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CRISE CONVULSIVA NA PEDIATRIA

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CRISE CONVULSIVA E CONVULSÃO FEBRIL
EMERGÊNCIA!!
ESTADO DE MAL EPILÉPITICO: Crises > 30 min ou crises reentrantes em 30 minutos, sem recuperação da consciência.
Recomendações recentes: crise > 5 min, pois já tem uma chance maior de persistência e complicações da crise.
Então: todo paciente que chega no PS ainda convulsionando é manejado como mal epilépitico!!!
· PRIMEIRAS MEDIDAS:
Sala de emergência
Oxigênio – fluxo alto 2-3 L/min, máscara não reinalante
Monitorizar
Acesso venoso
Glicemia capilar – tem consumo de glicose/ a hipoglicemia piora o estado neurológico.
1ª linhas: BENZODIAZEPÍNICOS – Midazolam, diazepam
· TRATAMENTO:
1. Benzodiazepínico: pode repetir até 3x
Preferencialmente EV, se não conseguir pode fazer diazepam via retal, ou midazolam intramuscular, via nasal, bucal.
2. SE não melhorou: medicamentos de 2ª linha – FENITOÍNA, FENOBARBITAL, AC. VALPROICO
Dose de ataque e pode repetir com dose de manutenção (2 doses)
3. Estado de mal epiléptico refratário: IOT/ UTI
Drogas de infusão contínua (MIDAZOLAN, TIOPENTAL, PROPOFOL)
Alta morbimortalidade
· EXAMES:
De acordo com a história clínica
Líquor: 
· Crises neonatais
· Irritação meníngea
· Toxemia
· Pós ictal prolongado
· Persistência de alt. do nível de consciência
ATENÇÃO: Sempre que nos depararmos com uma criança menor de 5 anos apresentando crise convulsiva associada a febre, temos que pensar em três principais hipóteses: 
1) crise sintomática por meningoencefalite viral/bacteriana; 
2) crise febril, associada processo infeccioso extracraniano 
3) primeira crise convulsiva de uma epilepsia crônica futura.
Exame de neuroimagem:
· História do trauma
· Doença neurológica
· Dilatação ventricular
· Crises focais
· HIC – antes de colher líquor, risco de herniação
· Comorbidades 
CONVULSÃO FEBRIL
Epidemiologia:
· Benigna
· > 1 mês. Mas principalmente de 6 meses a 5 anos. Pico: 14-18 meses.
· Sem antecedentes patológicos (nem de crises convulsivas neonatais e nem de crise na ausência de febre e nem doenças de base).
Por conta de uma doença febril aguda, sem ser infecção do SNC e sem distúrbio metabólico.
Patogênese:
Imaturidade do SNC – mais suscetível
Herança familiar – 3-4x maior
Início de uma doença febril aguda (geralmente viral, IVAS, ou exantema súbito)
Quadro Clínico:
A febril-complexa ocorre em menos de 20% dos casos.
Fatores de risco:
· Recorrência: 30%.
Crise febril complexa, temperatura baixa na crise, < 1 ano, sexo masculino e hist.. familiar
· Epilepsia: Crise febril complexa, recorrente, atraso do DNPM, doença neurológica, antecedente familiar
- avaliação do neuropediatra!!
A maior probabilidade sempre é que não apresente nenhuma recorrência!
Investigação:
· Exames complementares: pesquisar o foco da febre.
Não fazer de rotina: coleta de líquor, imagem, eletroencefalograma.
Quando solicitar imagem? Doença neurológica, crise convulsiva focal ou achados focais no pós ictal e alteração do nível de consciência.
Quando pedir líquor? Apenas se suspeita de infecção do SNC.
· Sinais meníngeos
· Abaulamento de fontanela
· < 6 meses
· Vacinação incompleta (Heamophilos, pneumococo, meningococo)
Tratamento:
 - manejo de crise convulsiva.
- muitas vezes não chegam mais convulsionando no PS (<15 min), chega quando é complexa.
- orientações para os familiares (prognóstico BOM, existe 30% de chance de recorrer, colocar a criança em um lugar seguro, não puxar língua, nada disso; antitérmico, se febre – 37.8º)
- profilaxia secundária 
 Indicada: em crise febril complexa, FR de recorrência, FR de epilepsia.
Estratégias: 
· Uso contínuo de FENOBARBITAL ou ÁC. VALPROICO ou
· Uso intermitente de BENZODIAZEPÍNICOS (começa quando inicia uma doença febril aguda, mantendo até 24h da última febre.
Quando internar o paciente??
· Diante de uma crise febril simples, em criança previamente hígida e que não apresente sinais de febre ou toxemia que justifiquem o tratamento do quadro febril a nível hospitalar, podemos seguramente dar alta.
· Interna quando complexa (> 1 crise em 24h) para observação, se tiver especialista no local, faz uma avaliação (não obrigatório).
A convulsão febril é toda convulsão que ocorre em vigência de doença infecciosa febril (excluindo-se as infecções do SNC, como meningites e encefalite e os desequilíbrios hidroeletrolíticos), com temperatura maior ou igual a 38ºC (embora a elevação da temperatura possa ocorrer somente após a crise). As principais características de uma crise febril simples ou típica são: faixa etária de 6 meses a 5 anos; crise do tipo tônico-clônica generalizada; duração inferior a 15 minutos; sonolência breve no período pós-ictal e crise única em 24 horas. A criança do caso clínico não se enquadra nessas condições visto que apresenta crise localizada com duração maior que 15 minutos e sinais de acometimento do sistema nervoso central.

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