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PORTFÓLIO A PRÁTICA DE HANDEBOL PARA PESSOAS COM E SEM DEFICIÊNCIA edna

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Sistema de Ensino 100% online
EDUCAÇÃO FÍSICA
EDNA cardozo da silva
silvino souza paiva
PRODUÇÃO TEXTUAL:
A PRÁTICA DE HANDEBOL PARA PESSOAS COM E SEM DEFICIÊNCIA
Arinos
2021
EDNA cardozo da silva
silvino souza paiva
PRODUÇÃO TEXTUAL:
A PRÁTICA DE HANDEBOL PARA PESSOAS COM E SEM DEFICIÊNCIA
Trabalho apresentado à Universidade UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média semestral nas disciplinas de Anatomia aplicada a educação física • Metodologia do ensino de lutas na escola • Metodologia do ensino do Handebol, • Atividades Físicas e Esportes Adaptados, • Medidas e Avaliação em Educação Física.
• Práticas pedagógicas: identidade docente
Arinos
2020
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	3
SITUAÇÃO PROBLEMA 1	4
SITUAÇÃO PROBLEMA 2	6
2 CONCLUSÃO	9
REFERENCIAS	10
10
1 INTRODUÇÃO
A elaboração do portifólio tem por base uma situação geradora de aprendizagem que busca colocar em prática todos os conhecimentos, habilidades e competências para com as disciplinas ministradas ao longo do semestre letivo. A proposta é integrar o acadêmico para uma vivência de sua futura prática profissional de educação física, focada na prática de esportes por pessoas com deficiências. 
A disciplina de educação física possui grande importância e relevância durante o período escolar e quando implementada por bons profissionais, consegue levar um excelente desenvolvimento das crianças e adolescentes que serão utilizados ao longo de toda a sua vida. 
O estudo de caso em questão retrata a situação de Bruno Vinicius que é um profissional de educação física de extrema capacidade e competência em sua atuação, onde labora em uma escola, nas atividades de Handebol. Bruno possui grande impacto em sua área, que até mesmo é convocado para treinar alunos que participaram de concursos e demais campeonatos. Nesse sentido, o profissional Bruno, solicita a escola uma estagiária para auxiliar durante suas aulas para com as crianças e adolescentes, dessa forma, discutiremos a intervenção para com tal caso. 
SITUAÇÃO PROBLEMA 1
Com base na análise do caso, percebe-se que durante o processo de contratação da estagiária, juntamente com a escola, o profissional Bruno Vinicius se deparou com uma situação nada comum na escola, onde o aluno Carlos sofreu um grave acidente há aproximadamente 06 meses que acabou acarretando em uma situação de não conseguir movimentar suas pernas, ficando paraplégico, onde dentro desse prazo, o seu médico através de avaliações liberou o mesmo para realizar atividades físicas. Dessa forma, diante esse caso em particular, o qual Bruno não possui tanta habilidade e experiência, terá que estudar como implementar uma boa e adequada prática com Carlos, além de repassar todo o caso para a estagiária Mirela. 
Ao longo de seus estudos, pode-se perceber que existe basicamente dois tipos de lesão medular, tais quais: a completa e a incompleta. Esses dois termos de classificação se referem aos níveis de movimento e sensação que a pessoa deve ter após sofrer a lesão. Nesse sentido, é fundamental que o profissional Bruno Vinicius saiba identificar corretamente o tipo de lesão e como trabalhar em cima dessa. 
Pode-se compreender que indivíduos com lesão medular completa, não possuem movimentação e sensação na região a qual foi acometida pelo trauma. Já a lesão medular incompleta, o individuo consegue ter algumas sensações e movimentos na localização abaixo da área acometida ou lesionada. Assim, a lesão completa da medula espinhal acontece quando o individuo sofre um grave acidente, chegando a perder toda a função motora e sensorial, nas regiões que se encontram abaixo da área lesionada, onde quando a pessoa possui alguma função para além do nível que aconteceu a lesão, é dito que se possui uma lesão medular espinhal incompleta. 
De acordo com a Associação Americana de Lesão Espinhal (ASIA) desenvolveu uma metodologia ou sistema para a classificação adequada, através da Escala de Prejuízo da ASIA, onde estipula o nível de gravidade e especificidade das lesões que acometem a medula espinhal humana. Essa metodologia se baseia na identificação por letras que possui amplitude de A a E, sendo o seguinte: 
ASIA de Nível A: Individuo que possui lesão completa da medula espinhal sem nenhuma função sensorial e motora. 
ASIA de Nível B: Indivíduos que possuem função sensorial incompleta e com perda completa e total da função motora. 
ASIA de Nível C: Indivíduos que possuem função motora incompleta, mas com algum movimento, onde menos da metade de todos os grupos musculares funcionam contra a gravidade com vários e completos movimentos. 
ASIA de Nível D: Indivíduos que possuem função motora incompleta e que possuem mais da metade de todos os músculos com capacidade de levantar contra a força da gravidade. 
ASIA de Nível E: Indivíduos com capacidade normal. 
Dessa forma, é válido ressaltar que lesões na medula espinhal, independente de ser completa ou incompleta gera algum impacto em sentido de perca para com as funções muscular e sensorial. A perda pode ser completa ou parcial, irá depender do nível de lesão e comprometimento. Tendo por base, as tipologias de lesão, é entendido que a lesão pode cortar ou não de forma completa a medula espinha do ser humano. 
A Paraplegia e a Tetraplegia são duas condições em termos de lesões para o corpo humano, que acarreta em paralisia para com danos no sistema nervoso central do indivíduo. A condição de Paraplegia se trata de uma paralisia para com as extremidades inferiores, acarretada por uma lesão na medula espinhal que fica abaixo do nível T1 (abaixo da cintura). A condição de Tetraplegia abrange todos os quatro membros, pegando também o tronco, pois se trata de uma lesão mais séria que afeta diretamente a cervical da coluna. 
Existe basicamente três principais funções que o ser humano pode perder, caso tenha a lesão medular, onde pode assim, incluir: perda da função muscular e função ou sensação automática para com as partes do corpo humano que servem a coluna espinhal para baixo do nível de lesão. 
Essas lesões deixam sequelas, que podem ser morfológicas e fisiológicas, onde assim é perceptível que na lesão medular não se tem mais a condução nervosa diretamente para o centro nervoso de forma normalizada, onde se tem déficit para com os feixes de fibras que se encontram ali e realizam o transporte normal do fluxo nervoso. Todo esse transporte é de uma certa forma quebrado ou interrompido, que vai dos feixes até o encéfalo. 
No sentido e percepção da fisiopatologia, é compreendido que a lesão muscular traumática, tem-se a lesão mecânica de nível primário e a lesão endógena de nível secundário, que possui assim determinadas fases, dividindo-se em: imediata, aguda, intermediária e crônica. 
Dessa forma, deve-se ter uma boa avaliação e cuidados para antes de prescrever exercícios físicos, onde Bruno deverá como bom profissional, analisar toda a avaliação médica e dar seu parecer frente as duas condições existentes. O profissional de educação física deve levar em consideração as recomendações médicas e assim fazer uso do seu conhecimento e habilidade para fazer com que tudo seja exercido perfeitamente. Deve compreender que a lesão muscular é bastante relativa, analisando todos os fatores vinculados, tais como: hábitos do educando, peso, altura, se era sedentário ou já praticava exercícios e o ritmo utilizado, se o mesmo gosta ou não de exercícios físicos e em cima de toda essa análise e diagnóstico, o mesmo terá capacidade suficiente para delimitar e definir seu plano de aula para com esse aluno deficiente. 
O professor de educação física precisa também avaliar e conversar com o educando, afim de compreender e entender todas as limitações que este possui, tais como: flexibilidade, fôlego, força, impacto, extensões, resistência, agilidade e condicionamento físico, para que não se tenha dificuldades ao longo das práticas. 
SITUAÇÃO PROBLEMA 2
No que diz respeito a problemática de número 02, percebe-se que o profissional de educaçãofísica Bruno irá inserir os seus educandos para um campeonato que acontecerá em 03 meses, onde ao longo desse período, este irá realizar diversas avaliações para com os alunos, principalmente os que não possuem limitações físicas que são os que irão participar. O professor de educação física irá medir basicamente quatro indicadores de suma importância para esse evento, tais quais: composição corporal, força, agilidade e a potência do aluno frente ao exercício que será praticado. 
A avaliação e medição desses indicadores auxiliará e apoiará bastante o trabalho de Bruno, pois o desempenho esportivo está diretamente relacionado aos componentes de condicionamento físico humano que possuem relação com a saúde e as habilidades requeridas, tais como: velocidade, potência, agilidade, equilíbrio, força e composição corporal. A técnica que será utilizada pelo educando será primordial e o seu nível de competência motora influenciará completamente no desempenho da atividade esportiva. 
Os aspectos do condicionamento físico estão totalmente equiparados a condição e composição corporal do indivíduo, onde é perceptível que um aumento para com a massa muscular magra gera no individuo um melhor desenvolvimento para com os itens de força e potência. O tamanho do músculo entrega basicamente o nível de força e potência que se tem. Assim, o aumento de massa magra relativiza e colabora para a força que este individuo terá, ao longo de um determinado período, assim como também aumento para a velocidade, rapidez e agilidade diretamente na força que este ser humano irá aplicar para com o solo. 
Uma determinada quantidade de gordura corporal é essencial para o ser humano, porém a redução da gordura não essencial se relaciona de forma equiparada para com o aumento da resistência da musculatura e também função cardiorrespiratória, ainda assim, para a velocidade e agilidade. 
O peso do individuo que não seja ligado a gordura saudável, ou seja, aquele não essencial, favorece a resistência para que o ser humano tenha um melhor e adequado movimento atlético. Dessa forma, o atleta força o seu aumento de força muscular no momento de contrair o peso de determinada carga especifica. Assim, a gordura inadequada ou extra poderá limitar em diversos níveis a sua resistência, a coordenação motora, a capacidade para movimentação e até mesmo o equilíbrio. 
A amplitude que o atleta realiza através de um movimento articular pode afetar negativamente, caso o individuo tenha massa corporal bastante excessiva e também alto nível de gordura. Nesse sentido, a massa em excesso pode servir como barreira ao movimento articular para que haja uma amplitude completa dos movimentos. Assim, pode-se observar que esportes que possuem alto nível de flexibilidade e resistência, são bem mais desempenhados por aqueles que possuem um baixo nível de gordura corporal. 
Então, é correto afirmar e verificar que para uma boa e adequada realização de esportes, é fundamental e necessário que o indivíduo tenha baixo nível de gordura corporal, assim existe um padrão delimitado de composição corporal para cada tipo de esporte. A depender do esporte a ser realizado, existe determinados fatores físicos específicos do atleta. Pode-se citar assim, como exemplo: jogadores de futebol das equipes americanas e os lutadores da modalidade peso pesado, precisam ter um elevado nível de massa corporal. 
Embora a massa corporal magra seja ideal, esses atletas podem se beneficiar de aumentos de massa em qualquer forma (gordura incluída). A maior massa proporciona a esses atletas mais inércia, possibilitando que joguem suas posições com maior estabilidade, desde que a velocidade e a agilidade não sejam comprometidas. 
Atletas de força e potência, como jogadores de futebol americano, lutadores e outros atletas de combate; levantadores de peso; fisiculturistas; levantadores de peso; e os atiradores de atletismo se beneficiam muito de altos níveis de massa corporal magra. Atletas de resistência, como corredores de longa distância, ciclistas e triatletas, se beneficiam muito com um baixo percentual de gordura corporal. 
Existem algumas modalidades, tais como lutadores, ginastas, saltadores, lutadores de artes marciais, boxeadores e levantadores de peso, no qual estes necessitam possuir uma elevada proporção de força em relação a massa (potência – massa). O treinamento consegue fazer com que o individuo aumente sua força e também a potência, mantendo assim, a gordura corporal em baixa, que é de extrema importância para essas modalidades de esportes. Existem algumas modalidades que é necessário o atleta superar o peso de todo o seu corpo para se ter um melhor êxito e desempenho no esporte, podemos citar os ginastas, saltadores em altura e também em vara. Assim, minimizar as mudanças na massa permite maior altura de vôo, tempo e capacidade atlética aérea.
Focando nos esportes que são necessário um bom desempenho em potência, podemos citar o handebol, o futebol e o basquete que são modalidades esportivas que abrangem o anaeróbico e aeróbico em mesmo nível. Além da potência, é necessário que se tenha rapidez, agilidade, força e velocidade com elevados níveis ou até mesmo moderados em aptidão aeróbica. Os atletas desses esportes se beneficiam quando possuem uma baixa gordura corporal e através da prática aumentam a sua massa corporal magra. 
É verídico também, que alguns atletas podem tolerar altos níveis de massa corporal e até mesmo porcentagens de gordura corporal, onde geralmente se usa os dados obtidos a partir da medição frequente da composição corporal para se realizar planos de treinamento, sempre com objetivo de redução da gordura corporal do indivíduo, mantendo ou aumentando a massa muscular magra. 
Para avaliação dos educandos, o profissional de educação física Bruno pode fazer uso de instrumentos, tais como: 
· Composição Corporal: Através dessa, o professor poderá avaliar a espessura das dobras cutâneas, onde inclui: Tríceps, Subescapular, Supra- ilíaca, Abdominal, Axilar Média, Peitoral e Coxa.
· Antropometria: Através desse consegue medir o índice da massa do corpo (IMC), onde o mais indicado é o uso da balança de bioimpedância;
· Teste de Agilidade, podendo usar o teste de Shuttle Run.
· Avaliação da potência muscular podendo usar o teste de salto vertical (Nieman, 2011).
CONCLUSÃO
Através do desenvolvimento desse artigo, o acadêmico conseguiu compreender bem os conhecimentos e habilidades adquiridas ao longo das disciplinas do atual semestre letivo. Assim, aplicando através de uma situação geradora de aprendizagem que trás um estudo de caso que evidencia bem uma prática da rotina do profissional de educação física. A finalidade dessa proposta, é fazer com que o acadêmico realize uma intervenção em busca de melhor solução para o caso. 
O educador físico necessita conhecer bem a cerca de anatomia e também entender bem as orientações médicas para assim direcionar os seus educandos da melhor forma para a prática de exercícios físicos. A adequação de atividades é realizada através do entendimento de forma subjetiva de cada indivíduo, avaliando sua condição médica e proporcionando a prática adequada. No caso em estudo, o professor precisou conhecer bem o trauma do aluno e direcionar os melhores exercícios para que o aluno tenha uma prática efetiva. 
Portanto, é fundamental que o professor Bruno sempre busque avaliar o perfil de cada aluno, buscando intervir e proporcionar os melhores e adequados exercícios que esteja de acordo com a condição física do educando, fazendo com que este cresça e se desenvolva através de sua prática correta, principalmente para os campeonatos. 
REFERENCIAS
CALEGARI, D. R. Adaptação do handebol para a prática em cadeira de rodas. Disponível em: <http://repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/274722/1/Calegari_DecioRoberto_D.pdf>. Acesso Fev. 2021. 
CALEGARI, D. R. Regras do jogo de handebol em cadeira de rodas. Disponível em: <http://multimidia.curitiba.pr.gov.br/2012/00123411.pdf>. Acesso Fev. 2021. 
MENEZES, R. P.; MARQUES, R. F. R.; NONUMURA,M. O ensino do handebol na categoria infantil a partir dos discursos de treinadores experientes. Movimento, v. 21, n. 4., p. 463-477, 2015. Disponível em: <https://www.seer.ufrgs.br/Movimento/article/view/47664/36395>. Acesso Fev. 2021.
MENEZES, R. P. O ensino dos sistemas defensivos do handebol: considerações metodológicas acerca da categoria cadete. Pensar a Prática, v. 13, n. 1, p. 1-15, 2010. Disponível em: <https://www.revistas.ufg.br/fef/article/view/7269/6673>. Acesso Fev. 2021.

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