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CRM NA AVIAÇÃO Klércio Barbosa de Arruda 01377774 Ciências Aeronáuticas – Campus João Pessoa Pesquisas da Federal Aviation Administration – FAA, revelaram que mais de 70% dos acidentes aeronáuticos ocorridos, tiveram a contribuição do Fator Humano, corroborando mais, outra pesquisa com comandantes em meados dos anos 80 relatou a dificuldade dos mesmos em desenvolver a liderança, coordenação de cabine e comunicação, apesar do excelente nível de desempenho técnico apresentado por esses. Diante de fatos como mencionados, para elevar a eficiência dos comandantes, inseriu-se a proposta de implantar um treinamento para o Gerenciamento de Recursos de Cabine, o CRM (Crew Resource Management), abordando o uso de recursos humanos e materiais, que estimulariam o desenvolvimento de novas ideias e comportamentos, do colaborador e a organização até a mais alta direção. No Brasil, o conceito CRM iniciou com a Varig em 1990. A partir do ano 2000, o CENIPA passou a desenvolver e implantar o treinamento que efetivou-se nas Instruções de Aviação Civil (IAC), desde então tornou o treinamento obrigatório no âmbito Equipe: tripulantes e de cabine, despachantes operacionais de voo e de terra, pessoal de rampa, manutenção, pessoal de checkin/check-out, administrativo, direção, controladores e outros segmentos. A implantação do CRM na Gol Linhas Aéreas, por exemplo, foi dividida em três fases. A inicial (Formatação do Treinamento), organizado com tripulantes, realizando reuniões semanais dentro do período de dois anos. Durante o treinamento, houve a necessidade de enfatizar a cultura organizacional, comunicação e relacionamento interpessoal a fim de medir a percepção de segurança, clima organizacional e a qualidade do trabalho em equipe. Na fase intermediária realizou-se curso de formação, treinamento e workshop mensal. Na fase final (Implantação e Desenvolvimento), passaram a discutir avaliações de para a melhoria contínua do treinamento. Tais dados foram arquivados em planilhas a partir de janeiro de 2009, contendo resultados quantitativos e qualitativos. Assim, foram criados ambientes dedicados ao CRM-Corporate e realizados exercícios, tornando possível avaliar o desempenho do profissional em situações adversas. Foi comprovado que o CRM tem contribuído para redução de acidentes por fatores humanos, custos, planejamentos de julgamentos deficientes, pousos com aproximação não estabilizada, CFIT (Colisões com o Solo em Voo Controlado), dentre outros.