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Prótese 1 Jennifer Naito Aula 1: Exame clínico e planejamento em PFF – prof. Paulo Conti Todo planejamento de uma prótese fixa deve ser individualizado e criterioso, pois apesar de todas as dificuldade que os casos apresentam os paciente tem maior anseio pela estética, outros pela função, outros características de saúde e anatômicas. Exame do paciente: devemos tentar coletar a maior quantidade possível de informações, como por exemplo dificuldade de cicatrização que impede que seja feito um procedimento cirúrgico, ou dificuldade motora de higienização, entre outros. • Anamnese o História do paciente. o Hábitos parafuncionais: ▪ Apertamento; ▪ Bruxismo; ▪ Desgaste dental (hábitos, profissão); ▪ Perda da DVO. o Queixa principal: ▪ Conforto. ▪ Função: dificuldade mastigatória ou fonética por cúspides fraturadas, cárie e/ou doença periodontal, dentes ausentes, DTM, trauma oclusal. ▪ Aspecto social: higiene oral precária (cárie, doença periodontal), halitose, desconforto social. ▪ Aparência: melhorar a estética, não criar expectativa de estética perfeita, estética personalizada. o Evitar tratamentos longos e complexos em pacientes especiais, idosos, com saúde comprometida ou condição psicológica, pois ele pode perder o interesse. • Exame físico: o Extra-oral: ▪ ATM; ▪ Músculos mastigatórios; ▪ Tipo de sorriso: • Sorriso gengival: altura total dos dentes e faixa de gengiva inserida. 10,57% da população. • Indicação para cerâmica pura, ombro cerâmico. ▪ Dimensão vertical; ▪ Suporte do lábio: • Grandes perdas ósseas: enxerto ósseo ou conjuntivo, gengiva artificial, removível (acrílica), porcelana rosa etc. • Analisar PPF. o Intra-oral: ▪ Lesões. ▪ Exame periodontal: • Sondagem periodontal: bolsa periodontal em nível ósseo, índice gengival (sangramento/processo purulento X inflamação), placa e cálculo. • Recessão gengival: estética/aspecto biológico, enxerto de mínimo 2mm de gengiva ceratinizada. • Cor, textura, contorno, consistência. • Falta de contato proximal X impactação. • Envolvimento de furcas. • Mobilidade dos pilares: doença periodontal, trauma oclusal secundário (periodonto reduzido, incapaz de adaptar-se ao trauma oclusa) o Grau 1: 0-1mm no sentido H; o Grau 2: + de 1mm no sentido H; o Grau 3: movimento V e H; o Progressiva ou estabilizada. ▪ Dentes: Prótese 1 Jennifer Naito • Cáries/descalcificações: principal causa de fracassos em PPF. Em pacientes com alto risco de cárie, devemos planejar prótese que facilite HO, cimento de IOV e bochechos diários de flúor, aconselhamento dietético. • Restaurações. • Desgaste: interferência oclusal, bruxismo, lesões cervicais. • Fraturas. • Relação coroa-raiz (área de suporte periodontal): ideal 2:3 e mínimo aceitável 1:1 (exceto casos especiais – alavanca extra-alveolar) • Forma/n° de raízes: longas x curtas, ovais x arredondadas, múltiplas e divergentes x fusionadas. • Mobilidade. • União de pilares a outros dentes: o Maior área de periodonto de sustentação. o Menor efeito negativo de forças laterais. o Evolver dentes de 2 ou mais planos. • Menos forças laterais com: cúspides baixas e fossas rasas, diminuição da mesa oclusal, contatos posteriores simultâneos. ▪ Pilares protéticos: • Tamanho da coroa clínica: o Retenção e estabilidade; o Aumento de coroa clínica (ou extrusão ortodôntica); o Meios auxiliares de retenção (sulcos, caixas). • Vitalidade pulpar: o Prótese extensa – evitar dente despolpado: menor elasticidade da dentina, perda de receptores pulpares, aumento da força sobre os dentes, diminuição da resistência à fratura. o Teste de vitalidade/avaliação de Radiografia. ▪ Exame oclusal: • Oclusão normal X patológica; • Extrusões – corrigir com endodontia, ortodontia, exodontia; • Rotações; • Inclinações: ameloplastia (pouca inclinação), ortodontia (distribuição das forças para o longo eixo), conector não-rígido, coroas telescópicas, coroas parciais, endodontia. • Trespasse H e V; • Guia anterior e lateral. ▪ Espaço protético: • Comprimento: quanto maior número de pônticos, maior flexão; • Altura: quanto maior a espessura (espaço interoclusal), menor a flexão. • Exame de imagem o Complementa exame clínico; o Panorâmica – visão geral – detalhes distorcidos; o ATM; o Exame periapical completo – técnica paralelismo: ▪ Lesão periapical; ▪ Qualidade do tratamento endodôntico; ▪ Proporção coroa-raiz; ▪ Espessamento do ligamento periodontal; ▪ Altura da crista óssea; ▪ Nº, forma e comprimento das raízes. o Técnica interproximal: adaptação de prótese antiga, recidiva de cárie, excessos. • Análise dos modelos de estudo: Prótese 1 Jennifer Naito o Montagem em RC/ASA o Análise estática e dinâmica de relações dentarias, sem interferência neuromuscular; o Detalhes de difícil observação clínica – inclinação, extrusão, má posição. ▪ Análise de contatos prematuros; ▪ Mapear ajuste oclusal; ▪ Espaço ocluso-gengival. • Coroas provisórias e tratamento periodontal: o Remover próteses deficientes e excessos de restaurações; o Profilaxia e IHO; o Provisórias adequadas – início do tratamento periodontal; o 60 a 90 dias após cirurgia (sulco gengival) para preparo intrasulcular; o Moldagem final 2 a 3 semanas após preparo. • Margem do preparo: idealmente ao nível supragengival pois é mais favorável para o periodonto. o Quando fazer intrasulcular? ▪ Estética – dente anterior – 0,5mm dentro do sulco; ▪ Aumenta a retenção – coroas curtas; ▪ Cárie, recessão, fraturas, trocas; ▪ Hipersensibilidade ▪ Quanto mais intrasulcular, mais gengivite e placa – cuidado!! • Estratégia de tratamento: o Dentes com prognóstico duvidoso: remover dentes de difícil tratamento e sem importância estratégica; o Prognostico favorável possui longo prazo. o Tratamento endodôntico – quando retratar? ▪ Não retratar quando: não precisa de núcleo, endodontia com mais de 5 anos, sem lesão, mesmo com comprimento inadequado. ▪ Retratar: com lesão, sem lesão mas com comprimento inadequado, quando precisa de núcleo. o Reposição de dente unitário: ▪ Implante osseointegrado: preserva dentes adjacentes, estética pode ser difícil – pelo menos 1,5mm apical a JCE do dente adjacente = correto perfil de emergência (enxerto ósseo ou conjuntivo) –, envolvimento cirúrgico. ▪ PPF convencional: desgaste de dentes adjacentes, 1ª opção quando dentes precisam de coroas, previsibilidade, sensação de segurança, risco de caries, periodontal e endodôntico. ▪ PPF adesiva. ▪ PPR. o Reposição de dentes anteriores: ▪ Implante osseointegrado: quando há condição óssea e suporte labial adequados, ótima função, sem desgaste dentário, desafio estético. ▪ PPF convencional: alto envolvimento estético, enceramento diagnostico, provisórias, guia anterior (estética, fonética, função na prótese definitiva) • Quatro incisivos: inferior – geralmente envolve apenas canino (forças verticais); superior – geralmente envolve 1º pré-molares (curvatura do arco x braço de alavanca). ▪ PPR: paciente idosos e com saúde frágil (rápido, + simples, fácil manutenção), grandes perdas ósseas (na impossibilidade de enxertos) – suporte labial. o Perdas posteriores múltiplas: ▪ Pilares distais presentes: • Implantes osseointegrados: evita desgastes de dentes adjacentes. • PPF convencional: o Lei de Ante (1926): a soma da área de raízes dos pilares deve igual ou maior que a dos dentes a substituir. o Jepsen (1963): determinou áreas radiculares dos dentes. Prótese 1 Jennifer Naito o Princípio de Vest: Relação: resistência as F mastigatórias do ICI x demais dentes Cálculo do n° de retentores Força = soma dos valores de pônticos e pilares Resistência = soma do dobro da resistência das raízes dos pilares Indicação duvidosa: diferença 0 ou negativa • PPR: perdas bilaterais (2 ou + pônticos em cada espaço) – espaço protético longo –,economia, volume X fonação, menor eficiência mastigatória, recusa. ▪ Ausência de pilares distais: • Arco dental reduzido • Implantes osseointegrados: orevisibilidade comprovada, técnica cirúrgica correta, comprimento, diâmetro e distribuição adequados, quantidade e qualidade óssea. • PPF convencional com cantiléver • PPR: espaços protéticos amplos, na impossibilidade de implantes, execução mais simples, mais fácil higienizar, menor custo.
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