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Resenha do livro” Segundo Tratado sobre o Governo Civil” de John Locke. Acadêmico: Wysner Crispim da Silva Turma X-RI UFGD I) No primeiro capitulo ele disserte sobre a obra de Sir Robert Filmer, apontando os erros cometidos por ele. Diz como o povo é colocado como escravo desde quando nascem, e precisam servir dessa maneira aqueles que nasceram para governar. O povo comum nasce escravos/subjugados por um príncipe que tem liberdade absoluta sobre tudo e todos. Para ele, os soberanos não tinham autoridade para usar os meios que um estado/principado possui, para se aproveitar do povo. O poder político é utilizado pelo soberano para criar leis, aplicando punições que são julgadas adequadas para determinada negligencia, leis que devem ser cumpridas e aplicadas corretamente, tudo isso visando o bem público. II) O estado de natureza implica na liberdade que os homens possuem, sem subordinação ou regra, todos são livres e iguais uns aos outros e qualquer homem teria a faculdade de punir quem fizesse alguma negligencia, todos são juízes de suas causas. O Governo Civil surge como um mediador que contém as injustiças que o estado de natureza traria se todos julgassem uns aos outros. III) No estado de natureza, para Locke, os homens não estão em constante estado de guerra. Esse estado conflituoso aparece em situações de confronto, em que um homem infligi a liberdade individual de outro, prejudicando-o de alguma forma. E aquele que tenta ter mais poder que outro usando um meio ilegítimo precisa ser punido, e se o homem se ver numa situação perigosa ele pode ser seu próprio juiz e se defender protegendo sua integridade e punindo aquele que feriu sua liberdade, acabando esse uso de força, o estado de guerra também acaba. IV) A liberdade do homem é superior a qualquer coisa, e deve ser preservada por leis que dê direitos a ele de ser independente de qualquer instituição ou pessoa, o homem não pode ser escravizado, nem tirar sua própria vida, mesmo com consentimento. “Esta é a perfeita condição da escravidão, que nada mais é que o estado de guerra continuado entre um conquistador legítimo e seu prisioneiro.” V) A razão natural é a sua subsistência, tudo que o homem precisa para se manter vivo. A propriedade é tudo que o homem adquire com o uso do seu trabalho, tudo que é feito por ele, que se torna seu como um direito privado. A propriedade é uma extensão do trabalho, que difere bem comum de bem privado, todo trabalho que o homem acrescenta em determinada coisa natural se torna sua propriedade. VII) A sociedade política ou civil se baseia no consentimento do homem em abrir mão do seu estado natural, tornando sua liberdade individual em uma comunidade socialmente harmoniosa, em que os homens se unem para instituir regras e punir infratores que não seguem essas leis. Locke diz que a monarquia é pior que o estado de natureza, já que não existe igualdade e o soberano consegue o poder sem consentimento do povo. VIII) Todos os homens são livres, iguais e independentes e não podem ser obrigados a viver diante de um governo que eles não aceitam, determinado tipo de governança só deve ser instituído se as pessoas que moram em certa região concordarem com esse tipo de governo. XI) O homem tem total direito de aproveitar suas propriedades e viver em segurança, e para que isso aconteça o poder legislativo deve estar numa sociedade com a função de fazer justiça e decidir os direitos do cidadão e preservar esses direitos. XII) Locke cita os três poderes judiciários e como eles devem ser usados, o poder legislativo como já mencionado deve formular as leis e suas punições para garantir o bem dos cidadãos. O poder executivo desempenhara a função de executar essas leis, coloca-las em pratica. O poder federativo tem como função administrar os interesses internos e do interesse público dos cidadãos, sendo executado pelo soberano e não por subordinados. XIX) A dissolução do governo pode ser iniciada com fatores externos e internos, que resulta na dissolução não só do governo, mas da sociedade também que não é capaz de se sustentar. A introdução de novas leis sem consentimento da sociedade, estabelecendo um novo poder legislativo, e mudanças no sistema de eleição e eleitores também são é uma dissolução do governo.
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