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Trabalho de parto prematuro

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Vict�ria K. L. Card�so
Trabalho de parto prematuro
Introdução
Conceito: é o trabalho de parto iniciado
antes da 37* semana de gestação, sem contar
com abortamentos.
Critério clínico para o diagnóstico:
● Contrações uterinas regulares com
modificações no colo uterino →
apagamento e ou dilatação de pelo
menos 2 cm.
Fatores de risco:
● TPP prévio e baixo nível
socioeconômico da gestante (pois está
associado a outros fatores).
● Gestação múltipla.
● Rotura prematura de membrana.
● Distúrbios hipertensivos da gestação.
● Restrição do crescimento intrauterino.
● Hemorragias pré-parto.
● Miscelânea - incompetência
istmocervical (IIC) e malformações
uterina.
● Anemia materna.
● Uso de cocaína.
● Infecções.
● Tabagismo.
● Baixo peso materno.
● Polidrâmnio.
● Colo uterino menor que 30mm entre 24
e 28 semanas de gestação.
● Idade < 18 anos.
● Raça negra.
● Estilo de vida estressante.
● Violência doméstica
Diagnóstico
Deve haver a presença de:
● Atividade uterina regular com
contrações em intervalos de 5-8 min,
Vict�ria K. L. Card�so
com duração de no mínimo 20 seg,
permanecendo nesse padrão por no
mínimo 30 min.
● Alterações da cérvice uterina com
dilatação de 2 cm ou mais e
apagamento cervical de 80%.
● Formação de “bolsas das águas”.
● Apresentação fetal.
● Rotura prematura de membrana.
● Toda paciente com atividade uterina
persistente e que não tenha evolução
na dilatação cervical, deve fazer um
ultrassom para medir o colo uterino.
○ Valores menores que 30 mm
favorecem o diagnóstico de TPP.
Exames complementares:
● Hemograma completo.
● Sumário de urina e urocultura.
● Bacterioscopia e exame a fresco do
conteúdo vaginal.
● Ultrassonografia obstétrica com
medição do colo uterino.
● Cardiotocografia, se a gestação for
maior que 28 semanas.
Tratamento
Internação hospitalar: para acompanhar a
evolução da gestante e para iniciar a
tocólise.
● Não é necessário deixar a gestante em
repouso no leito.
Hidratação e sedação: não existem
evidências de diminuição do risco do
trabalho de parto prematuro.
Tocólise: trata-se da administração de
medicamentos que suprimem o trabalho de
parto prematuro, impedindo as contrações
uterinas.
● Deve ser iniciada em todo o trabalho
de parto prematuro entre 24 e 34
semanas.
● Contraindicações:
○ Gestação > 37 semanas.
○ Óbito fetal.
○ Descolamento de placenta.
○ Corioamnionite.
○ Malformações fetais graves.
Vict�ria K. L. Card�so
○ Sofrimento fetal a
ultrassonografia ou a
cardiotocografia.
○ Pré-eclâmpsia ou eclâmpsia.
○ Inviabilidade fetal.
Nifedipina: retarda a evolução do TPP →
geralmente é o medicamento de escolha.
● Contraindicações:
○ Alergia.
○ Doença cardíaca materna
significante.
○ Disfunção hepática.
○ Uso concomitante de
betamiméticos endovenoso,
nitrato ou anti-hipertensivos.
● Efeitos colaterais:
○ Hipotensão.
○ Taquicardia.
○ Palpitações.
○ Flushing.
○ Náuseas.
○ Cefaléia.
Obs: nifedipina e sulfato de magnésio
possuem elevado risco de hipotensão e
podem potencializar a toxicidade do
magnésio.
Corticóide: deve ser usado em toda gestante
com risco iminente de TPP, entre a 24* - 36*
semana de gestação.
● Pode ser usado com 23 semanas, desde
que a neonatologia tenha suporte
adequado e seja o desejo da família.
● Usa-se: betametasona ou
dexametasona.
Antibioticoprofilaxia: é indicado para TODA
gestante em TPP para prevenir uma infecção
contra Estreptococos beta-hemolítico do
grupo B.
● Exceto: gestantes entre 35 e 37
semanas que tenham swab vaginal
negativo para a bactéria.
● Usa-se: cefazolina ou penicilina
cristalina.
○ Se houver risco de anafilaxia
por betalactâmicos:
clindamicina ou vancomicina.
Neuroproteção: indica-se o uso de sulfato de
magnésio.
● Indicação nível A:
○ entre 24-31 semanas e 6 dias +
parto iminente, com ao menos 4
Vict�ria K. L. Card�so
cm de dilatação, colo
modificado e dinâmica uterina
regular em 12h.
OU
○ Rotura prematura de
membranas no início do
trabalho de parto.
OU
○ Parto eletivo por indicação
materna ou fetal (cesariana ou
parto vaginal).
● Duração do tratamento: dose de
manutenção até o parto ou por no
máximo 12 horas.
○ Em cesáreas: iniciar o protocolo
4h antes do parto.
● Na tocólise: deve-se usar nifedipina
até 4 cm e a partir daqui deve-se
substituir a tocólise por sulfato de
magnésio.
○ O sulfato de magnésio NÃO deve
ser usado como tocolítico.
○ Contra-indicações:
■ Miastenia gravis.
■ Arritmia cardíaca.
■ Insuficiência renal.
■ Múltiplas malformações.
○ Suspender a medicação nos
seguintes casos:
■ FR < 16.
■ Ausência de reflexos
patelares.
■ Diurese < 30, medida por
sondagem vesical de
demora.
Assistência ao parto
prematuro
Analgesia: uso de epidural para dar maior
relaxamento pélvico.
● Evita-se depressores do SNC.
Episiotomia: apenas se necessário durante o
trabalho de parto ativo.
● Deve-se manter as membranas
ovulares íntegras durante toda a
dilatação.
Via de parto: deve ser a indicada pelo
obstetra.
Monitorização:
● Ausculta dos batimentos cardíacos
fetais a cada hora.
Vict�ria K. L. Card�so
● Cardiotocografia intermitente - para
identificação de sofrimento fetal.
Prevenção ao trabalho
de parto prematuro
Cerclagem uterina:
● É um procedimento ou pontos
cirúrgicos em bolsa, para evitar a
dilatação do colo uterino e,
consequentemente, o parto prematuro.
● É realizado após o primeiro trimestre
de gestação.
● Mais indicado para os casos de
incompetência istmocervical.
Obs: o tratamento profilático das infecções
cervicovaginais, como as vaginoses
bacterianas e tricomoníase, NÃO diminui a
incidência dos partos com menos de 37
semanas de gestação.
Progesterona:
● Quando a gestante tem história prévia
de TPP espontâneo, recomenda-se o
uso antes das 37 semanas.
● Deve-se administrar a progesterona,
diariamente via vagina, da 18* a 36*
semana de gestação.

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