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Responsabilidade Social e Governança Corporativa AVA2 - Marina Fernandes Sodré

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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA 
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 
 
 
 
 
 
 
Marina Fernandes Sodré 
 
 
 
 
 
 
TRABALHO DA DISCIPLINA RESPONSABILIDADE SOCIAL E GOVERNANÇA 
CORPORATIVA – AVA2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rio de Janeiro – RJ 
2020
 
ii 
Marina Fernandes Sodré 
 
 
 
TRABALHO DA DISCIPLINA RESPONSABILIDADE SOCIAL E GOVERNANÇA 
CORPORATIVA – AVA2 
 
 
 
Trabalho apresentado à Universidade Veiga de 
Almeida como parte dos requisitos necessários 
para a aprovação na disciplina 
Responsabilidade Social e Governança 
Corporativa do Curso de Engenharia de 
Produção. 
 
Professor: Jose Augusto Godinho Rodrigues 
 
 
 
 
 
Rio de Janeiro – RJ 
2020 
 
iii 
SUMÁRIO 
 
 
1 – INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................. 4 
2 – ESTUDO DE CASO ....................................................................................................................................... 5 
2.1 AÇÕES/ESTRATÉGIAS PARA SER UMA EMPRESA SOCIALMENTE RESPONSÁVEL .......................................... 5 
2.2 GANHOS (RESULTADOS) AMBIENTAIS E SOCIAIS DA EMPRESA .................................................................... 6 
2.3 DIFICULDADES/LIMITAÇÕES PARA SE TORNAR UMA EMPRESA SOCIALMENTE RESPONSÁVEL ................... 7 
2.4 PRÁTICAS DE BOA GOVERNANÇA CORPORATIVA, COM BASE NO INSTITUTO BRASILEIRO DE GOVERNANÇA 
CORPORATIVA – IBCG QUE A EMPRESA UTILIZA ...................................................................................................... 8 
2.5 A EMPRESA UTILIZA A CERTIFICAÇÃO ISO 26000, AS 8000 OU OUTRA FORMA DE MOSTRAR O 
DESEMPENHO GERAL A OPERAR DE FORMA EFICAZ E OBTER SUSTENTABILIDADE? ............................................. 10 
2.6 A EMPRESA DESENVOLVE E/OU FINANCIA ALGUM PROGRAMA SOCIAL? .................................................. 10 
2.7 ATUA EM PARCERIA COM ORGANIZAÇÕES NÃO GOVERNAMENTAIS (ONGS), ORGANIZAÇÕES DA 
SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PÚBLICO (OSCIP) OU OUTRO TIPO DE ORGANIZAÇÃO SEM FINS LUCRATIVOS 
(FUNDAÇÕES, ASSOCIAÇÕES)? .............................................................................................................................. 11 
2.8 QUAIS AÇÕES/PROGRAMAS OU ESTRATÉGIAS PARA PROMOVER UMA CULTURA INTERNA DE 
SUSTENTABILIDADE JUNTO AOS FUNCIONÁRIOS? ................................................................................................ 12 
2.9 QUAL(IS) A(S) DIMENSÃO(ÕES) DA RESPONSABILIDADE SOCIAL/SUSTENTABILIDADE QUE A EMPRESA 
PRIOROZA? ............................................................................................................................................................ 13 
2.10 SUGESTÕES PARA A EMPRESA ALCANÇAR OU BUSCAR A MELHORIA DA RESPONSABILIDADE SOCIAL PARA 
OS PRÓXIMOS CINCO ANOS ................................................................................................................................... 14 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................................................................16 
 
 
 
4 
 
1 – INTRODUÇÃO 
 
Este trabalho tem como objetivo realizar um estudo de caso sobre a 
empresa Natura para identificar e abordar os compromissos e estratégias de 
responsabilidade social e ambiental exercidos pela empresa. 
A Natura é uma multinacional brasileira de cosméticos, produtos de 
higiene e beleza, que além do Brasil, está presente em mais 8 países. A empresa 
teve início em 1969 e desde então construiu um negócio voltado à construção 
do Bem Estar Bem – que se manifesta nas relações harmoniosas que um 
indivíduo estabelece consigo mesmo, com os outros e com a natureza. 
 
 
 
5 
 
2 – ESTUDO DE CASO 
 
2.1 AÇÕES/ESTRATÉGIAS PARA SER UMA EMPRESA SOCIALMENTE 
RESPONSÁVEL 
 
Desde a sua criação, a Natura faz do seu vínculo com o cliente e a 
natureza a sua base de negócio. Em 1975, adotam ingredientes vegetais nas 
formulações, já em 1983 são a primeira empresa brasileira de cosméticos a 
lançar produtos com refil. A linha de produtos Crer Para Ver, criada em 1995, 
tem o lucro revertido para ações em prol da educação. Em 2005, é lançado o 
Movimento Natural, o qual engaja consultoras e consultores de beleza em 
inicativas socioambientais. Logo após, os testes em animais são abolidos no ano 
de 2006. No ano seguinte, 2007, é implantado o Programa Carbono Neutro com 
o objetivo de reduzir e neutralizar a emissão de gases de efeito estufa e passam 
a usar apenas álcool orgânico em seus produtos. Em 2010, criam o Instituto 
Natura para apliar o apoio a projetos de melhoria da educação. O Programa 
Amazônia é lançado no ano de 2011 com o propósito de estimular o 
desenvolvimento de um polo de negócios sustentáveis na região. Passam a 
compensar 100% dos gases de efeito estufa gerados em função de negócio em 
2013. No ano seguinte, 2014, inaugura-se o Ecoparque em Benevides (PA), 
centro de produção e inovação em plena Amazônia, e o moderno Centro de 
Distribuição em São Paulo, em que colaboradores com deficiência somam mais 
de 18%. Além disso, ganham a certificação B Corp. Em 2015, recebe o Prêmio 
Campeões da Terra da Organização das Nações Unidas (ONU). 2017 traz a 
inauguração da Casa Natura Musical, espaço de shows em São Paulo dedicado 
à música brasileira. No ano de 2018, a linha Ekos recebe o selo UEBT (sigla em 
inglês para União para o BioComércio Ético), o qual reconhece que seus 
negócios são norteados pelos pilares de comércio justo, conservação da 
biodiversidade brasileira e relacionamento de confiança com a comunidade e 
conquista-se as certificações The Leaping Bunny, da Cruelty Free International, 
e Peta por não serem realizados testes em animais. 
Somado a tudo isso, a Natura também pratica importantes ações sociais 
em temas como diversidade e educação. No primeiro, a empresa é referência 
6 
 
em inclusão de pessoas com deficiência, tendo 6,5% de colaboradores com 
algum tipo de deficiência. Ela também dá licença maternidade e paternidade para 
casais homoafetivos. Além disso, possui estratégias para aumentar a 
representatividade de negros em suas equipes e trazer mulheres para cargos de 
liderança. No tema da educação, o destino do lucro das vendas dos produtos 
Crer Para Ver é para projetos de melhoria da educação básica que são geridos 
pelo Instituto Natura, o qual atua em 22 estados com iniciativas que envolvem 
mais de 1,2 milhão de crianças e jovens por ano. Os projetos contemplam três 
principais frentes de ação: 
1. Escola em Tempo Integral, que propõe mais tempo de aula e mais 
qualidade de aprendizagem para os jovens do ensino médio. 
2. Alfabetização, com capacitação de professores. 
3. Há três anos oferecem um programa de educação para suas Consultoras, 
Consultores e suas famílias. 
 
2.2 GANHOS (RESULTADOS) AMBIENTAIS E SOCIAIS DA EMPRESA 
 
É essencial para a empresa contabilizar o impacto de suas ações sociais 
e ambientais para poder mensurar suas metas e seus resultados. A Natura, mais 
uma vez, se destaca e se torna a primeira empresa da América Latina a 
contabilizar esses impactos. Para isso, ela utiliza a metodologia internacional de 
contabilidade ambiental (conhecia em inglês como “EP&L”, Ganhos e Perdas 
Ambientais, a qual faz uma análise profunda de todas as fases do produto, desde 
a extração da matéria-prima, passando por fabricação, transporte, uso e 
descarte dos materiais. 
O estudo revelou que o impacto ambiental da cadeia da Natura, que 
compreende a extração de matérias-primas, a fabricação e o transporte dos 
produtos e o descarte das embalagens, foi estimado em R$ 132 milhões para 
2013. Esse impacto teria sido maior (equivalente a R$ 164 milhões) sem as 
medidas do Programa Carbono Neutro, que, desde 2007, revê os processos da 
empresa para reduzir as emissões de gases do efeito estufae faz a 
compensação do que não foi possível reduzir. O impacto dos projetos de 
7 
 
compensação, se considerado no cálculo da contabilidade ambiental, seria 
positivo em R$ 77 milhões. 
O maior impacto nessas etapas se dá pelas emissões de gases do efeito 
estufa (59%), que já são compensados pela Natura por meio da contratação de 
projetos de reflorestamento, entre outros. Em seguida vêm a poluição 
atmosférica (14%), a poluição da água (11%), o uso da terra (8%) e o consumo 
de água (7%). 
No setor de cosméticos, a Natura é a primeira empresa no mundo a fazer 
uma análise de ponta a ponta em sua cadeia, incluindo a etapa de uso do 
produto. O estudo traz dados inéditos sobre este estágio, que depende do 
comportamento do consumidor. Conforme já era esperado, esta etapa é a de 
maior peso, pois produtos de higiene pessoal e cosméticos são, em grande 
parte, utilizados durante o banho. A etapa de uso representa um impacto 
adicional de R$ 455 milhões, mais do que o triplo das etapas ligadas diretamente 
à cadeia de negócios da Natura. 
 
2.3 DIFICULDADES/LIMITAÇÕES PARA SE TORNAR UMA EMPRESA 
SOCIALMENTE RESPONSÁVEL 
 
É inegável a preocupação e a participação da Natura em causas sociais 
e ambientais. Em toda a sua hitória, a empresa está voltada para essas 
questões. No entanto, por serem grandes ações, requerem também grandes 
investimentos e, nem sempre, a economia brasileira colabora com as 
organizações. Manter seus projetos em meio a crise econômica enfrentada pelo 
Brasil tem sido um teste real de compromisso como afirma o presidente da 
Natura, Roberto Lima, 2015: 
O atual momento de instabilidade na economia brasileira 
nos obriga a ser ainda mais eficientes e criativos na conciliação 
de investimentos em inovação de produtos, infraestrutura e 
desenvolvimento de tecnologia com as nossas metas de 
sustentabilidade. A crise é passageira, mas a agenda do 
desenvolvimento sustentável é uma construção permanente. A 
crise tem este aspecto positivo: ela é um teste real de nosso 
compromisso com a sustentabilidade. E, no caso da Natura, 
acreditamos que atravessar períodos de turbulências fortalece 
as bases desse nosso compromisso, faz com que sejamos 
8 
 
obrigados a refletir constantemente sobre os aspectos mais 
essenciais de nosso modelo. Durante a crise não é momento de 
se rever posicionamentos ligados à sustentabilidade, mas de 
aprofundá-los. 
Outro desafio percebido pela empresa é em relação a reeducação do 
consumidor na questão do uso consciente. Como mostra o estudo mencionado 
anteriormente, o qual utiliza a metodologia de Ganhos e Perdas Ambientais, a 
etapa de uso do consumidor é a que representa um maior impacto ambiental. 
Diante disso, se faz necessário mostrar ao consumidor que ele também faz parte 
do processo e o quanto suas ações influênciam. Marcelo Afonso (2016), diretor 
de sustentabilidade da Natura, afirma que “A partir desse diagnóstico, queremos 
estabelecer um diálogo ainda mais franco e aberto com o consumidor”. 
 
2.4 PRÁTICAS DE BOA GOVERNANÇA CORPORATIVA, COM BASE NO 
INSTITUTO BRASILEIRO DE GOVERNANÇA CORPORATIVA – IBCG 
QUE A EMPRESA UTILIZA 
 
O Intituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBCG) define 
governança corporativa como sendo o sistema pelo qual as sociedades são 
dirigidas e monitoradas, envolvendo os relacionamentos entre acionistas, 
conselho de administração, diretoria, auditores independentes e conselho 
fiscal. Ele menciona quatro princípios básicos que norteiam essa prática, são 
eles: transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade. 
A Natura criou o Conselho de Administração em 1998, ainda como 
empresa de capital fechado. Desde então, a governança corporativa tem 
evoluído, com a criação de Comitês do Conselho de Administração e da Diretoria 
de Governança Corporativa em 2005. 
Dentre as práticas de governança corporativa recomendadas pelo 
“Código de Melhores Práticas de Governança Corporativa” editado pelo Instituto 
Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), a Natura adota as seguintes: 
• Emissão exclusiva de ações ordinárias; 
• Política “uma ação igual a um voto”; 
9 
 
• Contratação de empresa de auditoria externa e independente para a 
análise de suas demonstrações financeiras, que não será contratada 
para prestar outros serviços que comprometam sua independência; 
• Estatuto Social claro quanto à (i) forma de convocação da Assembleia 
Geral; (ii) competências do Conselho de Administração e da Diretoria; 
(iii) sistema de votação, eleição, destituição e mandato dos membros 
do Conselho de Administração e da Diretoria; 
• Transparência na divulgação dos relatórios anuais da administração; 
• Publicação de documentações pertinentes a assuntos incluídos na 
ordem do dia das Assembleias desde a data da primeira convocação, 
com detalhamento das matérias da ordem do dia, sempre objetivando 
a realização de assembleias em horários e locais que permitam a 
presença do maior número possível de acionistas; 
• Fazer constar votos dissidentes nas atas de assembleias ou de 
reuniões, quando solicitado; 
• Vedação ao uso de informações privilegiadas e existência de política 
de divulgação de informações relevantes; 
• Previsão estatutária de arbitragem como forma de solução de 
eventuais conflitos entre acionistas e Companhia; 
• Conselheiros com experiência em questões operacionais e 
financeiras; 
• Previsão estatutária de vedação ao acesso de informações e de 
direito de voto de conselheiros em situações de conflito de interesse; 
• A oferta de compra de ações que resulte em transferência de controle 
deve ser dirigida a todos os acionistas, que terão a opção de vender 
as suas ações nas mesmas condições do controlador, incluindo a 
participação no prêmio de controle, se houver; e 
• O Conselho de Administração é composto por, no mínimo, 9 (nove) e, 
no máximo, 11 (onze) membros. 
 
10 
 
2.5 A EMPRESA UTILIZA A CERTIFICAÇÃO ISO 26000, AS 8000 OU 
OUTRA FORMA DE MOSTRAR O DESEMPENHO GERAL A OPERAR 
DE FORMA EFICAZ E OBTER SUSTENTABILIDADE? 
 
A Natura possuiu sete selos/certificações que estão descritas em seu 
Relatório Anual 2019. São elas: 
• Certificada como Empresa B desde 2014, iniciativa do movimento 
Sistema B, que reconhece as organizações que dão igual peso aos 
resultados econômicos e socioambientais. 
• Selo UEBT (União para o Biocomércio Ético) para a linha Natura Ekos, 
reconhecendo a rastreabilidade da cadeia de fornecimento dos 
ingredientes naturais e reforçando o compromisso com o comércio justo, 
a conservação da biodiversidade e o desenvolvimento das comunidades. 
• Leaping Bunny, da Cruelty Free International, que atesta a não realização 
de testes em animais em todo o portfólio da Natura. 
• Palma RSPO – 78% do óleo de palma utilizado é certificado pela 
Roundtable on Sustainable Palm Oil. 
• Álcool orgânico – utilizado 100% de álcool orgânico na perfumaria, com 
certificação IBD (Instituto Biodinâmico) e Ecocert. 
• Papel FSC (Forest Stewardship Council) – adotado papel certificado FSC 
nas embalagens de produtos e caixa de embarque para consultoras. 
• Certificação LEED – o prédio administrativo da Natura, o NASP, recebeu 
em 2018 a certificação LEED® (Leadership in Energy and Environmental 
Design) GOLD. Desenvolvida pelo U.S. Green Building Council (USGBC). 
 
2.6 A EMPRESA DESENVOLVE E/OU FINANCIA ALGUM PROGRAMA 
SOCIAL? 
 
A Natura possui e apoia diversos programas sociais ao redor do Brasil. Em 
2011, todas as iniciativas para transformar desafios socioambientais em 
oportunidades de negócio foram reunidas no Programa Natura Amazônia. Ele 
possui três pilares: ciência, tecnologia e inovação, cadeias produtivas da 
sociobiodiversidade e fortalecimento institucional. 
11 
 
No primeiro, o programa ativa e coordena redes de pesquisa e de 
conhecimento locais, nacionais e internacionais, com foco em biodiversidade, 
manejo e agricultura sustentáveise ecodesign. No segundo pilar, ele estrutura, 
aprimora e expande as cadeias produtivas sustentáveis na Amazônia, com 
investimentos em capacitação, eficiência produtiva e aporte de tecnologias. O 
objetivo é que as cooperativas prosperem, gerem riquezas localmente e tenham 
desenvolvimento social. E, por fim, empodera as instituições locais e estabelece 
parcerias que geram benefícios a todos os envolvidos, sendo essencial para o 
desenvolvimento da base de uma economia de floresta em pé. 
Além disso, possuiu o Prêmio Acolher, pelo qual reconhece líderes de 
projetos de impacto social de sua rede de relações e fornece apoio técnico e 
financeiro. 
 
2.7 ATUA EM PARCERIA COM ORGANIZAÇÕES NÃO GOVERNAMENTAIS 
(ONGS), ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE 
PÚBLICO (OSCIP) OU OUTRO TIPO DE ORGANIZAÇÃO SEM FINS 
LUCRATIVOS (FUNDAÇÕES, ASSOCIAÇÕES)? 
 
Desde 2010, a Natura apoia projetos sociais das Consultoras de Beleza 
Natura por meio da plataforma Movimento Natura, a qual é o ponto de encontro 
entre quem tem uma ideia para transformar o mundo e quem está disposto a 
colaborar com ela. Alguns dos projetos apoiados são: 
Projeto Corrente da Natureza – ONG Associação do Grupamento 
Ambientalista, SP: tem o objetivo de recuperar e preservar as nascentes da 
região e investir em educação ambiental para crianças. 
Projeto Reciclar, Menos Lixo, Mais Segurança Alimentar, MG: é coletado 
resíduos recicláveis em propriedades rurais de agricultura e, em troca, os 
agricultores recebem mudas frutíferas certificadas, sementes de hortaliças e 
pintinhos. Por fim, vende os resíduos coletados a empresas de reciclagem. O 
projeto gera renda com agricultura sustentável, reciclagem e conscientização 
ambiental. 
Associação de Monitoramento dos Autistas Incluídos em Santa Barbara 
D’Oeste (AMAI-SBO), SP: trabalha para identificar o número de pessoas 
acometidas com a síndrome de autismo no município de Santa Bárbara d’Oeste, 
12 
 
para em seguida lutar pelo diagnóstico precoce, atendimento especializado, 
inclusão das pessoas com TEA (Transtorno do Espector do Autismo) em escolas 
regulares, tratamento multidisciplinar e recebimento de medicação gratuita, além 
do acompanhamento psiquiátrico, psicológico, fonoaudiológico, terapeuta 
ocupacional e da pedagogia. 
Associação Pestalozzi de Sapeaçu, BA: projeto atende cerca de 170 
pessoas com deficiência, entre 3 e 60 anos de idade. Sendo voltado para a 
educação especial. 
Além do apoio dado a esses projetos, também possui uma linha de 
produtos, Crer Para Ver, a qual todo o seu lucro é investido em projetos voltados 
à melhoria da educação no Brasil por meio do Intituto Natura, o qual é uma 
Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) sediado em SP. 
Atualmente, já são 3 milhões de pessoas e 180 iniciativas beneficiadas. 
 
2.8 QUAIS AÇÕES/PROGRAMAS OU ESTRATÉGIAS PARA PROMOVER 
UMA CULTURA INTERNA DE SUSTENTABILIDADE JUNTO AOS 
FUNCIONÁRIOS? 
 
Com o propósito de promover a sustentabilidade no dia a dia da empresa, 
a Natura, possui o documento Visão de Sustentabilidade 2050 o qual apresenta 
metas a serem alcançadas dentro dos três pilares que norteiam suas atividades: 
Marcas e Produtos, Nossa Rede e Gestão e Organização. 
Nele, tem como diretriz para os colaboradores estimular a formação de 
colaboradores capazes de pensar de forma sistêmica, que conectem seu 
propósito de vida com o da Natura, motivados pelo desenvolvimento sustentável 
e que atuarão como agentes de transformação da sociedade. Somado a isso, 
visa garantir uma governança transversal e descentralizada da sustentabilidade 
por toda a empresa. 
Ainda no documento, a Natura afirma como atividades já realizadas o 
acompanhamento de seus indicadores de sustentabilidade com a mesma 
frequência das informações financeiras que são divulgadas à CVM (Comissão 
de Valores Mobiliários). 
 
13 
 
2.9 QUAL(IS) A(S) DIMENSÃO(ÕES) DA RESPONSABILIDADE 
SOCIAL/SUSTENTABILIDADE QUE A EMPRESA PRIOROZA? 
 
Segundo Carroll (1991) apud Alencastro (2016), as dimensões da 
responsabilidade social são: econômica, legal, ética e filantrópica. A primeira, 
econômica, se relaciona com a geração de empregos, investimentos e 
pagamentos de taxas e impostos. A dimensão legal consiste na obrigação que a 
empresa tem de respeitar as leis da sociedade em que está inserida. A ética, 
representa o compromisso de se fazer o que é devidamente correto, mesmo que 
tais ações não estejam contempladas formalmente nas leis determinadas pela 
sociedade. A última, filantrópica, compreende as contribuições relacionadas ao 
arbítrio individual ou voluntário para a sociedade, com o objetivo de promover a 
qualidade de vida e a sustentabilidade socioambiental. 
As preocupações e ações da Natura permeiam todas as dimensções da 
responsabilidade social e de sustentabilidade. A empresa possui causas muito 
importantes como Amazônia Viva, Mais Beleza Menos Lixo e Cada Pessoa 
Importa. Além disso, se preocupa com suas consultoras e consultores, 
desenvolvimento o Plano de Crescimento. 
Somado a isso, tem iniciativas como Natura Musical, o qual fomenta e 
valoriza a cultura no Brasil, Instituto Natura, que tem o próposito de destinar 
recursos para projetos de educação e Movimento Natura, o qual abre portas para 
pessoas divulgarem a sua iniciativa e obterem ajuda. 
Além disso, a empresa é muito transparente em suas informações, 
dispondo de um site completo e um relatório anual, o qual mostra suas 
estratégias, negócios, certificações, evoluções nas suas causas e informações 
sobre a companhia. Disponibiliza também, sua visão de sustentabilidade e seus 
objetivos e metas até 2050, detalhando o que já alcançou até o presente ano. 
Por ser uma empresa de capital aberto, disponibiliza suas informações 
financeiras da forma mais clara e acessível possível. Ademais, reforça e 
comprova sua preocupação com a governança da empresa e busca sempre 
meios de conduzi-lá da melhor forma. 
 
14 
 
2.10 SUGESTÕES PARA A EMPRESA ALCANÇAR OU BUSCAR A 
MELHORIA DA RESPONSABILIDADE SOCIAL PARA OS PRÓXIMOS 
CINCO ANOS 
 
A Natura já possui metas a serem alcançadas em sua visão de 
sustentabilidade e responsabilidade social até 2050. Ela mostra que está no 
caminho e, mesmo já tendo feito muito, ainda enxerga bastante a fazer e está 
disposta a isso. 
Possui diretrizes para inovar em suas marcas, produtos, embalagens e 
formulações. Planos para continuarem a reduzir os gases de efeito estufa, 
aprimorar a eficiência energética em seus processos, utilizar novas fontes 
alternativas de energia, promoverem o desenvolvimento e a gestão de cadeias 
da sociobiodiversidade, reduzir a geração de resíduos produzida em toda a 
cadeia de valor, reduzir o consumo e poluição da água e garantir a qualidade e 
rastreabilidade de sua cadeia de fornecimento. 
Dispõem também de metas em relação a seus consumidores, 
objetivando um maior engajamento em temas relevantes para o bem comum, 
para suas consultoras e consultores, querem estimular seu desenvolvimento 
humano e social, para os colaboradores, visam uma cultura baseada em 
engajamento, confiança e colaboração, que incorpore a diversidade e estimule 
a criação conjunta e inovadora, para as comunidades, tem o objetivo de 
promover novos modelos de desenvolvimento pautados pela qualidade das 
relações e pela construção colaborativa e para os fornecedores desejam que, 
conjuntamente, possam garantir o desenvolvimento sustentável em todos os 
elos da cadeia de valor. 
Sua gestão e organização também possuem diretrizes em temas como 
modelo de gestão, o qual será mais horizontal e possibilitará maior participação 
e melhor distribuição de renda para todos os públicos de relacionamento, 
governo e sociedade, tendo um papel protagonista no debate público, apoiando 
a transformação da realidade brasileira e dos demais países onde tiverem 
operações, contribuindo com as discussõessobre os destinos do 
desenvolvimento sustentável da sociedade, engajamento de seus públicos de 
relacionamento, o qual visa fortalecer suas relações com instituições e 
organizações de expressão nacional e internacional, ética e transparência, 
15 
 
reportando de forma clara e transparente suas práticas, escolhas e resultados 
financeiros integrados aos seus resultados sociais e ambientais e governança 
da sustentabilidade, garantindo uma governança transversal e descentralizada 
por toda a empresa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
CARROLL, A. B. The Pyramid Of Corporate Social Responsability: Towards The 
Moral Management of Organizational Stakeholders. Business Horizons, Indiana, 
v. 34, n.4, p.39-48, July/Aug. 1991. Apud ALENCASTRO, Mario Sergio Cunha. 
Ética empresarial na prática: liderança, gestão e responsabilidade 
corporativa. 2. ed. Curitiba: InterSaberes, 2016. 
 
IBGC – Instituto Brasilleiro de Governança Corporativa. Pincípios que geram 
valor de longo prazo. Disponível em: 
<https://www.ibgc.org.br/conhecimento/governanca-corporativa>. Acesso em: 
15 out. 2020. 
 
ISTOÉ. “A crise é o teste real do nosso compromisso com a 
sustentabilidade”, diz presidente da Natura. Disponível em: 
<https://istoe.com.br/440749_A+CRISE+E+O+TESTE+REAL+DO+NOSSO+C
OMPROMISSO+COM+A+SUSTENTABILIDADE+DIZ+PRESIDENTE+DA+NAT
URA/>. Acesso em: 14 out. 2020. 
 
NATURA. Disponível em <https://www.natura.com.br/>. Acesso em: 14 out. 
2020. 
 
NATURA CAMPUS. Natura faz a contabilidade de suas operações. 
Disponível em: <http://www.naturacampus.com.br/cs/naturacampus/post/2016-
08/natura-contabilidade-ambiental>. Acesso em: 14 out. 2020.

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