MODALIDADE PARALIMPICA

Prévia do material em texto

UNIP- UNIVERSIDADE PAULISTA 
EDUCAÇÃO FISICA ADAPTADA 
 
Aluno: Francisca Marilha Alves Pereira 
Matrícula: 19136717 
Professora: Francisca Gabriella 
 
MODALIDADES PARALÍMPICAS: Natação Paralímpica 
O esporte adaptado surgiu oficialmente após a segunda guerra mundial 
para os portadores de doenças físicas, quando muitos soldados voltavam 
mutilados. Assim, as primeiras modalidades competitivas como basquete em 
cadeiras de rodas, natação e atletismo foram iniciados por PVA (Paralyzed 
Veterans of América) nos Estados Unidos e na Inglaterra pelo neurologista e 
cirurgião alemão Ludwig Guttmann ao realizar esportes dentro do hospital em 
pacientes vítimas de lesão medular ou de amputações de membros inferiores 
(CARDOSO, 2016). 
Em 1948, Ludwig Guttmann aproveitou os XVI Jogos Olímpicos de 
Verão e criou os Jogos Desportivos de Stoke Mandeville, no qual participaram 
14 homens e 2 mulheres, no entanto, os jogos de Mandeville ganharam 
projeção com participação de 130 atletas portadores de deficiência tornando-se 
uma competição anual (ADAMS et al., 1985). 
O diretor do centro dos lesionados medulares de Ostia, Antonio Maglia, 
sugeriu então que os jogos de Madeville de 1960 se realizassem em Roma, 
após as olimpíadas, surgindo então os primeiros jogos paraolímpicos, as 
paraolimpíadas, que contou com o apoio do comitê olímpico italiano e teve 
participação de 240 atletas de 23 países. Em virtude do sucesso dos jogos, foi 
fundada a federação mundial de veteranos com intuito de discutir regras e 
normas técnicas (ADAMS et al., 1985). 
As paraolimpíadas ocorrem a cada quatro anos na mesma cidade sede 
das olimpíadas, no entanto, as paraolimpíadas de 1968 e 1972 ocorreram em 
cidades diversas da sede das olimpíadas, contando com a primeira 
participação dos brasileiros no ano de 72 (GONZALEZ; SILVA, 2007). 
 O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) afiliado ao Comitê Paralímpico 
Internacional (IPC) foi fundado em 1995 é o principal responsável pelo esporte 
no país, possui sede em Brasília atualmente e considera as seguintes 
modalidades: atletismo, basquete em cadeira de rodas, bocha, ciclismo, 
esgrima em cadeira de rodas, futebol de 5, futebol de 7, golbol (goalboall), 
levantamento de peso, hipismo, judô, parabadminton, paracanoagem, 
parataekwondon, remo, rugby em cadeira de rodas, tênis de mesa, tênis em 
cadeira de rodas, tiro com arco, tiro esportivo, triatlo, vela, vôlei sentado e 
natação (MARQUES; GUTIERREZ; ALMEIDA, 2012). 
Conforme estudos, a natação adaptada está associada ao bem estar, 
visto que melhora aptidão física e reduz contração e tensionamento 
involuntários de certos músculos (espasticidade), além de oportunizar a 
socialização e independência do indivíduo em relação às suas atividades 
cotidianas. 
A natação paralímpica ou paranatação é controlada pelo Comitê 
Paralímpico internacional e coordenada pelo comitê técnico específico World 
Para Swimming (WPS), responsável por aspectos como: regras, arbitragem, 
classificação, ranking, calendário de competições recordes, como também, 
fiscalização de entidades esportivas internacionais de cada deficiência (WPS, 
2017). 
Dessa forma pode ser realizada por indivíduos com deficiências físicas, 
visuais e cognitivas, possui o mesmo estilo de nado da natação convencional e 
regras similares às da modalidade olímpica, contudo, com adaptações 
relacionadas à plataforma de saída, bem como uso de vendas e permissão de 
auxiliar para informar proximidade das bordas da piscina para deficientes 
visuais, essa permissão está vinculada ao grau de comprometimento do 
portador dessa deficiência. Algumas restrições como utilização de próteses, 
dispositivos de assistência e roupas que melhorem velocidade, flutuabilidade e 
resistência do paratleta fazem parte das normas dessa modalidade 
(ABRANTES 2012). 
 A paranatação é oferecida para três grupos de deficiência, (física, visual 
e intelectual) em virtude de cada grupo congregar etiologias diferentes, é 
necessário o processo de classificação com intuito de promover disputas de 
forma mais igualitária possível. Por isso, a classificação ocorre de três 
maneiras distintas: classificação funcional para os atletas com deficiência 
física; classificação oftalmológica para os atletas com deficiência visual; e 
critérios de elegibilidade para atletas com deficiência intelectual (ABRANTES, 
2012). 
É necessário ainda que o atleta obedeça a critérios estabelecidos pelo 
WPS, para ser considerado elegível na paranatação. As competições são 
realizadas em piscinas de 50m e oito raias, de forma individual ou em equipes. 
Nas competições individuais, realiza-se nado de costa, peito e borboleta (50m 
e 100m), nado livre (50m, 100m, 200m e 400m), Medley (150m, 200m) e nos 
revezamentos: livre (200m) medley (200m) (ABRANTES, 2012). 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
ABRANTES, G. M. Natação. In: MELLO, M. T.; WINCKLER, C. Esporte 
Paralímpico. São Paulo: Atheneu, 2012. p. 15-20. Disponível em:< 
http://repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/334285/1/Bredariol_Bruna_D.
pdf > Acesso em: 04 Jun. 2021 
 
ADAMS, R. C.; et al.. Jogos, Esportes e Exercícios para o Deficiente Físico. 
São Paulo: Manole, 1985. Disponível em: < 
https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/17268/1/RSLS05122018.p
df>acesso: 04. Jun. 2021. 
 
CARDOSO, V. D. O desenvolvimento da carreira esportiva de atletas 
paraolímpicos no Brasil. Tese (Doutorado). Porto Alegre, RS: Programa de 
PósGraduação em Ciências do Movimento Humano da Universidade Federal 
do Rio Grande do Sul, 2016. Disponível em: < 
https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/17268/1/RSLS05122018.p
df>acesso: 04. Jun. 2021. 
 
GONZALEZ, J. S.; SILVA, R. P. Os Jogos Paralímpicos: O contexto histórico 
e atual. Olympicstudies: Rio grande do Sul, p. 804-814, 2007. Disponível em: < 
https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/17268/1/RSLS05122018.p
df>acesso: 04. Jun. 2021. 
 
MARQUES, R. F.; GUTIERREZ, G. L.; ALMEIDA, M. A. Investigação sobre as 
configurações sociais do subcampo do Esporte Paralímpico no Brasil: Os 
processos de classificação de atletas. Rev. Educ. Fis/UEM, v. 23, n. 4, p. 515-
527, 2012. Disponível em: < 
https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/17268/1/RSLS05122018.p
df>acesso: 04. Jun. 2021. 
 
WORD PARA SWIMMING (WPS). 2017. Disponível em:< 
http://repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/334285/1/Bredariol_Bruna_D.
pdf > Acesso em: 04 Jun. 2021