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PEDIATRIA - Infecção das vias aéreas superiores IVAS (

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INFECÇÕES DAS VIAS AÉREAS SUPERIORES – PEDIATRIA (HAM 4)
As infecções respiratórias agudas (IRAs) são o principal motivo de atendimento nos serviços de UBS e de urgência e emergência em pediatria. 
As IVAS são doenças muito frequentes na faixa pediátrica, geralmente de curso benigno e autolimitado, em sua maioria. As doenças respiratórias que correspondem às IVAS incluem a rinofaringite aguda (resfriado comum), a faringite, a laringotraqueobronquite, a rinossinusite aguda e as otites agudas.
PECULIARIDADES:
· Varia de acordo com a idade
· Conversar com a criança antes e durante o exame
· Verificar primeiro os sinais vitais, pois o choro pode alterar
· Muitas vezes iniciamos no colo da mãe 
· Deixar para examinar o ouvido e a garganta no final
ANAMNESE: é a impressão da mãe sobre a condição de saúde da criança.
· Febre: duração e intensidade, além de aferição direta.
· Dificuldade respiratória: considerar a FR (roncos e estridor).
· Tosse: horário e características (seca, úmida, rouca, produtiva ou não).
· Sintomas nasais: espirros, prurido, coriza.
ANTECEDENTES PESSOAIS:
História pregressa:
· Antecedentes perinatais: a prematuridade é fator de risco para sibilância. 
· Internações anteriores: motivo, duração, intercorrências e complicações.
· Outras condições: atopia, crises de asma, alergia a medicamentos, frequência de infecções. 
História familiar:
· Atopia, asma, desnutrição (diminui a imunidade) ou óbito, possibilidade de contato com tuberculose.
História socieconômica: 
· Condições de higiene, número de pessoas em casa, idade em que a criança começou a frequentar a creche
· Presença de tabagismo
EXAME FÍSICO:
Ectoscopia
- Cabeça: forma, perímetro cefálico, fontanelas
- Fácies 
- Pescoço: adenomegalias, torcicolo congênito, assimetrias
- Orofaringe
Otoscopia
EPIDEMIOLOGIA:
As IVAS são as causas mais comuns de infecção respiratória aguda. Uma criança tem, em média, 8 a 10 quadros de IVAS por ano.
Baixa mortalidade; alta morbidade devido aos seguintes motivos: 
· Primeiro contato com o agente agressor;
· Falta de imunidade que faz com que transmitam o agente em grande quantidade por mais tempo;
· Vias aéreas de menor calibre, que podem complicar com desconforto respiratório e insuficiência respiratória;
· Maior contato social e mais íntimos, fazendo a taxa de ataque ser mais alta.
Os fatores de risco na infância são: 
· Idade entre 6 e 24 meses;
· Desnutrição;
· Sexo masculino;
· Baixo peso ao nascer;
· Atopia;
· Deficiência imunológica;
· Anomalias craniofaciais e do palato;
· Aglomerações de pessoas – creches, escolas;
· Irmãos mais velhos – que frequentam escolas;
· Tabagismo familiar ou domiciliar;
· Uso de chupeta;
· Aleitamento artificial – desmame precoce;
· Baixo nível socioeconômico.
A mucosa de revestimento da cavidade nasal e orofaringe é a mesma. Assim, ocorre disseminação de vírus e bactérias por contiguidade. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: ocorrem de acordo com o local acometido
· Rinofaringite aguda
· Sinusite aguda
· Faringoamigdalite
· Laringite viral aguda
· Otite média aguda
· Epiglotite
RINOFARINGITE AGUDA
É a doença infecciosa de vias aéreas superiores mais comum na infância.
Menores de 5 anos podem apresentar de 5 a 12 episódios por ano. 
É uma síndrome clínica benigna e autolimitada, causada pela inflamação aguda da mucosa do nariz, dos seios paranasais e da faringe, provocada principalmente por um amplo grupo de vírus:
· Rinovírus
· Coronavírus
· Vírus sincicial respiratório
· Parainfluenza
· Metapneumovírus
· Influenza
· Adenovírus
· Coxsackie
No Brasil, a maioria dos casos ocorrem durante as estações das chuvas e nos meses frios, quando é maior a permanência de pessoas em ambientes fechados. Além disso, a sazonalidade depende também do agente envolvido: rinovírus (início de outono e final de primavera); influenza e VSR (inverno); parainfluenza (final de outono); Coxsackievirus (verão – resfriado do verão)
A transmissão ocorre por gotículas produzidas por tosse e espirros, além do contato de mãos contaminadas com a via aérea de indivíduos sadios. 
O contágio acontece em comunidades fechadas, como em creches, escolas e domicílio.
Período de incubação: 2 a 5 dias.
Período de contágio: algumas horas antes, até 2 dias após o início dos sintomas.
Fisiopatologia: ocorre invasão do epitélio da nasofaringe, dos seios paranasais e do trato respiratório superior, com lesão subsequente. A estimulação colinérgica acarreta um aumento na produção de muco, fazendo com que surja coriza e tosse. Secundariamente a isso, há liberação de mediadores inflamatórios nas secreções nasais, aumento da permeabilidade vascular, edema de mucosa e congestão nasal.
As manifestações clínicas incluem: dor de garganta, coriza, obstrução nasal, espirros, tosse seca, febre de intensidade variável. 
Nos lactentes, podemos observar: inquietação, choro fácil, recusa alimentar, vômitos, alterações do sono e dificuldade respiratória por obstrução nasal.
Crianças maiores podem apresentar o quadro de cafaléia, mialgia e calafrios. 
Ao exame físico: congestão da mucosa nasal, hiperemia orofaringe e hiperemia das membranas timpânicas.
Complicações:
- Persistência da febre além de 72 horas
- Recorrência de hipertermia
- Prostração mais acentuada
- Dificuldade respiratória
	- Taquipnéia
Tratamento:
· Repouso no período febril
· Hidratação e dieta conforme aceitação
· Higiene e desobstrução nasal
· Antitérmicos e analgésicos
Prognóstico: auto-limitada: 5 a 7 dias
FARINGOAMIGDALITE AGUDA
É a infecção aguda da orofaringe – faringe, amigdalas e tecidos adjacentes. 
As causas são variadas, mas o quadro clinico geralmente é similar, o que torna difícil ao clinico definir se há ou não necessidade de tratamento antimicrobiano. 
Epidemiologia: 
- Após os 3 anos de idade
- Final do outono, inverno e primavera (nos climas temperados)
- Incubação: 2 a 5 dias
Etiologia:
· Estreptococo beta-hemolítico do grupo A 
· Viral
· Micoplasma e clamídia
· Epstein Barr
· Citomegalovírus
· Difteria
· placas branco acinzentadas aderentes na orofaringe,invasão eventual da úvula,comprometimento laríngeo.
· Haemófilus
Importância:
· Complicações supurativas
· Reações não supurativas tardias
· Febre reumática
· Glomerulonefrite aguda
Manifestações clínicas:
· Início súbito
· Febre alta
· Dor de garganta
· Prostração
· Cefaléia
· Calafrios
· Dor abdominal
· Vômitos
· Orofaringe:
· Hiperemia
· Aumento de amígdalas
· Exsudato de amígdalas
· Petéquias no palato
· Adenite cervical bilateral
Complicações:
· Adenite cervical
· Abcesso periamigdaliano
· Sepse
· Choque tóxico
· Otite média aguda
· Artrite reacional
· Febre reumática
· GNDA
Tratamento:
· Medidas gerais
· Antimicrobianos
· Encurtam a fase aguda e reduzem complicações 
· Penicilinas
· Eritromicina 
LARINGITE VIRAL AGUDA
Inflamação da porção subglótica da laringe. Congestão e edema dessa região, com graus variados de obstrução e duração de 3 a 5 dias.
Epidemiologia:
Lactentes e pré-escolares;
Pico de incidência aos 2 anos.
Etiologia:
· Virus parainfluenza I e II
· Vírus sincicial respiratório 
· Adenovirus 
· Influenza
Manifestações clinicas:
· Pródromos de IVAS
· Coriza
· Obstrução nasal
· Tosse seca
· Febre baixa
· Evolução
· Tosse rouca
· Disfonia
· Afonia ou choro rouco
· Estridor inspiratório 
Exame físico:
· Egofonia: pede ao paciente para dizer E: sai som de A
· Com a campanula do estetoscópio 
· Estridor: obstrução da laringe
Diagnóstico: clínico
Diagnóstico diferencial:
	Laringite espasmódica (estridulosa)
	Epiglotite aguda
	Mal formação congênita de via aérea: laringomalacia, traqueomalacia, estenose subglótica.
	Corpo estranho
	Laringotraqueíte bacteriana
	Laringite diftérica
	Laringoedema alérgico
	Abcesso retrofaríngeo
Tratamento: 
Casos leves: hidratação
Casos moderados a graves: 
- nebulização com adrenalina
- corticoide sistêmico 
OTITE MÉDIA AGUDA
É a doença bacteriana mais prevalente na infância. 75% das crianças abaixo de 5 anos terão pelo menos um episódio. É precedida por quadro viral.
Diagnóstico:
· Otoscopia
· Abaulamento
· Hiperemia
Manifestações clínicas:
· Otalgia· Choro constante
· Dificuldade de alimentação (sucção)
· Febre 
Prevenção:
· Amamentação
· Não alimentar deitado
· Tratamento alergia respiratória

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