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TCC Teologia - Faculdade Teológica Ibetel

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CENTRO EDUCACIONAL IBETEL
BACHAREL EM TEOLOGIA
NOVOS MODELOS DE IGREJA NO BRASIL
FÁBIO MAGALHÃES
Orientador: João Carlos da Fonseca
SÃO PAULO
2011
II
FÁBIO MAGALHÃES
NOVOS MODELOS DE IGREJAS NO BRASIL 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado
à diretoria do curso de graduação do Centro
Educacional Ibetel como requisito parcial para
a obtenção do título de Bacharel em Teologia,
sob a orientação do Prof. João Carlos da
Fonseca
SÃO PAULO
2011
III
NOVOS MODELOS DE IGREJAS E MINISTÉRIOS NO BRASIL
FÁBIO MAGALHÃES
Aprovada em ____/____/_____.
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________________
João Carlos da Fonseca
Centro Educacional Ibetel
_________________________________________________
Vicente Paula Leite
Centro Educacional Ibetel
_________________________________________________
Queila de Oliveira Leite
Centro Educacional Ibetel
CONCEITO FINAL: _____________________
Agradeço ao professor e orientador João
Carlos da Fonseca, pelo apoio e
encorajamento contínuos na pesquisa, aos
demais Mestres da casa, pelos
conhecimentos transmitidos, e à Diretoria
Do curso de graduação do Centro
Educacional Ibetel pelo apoio institucional e
pelas facilidades oferecidas.
IV
“..., e sobre esta pedra edificarei a minha
igreja, e as [portas do inferno] não
prevalecerão contra ela”.
Jesus Cristo
V
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ...........................................................................................................09
CAPÍTULO I – CONHECENDO OS NOVOS MODELOS DE IGREJA......................11
1.1 Rede Ministerial..........................................................................................25
1.2. Igreja em Células......................................................................................27
1.3 Desenvolvimento Natural da Igreja............................................................27
1.4 Igreja com propósitos.................................................................................27
CAPÍTULO II - TÍTULO DO CAPÍTULO......................................................................17
CAPÍTULO III - TÍTULO DO CAPÍTULO.....................................................................22
3.1. Subtítulo....................................................................................................25
3.2. Subtítulo....................................................................................................27
CAPÍTULO IV - TÍTULO DO CAPÍTULO....................................................................30
4.1. Subtítulo....................................................................................................32
4.2. Subtítulo....................................................................................................34
CAPÍTULO V – TÍTULO DO CAPÍTULO....................................................................42
CONCLUSÃO..............................................................................................................44
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................44
VI
RESUMO
O presente trabalho evidencia e estuda questões tangentes aos Novos
modelos de igrejas e ministérios no Brasil, fenômeno que tem ocorrido de modo
expressivo, tanto em âmbito brasileiro, quanto internacional.
Algumas igrejas evangélicas, desejando alcançar crescimento numérico e
financeiro, estão experimentando várias mudanças; principalmente no seu enfoque e
na sua estrutura. Os resultados alcançados por estas igrejas, no que elas têm se
proposto fazer, são expressivos; entretanto, são preocupantes os seguintes fatores:
afastamento da ortodoxia doutrinária e incapacidade da igreja em gerar cristãos com
a vida transformada. O Teólogo acaba vivenciando esta situação, seja de forma
direta, como membro de uma igreja que adota novos modelos, ou indireta, tomando
conhecimento, através da mídia e de relacionamentos pessoais, dos riscos e
modismos que os novos modelos oferecem. O mesmo tem o papel de pesquisar,
orientar, informar e até mesmo indicar as melhores respostas para que a igreja de
Cristo possa ter um crescimento sadio e, ao mesmo tempo, permaneça fiel às
orientações bíblicas.
VII
ABSTRACT
The present work evidences and he/she studies tangent subjects to the new
models of churches and ministries in Brazil, phenomenon that has been happening in
an expressive way, so much in Brazilian, as international ambit. 
Some evangelical churches, wanting to reach numeric and financial growth,
they are trying several changes; mainly in its focus and in its structure. The results
reached by these churches, in the one that they have been intending to do, are
expressive; however, they are preoccupying the following factors: removal of the
biblical orthodoxy and inability of the church in generating Christians with the
transformed life. The Theologian ends up trying this situation are in a direct way, as
member of a church that adopts new models, or insinuation, becoming aware,
through the media and of personal relationships, of the risks and idioms that the new
models offer. The same has the paper of researching, to guide, to inform and even
indicating the best answers so that Christ's church can have a healthy growth and, at
the same time, stay faithful to the biblical orientations.
VIII
INTRODUÇÃO
Nas últimas décadas as igrejas “neopentecostais” cresceram
vertiginosamente no Brasil. Seja pela mensagem triunfalista, ou pela exposição na
mídia, o fato é que elas alcançaram, e continuam alcançando, um grande
contingente de pessoas. Por outro lado as “comunidades” também chegaram com
muita força. Houve um “êxodo” dos membros das igrejas tradicionais e pentecostais
para elas devido à flexibilidade nos usos e costumes, liturgia mais dinâmica e
valorização dos relacionamentos. Algumas igrejas históricas, tentando deter a saída
dos seus membros, e buscando alcançar um crescimento semelhante ao das igrejas
neopentecostais e das comunidades, passaram a adotar novos modelos de igreja.
Os novos modelos de igreja são estratégias que visam alcançar crescimento
do número de membros, e a estabilidade das finanças da igreja.
O cenário que encontramos no Brasil é que vários desvios têm acontecido
nas igrejas evangélicas sob o pretexto do crescimento e manutenção dos membros
e congregados. A mensagem tem se tornado rasa e escassa, e os modismos e
inovações abundantes. 
O resultado de tal quadro é que os evangélicos têm crescido, mas não tem
conseguido influenciar mudanças na sociedade brasileira. Pelo contrário, os
evangélicos tem sido reconhecidos muitas vezes por uma conduta inadequada. 
Há que se fomentar meios eficazes para reversão desse quadro, e que
possam insculpir transformações na igreja, na vida de seus membros, e na
sociedade brasileira.
9
CAPÍTULO I – CONHECENDO OS NOVOS MODELOS DE IGREJA
Os novos modelos de igrejas são estratégias voltadas para o crescimento da
igreja. Surgiram nos últimos trinta anos. Estão sendo adotados, em larga escala, no
Brasil, a partir da última década. Seus principais expoentes são: Bill Hybells (Rede
Ministerial), Ralph W. Neighbour Jr. (Igreja em Células), Rick Warren (Igreja com
Propósitos), Christian A. Schwartz (Desenvolvimento Natural da Igreja) e César
Castellanos Dominguez (G12). 
1.1 – REDE MINISTERIAL
 Segundo tradução adaptada, feita pela Igreja Batista Central de Fortaleza,
dos trabalhos de Bruce Bugbee, Son Cousins e Bill Hybels (Willow Creek
Community Church – EUA), o material da “Rede Ministerial” foi desenvolvido para
ajudar os crentes a descobrirem seus dons espirituais e aprenderem a usá-los no
Corpo de Cristo, no contexto da igreja local. 
Rede Ministerial, segundo a Igreja Batista Central de Fortaleza – Pr. Armando
Bispo, pode ser definida como um processoque viabiliza o princípio bíblico do
sacerdócio de todos os crentes. É a tentativa de resgatar a consciência de que todos
são chamados, ordenados e vocacionados por Deus. Como se trata essencialmente
de valores e princípios pode ser implementada em qualquer estrutura eclesiástica. A
Rede Ministerial sugere a utilização de três passos: Descoberta, Consultoria e
Serviço.
1.1.1 – Descoberta
Trata-se de um curso de, no mínimo, oito horas de duração, onde cada
participante é levado a descobrir o seu perfil de servo: sua paixão ministerial, seus
dons espirituais e seu estilo pessoal. Se o servo agir dentro da sua área de paixão
servirá com maior entusiasmo. Ao usar seus dons espirituais servirá com mais
competência, e ao trabalhar de forma coerente com seu estilo pessoal, servirá com
maior liberdade.
10
1.1.2 – Consultoria
Após a conclusão do curso, o “voluntário” é chamado para um encontro com
um consultor. No encontro, o consultor irá tirar possíveis dúvidas, ajudar, orientar e
encaminhar o “voluntário” para um ministério existente na igreja, ou para a formação
de um novo ministério. A consultoria funciona como um elo de ligação entre o
“voluntário” e os ministérios. 
1.1.3 – Serviço
O alvo é servir. Após descobri o seu perfil e o lugar onde ele pode servir na
igreja, o “voluntário” é integrado em uma determinada área da igreja, e então
começa a exercer o ministério para o qual foi vocacionado.
1.1.4 – O que muda na prática?
1.1.4.1 – Respeito
Entende-se que cada membro da igreja é livre para fazer parte do ministério
que mais se adapte ao seu perfil. Não há uma cobrança por parte da igreja para que
alguém faça parte de um ministério com o qual não se identifique. Além disso, cada
pessoa recebe a liberdade colocar em prática seu próprio sonho. Os ministérios são
criados a partir do dom espiritual e dos sonhos que Deus colocou em cada coração.
1.1.4.2 – Organização Interna dos Ministérios
Cada ministério precisará ter o seu próprio regimento interno (plano
estratégico, plano operacional, normas e diretrizes, ou qualquer outro nome que a
igreja achar conveniente).
1.1.4.3 – O método de escolha dos líderes
Com o emprego da Rede, a maioria das igrejas tem entendido que o método
de eleição anual está longe de ser o ideal. Cada localidade tem encontrado soluções
11
alternativas. Na escolha do líder deve-se observar sempre: a maturidade espiritual,
motivação, dons espirituais, estilo pessoal.
1.1.4.4 – Método de escolha dos componentes de cada
ministério
A composição de cada ministério se dá através: da indicação voluntária da
própria pessoa, da indicação da consultoria, ou a convite do próprio líder,
respeitando-se sempre o regimento interno do ministério e o perfil básico do
membro. 
1.1.4.5 – Organização da Estrutura Eclesiástica
De um modo gera, antes da Rede, as igrejas possuíam estrutura organizada.
Com a Rede, esta estrutura torna-se mais flexível. Ministérios podem surgir, ou
deixarem de existir, de acordo com aquilo que o Espírito Santo colocar no coração
dos “voluntários”. Desta forma, cada igreja local deverá estabelecer os critérios para
a formação de um novo ministério. de Cada ministério deve estar sempre aberto
para a entrada de novas pessoas no grupo.
1.2 – IGREJA EM CÉLULAS
John Wesley foi o pioneiro do evangelismo em grupos pequenos. No final do
século XVIII desenvolveu mais de dez mil classes (células). Nas décadas de 1970 e
1980 Paul Youg Choo implantou, com grande sucesso, o sistema de células na
Igreja Sul Coreana. Nas décadas de 1980 e 1990 muitos tentaram implantar no
Brasil, mas poucos conseguiram. As Comunidades Evangélicas tiveram relativo
sucesso. Na virada do milênio surgiram dois novos modelos de Grupos Familiares
(Células): 
1.2.1 – Modelo de Ralph W. Neighbour Jr. – Touch Center
A Proposta desse modelo é fazer a transição de uma igreja de programas,
onde vinte por cento dos membros sustenta os programas, para um novo modelo
12
onde vinte por cento dos membros são treinados para ministrar e liderar oitenta por
cento.
A base da igreja são as Células. 
A igreja precisa "voar" com duas asas: Asa Comunitária e Asa Corporativa.
A Asa Comunitária são as células, com sua ênfase em discipulado, prestação
de contas, liderança e evangelismo. Tudo é feito através das Células: evangelismo,
discipulado e pastoreio. O Sistema é baseado em Êxodo 18.13-26. As Células
podem ser de gerações integradas "todas as faixas etárias", jovens, adolescentes e
crianças. Homogêneos e Heterogêneos. Podem ser lideradas tanto por homens
como por mulheres.
A Asa Corporativa tem cinco sistemas (o que toda igreja já está fazendo):
 Expansão (missões, plantação de igrejas),
 Sistema de Apoio (treinamentos e ministérios),
 Sistema integral de igreja (culto, ensino),
 Sistema de coordenação (logística, administração, comunicação) e
 Evangelismo corporativo.
As duas asas fazem a igreja crescer muito mais rápido. A Asa Comunitária
trabalha em cooperação com a Asa Corporativa e vice-versa. 
Os programas são apoiados pelas células e fortalecem as células. As Células
se mobilizam para os eventos evangelísticos e depois assumem o discipulado dos
novos convertidos.
O treinamento dos líderes (Auxiliares) e Supervisores é feito pelo pastor da
igreja e pelos Coordenadores.
Os ministérios apóiam as Células. Cada membro da igreja deve estar na
Célula para praticar a mutualidade, evangelismo, discipulado, prestação de contas e
pode estar em um ministério para servir.
A E.B.D. é só para as crianças e adolescentes, os outros se alimentam na
Célula e nos cultos.
O Tempo necessário para se fazer a transição de uma igreja baseada em
programas para uma igreja em Células é de 3 a 7 anos (depende do tamanho da
igreja). 
O Treinamento para os pastores e seus líderes é feito em 4 Módulos.
13
O pastor deve discernir se a igreja está preparada para ser uma igreja em
células ou com células. Segundo Ralph W. Neighbour Jr. há uma grande diferença
entre estes dois tipos de igreja: 
“Assim como o céu está distante da terra, uma igreja
com células está distante de uma igreja em células. A igreja
com células oferece muitos programas para manter os cristãos
ocupados. A igreja em célula faz com que todas as atividades
da igreja se encaixem em uma estrutura de células. Todas as
demais atividades da igreja são organizadas em função da
célula.
A célula é o lugar onde pessoas são evangelizadas,
discipuladas, equipadas para servir; é o lugar em que seus
membros se edificam mutuamente.
Por suprir as necessidades básicas do cristão, a célula
torna desnecessária aquela multidão de programas que existe
nas igrejas tradicionais. A verdadeira igreja em células não
dependa da existência da escola bíblica dominical, noite de
visitação, culto de oração, nem qualquer outra das reuniões
formais que enchem tantos calendários da igreja. Ao tomar o
lugar o lugar de tudo isso, a célula se torna para os cristãos
uma verdadeira comunidade. Uma unidade ampliada da
família”. 
(Ralph W. Neighbour Jr ., Manual do Líder de Célula, Curitiba,
Ministério Igreja em Células, 2000, p. 13)
1.2.2 – César Castellanos Dominguez (Bogotá) - M.C.I. - Governo dos
12 ou G-12
O G-12 é um novo modelo que surgiu com o propósito de impulsionar o
crescimento das igrejas evangélicas através de pequenos grupos (células) Esses
grupos atuam em reuniões nas casas dos fiéis e geralmente são compostos por
doze pessoas. O número doze refere-se ao modelo do discipulado de Jesus Cristo,
que separou para si doze homens para instrução, capacitação e testemunho das
Boas Novas.
O G-12 nasceu de uma visão do pastor César Castellanos Dominguez,
pastor-fundador da “Missão Carismática Internacional” da Colômbia. Castellanos
afirma ter recebido essa “nova e direta”revelação de Deus a respeito da Igreja
Cristã do novo milênio, no ano de 1991. Segundo esse pastor, o G-12 é o novo e
último modelo de crescimento para a igreja. Castellanos afirma que:
14
“A frutificação neste milênio será tão incalculável, que a
colheita só poderá ser alcançada por aquelas igrejas que
tenham entrado na visão celular. Não há alternativa: a igreja
celular é a igreja do Século XXI”. 
(Castellanos Domínguez, Sonha e Ganharás o Mundo,
pg.143.)
O Modelo dos 12 funciona como um processo de crescimento espiritual e
ministerial, que é chamado de “Escada do Sucesso”. Ele compreende quatro
degraus ou etapas: Evangelização, Consolidação, Treinamento, Envio.
A Evangelização ocorre nas células. O número base é de doze participantes
por célula. Quando a célula alcança o número de vinte quatro pessoas em suas
reuniões, ela precisa se subdividir para manter o número doze. A célula é
responsável pelo ensino e formação dos discípulos. Os cultos no templo da igreja se
transformam em celebrações.
A Consolidação é a etapa da confirmação da fé do indivíduo. Isso ocorre nos
encontros. Lá , o novo convertido pela libertação e quebra de maldições. Nesses
encontros a pessoa também é doutrinada na visão dos 12. São três tipos de
encontros: o pré-encontro, o encontro e o pós-encontro. Os líderes de células são
formados nesses encontros.
O Treinamento é oferecido pela escola de líderes de cada igreja. Os novos
discipuladores são capacitados para dirigir as células e difundir a visão dos 12. Cada
seguidor do G-12 uma meta de 144 discípulos.
O Envio é a etapa final, quando os novos líderes assumem a liderança das
células, com a missão de preparar outros discipuladores.
1.3 – DESENVOLVIMENTO NATURAL DA IGREJA
Segundo Walter Feckhinghaus, palestrante oficial da Editora Evangélica
Esperança (responsável pela divulgação do material do DNI no Brasil), O
Desenvolvimento Natural da Igreja é: uma maneira diferente de pensar sobre o
crescimento. Uma estratégia com um processo a longo prazo.
O material do Desenvolvimento Natural da Igreja se baseia numa pesquisa
realizada em mil igrejas, trinta e dois paises, dezoito idiomas, cinco continentes. O
objetivo da pesquisa foi identificar pontos em comum na questão do crescimento nas
15
igrejas pesquisadas. Os autores concluíram que para a igreja crescer são
necessários vários fatores que eles alistam como sendo am como sendo oito: 
 Liderança Capacitadora: Os líderes devem estimular seus liderados para que
cresçam em suas capacidades. Ao invés de fazer todo o trabalho, o líder deve
investir em discipulado e delegação.
 Ministério orientado pelos dons: À medida que os cristãos usam seus dons,
sentem mais prazer no trabalho, além de deixar o Espírito Santo trabalhar
através deles. Não se deve criar ministérios para depois procurar preenchê-
los usando até mesmo pressionar pessoas a assumi-los sem o dom para tal.
 Espiritualidade contagiante: Este conceito se contrapõe à vivência da fé como
obrigações ou concordância doutrinária. É a vivência de uma fé real e
apaixonada em Jesus.
 Estruturas funcionais: Análise e adequação de todas as estruturas (físicas, de
horários, administrativas, litúrgicas, etc) à funcionalidade. Isto implica na
revisão de muitas tradições.
 Culto inspirador: O Culto precisa ser uma “experiência inspiradora”. Participar
do culto não deve ser visto como obrigação. Ele deve atrair as pessoas. 
 Grupos Familiares: A pesquisa revela que os grupos familiares que realmente
influenciam no crescimento da igreja são aqueles que possibilitam à pessoa
ter espaço para expor suas questões cotidianas.
 Evangelização orientada pelas necessidades: Cada cristão deve servir ao
não-cristão com o dom que Deus lhe deu e se esforçar para que ele tenha
oportunidade de ouvir a Palavra. Não se deve colocar sobre todos os crentes
a obrigação do evangelismo pessoal, quando a grande maioria não tem este
dom. Deve ser ensinado aos cristãos que devem aproveitar seus contatos
com não-cristãos de forma frutífera, sem porém se tornar uma pressão.
 Relacionamentos marcados pelo amor fraternal: As pessoas não precisam de
discursos sobre o amor, mas experimentá-lo no dia-a-dia.
A orientação da Editora Evangélica Esperança é que uma igreja que queira
implantar o DNI deve contatar um consultor e solicitar material para a realização da
avaliação do perfil da igreja, e adequação aos oito fatores. A editora também indica
vários materiais de ajuda para auxiliar na implantação e funcionamento do modelo.
16
1.4 – IGREJA COM PROPÓSITOS
Toda igreja tem algo que as dirige ou motiva. Ainda que não esteja explícito,
ou escrito, este algo realmente existe e direciona o funcionamento da igreja como
um todo. Existem vários tipos de igreja, segundo aquilo que as dirige (tradição,
personalidade, finanças, programas, construções, eventos e etc.), no entanto, para
ele existe um único modelo bíblico e este é o de uma igreja dirigida por propósitos. 
Para a construção de uma igreja sadia, e para o alcance de um crescimento
pleno, faz-se necessário esclarecer a motivação da existência da igreja. Este
esclarecimento, por sua vez, consiste em identificar o que a igreja deve fazer, qual o
seu propósito. O propósito deve ser claro e curto o suficiente para ser facilmente
lembrado por todos, produzindo benefícios para a igreja, e o envolvimento amplo de
toda a membresia.
Ao descobrir qual o propósito de Deus, a igreja deve articular-se de forma a
estabelecer metas e alvos a serem alcançados. Assim, a declaração de propósitos
será o guia para implementação, avaliação e controle dos ministérios, programas e
atividades. Alguns propósitos básicos aos quais a igreja deve atentar são:
 Amar a Deus com todo coração,
 Amar ao próximo como a si mesmo,
 Fazer discípulos,
 Batizar,
 Ensinar a obedecer.
Para que os propósitos possam efetivamente nortear a igreja eles precisam,
em primeiro lugar, ser corretamente comunicados à igreja de sua necessidade e
importância. Em segundo lugar, a igreja deve organizar-se em função deles,
evitando desvios. E em terceiro lugar os propósitos devem ser integrados a cada
área e aspecto da vida na igreja, ou seja, os ministérios devem estar em sintonia. 
Deve-se considerar ainda que a aplicação dos propósitos não é algo
automático, é lenta e progressiva, no entanto fortalecendo cada dia mais a igreja
como um todo.
17
CAPÍTULO II – OS RISCOS QUE OS NOVOS MODELOS PODEM OFERECER À
IGREJA.
Os novos modelos de igreja, embora eficientes na questão do aumento do
número de membros e equilíbrio das finanças da igreja, têm sido analisados e muito
criticados pelos riscos que podem oferecer à Igreja. Vejamos:
2.1 – ALGUNS POSSÍVEIS RISCOS DOS NOVOS MODELOS PARA O
FUTURO DA IGREJA
O Prof. Lourenço Stelio Rega (2004), identificou alguns riscos dos novos
modelos para o futuro da igreja: 
2.1.1 – A adoção de um novo modelo é vista como a solução para
todos os problemas da igreja.
A maior parte dos líderes encara os novos modelos como algo que fará,
automaticamente, a igreja vencer todos os problemas e crescer. Isso tem levado aos
seguintes problemas: 
 A visão pragmática tem prevalecido sobre a teológica. Antes de adotar
determinado modelo a pergunta que se faz é: “isto funciona?”, ao invés de
“isto é bíblico?”.
 Adoção do conceito: Igreja=Empresa.
 Cultura do “Fazer primeiro, pensar depois”. Bíblia e Teologia em segundo
plano.
2.1.2 – Os riscos de cada modelo
Ao analisar cada novo modelo, o professor inferiu que eles podem apresentar
os seguintes riscos:
 Rede Ministerial: Pode se transformar numa arma letal para as igrejas se as
pessoas, simplesmente, começarem a dizer: “este não é o meu dom”, “esta
não é minha paixão”, “esta tarefa não é comigo”. 
18
 Igrejacom propósitos: Uma igreja com propósitos não seria uma “APO”
(Administração por Objetivos)? Isto não geraria uma “corporação” ao invés de
uma igreja?
 Igreja em Células: Um igreja em células não desintegraria uma comunhão
geral da igreja?
 Desenvolvimento Natural da Igreja: A avaliação do perfil da igreja é feita por
trinta membros escolhidos pelo pastor. Saberia o pastor escolher as melhores
pessoas, do ponto de vista da exatidão? O processo de implantação é lento.
Haveria paciência para tal?
2.2 – FALHAS DOS NOVOS MODELOS, SEGUNDO OS CRÍTICOS
Segundo os críticos, os novos modelos apresentam muitas falhas, e até
heresias. Vejamos as principais críticas que são feitas aos novos modelos:
2.2.1 – Suavização da Palavra de Deus.
Segundo a Drª Laura M. Kaczorowski, que escreveu uma tese de doutorado
sobre a igreja de Willow Creek (Rede Ministerial), havia falta de conteúdo bíblico nos
sermões de Bill Hybels. Em 1980 Hybels prometeu que ensinaria mais sobre pecado
e cristianismo, e menos sobre cura interior. Isto não aconteceu. A igreja continuou
seguindo com o mesmo modelo.
Em 2004 foi publicada uma pesquisa pela igreja de Willow Creek, intitulada:
“Revelação, onde está você?” Os resultados surpreendentes exigiram que os
autores do estudo, incluindo o pastor executivo Greg Hawkins, dissessem ao pastor
sênior Bill Hybels que “a igreja não é tão eficiente quando havíamos pensado”. No
prefácio do relatório, Bill Hybels faz uma surpreendente admissão: “... partes da
pesquisa não brilharam sobre a igreja. Entre as descobertas, vimos que
aproximadamente uma em cada quatro pessoas na igreja de Willow Creek estão
estacionadas em seu crescimento espiritual, ou insatisfeitas com a igreja. Muitos
deles estão considerando nos deixar”.
O problema começa quando se adota a crença de que para atrair pessoas à
igreja precisa alterar as suas práticas e tradições, de forma a evitar coisas que as
pessoas que não são da igreja poderiam sentir como “estorvos”. Uma vez adotada,
19
esta crença alteraria dramaticamente a adoração, a pregação e a eclesiologia em
geral. Praticamente, isto significaria que a pregação expositiva tradicional, a qual
enfatizava a teologia e a doutrina, seria substituída por uma pregação que atenderia
às necessidades presumidas dos ouvintes. 
Segundo Berit Kjos, as igrejas estão sendo cheias com pessoas que pensam
que confiam no Deus bíblico, mas que pouco conhecem a respeito do Rei celestial a
quem professam adorar. Uma vez que os corações desses "crentes", não
regenerados, não foram transformados pelo Espírito Santo, eles procuram por
igrejas que se amoldem ao mundo que amam. E os líderes das igrejas atuais estão
prontos para satisfazer as suas exigências. Para fazer com que eles se sintam em
casa, e para satisfazer os buscadores curiosos, grandes corporações de igrejas e
pastores estão explorando novas formas de "reinventar" a igreja. O Pastor Rick
Warren (Igreja com propósitos), da comunidade de Saddleback, Califórnia, está na
liderança deste movimento.
Sermões suaves e música contemporânea têm ajudado a criar a ponte sobre
o abismo entre a igreja e o mundo. Mais perturbadoras ainda são as novas
adaptações da Bíblia. Afinal de contas, ninguém pode realmente entender a verdade
de Deus a não ser que o Espírito Santo a revele em seus corações [veja I Coríntios
2:9-16]. A solução natural para esta barreira é simplificar a Palavra de Deus para
que todos , cristãos ou não, possam se identificar com ela.
Não é surpreendente que o pastor Warren cite passagens da The Message (uma
"versão" parafraseada da Bíblia, de Eugene Peterson) mais de noventa vezes.
Muitas dessas passagens simplificadas alteram tanto as palavras, como o sentido
das Escrituras. Mas elas se encaixam nos pontos que o pastor Warren está tentando
demonstrar. O mesmo acontece com as outras Bíblias parafraseadas que ele usa.
2.2.2 – Transformação da Igreja em centro de entretenimento
Na revista Time, num artigo de Maio de 1986, Bill Hybels revelou que usava
‘Música rock cristã’ e slide shows com multimídia, para mostrar um cristão dançando
jazz num culto de domingo. Vejamos um depoimento do tradutor do livro Rede
Ministerial e seu maior proponente no Brasil:
 
20
"Acabo de chegar de um super show gospel onde
rolou Stauros, Oficina G3, Brother Simion, Kleber Lucas, Vox
Dei e outras bandas locais. Tudo muito bom. Galera animada,
agito, muito "jump", louvor, gestos de euforia, muito som e
suor. Coisa de jovem! Lá estavam eles, filhos de uma geração
que teve o seu momento nos embalos de sábado à noite ou
nos comportados shows do Milad, Vencedores e Grupo Logos.
Além da "troop" jovem, alguns abnegados adultos, e raras
famílias acompanhavam o show. Do ponto de vista das
apresentações, valeu ver e ouvir os artistas evangélicos
destacados pela excelente qualidade musical e pelo
compromisso com Deus evidenciado na postura de palco e
fora dele. Coisa de gente grande! Já na platéia, muitos - não
todos, é claro, davam um show de "Vale Tudo" que ia da
violência à sensualidade revelando o triste estado espiritual
dos nossos jovens e adolescentes." 
(Artigo "A hora do show", Pr. Armando Bispo, Colunas Filhos e
Pais website: www.uol.com.br/bibliaworld)
Segundo Rick Warren, o estilo de música que vai ser utilizado é uma das mais
decisivas decisões que deve ser tomada pela igreja. Warren acredita ainda que é
preciso combinar a música com o tipo de pessoa que “Deus” quer que a igreja
alcance. A música utilizada posiciona sua igreja na cidade ou bairro. Ela define
quem é a igreja. Ela determina o tipo de pessoas que serão atraídas, o tipo de
pessoas que serão mantidas e o tipo de pessoa que serão perdidas. 
Segundo Berit Kjos, Rick Warren realizou uma pesquisa em sua congregação
para descobrir quais eram as músicas contemporâneas mais ouvidas. Assim,
quando Rick Warren ofereceu a música que a maioria das pessoas queria, elas se
arrebanharam para a igreja. Mas o "sucesso mensurável" não prova que Deus
ordenou ou inspirou esse plano em particular. A popularidade no mundo nunca foi
um sinal da aprovação de Deus.
Segundo a Drª Laura M. Kaczorowski, no culto típico, na igreja de Willow
Creek, é feita uma rápida produção de cinema projetada para entreter a audiência,
sem trazer qualquer desconforto, incômodo, ou idéia de que se está em uma igreja,
ou a ouvir a Palavra de Deus. E eles têm tido êxito. Drª Laura afirma ainda que o que
mais pesa contra a igreja de Willow Creek é a sua estratégia, não convencional, de
conversão sem compromisso!
Segundo o Pr. José Laérton Alves Ferreira, o culto nas igrejas que adotaram
os novos modelos, tornou-se um Espetáculo-Show. Segundo ele, o pastor deixa de
ser o pregador, para ser o animador de espetáculo. A platéia se transforma num
grande circo, ou casa de show, onde artistas se apresentam com testemunhos,
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bandas e conjuntos de música gospel, que tecnicamente rivalizam com cantores do
mundo. O ambiente, o programa, a pregação açucarada, o ofertório, e o apelo, são
montados para produzir os efeitos psicológicos previamente arquitetados. Do ponto
de vista humano, tudo parece muito gostoso e agradável, tanto que seduz e
arrebanha grandes multidões. São igrejas superlotadas, capazes de levantar
grandes somas de dinheiro em um só culto, mas o povo não se queixa da extorsão
religiosa, afinal, pagaram para Ter um show que lhes agradasse, foi o tiveram,
portanto, não têm do que reclamar.
2.2.3 – Ensinos e práticas controversas
O mais contestado dos novos modelos de igreja, sem dúvidas, é o G-12. 
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