanto o entendimento dos sistemas numéricos e de escrita. É preciso levar em conta que as obras de arte nos remetem, muitas vezes, a objetos já vistos, a formas ou fatos do cotidiano e passamos a identificar aspectos comuns entre os mesmos. Essas nuanças podem passar despercebidas a um olhar desacos- tumado. No entanto, um olhar educado para ver ...um sensível olhar pensante..., SE- GUNDO Martins (1992, p. 15), perceberá as semelhanças e diferenças, fará analo- gias, e, por conseqüência, identificará as inter-relações, isto é, o intertexto. A intertex- tualidade é ...um espaço de reescrita..., segundo Peñuela Canizal (1993, p. 77), com- posto de signos icônicos (imagens) que sugerem objetos da realidade e/ou por signos plásticos que apresentam semelhanças nas formas, texturas, cores e outros elemen- tos. Etimologicamente intertextualidade que dizer o que habita dois textos, implícita e ex- plicitamente. Por exemplo, observemos as imagens a seguir. Entre Pietá de Michelan- gelo, de 1498, e a capa da revista Isto É, há semelhança explícita evidenciada tanto no tema quanto na estrutura das imagens, embora a época, as intenções e o sistema de representação sejam distintos. 19 Outros tantos exemplos poderíamos citar, mas o que é fundamental neste caso, é a possibilidade de educar o olhar para a investigação do intertexto, uma vez que no 20 entrelaçamento de várias imagens cultiva se a agilidade visual e o malabarismo inte- lectual. Ao valorizar o intertexto, o professor, ao invés de oferecer uma só imagem para leitura, irá estimular a manipulação de várias imagens ao mesmo tempo. Assim serão pesquisados jornais, revistas, catálogos, TV, vídeo, os multimeios, o computador, os objetos do cotidiano e os recursos contemporâneos onde as interfaces de cada discurso poderão ser descobertas e confrontadas com a arte, criando novos significados para o aluno. É preciso ter presente, no entanto, que estas interfaces não estão postas, mas sim se constroem ao olhar do observador, em decorrência das duas experiências e dos seus repertórios. Por esse motivo, a leitura da imagem aliando o método comparativo de análise de arte de arte de Feldman (anteriormente citado por Barbosa, 1991), ao intertexto contribui para dinamizar a ação pedagógica, pois se sin- toniza com uma postura constante, tanto de alunos quanto de professores, de garim- pagem das imagens. Tal qual garimpeiros, a cada imagem que se correlaciona, des- frutam com o grupo do brilho e da beleza do seu achado. 3.1 RELEITURA Derivada à leitura de imagem surgiu o termo releitura, que se refere ao processo de produção por parte do aluno de um trabalho prático, envolvendo as variadas técnicas das artes visuais ou mesmo de outras áreas do conhecimento, como a música, o teatro ou a dança. Se rele é ler novamente, é reinterpretar, reelaborar, redefinir, então a releitura é criar novos significados. Não é, pois uma cópia, mas sim criação com base em um texto visual que serve como referência com o intuito de uma aproximação maior com a obra. A leitura de imagem não precisa necessariamente resultar em releitura. É, na verdade, um recurso a mais para tornar atraente o ensino da arte e desenvolver habilidades para a compreensão da gramática visual. Tomando com exemplo a imagem estudada, Os retirantes, é possível que o aluno, ao ser estimulado a expressar seus sentimentos em relação à obra, o faça expondo uma situação pessoal como desenhando sua pró- pria família. 21 Poderá também inventar uma cena com a mesma temática ou, ainda, criar persona- gens de papelão de tamanho natural que poderão dialogar entre si sobre os problemas da migração, da divisão e posse de terras, entre outros assuntos que um professor habilidoso poderá levantar para instigar discussões multidisciplinares que levem o aluno a refletirsobre sua realidade e a realidade de outros povos, semelhanças e diferenças e o que isto pode servir para sua vida. 3.1.1 A ESCRITA DA ARTE Conforme Buoro (1996), a arte reapresenta o mundo, o indivíduo e as práticas sociais, segundo uma forma particular e subjetiva. Ao reapresentar as ideias, o indivíduo o faz por meio de uma simbologia muito pessoal e que caracteriza as diferentes linguagens artísticas: ora nos valemos dos símbolos linguísticos, ora dos códigos corporais, ora dos musicais ou plásticos. Este procedimento não é apenas apresentar ou comunicar ideias e sentimentos, mas expressa-los aliando o real e o imaginário, a razão e a emoção, perpassados pelo que de mais refinado habita em nós: nossa capacidade de criar e sonhar e, com isso, elaborar conhecimentos que nos humanizam. 22 Na infância que se desenvolvem as construções simbólicas que permitem o trânsito entre o real e o imaginário e asseguram a compreensão de que as produções pessoais são fonte de domínio e saber sobre a escrita diferenciada da arte e fonte de prazer pelo envolvimento afetivo que proporcionam. Ao privilegiar o percurso criativo do aluno estaremos desestimulando os modelos prontos para colorir, as folhas mimeografadas ou xerocadas e as imagens estereotipadas que empobrecem a manifestação simbó- lica da criança rumo ao desenvolvimento de sua identidade como sujeito capaz de criar/recriar, participar/transformar. É neste fazer/refazer que está a alfabetização na linguagem dos elementos que cons- tituem as produções artísticas, tais como, as formas, linhas, cores, texturas, volume, movimento, equilíbrio, etc. que fazem parte dos códigos da escrita plástica e que pre- cisam ser explorados pela criança para que possa usá-los, compreendê-los e trans- formá-los, enriquecendo assim suas vivências. Este fazer criativo que chamamos de alfabetização artística, abrange as técnicas de compor, desenhar, pintar, modelar em argila, a escultura, a gravura (xilogravura, info- gravura etc.), as instalações e tantas outras manifestações. É fundamental que o ensino das artes visuais contemple aspectos relacionados com o fazer artístico dos alunos, suas técnicas e procedimentos, a apreciação da arte en- tendida como leitura das imagens e a contextualização histórica que situa a obra em seu tempo e espaço e costura as ligações com o cotidiano. Além desses, a pluralidade cultural, a preservação patrimonial, usos e costumes, folclore, artesanato, festas po- pulares, rituais familiares e outras manifestações enriquecem o currículo escolar. Portando pretende-se promover uma educação abrangente, interativa, vinculada ao coletivo e emancipatória no sentido de contribuir para repensar sua realidade. Assim, as aprendizagens em arte ocorrerão não só na sala de aula, mas em museus, expo- sições, oficinas e lojas de artesanato, no contato com artistas da região e familiares ou conhecidos dos alunos que executem um ofício ligado à arte, seja popular ou de- corativa e que possam dar depoimentos e mostrar seus trabalhos na escola. Desta forma, será mais fácil para o aluno o entendimento de que arte é um trabalho como tantos outros e não um passatempo, ainda que se possa entender a arte como 23 um passatempo produtivo. Por fim, é preciso entender que todos nós, professores de qualquer área do conhecimento, somos responsáveis pela educação estética de nos- sos alunos, tanto pelo que oferecemos de imagens estereotipadas de qualidade duvi- dosa quanto pelo que aceitamos de trabalhos infantis despersonalizados ou, ainda, por nos omitirmos daquilo que deveríamos fazer e não fazemos. Conhecer a arte, tanto local quanto universal, e expressar-se através da arte é um direito de toda cri- ança. É necessário que a escola, como local privilegiado onde deve ser exercido o princípio democrático de acesso à informação e formação de todas as classes sociais, compre- enda que a arte é prática social que, no fazer, faz também cultura e história. CONSIDERAÇÕES FINAIS As perspectivas sobre comunicação visual discutidas, iluminam alguns aspectos do ensino e do aprendizado da cultura visual. Professores é a ligação do conhecimento e alunos são aprendizes em busca dos significados. Os alunos aprendem dentro e fora das salas de aula, por meios populares da cultura visual. O professor deve pro- curar utilizar os meios da mídia, para ampliar o conhecimento e a imaginação dos alunos, pelos diversos meios de comunicação visual. Os meios de comunicação visual não apresentam o mundo real, mas ao mesmo tempo tem a capacidade de ligar o mundo com nós mesmos, levando-nos ao passado, ao dia-a-dia, a cultura, aos desejos. O mundo que nos é apresentado vem de um ponto de vista que devemos decodificar, para compreendermos, os diversos elementos que constroem a comunicação entre a imagem e o observador. Durante o tempo que o aluno vive com a escola, ele vai ampliando seus conhecimentos. Os professores de arte utilizam-se na maioria das vezes de imagens como material para ilustrar suas aulas, para melhor aguçar o olhar do aluno, fazendo com que ele entenda melhor o que o professor quer passar a eles. 24 O desinteresse que alguns alunos têm pela arte está na relação ao meio com que o professor transmite aos alunos. Os alunos ao fazer uma atividade proposta pelo pro- fessor, na maioria das vezes não sabem qual é o verdadeiro objetivo daquela ativi- dade, o porquê de estar fazendo, levando muitas vezes a uma desconsideração pelas aulas de artes. O verdadeiro significado de se trabalhar com comunicação visual nas aulas de arte, é o de que o aluno produza, faça, refaça, relacione, amplie sua percepção sobre o que há ao seu redor e sua visão do mundo, isso contribui diretamente na avaliação do professor. É necessário criar um novo olhar, um fazer diferente, uma nova reflexão para que os alunos ampliem sua visão sobre a arte. Cabe aos professores de arte, lutar para desenvolver uma visão crítica das imagens, fazendo com que os alunos sintam interesse ao apreciar as imagens, lhes oferecendo oportunidades para o seu desenvolvimento e o pensamento crítico e construtivo. É importante oferecer aos alunos diferentes linguagens artísticas, para que ele possa vivenciar diferentes meios de se obter o gosto pela arte, não se utilizando somente dos desenhos, o que normalmente, é visto dentro das salas de aula. Durante meu estágio, e com os comentários dos alunos pude compreender que a comunicação das imagens não é passada aos alunos como linguagem artística. E o que fica neste momento, é que sempre é possível buscarmos novas possibilidades quando falamos de arte, e compreendemos a comunicação das imagens como uma linguagem da arte, seria difícil suprir o problema aqui levantado, qual seja: “é possível utilizar com alunos os outdoors, veículos de comunicação visual que comportam sig- nos e símbolos, como uma das linguagens artísticas em sala de aula”. Com um sim- ples sim, o desafio é: a busca de novas experiências. 25 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARBOSA, Ana Mae. A imagem no ensino da arte. São Paulo: Perspectiva, 1991. BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Parâmetros Curriculares nacionais para o ensino de arte. Brasília, 1996. BARBOSA, Ana Mae Tavares Bastos. Arte/educação contemporânea: consonâncias internacionais. São Paulo: Cortez, 2005. 432 p. ___________________. Arte-educação: Leitura no subsolo. 2 ed. São Paulo: Ed. Cor- tez, 1999. 199 p. BARBOSA, Ana Mae. A Imagem no Ensino da Arte. São Paulo, Perspectiva, 2007. BUORO, Anamélia. O olhar em construção. São Paulo: Cortez, 1996. FELDMAN, E. In: BARBOSA, Ana Mae. A imagem no ensino da arte. São Paulo: Pers- pectiva, 1991. FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler em três artigos que se completam. São Paulo:Cortez, 1992. FUSARI, Maria F; FERRAZ, Maria H. Metodologia do ensino da arte. São Paulo: Cor- tez, 1996. MARTINS, Maria H. O que é leitura. 10 ed. São Paulo: Brasiliense, 1988. MARTINS, Miriam C. Aprendiz da arte: trilhas do sensível olhar pensante. São Paulo: Espaço Pedagógico, 1992. PARSONS, Michael. Compreender a arte. Lisboa: Presença, 1992. PEÑUELA CANIZAL, Eduardo. A metáfora da intertextualidade. In: BARBOSA, Ana Mae (org.) Ensino das artes nas universidades. São Paulo: EDUSP, 1993. PILLAR, Analice. Desenho e construção de conhecimento na criança. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995
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