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Doping: Uso de Substâncias Nocivas no Esporte

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Doping
O que é? Doping é caracterizado pelo uso de substâncias que podem alterar a resposta do corpo frente a um estímulo. Na maior parte dos casos, o doping é realizado por pessoas que pretendem potencializar seu rendimento, força, agilidade ou até mesmo perda de peso.
As classificações dos dopings são:
Pré-competitivo: hormona de crescimento e esteroides anabolizantes;
Durante a competição: doping calmante, doping analgésico, doping estimulante;
Pós-competitivo: diuréticos; Doping sanguíneo;
Os riscos são inúmeros para quem faz uso dessas substâncias nocivas à saúde humana.
Tipos de doping
Estimulantes: são substâncias que agem diretamente no cérebro e também no corpo. Elas contribuem para o estado 
de alerta do atleta, de competitividade e de agressividade, diminui o cansaço e dá sensação de força e disposição.
Esteroides: os esteroides de fortalecimento, mas conhecidos como anabólicos, assemelha aos efeitos da testosterona, 
gerando nas células musculares e nos ossos a produção de proteínas. O usuário dessa droga consegue aumentar sua 
carga de treinamento.
Diuréticos: aumentam a produção de urina e reduzem o inchaço de tecidos provocado pela retenção de líquidos. Alguns 
atletas utilizam o diurético para perder peso ou para disfarçar a presença de outras substâncias em seu corpo.
Hormônio de Crescimento Humano (HGH): é um hormônio natural que estimula o crescimento e favorece a síntese de proteínas. O HGH auxilia a formação de músculos e tecidos.
Eritropoietina (EPO): hormônio sintetizado pelos rins para regular a produção de glóbulos vermelhos. O EPO artificial aumenta o número de glóbulos vermelhos, ampliando a capacidade de corpo de usar oxigênio. Muito utilizado por atletas que praticam esportes de resistência e atletas que realizam esportes de explosão.
Betabloqueadores: são consumidos para reduzir os batimentos cardíacos e conter tremores em modalidades como tiro ao alvo e arco e flecha.
Doping sanguíneo: injeção de glóbulos vermelhos ou de outros produtos semelhantes para aumentar o número dessas células no corpo. O sangue é extraído de um competidor, armazenado e depois reintroduzido cerca de um mês antes de uma competição.
O Doping pode ser discriminado em 7 categorias diferentes conforme os efeitos que o mesmo causa e a forma de ser aplicado no atleta:
A hormona do crescimento ou hormonas peptídicas possuem diversas funções, entre elas a fixação peptídica, ou seja, elas auxiliam os músculos nas suas reações anabólicas, contribuindo para a fixação dos aminoácidos necessários a construção muscular. É produzida pela glândula pituitária (intramuscular), contribuindo para o aumento da resistência e da capacidade de transporte de oxigênio. Há diversos tipos de hormonas peptídicas, entre elas destaca-se: Eritropoietina, HCG, HC e LH. 
Esteroides anabolizantes : É considerada a droga mais usada nos esportes de alta competição e de grande força muscular	 Sua função é desenvolver a massa muscular e a massa óssea, por isso, ela atrai os atletas a utilização da mesma com o intuito de potencializar o efeito anabólico. Os esteroides possuem duas funções no nosso organismo que são: a função androgênica e a função anabolizante.
Função androgênica dos esteroides: são responsáveis pelas características sexuais masculinas como: crescimento de barba, pelos pubianos, engrossamento da voz, desenvolvimento do pênis e testículos;
Função anabólica: é responsável pelo desenvolvimento da massa muscular e massa óssea. Esses esteroides podem ser consumidos oralmente ou podem ser injetáveis, porém quando consumidos via oral, eles passam pelo fígado, sofrendo um processo de alcalinização (processo extremamente prejudicial ao fígado).
Doping calmante: O efeito do doping calmante restringe-se a coibir a frequência cardíaca, ou seja, diminuir os batimentos do coração e também o tremor. São muito utilizados, porém, em modalidades que requerem precisão e autodomínio. Os beta-bloqueantes são substâncias calmantes mais consumidas pelos atletas. Alguns beta-bloqueantes mais utilizados são: Acebutolol, Alprenolol, Atenolol, Labetolol e Pindolol. 
Doping analgésico: Assim como os beta-bloqueantes, os dopings analgésicos são calmantes e também ajudam a diminuir a dor. Assim, o atleta aguenta mais tempo durante as atividades, aumentando naturalmente sua resistência, pois os mesmo ficam menos propensos à sofrer por lesões. Muitos maratonistas e triatletas, por exemplo, utilizam os analgésicos. Exemplos de analgésicos utilizados pelos desportistas são: Morfina, Metadona e Petidina.
Doping estimulante: O doping estimulante é o segundo mais usado pelos atletas, perdendo apenas para os esteroides. Essa substância intensifica e acelera as atividades cerebrais, fazendo com que respostas do sistema nervoso sejam mais rápidas, resultando então numa maior resistência às atividades e menor cansaço. Algumas dessas substâncias são: Anfetaminas, Estricnina, Cafeína e Cocaína.
Doping sanguíneo: Este doping consiste no aumento do volume sanguíneo através de transfusão de sangue. o objetivo dessa transfusão é aumentar a capacidade de transporte de oxigênio. Porém na grande maioria das vezes o sangue utilizado nesse procedimento é o sangue do próprio atleta. Esta infusão endovenosa de sangue induz o aumento dos glóbulos vermelhos circulantes no sangue, fazendo com que haja um aumento do transporte de oxigênio.
Efeitos colaterais, os fatores de risco e os possíveis distúrbios.
Hormona de crescimento provoca:
Deformações ósseas,
Distúrbios hormonais,
Miopia,
Hipertensão,
Coágulos sanguíneos,
Diabetes,
Doenças articulares;
Esteroides anabolizantes provoca:
Traços masculinos em mulheres;
Infertilidade;
Impotência;
Danos nos rins;
Aumento da pressão sanguínea;
Endurecimento das artérias, acarretando em doenças coronarianas;
Doenças hepáticas;
Alguns tipos de câncer;
Doping calmante pode provocar:
Fadiga;
Depressão;
Falência do coração;
O consumo de beta-bloqueantes provoca hipotensão e parada cardíaca, além de asma, hipoglicemia, insônia e impotência sexual.
Doping analgésico pode provocar:
Quando usado para reduzir a dor de uma lesão, na verdade pode agravá-la;
Perda de equilíbrio e coordenação;
Náuseas e vômitos;
Insônias;
Depressão;
Diminuição da frequência cardíaca;
E quando tomado em excesso overdose;
Doping sanguíneo pode provocar:
Infecções virais como hepatite;
Infecção por citomegalovírus ou a AIDS;
Infecção bacteriana;
Reações fatais por identificação equivocada do sangue;
Falência dos rins e fígado;
Danos cerebrais;
Doping estimulante provoca:
Aumento da pressão sanguínea e temperatura corporal;
Batimento cardíaco irregular;
Paradas cardíacas, Derrames, Euforia, Insônia, alterações de comportamento; Tremores; Respiração acelerada; Confusão cerebral;
Diuréticos podem provocar:
Desidratação, cãibras, Doenças renais, perda de sais minerais;
Alterações no volume de sangue; Alterações no ritmo cardíaco;
Efeitos fisiológicos no corpo. 
Doping sanguíneo: aumenta a potência aeróbica máxima, pois durante o exercício aumenta a capacidade de transporte de oxigênio até a célula muscular. Depois de feito o procedimento é produzido ajustes fisiológicos compensatórios que preservam o efeito aeróbico, restaurando o volume sanguíneo ao normal sem alterar a atuação cardíaca. Alguns efeitos fisiológicos negativos ao corpo são: febre, urticária, reações hemolíticas graves e choque anafilático.
Calmantes ou betabloqueadores: agem no sistema nervoso simpático, diminuindo a velocidade das frequências e das contrações cardíacas;
Estimulantes: agem no sistema nervoso simpático, responsável por estimular ações que permite o organismo a responder situações de estresse;
Analgésicos: reduzem a liberação de neurotransmissores em algumas células nervosas, eliminando a disseminação de estímulos dolorosos;
Diuréticos: influenciam no funcionamento dos rins ao alterar a quantidade de água reabsorvida pelo corpo, o que aumenta o fluxo de urina;
Anabolizantes esteroides: a substância vai até o receptor hormonal dentro da célula,interage com o DNA e estimula a síntese de proteína, que promove ganho muscular;
Hormônio de crescimento: no fígado estimula a secreção de proteína que induz a produção e regeneração das células;
O teste antidoping tem a função de detectar essas substâncias bem como sua quantidade no organismo dos atletas, classificadas pela Agência Mundial de Antidoping.
O teste é feito com urina, aproximadamente 65 mL, uma vez que é pela urina que são eliminadas substâncias tóxicas ao organismo. Para fazer o exame, o atleta é encaminhado para o controle de doping, onde fará a coleta da urina na presença de um responsável do evento de mesmo sexo, para que não haja fraude na coleta. No ato da coleta são analisados o pH e o volume da amostra, que depois é transferida para dois recipientes: prova e contraprova e enviada ao laboratório olímpico.
A fase analítica do teste envolve técnicas de cromatografia gasosa e espectrometria de massa. O cromatógrafo tem a função de separar as substâncias encontradas no frasco prova e transferi-las ao espectrômetro, que fará fragmentos da molécula e quantificará cada pedaço obtido. Depois tais moléculas são rearranjadas e comparadas às proibidas pela Agência Mundial de Antidoping. Quando são encontradas substâncias proibidas na prova, é feito um novo exame com a amostra contraprova, obedecendo aos mesmos parâmetros do primeiro.
Nos casos em que a contraprova também gera resultado positivo, a infração do esportista é informada ao órgão que controlam o processo e o atleta é punido, podendo ser eliminado da competição ou até julgado pelo comitê. O laudo do exame é entregue em envelope lacrado primeiramente ao órgão responsável, e não ao atleta.
 Teste antidoping 
Alguns atletas brasileiros pegos no teste antidoping são:
Anderson Silva (artes marciais mistas): uso de ansiolíticos e anabolizantes. Foi afastado por um ano em 2015;
Gabriel Santos (Nadador), testou positivo em 2019 para a substância clostebol, que aumenta a força e a potência muscular. O atleta foi punido por oito meses;
Hugo Parisi (saltos ornamentais): tornou-se o primeiro brasileiro a ser suspenso por doping nesta modalidade ao usar um anti-inflamatório para garganta, o glicocorticoide;
Cesar Cielo ( Nadador), testou positivo para furosemida, um diurético conhecido por esconder outras substâncias proibidas. O atleta recebeu apenas advertência.
Referências:
https://sportbuzz.uol.com.br/media/stories/atletas-brasileiros-que-foram-pegos-no-doping/
https://blogeducacaofisica.com.br/tipos-de-doping/
https://www.infoescola.com/esportes/exames-antidoping/

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