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RESUMO GLUTAMINA

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Escola Superior em Ciências da Saúde – ESCS
Stella Gleyce da Silva Alves Marcelino
Atividade Complementar – Eixo Específico Nutrição
Resumo do artigo:
Glutamine in critically ill patients: is it a fundamental nutritional supplement?
A glutamina é um aminoácido não essencial mais abundante no corpo humano. Este aminoácido tem sua disponibilidade determinada pelo o equilíbrio entre a produção endógena, produção essa que acontece principalmente no tecido muscular e seu uso por órgãos que consomem glutamina, como os rins, fígado, intestino e sistema imunológico. 
O atual artigo cita estudos realizados em pacientes de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) que demonstraram que ao mesmo tempo que a produção endógena de glutamina encontra-se aumentada os níveis plasmáticos dos mesmos pacientes apresentam-se diminuídos, indicando alta necessidade. Considerando que baixos níveis plasmáticos de glutamina no momento em que o paciente é admitido em uma UTI está relacionada com maior mortalidade, justifica o uso suplementar deste aminoácido a fim de buscar a reposição o pool muscular, melhorar o efluxo deste aminoácido proporcionando uma demanda necessária para atender às elevadas necessidades dos órgãos, aumentar a síntese proteica, otimizar a função imune prejudicada, colaborando com redução do estresse oxidativo e manutenção da barreira intestinal.
Entretanto, a hipótese supracitada é encarada como desafio em diversos estudos sobre glutamina em pacientes críticos. Ao passo que temos uma população heterogênea na UTI, os níveis plasmáticos de glutamina são totalmente variáveis por inúmeras razões e não são todos os casos que estão associados a mortalidade. Um dos estudo citados por este artigo, conclui também que a suplementação de glutamina no plasma não atenua a produção endógena desta substância no organismo.
Neste artigo, foi encontrado estudos que apresentam melhora na função das células imunes, juntamente com o aumento na contagem de monócitos, diminuição das células T regulatórias e diminuição considerável de infecções no âmbito hospitalar. 
	Ao longo dos anos é possível encontrar na literatura estudos que defendem o uso de suplementação de glutamina, com melhora em vários aspectos e estudos a nível multicêntrico mais recente que é contra o uso deste aminoácido, contrariando os resultados de estudos de centro único. 
	Dois grandes estudos clínicos randomizados, foram selecionados neste artigo, uma vez que estes avaliam a segurança e a efetividade do uso da glutamina em pacientes graves. 
	Um dos estudos selecionados por este artigo foi O REDOX, torna claro e compreensível que a administração precoce de altas doses de glutamina está associada a efeitos adversos. O estudo elucida que houve aumento da mortalidade no grupo em que foi realizado suplementação de glutamina, os pacientes em questão, apresentava quadro de falência de múltiplos órgãos, alguns dos quais com níveis séricos basais elevados de glutamina.
Já o estudo Signet, evidencia que a suplementação através da nutrição parenteral com doses baixas de glutamina (20,2g ao dia), e por um período curto, não foi detectado influência na mortalidade e nem ocorrência de infecção em pacientes graves. 
O artigo relata que muitas metanálises que foram publicados sofreram influência da evolução temporal do estudos, justificando o fato de que já foi demonstrado que a suplementação de glutamina esteve associado com a redução da mortalidade e da morbidade infecciosa. 
Muitos são os fatores que tornam complexa a resposta à questão inicial deste artigo, principalmente devido o perfil heterogêneo dos pacientes estudados. Ao analisarmos a população dos estudos, encontramos uma gama de pacientes com diferentes diagnósticos e prognósticos, diferentes vias de administração do aminoácido, doses diferentes recomendadas pelas diretrizes, ocasionando assim, resultados inconclusivos. Pacientes internados em UTI categorizados como cirúrgicos apresentam benefícios na suplementação com glutamina, comparado a pacientes clínicos ou de categoria mista.
 O artigo afirma que os mesmos dados disponíveis sobre suplementação por via parenteral não podem ser utilizados como recomendação para suplementação por via enteral, por não conferir benefícios significantes no tratamento em pacientes criticamente enfermos. Já em situações de pacientes queimados, a literatura afirma possuir efeitos positivos, como a redução da mortalidade e morbidade infecciosa, porém ainda é necessário mais estudos sobre o assunto. 
Embora a questão inicial nos proponha indagações com relação ao não efeito da glutamina em pacientes graves, a literatura nos oferece uma cadeia de evidências, sustentando os benefícios da glutamina, fazendo com que cada vez mais seja gerado novos estudos, com novas questões.
A ideia do estudo não é de partilhar que níveis baixos de glutamina no sangue possa a ser considerado como uma resposta adaptativa, indicando que a suplementação deste aminoácido traga efeitos lesivos à saúde. Como já foi citado neste mesmo estudo, existem sim evidências que comprovam que a glutamina age na regulação imunológica em situações de imunodepressão e na redução das infecções hospitalares.
O autor destaca que é necessário refletir criticamente sobre as lições do passado e a partir de então dá início a novos projetos, com o objetivo de afirmar se a glutamina tem utilidade como complemento nutricional a pacientes em estado crítico. 
O estudo ainda deixa a seguinte indagação: “No futuro, ao que os pesquisadores dos efeitos da glutamina na população da unidade de terapia intensiva devem estar alerta?”
Saber como a glutamina se comporta, ela obedece sempre a um mesmo padrão, ou varia de acordo com a doença do paciente, permitindo dessa forma a ciência de quem e quando deve ser suplementado. Estudos futuros também devem perscrutar porque o déficit de glutamina chega a ser prejudicial em alguns pacientes. Qual o critério para o início do tratamento com glutamina? Qual a dosagem correta a ser utilizada? Existem pacientes com necessidades específicas para o tratamento com este aminoácido, ou a população da UTI possui a mesma necessidade. O estudo finda com perguntas que podem ser elucidadas em trabalhos futuros.

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