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APOSTILA Direito Tributário | 4ª ed.

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1. BREVE HISTÓRICO SOBRE SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL E CÓDIGO 
TRIBUTÁRIO NACIONAL 6 
2. COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 6 
a) Características 7 
b) Classificação 8 
3. A CAPACIDADE TRIBUTÁRIA ATIVA 9 
4. CONCEITO LEGAL DE TRIBUTO 11 
5. CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL 13 
a) Legislação Tributária 13 
● Aplicação da Legislação Tributária 16 
● Interpretação da Legislação Tributária no C​TN 17 
b)​ ​Lacunas no Direito Tributário 18 
6. RECEITAS TRIBUTÁRIAS 19 
7. ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS 19 
a) Impostos 22 
b) Taxas 24 
● Taxa X Tarifa ou Preço Público 27 
c)​ ​Contribuições de Melhoria 28 
● Limites para Cobrança da Contribuição de Melhoria 29 
d)​ ​Empréstimos Compulsórios 31 
e)​ ​Contribuições Especiais 33 
● Espécies de Contribuições 34 
8. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS 40 
a) Princípio Legalidade Estrita 41 
● Exceções ao Princípio da Legalidade Estrita 43 
b) Princípio da Isonomia 46 
c) Princípio da Anterioridade 48 
d) Princípio da Irretroatividade da Lei Tributária 53 
e) Princípio da Tipologia Tributária 53 
 
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f) Princípio do Não-confisco 53 
g) Princípio da Seletividade 54 
h) Princípio da Vinculabilidade da Tributação 55 
i) Princípio da Uniformidade Geográfica 55 
j) Princípio da não Discriminação Tributária em Razão da Procedência ou Destino 
dos Bens 55 
k) Princípio da Territorialidade da Tributação 56 
l) Princípio da Transparência dos Impostos 56 
m) Princípio da Não Cumulatividade 56 
9. OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA 56 
a) Obrigação Principal e Obrigação Acessória 57 
b) Sujeito Ativo 58 
c) Sujeito Passivo 58 
d) Domicílio Tributário 60 
10. RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA 61 
a) Responsabilidade por Transferência 62 
● Responsabilidade Solidária 62 
● Responsabilidade dos Sucessores 63 
● Sucessão Causa Mortis 63 
● Sucessão Inter Vivos 64 
● Responsabilidade de Terceiros 66 
b)​ ​Responsabilidade por Substituição 67 
● Substituição Tributária para Trás 68 
● Substituição Tributária para Frente 68 
● Responsabilidade por Infrações 69 
c)​ ​Denúncia Espontânea 69 
11. CRÉDITO TRIBUTÁRIO 70 
12. LANÇAMENTO 71 
a) Modalidades de Lançamento 71 
13. REPARTIÇÃO DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS 72 
 
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14. LINHA DO TEMPO 77 
15. SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO. 79 
16. EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO 81 
a) Pagamento 82 
b) Compensação 84 
c) Transação 85 
d) Remissão 85 
e) Decadência e Prescrição 86 
● Decadência 86 
● Prescrição 87 
● Prescrição Intercorrente 89 
f) Conversão de Depósito em Renda 89 
g) Pagamento Antecipado e Homologação do Lançamento 90 
h) Consignação em Pagamento 90 
i) Decisão Definitiva nas Esferas Administrativa ou Judicial 91 
j) Dação em Pagamento 91 
17. EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO 91 
a) Isenção 92 
b) Anistia 93 
18. PREFERÊNCIAS DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO 94 
19. IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS 95 
a) Imunidade Religiosa 99 
b) Partido Político, Sindicato de Trabalhador, Instituição de Educação e Entidades De 
Assistência Social 100 
c) Imunidade Cultural 102 
d) Imunidade em Favor da Produção Musical Brasileira 104 
20. EXECUÇÃO FISCAL 106 
 
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1. BREVE HISTÓRICO SOBRE SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL E 
CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL. 
No Brasil, os arts. 145 a 162 da Constituição Federal de 1988 apresentam o Sistema Tributário 
Nacional. Tais dispositivos representam um conjunto harmônico de regras e princípios que dão 
embasamento para toda legislação infraconstitucional relativa à matéria tributária no Brasil. 
No que lhe concerne, o Código Tributário Nacional (CTN), instituído pela Lei n.º 5.172/66, cuida 
das regras gerais relativas ao direito tributário, densificando o art. 24, I da Constituição Federal. 
Interessante notar que o CTN foi aprovado ainda na vigência da Constituição de 1946 como Lei 
Ordinária da União e, posteriormente, ante as Constituições de 1967 e 1988, foi recepcionada 
com força de Lei Complementar, conforme exigência do art. 146, III da CF. Desse modo, o 
referido diploma continua vigente. 
Ao dispor sobre as regras gerais de direito tributário, o CTN apenas explicita as regras de 
tributação constitucionalmente estipuladas. Ou seja, o CTN detalha as linhas gerais traçadas pela 
Constituição Federal no que toca, entre outros temas, à obrigação tributária, legislação tributária, 
base de cálculo de diversos impostos, bem como o fato gerador e contribuintes. 
Vale ressaltar, por fim, que o Código Tributário Nacional só pode ser alterado por lei 
complementar, sob pena de inconstitucionalidade formal por invasão de competência normativa. 
 
2. COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 
A competência tributária nada mais é do que a competência para instituir tributos, que deverá 
ocorrer por intermédio de lei em sentido formal, sendo em alguns casos, exigida a Lei 
Complementar (a exemplo do que ocorre com o Imposto sobre Grandes Fortunas, os 
Empréstimos Compulsórios, os Impostos e Contribuições Sociais residuais). Frise-se que, sendo 
o tributo instituído por Lei Ordinária, nada impede a sua criação por medida provisória, a ser 
convertida em lei. Essa mesma solução não é possível em relação aos tributos cuja instituição 
está sujeita à Lei Complementar. 
 
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A competência tributária pressupõe a competência legislativa para instituir determinado tributo. 
Sendo assim, apenas os entes políticos (Estados, União, Municípios e Distrito Federal) possuem 
autonomia para criação, extinção, majoração e/ou redução de tributos. 
IMPORTANTE: 
● A CF/88 não cria tributos, ela apenas determina quais tributos poderão ser instituídos por 
cada ente. 
● Não confunda competência tributária com competência para legislar acerca do Direito 
Tributário, vejamos: 
 
CARACTERÍSTICAS 
a) Indelegável: Não pode determinado ente delegar a outro a instituição de determinado 
tributo. Entretanto, são delegáveis as funções administrativas decorrentes do exercício da 
competência tributário, como a sua fiscalização e arrecadação. Exemplo disso ocorre no 
caso do ITR, cuja competência é da União, mas pode ter sua arrecadação delegada aos 
Municípios que assim optarem. 
ATENÇÃO: O exercício de tais funções administrativas é chamado de capacidade 
tributária ativa, que resumidamente é a capacidade de exigir o tributo . 
 
 
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b) Imprescritível: o não exercício da competência tributária nãofaz com o que esse direito 
deixe de existir. 
c) Inalterável:​ apenas eventual reforma a CF/88 poderia alterar a competência tributária. 
d) Irrenunciável e Facultativa: o ente político não pode dela renunciar, mas pode optar por 
não criar determinado tributo. 
ATENÇÃO: ​Instituído o tributo, torna-se vinculada e obrigatória sua cobrança. 
ATENÇÃO: Embora não seja obrigado a instituir o tributo, o ente que não instituir 
todos os tributos da sua competência é considerado não cumpridos da sua 
responsabilidade na gestão fiscal, conforme art.11, caput, da Lei de Responsabilidade 
Fiscal (LRF). Além disso, se o tributo não instituído for especificamente um IMPOSTO, o art.11, 
parágrafo único da LRF impede que o ente receba transferências voluntárias (ex: o Município que 
não institui o IPTU fica proibido de receber repasses voluntários do Governo Federal ou 
Estadual). Essa medida visa evitar deficit de arrecadação, especialmente nos Municípios, que, 
não fosse a instituição plena de tributos da sua alçada, continuariam mais dependentes das 
verbas federais transferidas. 
 
CLASSIFICAÇÃO 
Com objetivo de facilitar a memorização acerca das classificações, segue tabela: 
 
CLASSIFICAÇÃO DA 
COMPETÊNCIA TRIBUTOS ENTES FEDERADOS 
Privativa 
Impostos, empréstimos 
compulsórios e contrib. 
especiais (com exceções) 
União (E.C. e, em regra, 
contrib. Especiais), 
Estados, DF e Municípios 
Comum Taxas e contribuições de 
melhoria 
União, Estados, DF e 
Municípios 
Cumulativa Tributos (embora o art. 147 
mencione impostos) 
Apenas União e DF 
 
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Residual 
Novos impostos e novas 
contribuições para Seguridade 
Social 
Apenas União 
Extraordinária IEG União 
 
3. A CAPACIDADE TRIBUTÁRIA ATIVA 
Como já se observou anteriormente, enquanto a competência atribui ao ente político a 
possibilidade para instituir um determinado tributo de forma indelegável, intransferível, privativa, 
não caducável, inalterável, facultativa e irrenunciável, a capacidade tributária ativa atua no sentido 
de determinar quem será o sujeito ativo da relação. Explica-se: a capacidade tributária ativa 
define quem poderá arrecadar, fiscalizar e exercer as demais funções relacionadas à 
administração tributária. 
A capacidade tributária ativa só pode ser exercida após o exercício da competência tributária 
(instituição do tributo), momento a partir do qual será viabilizada a delegação dessa função para 
outra pessoa jurídica de direito público. 
Mais especificamente, a capacidade tributária ativa é visível no momento do exercício de 
competência legislativa pelo ente político. Será mediante este exercício que haverá a definição de 
quem poderá figurar como sujeito ativo da relação tributária, atribuindo poderes de arrecadação e 
fiscalização. 
Exemplificando: 
O ITR é um imposto de competência tributária da União. Logo, só pode ser instituído por esse 
ente federativo de forma indelegável. Todavia, o ITR pode ser fiscalizado e cobrado pelos 
municípios que assim optarem, na forma da lei (delegabilidade da capacidade tributária ativa), 
conforme prevê o art. 153, §4º, III,da CF/88. Interessante notar que ao fazer essa opção, em 
contrapartida, ao exercício da arrecadação e fiscalização, o Município terá direito de incorporar ao 
seu patrimônio todo o montante proveniente do ITR, conforme art.158, II da CF, e não apenas 
50%, percentual que se aplica nos casos em que não houver tal opção. 
Vejamos o que dispõe o art. 7º do CTN: 
 
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Art. 7º ​A competência tributária é indelegável​, ​salvo atribuição das 
funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, 
serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária​, 
conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do § 
3º do artigo 18 da Constituição. 
§ 1º ​A atribuição compreende as garantias e os privilégios processuais 
que competem à pessoa jurídica de direito público que a conferir​. 
§ 2º A atribuição pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral da 
pessoa jurídica de direito público que a tenha conferido. 
§ 3º Não constitui delegação de competência o cometimento, as pessoas de 
direito privado, do encargo ou da função de arrecadar tributos. 
 
Em seu parágrafo único, o referido artigo dá ênfase que ​as garantias e os privilégios 
processuais também seriam repassados àquele que receba a capacidade de exigir/cobrar o 
tributo​. Ou seja, o poder de cobrança do tributo pelo sujeito que receberá a capacidade tributária 
ativa vai além da cobrança administrativa do crédito, estendendo também à via judicial. 
No que pertine ao §3º, ele permite que a cobrança seja feita através de boletos gerados pelo 
Banco, sem que isso configure delegação da capacidade tributária ativa, dado que o banco 
funcionará como mero intermediador do pagamento. 
BITRIBUTAÇÃO x BIS IN IDEM 
Ambas decorrem de 02 incidências de tributação sobre o mesmo fato gerador. 
Quando as 02 incidências ocorrerem sobre o mesmo fato gerador de tributos que são de 
competência de um mesmo ente federado ocorrerá bis in idem. 
Ex. Sobre a apuração do lucro de determinada empresa incide o IRPJ (de competência da União) 
e o CSLL (também de competência da União). 
 Já a bitributação ocorre quando mais de um ente federado tributa o mesmo fato gerador. 
 
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Ex. (fictício) O Estado X institui uma alíquota adicional, a ser cobrada sobre a propriedade urbana 
(que já é tributada pelos municípios), veja que o mesmo fato gerador, qual seja, a propriedade de 
um bem urbano seria tributado pelo Estado X e pelos municípios. 
 
4. CONCEITO LEGAL DE TRIBUTO 
O artigo 3º do CTN dispõe que: 
Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo 
valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, 
instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente 
vinculada. 
Vamos à análise da inteligência do mencionado artigo: 
Prestação Pecuniária ou cujo valor nela se possa exprimir 
É uma obrigação voltada ao custeio do fomento da atividade estatal, e por isso deve ser paga em 
dinheiro, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir. Percebe-se assim, que o tributo não 
pode ser pago ​in natura ​ou ​in labore. 
Valendo lembrar a possibilidade de dação em pagamento de Bens Imóveis (que possa ser 
expresso em moeda), prevista no Art. 156, XI do CTN e regulada no âmbito da União pelo art. 4º, 
da Lei nº 13.259/16. 
IMPORTANTE: Não confunda bens móveis com bem imóveis! O STF já decidiu, em 
medida cautelar na ADI 1.917, que tributos não podem ser pagos com bens móveis, 
tendo sido utilizado como argumento ofensa ao princípio da licitação. 
 
Compulsória: (“Prestaçãonão contratual”) 
● Compulsória, pois se trata de prestação não contratual. 
● Requisito de existência; 
 
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● Os tributos são pagos em face de uma determinação legal; 
● Na prestação tributária, a obrigatoriedade tem origem na lei, ou seja, não se interpõe 
qualquer ato de vontade daquele que assume a obrigação. 
● Requisito de existência. 
 
Instituída em Lei (“Obrigação Ex Lege”) 
● Requisito de validade; 
● Princípio da legalidade estrita; 
● Lei em sentido formal e material; 
● Instituída em lei significa dizer que todas as suas características serão encontradas no 
ordenamento jurídico. 
● Requisito de validade 
 
Conforme já decidido pelo STF, um tributo pode ser instituído por medidas provisórias, desde que 
a CF/88 não exija lei complementar para sua instituição. 
 
Que não constitua sanção de ato ilícito 
Um tributo é cobrado em decorrência de um fato gerador, tendo por objetivo arrecadar e não 
punir, o que o distingue do conceito de multa, em que pese tenham semelhança em sua natureza 
compulsória e caráter patrimonial, além de corresponderem a obrigações de dar e também serem 
classificados como receitas derivadas. 
Uma coisa é sancionar uma ação antijurídica, ilícita (penalidade); e outra o dever social do 
cidadão de contribuir para o Estado com as receitas necessárias à satisfação das necessidades 
públicas (tributo). 
No entanto, o fato gerador pode ocorrer em circunstâncias lícitas (regra) ou ilícitas que, esta 
última incidência ocorrerá em observância ao Princípio do Pecunia Non Olet: Dinheiro não tem 
cheiro (Art. 118, I do CTN). Tal princípio visa garantir que pessoas que ganhem a vida ilicitamente 
não sejam premiadas por isso, ao não serem tributadas. 
 
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Ex. João é médico e tem sua renda tributada, já Francisco é dono de uma banca do jogo do bicho 
e,com base no princípio da Pecunia non Olet, também terá sua renda, ainda que ilícita, também 
tributada. 
 
Cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. 
A atividade administrativa pode ser classificada em Discricionária (oportunidade e conveniência 
para definição do mérito) e Vinculada, e a cobrança de tributos é atividade plenamente vinculada. 
Atividade vinculada: Retira qualquer possibilidade de margem de interpretação à apreciação da 
autoridade, que fica completamente vinculada à previsão legal. 
Desta forma, é correto afirmar que, ocorrendo o fato gerador da obrigação tributária, a autoridade 
competente tem o dever de constituir o crédito tributário, que se dá através do lançamento e de 
exigir o cumprimento da obrigação. 
Todavia, vale destacar que o lançamento não é auto-executório, isto é, não pode ser executado 
de automaticamente, havendo a oportunidade para que o contribuinte possa desconstituí-lo na 
esfera administrativa ou judicial. 
 
5. CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL 
 
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA 
Nada mais são que as fontes formais do Direito Tributário, estando dispostas no art. 96 do CTN: 
Art. 96. A expressão “legislação tributária” compreende as leis, os tratados e as 
convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que 
versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes. 
(grifou-se) 
 
 
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As normas complementares estão contidas no ​art. 100 do CTN​, sendo ess​as os atos normativos, 
decisões de órgãos do fisco, práticas reiteradas (costume) e os convênios. Os ​atos normativos 
entram em vigor na data de sua publicação (​art. 103, I, do CTN​). As ​decisões do órgão do fisco 
entram em vigor em 30 dias após a data de sua publicação (​art. 103, II, do CTN​). Já o​s ​convênios 
entram em vigor na data nele prevista (​art. 103, III, do CTN​). 
 
Com objetivo de facilitar a memorização, segue esquema: 
 
 
 
ATENÇÃO: A doutrina e a jurisprudência não são consideradas fontes formais do direito 
tributário. 
 
Algumas dessas fontes merecem maior atenção, são elas: 
1. Leis complementares 
 
Quanto à instituição de tributos, estão submetidos a leis complementares: 
● Empréstimos Compulsórios; 
● Impostos Sobre Grandes Fortunas (IGF); 
● Impostos Residuais; 
● Contribuições Sociais Residuais; 
 
 
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A CF/88 conferiu, em matéria tributária, as seguintes funções a lei complementar : 1
● Dispor sobre conflito de competência em matéria tributária; 
● Estabelecer normas gerais acerca de responsabilidade tributária; 
● Regular as limitações constitucionais ao poder de tributar. 2
Tanto medidas provisórias, quando leis delegadas não podem tratar de matéria 
reservadas à lei complementar pela CF/88. 
 
2. Resoluções 
No que pertine às Resoluções, merecem especial atenção as Resoluções do Senado Federal. 
Com objetivo de facilitar a visualização da atuação dessa Casa na regulamentação do direito 
tributário, segue tabela: 
 
RESOLUÇÕES DO SENADO FEDERAL 
TRIBUTO ALÍQUOTA FACUL/OBRIG INICIATIVA APROVAÇÃO 
ITCMD Alíquota Máx. Obrigatório - - 
IPVA Alíquota Mín. Obrigatório - - 
ICMS Alíquota Máx. Oper. Internas Facultativo 
Maioria 
Absoluta 2/3 Senado 
ICMS Alíquota Mín. Oper. Internas Facultativo 1/3 Senado 
Maioria 
Absoluta 
ICMS Alíquota Interest. ou exportação Obrigatório 
Pres. Rep. ou 
1/3 Senado 
Maioria 
Absoluta 
 
3. Convenções e Tratados Internacionais. 
1 É recorrente que a FGV cobre questões perguntando quando deve ser usada lei complementar em matéria 
tributária, atenção redobrada aqui! 
2 Cuidado com o verbo, leis complementar vão apenas regular​! Apenas a CF/88 pode ​criar limitações constitucionais 
ao poder de tributar. 
 
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O art. 98 do CTN assim dispõe: 
Art. 98. Os tratados e as convenções internacionais revogam ou modificam a legislação tributária 3
interna, e serão observados pela que lhes sobrevenha. 
O STF já se posicionou no sentido da paridade normativa entre os tratados internacionais e as 
leis ordinárias. (STF, ADI 1.480-MC/DF, Plenário, Rel. Min. Celso de Mello, Julgamento em 
04/09/1997 ) 
Atente-se que os tratados internacionais possuem status de lei ordinária, não podendo, portanto, 
tratar de matéria reservada à lei complementar, como também já decidiu o STF. (ADI 
1.480-MC/DF) 
 
APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA 
 o CTN assim dispôs: 
Art. 105. A legislação tributária aplica-se imediatamente aos fatos geradores futuros e 
aos pendentes , assim entendidos aqueles cuja ocorrência tenha tido início, mas não4
esteja completa nos termos do artigo 116 . 
A regra geral é a irretroatividade da legislação tributária, só podendo essa retroagir para 
interpretar ou beneficiar o infrator em caso de penalidades, desde que não esteja definitivamente 
julgado. 
Segue tabela para facilitar a assimilação do conteúdo: 
3 A doutrina majoritária entende que na verdade não há revogação, mas sim suspensão da eficácia. Todavia, se o 
item transcrever a literalidade do artigo, deve ser considerado correto. 
4 Fatos geradores pendentes são fatos que têm início na vigência de uma lei e, quando se completam, outra lei está 
vigente. 
 
 
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INTERPRETAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA NO CTN 
O CTN traz algumas regras específicas quanto a interpretação de suas normas. 
● Interpretação literal 
Conforme dispõe o art. 111, do CTN, devem ser interpretados literalmente: a suspensão ou 
exclusão do crédito tributário, a outorga de isenção e a dispensa do cumprimento de obrigações 
tributárias acessórias. 5
● Interpretação mais benéfica em caso de infrações 
O art. 112 do CTN prevê que se dá à legislação tributária a interpretação mais favorável ao 
acusado, em caso de dúvida quanto: à capitulação legal do fato, à natureza ou às circunstâncias 
5 As obrigações acessórias não têm caráter pecuniário, são exemplos desse tipo de obrigação: emitir notas fiscais, 
escriturar livros fiscais, entregar declarações etc. 
 
 
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materiais do fato, ou à natureza, ou extensão dos seus efeitos, à autoria, imputabilidade, ou 
punibilidade e à natureza da penalidade aplicável, ou à sua graduação. 
 
ATENÇÃO: ​Incidência de juros não é penalidade, não se aplicando, portanto, a 
legislação mais benéfica ao contribuinte. (STJ REsp. 294.740/SC 
 
 
LACUNAS NO DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
ATENÇÃO: ​No direito tributário as lacunas, que são ausência de norma sobre 
determinado assunto, serão supridas através de integração, todavia, há regra 
específica disposta no art. 108 do CTN para sua aplicação na legislação tributária. 
 
Deve ser observada a ordem e as ressalvas dispostas no artigo 108 do CTN, devendo a 
autoridade usar (nesta ordem): a) analogia (recorrer à lei de um caso similar); b) princípios gerais 
do direito tributário; c) princípios gerais do direito público; e, d) equidade. 
 
Com objetivo de facilitar a memorização, segue tabela ilustrativa: 
 
 
 
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6. RECEITAS TRIBUTÁRIAS 
Antes de adentrarmos na exposição acerca das espécies tributárias, é importante que o candidato 
saiba que tributos são receitas públicas derivadas, com as multas e as reparações de guerra. 
Com objetivo de otimizar o conhecimento, segue tabela ilustrando as principais características 
das receitas derivadas, bem como das receitas públicas originárias: 
 
RECEITAS PÚBLICAS ORIGINÁRIAS RECEITAS PÚBLICAS DERIVADAS 
Exploração do patrimônio do Estado 
Oriunda do patrimônio do particular 
(coação) 
Sujeitas predominantemente ao reg. de 
direito privado 
Sujeitas ao reg. de direito público 
Não há poder de império Há o poder de império 
Sua fonte é o contrato Sua fonte é a lei 
 
 
7. ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS 
A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 145, estabelece a competência para a instituição 
das espécies tributárias cuja competência é comum a todos os entes políticos, quais sejam 
impostos, taxas e contribuições de melhorias. Já nos arts. 148 e 149 aludem a duas outras 
modalidades tributárias, cuja competência em regra será da União: as contribuições sociais e os 
empréstimos compulsórios. 
IMPORTANTE: Ressalvada a contribuição previdenciária, que cada ente federado 
pode cobrar de seus servidores (Regime Próprio de Previdência) – §1º do Art. 
149/CF-88, e a COSIP – art. 149-A/CF-88), as demais contribuições previstas nos 
arts. 148 e 149 da CF/88 são de competência exclusiva da União. 
 
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Sendo assim, pode-se afirmar que, atualmente, o Brasil adota a Teoria Pentapartida quanto às 
espécies tributárias. 
Segue tabela ilustrativa: 
 
Destaca-se que, em que pese as espécies tributárias sejam submetidas à regras gerais comuns, 
cada uma delas possui especificidades, conforme será demonstrado a seguir. 
Atenção! O candidato deve se atentar que Como os empréstimos compulsórios e as contribuições 
especiais que são de competência exclusiva da União, são tributos finalísticos, ou seja, a 
destinação do produto de sua arrecadação é um critério relevante para diferenciá-los dos demais 
tributos. 
Espécie de tributos na Constituição Federal: 
 
a) ​Impostos 
 
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● Ordinários (art. 145, I, 153, 155 e 156) 
● Residuais (art. 154, I) 
● Extraordinários de guerra (art. 154, II) 
b) ​Taxas 
● Pelo exercício do poder de polícia (art. 145, II, primeira parte) 
● Pela prestação de serviços públicos específicos e divisíveis (art. 145, II, segunda 
parte) 
c) ​Contribuições de Melhoria (art. 145, III) 
d) ​Empréstimos Compulsórios 
● Para despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra 
externa ou sua iminência. 
● Para investimento público 
e) ​Contribuições Especiais 
● Sociais 
● Para fins gerais (art. 149, primeira parte e §§2º, 3º e 4º). 
● Para a seguridade social: 
i. Ordinárias (art. 149, primeira parte e §§2º a 4º, c/c art. 195, I a IV). 
ii. Residuais (art. 149, primeira parte c/c art. 195, §4º) 
iii. Provisória (arts. 74 a 90 do ADCT – acerca da CPMF, a qual vigorou pela última vez 
até dezembro de 2007) 
iv. Para o Regime Próprio de Previdência dos Estados, DF, e Municípios (art. 149, §1º) 
● Para intervenção no domínio econômico (art. 149, segunda parte e §§2º a 4º, e a 
chamada CIDE-combustíveis, no art. 177, §4º). 
● Para interesse de categorias profissionais ou econômicas (art. 149, terceira parte) 
● Para custeio da iluminação pública municipal e distrital (art. 149-A) 
Como se pode verificar, as espécies são taxativas e a lista exaustiva, sendo vedada 
instituição de outros tributos que não se enquadrem nessas categorias. 
 
 
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IMPOSTOS 
O artigo 16 do CTN define imposto como: “o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma 
situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte”. É 
importante que se digaque a receita obtida com a arrecadação de impostos é destinada ao 
financiamento das atividades gerais do Estado. 
Lembre-se que os impostos são tributos não contraprestacionais, ou seja, possuem como fato 
gerador a manifestação de riqueza do contribuinte e não uma contraprestação do Estado. 
Ademais, buscam realizar a solidariedade social, na medida em que remunera os serviços gerais, 
também chamados de uti universi. 
Os impostos, em regra, serão instituídos através de Lei, cabendo à lei complementar o 
regramento sobre os fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes (art. 146, III, a, da CF). 
IMPORTANTE: Cuidado para não cair na pegadinha, a CF/88 não menciona a necessidade de lei 
complementar para instituição das alíquotas! 
Outro detalhe a ser ressaltado, é que a União pode criar outros impostos e outras contribuições 
para a seguridade social não previstos na CF/88. É a chamada competência residual, desde que 
respeitados os requisitos constitucionais 
Destaca-se que a CF/88 definiu em seu texto quais impostos podem ser criados por cada ente 
federado. No entanto, é possível a instituição de imposto extraordinário de guerra - IEG (art. 154, 
II, da CF) em caso de iminência ou no caso de guerra externa pela União. 
A competência tributária é dividida da seguinte forma entre os entes políticos: 
● União (art. 153 e 154 da CF): II, IE, IR, IPI, IOF, ITR, IGF, Impostos residuais Impostos 
extraordinários; 
● Estados (art. 155 da CF): ITCMD, ICMS, IPVA; 
● Municípios (art. 156 da CF): IPTU, ITBI, ISS; 
● DF (art. 147 e 155 da CF): ITCMD, ICMS, IPVA, IPTU, ITBI, ISS. 
Com objetivo de sistematizar, segue mapa mental: 
 
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Nos termos do §1º do art. 145 da CF/88, sempre que possível, os impostos devem ser graduados 
com base na capacidade contributiva do contribuinte. 
IMPORTANTE: Embora a CF/88 mencione expressamente apenas os impostos, o STF já decidiu 
que nada impede que o princípio da capacidade contributiva seja aplicado também na criação de 
taxas. 
Os impostos também estão, via de regra, sujeito ao princípio da não afetação ou vinculação, que 
nada mais é que a vedação de que sua receita seja vinculada a órgão, fundo ou despesa. 
Todavia, neste mesmo artigo constam algumas exceções que serão apresentadas pelo mapa 
mental a seguir : 6
6 O 1º quadrinho já caiu no Exame da Ordem. 
 
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TAXAS 
De acordo com os arts. 145, II, da CF/88 e 77 do CTN, pode-se dizer que taxa é um tributo de 
competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dentro de suas 
atribuições, possuindo como fato gerador o exercício regular do poder de polícia ou a utilização, 
efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à 
sua disposição. 
Sendo assim, é possível concluir que a situação que faz surgir a obrigação do pagamento de uma 
taxa é um ​Fato de Estado,​ o que faz dela um tributo ​contraprestacional ou retributivo. 
As taxas se subdividem em : 
I) Taxas de serviço 
 
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Criadas para custear serviços públicos uti singulis que são prestados pelo poder público à 
população em geral. 
Fundamental é a leitura do art. 79 do CTN, acerca dos serviços públicos: 
Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se: 
a) utilizados pelo contribuinte: 
● efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título; 
● potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição 
mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento; 
b) ​específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de 
utilidade, ou de necessidades públicas; 
c) divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus 
usuários. 
Preste atenção que é a disponibilização do serviço que deve ser efetiva, o que poderá ser 
potencial ou efetivo é o uso por parte do contribuinte. 
O exemplo clássico é a coleta domiciliar de lixo, no qual o caminhão deve ir regularmente a casa 
de Mariana recolher o lixo (disponibilização efetiva), devendo Mariana pagar a taxa de coleta de 
lixo se o produzir todos os dias ou ainda que faça um intercâmbio por 06 meses e não produza 
lixo algum durante esse período (uso efetivo ou potencial). 
Outra característica é que os serviços públicos devem ser divisíveis e específicos, conforme 
dispõe os incisos II e III do art. 79 do CTN. 
Exemplificando: Custas judiciais e os emolumentos concernentes aos serviços notariais e 
registrais são considerados taxas de serviço, de acordo com o entendimento do STF, uma vez 
que tais serviços são específicos e divisíveis . 
IMPORTANTE: Serviços ​uti universi são custeados por impostos. Já os serviços uti 
singulis são custeados por taxas. 
 
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#SÚMULA: A súmula Vinculante 41 veda que o serviço de iluminação pública seja remunerado 
mediante taxa. 
Por isso, após toda a polêmica, fora criado o art. 149-A da CF/88, que autoriza aos municípios e 
ao DF que instituam ​contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de 
iluminação pública- COSIP. 
IMPORTANTE: ¹O STF também já decidiu, na ​ADI 1.942-MC, que o serviço de 
segurança pública não poderia ser custeado mediante taxa (apenas mediante 
impostos), como também já declarou inconstitucional lei municipal que instituiu taxa 
pela utilização efetiva ou potencial dos serviços municipais de assistência, combate e 
extinção de incêndios. 
² O STF e o STJ também já se manifestaram no sentido de que o serviço de limpeza pública 
também não pode ser remunerado por taxa . 
ATENÇÃO: ​Não confunda serviço de limpeza pública com coleta domiciliar de lixo, já 
tendo o STF sumulado tal entendimento: 
Súmula Vinculante 19: A taxa cobrada exclusivamente em razão dos 
serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou 
resíduos provenientes de imóveis, não viola o artigo 145, II, da Constituição 
Federal. 
 
II) Taxas de polícia 
A definição do Poder de Polícia, apto a ensejar a cobrança de taxas de polícia consta no art. 78 
do CTN: 
Art. 78. Considera-se poder de polícia ​atividade da administração pública 
que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a 
prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público 
concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da 
produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicasdependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade 
pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos 
 
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O candidato deve se atentar que que: 
● Para que a taxa de polícia seja cobrada deve existir órgão administrativo apto a realizar a 
fiscalização, todavia, não há necessidade de efetiva visita da fiscalização ao 
estabelecimento do contribuinte para que seja cobrada a taxa de polícia. 
● Deve haver correspondência entre o valor cobrado a título de taxa e o custo da atividade 
prestada ao contribuinte. 7
#SÚMULAS: 
→ A súmula 665 do STF prevê que é constitucional a taxa de fiscalização dos mercados de títulos 
e valores mobiliários instituída pela Lei 7.940/1989. 8
→ Já a súmula nº 595 do STF prevê que é inconstitucional taxa municipal de conservação de 
estradas de rodagem cuja base de cálculo seja idêntica à do ITR. 
→ Já a súmula 667 do STF esclarece que viola a garantia constitucional de acesso à jurisdição a 
taxa judiciária calculada sem limite sobre o valor da causa. 
Atenção! A súmula vinculante 29 afirma ser constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, 
de um ou mais elementos da base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não 
haja integral identidade entre uma base e outra, ou seja, o que não pode é a base de cálculo ser 
idêntica. 
 
TAXA X TARIFA OU PREÇO PÚBLICO 
Taxas: Enquadram-se no regime jurídico de direito público, é espécie de tributo, é compulsória, 
devendo observar os princípios tributários. 
Ex.: Taxa de coleta de lixo 
7 STF, Plenário, ADI 2.551, Rel. Min. Celso de Mello. 
8 Caso essa súmula será cobrada, basta que o candidato saiba a sua literalidade. 
 
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Tarifas ou Preços Públicos: Enquadram-se no regime jurídico de direito privado, não é tributo, seu 
pagamento é facultativo, não se submetendo aos princípios tributários 
Ex.: Tarifa de telefonia. 
Com objetivo de sistematizar as diferenças, segue tabela: 
 
TAXA PREÇO PÚBLICO (TARIFA) 
Possui natureza tributária Não possui natureza tributária 
Decorre de lei Decorre de contrato administrativo 
Não há manifestação de vontade Há manifestação de vontade 
Caráter compulsório Caráter facultativo 
Regime jurídico de direito público Regime jurídico de direito privado 
Cobrada por pessoa jurídica de direito 
público 
Cobrada por pessoa jurídica de direito 
público e privado 
Receita derivada Receita originária 
 
DICA:​ O valor pago a título dos serviços de energia, água e esgoto são considerados tarifas. 9
 
CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA 
A contribuição de melhoria é um tributo de competência comum da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, que possui como 
fato gerador a valorização imobiliária decorrente de obra pública (art. 81 do CTN), ou seja, tal 
tributo só será cobrado se a obra realizada pelo Estado deverá implicar na valorização do imóvel 
do sujeito passivo. 
9 STJ, REsp 30.847/SP, Rel. Min. Helio Mosimann e STF, AI 753.964-AgR/RJ, Rel. Min. Marco Aurélio. 
 
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#SELIGA: O fato gerador é a valorização imobiliária do imóvel, as pegadinhas vão girar em torno 
disso, sendo um tributo vinculado. 
A contribuição de melhoria somente poderá ser cobrada depois de ocorrida a valorização 
imobiliária, todavia, nada impede a instituição do tributo após o término de parte da obra, se já 
houver resultado em valorização imobiliária para o contribuinte. 
Tal tributo também é regulamentado pelo DL 195/67. 
 
LIMITES PARA COBRANÇA DA CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA 
 
ATENÇÃO: A CF/88 é omissa quanto aos limites individuais e totais da contribuição 
de melhoria, eles estão previstos no art. 81 do CTN. 
Limite total:​ O valor total gasto com a obra. 
Limite individual: ​O valor que corresponde à valorização que a obra pública gerou para cada 
particular. 
 
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O art. 2º do Decreto-lei 195/67 dispõe as obras que poderão ensejar a cobrança de contribuições 
de melhoria. Atente-se que o STF já decidiu de que o mero recapeamento de via pública já 10
10 RE 116.148/SP, Rel. Min. Octavio Gallotti. 
 
 
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asfaltada não justifica a cobrança do tributo, todavia, caso essa seja asfaltada poderá ocorrer a 
cobrança do tributo ora em análise. 
Sendo um tributo, sua prestação deve estar disposta em lei. Importante saber que o art. 82, do 
CTN, previu os seguintes requisitos mínimos a serem observados: 
● Publicação prévia dos seguintes elementos: 
a) memorial descritivo do projeto; 
b) orçamento do custo da obra; 
c) determinação da parcela do custo da obra a ser financiada pela contribuição; 
d) delimitação da zona beneficiada; 
e) determinação do fator de absorção do benefício da valorização para toda a zona ou para 
cada uma das áreas diferenciadas, nela contidas; 
● Fixação de prazo não inferior a 30 dias, para impugnação pelos interessados, de qualquer 
dos elementos referidos no inciso anterior; 
● Regulamentação do processo administrativo de instrução e julgamento da impugnação a 
que se refere o inciso anterior, sem prejuízo da sua apreciação judicial. 
Ademais, o § 1º do art. 82 do CTN, estabelece, ainda, que a contribuição de cada imóvel deve ser 
determinada pelo rateio da parcela do custo da obra pública realizada pelos imóveis situados na 
zona beneficiada em função dos respectivos fatores individuais de valorização. 
 
EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS 
Tributo de competência exclusiva da União, caracterizado pela sua obrigatoriedade de restituição, 
os empréstimos compulsórios somente podem ser instituídos ​mediante lei complementar ​nas 
hipóteses enumeradas nos incisos I e II do art. 148 da CF. 
Tal tributo será instituído para atender a despesas extraordinárias em casos de guerra externa ou 
sua iminência, ou ainda em casos de calamidade pública, é exceção à anterioridade anual e à 
anterioridade nonagesimal (art. 150, § 1º, da CF), podendo ser exigido de imediato. 
 
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Por sua vez, os empréstimos compulsórios, destinados ao investimento público de caráter 
urgente e de relevante interesse nacional, devem observar a anterioridade anual (art. 150, III, b, 
da CF). 
É de sumaimportância ressaltar que os empréstimos compulsórios somente podem ser 
instituídos nas hipóteses previstas na Constituição Federal, e que esta não prevê a sua instituição 
para a absorção temporária de poder aquisitivo . Dessa forma o inciso III do art. 15 do CTN, ao 11
trazer essa possibilidade, não foi recepcionado pela Constituição atual. 
A exigência de lei complementar para a instituição dos empréstimos compulsórios, prevista na 
própria Constituição Federal (art. 148, caput), veda, mesmo em caso de relevância e urgência, a 
utilização de medidas provisórias para essa finalidade (art. 62, § 1º, III, da CF). 
Os empréstimos compulsórios são tributos de arrecadação vinculada, visto que o parágrafo único 
do art. 148 da CF determina que os recursos provenientes da sua arrecadação sejam vinculados 
às despesas que fundamentaram sua instituição. Porém, dependendo do fato gerador escolhido 
pelo legislador, o tributo poderá ter características similares a impostos ou taxas. 
O prazo do empréstimo e as condições de seu resgate devem ser fixados pela lei que instituir o 
empréstimo compulsório (art. 15, parágrafo único, do CTN). 
Por fim, o STF possui entendimento no sentido de que a restituição deve ser efetuada na mesma 
espécie do que foi recolhido, ou seja, em moeda. 12
 
IMPORTANTE: Empréstimos compulsórios não podem ser instituídos por lei ordinária 
ou medida provisória! Não existe exceção! 
 
11 Pegadinha constante em provas. 
12 RE 175.385/CE 
 
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CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS 
São tributos, em regra, de competência exclusiva da União que possuem como principal 
característica a finalidade para a qual são criadas, ou seja, trata-se de um tributo vinculado. 
Todavia, há uma exceção disposta no §1º, do art. 149 da CF/88, qual seja, a contribuição 
instituída para financiamento do regime próprio de previdência dos servidores públicos dos 
demais entes federados. 
IMPORTANTE: As alíquotas da contribuição instituída pelos Estados, DF e Municípios 
não podem ser inferior à da União, mas podem ser igual ou superior! 13
 
Com objetivo de sistematizar as espécies de contribuições e o Ente responsável por sua 
instituição, segue tabela: 
ESPÉCIES DE CONTRIBUIÇÃO COMPETÊNCIA PARA INSTITUIR 
Contribuição Social União (​Exceção: todos os demais 
entes podem instituir contribuição 
previdenciária a ser cobrada de 
seus servidores) 
 
Contribuição de Intervenção no Domínio 
Econômico - CIDE 
Somente a União 
Contribuição de Interesse das Categorias 
Profissionais. 
Somente a União 
Contribuição para Custeio do Serviço de 
Iluminação Pública. 14
Somente Distrito Federal e Municípios. 
 
13 §1º do art. 169, da CF/88. 
14 Despenca em prova da OAB! 
 
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Outro ponto que merece atenção é que o seu § 2º, do art. 149, da CF/88 afirma que tanto as 
contribuições sociais como as CIDE’s deverão ter as seguintes características: 
● Não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação; 
● Incidirão também sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços; 
● Poderão ter alíquotas ​ad valorem​ ou específica 15
Ademais, no caso da incidência das referidas contribuições sobre as operações de importação, o 
§3º, do art. 149 da CF/88 permitiu equiparar a pessoa natural destinatária a pessoa jurídica, na 
forma da lei. 
Por fim, o §4º, do art. 149, da CF/88 permite a possibilidade de incidência monofásica de tais 
contribuições. 
 
ESPÉCIES DE CONTRIBUIÇÕES 
1. Contribuições Sociais 
Se subdivide em contribuições de seguridade social, outras contribuições sociais e contribuições 
sociais gerais. 
● Contribuições da seguridade social 
Têm por objetivo carrear recursos para a seguridade social, obviamente. A seguridade social 
compreende a saúde, a assistência social e a previdência social. 
Tais contribuições poderão incidir sobre várias bases econômicas, segue tabela com as 
principais: 
15 Saber os tipos de alíquotas é suficiente para OAB, todavia, a título de curiosidade segue esclarecimentos: As 
alíquotas ad valorem são aquelas em que se aplica um percentual sobre o valor a ser tributado (por exemplo, 05% 
sobre R$ 100,00). Já as alíquotas específicas são diferentes e menos usuais. Elas tomam por base a unidade de 
medida adotada. Por exemplo, R$ 18,00 de tributo a cada caixa de sapato . 
 
 
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BASE ECONÔMICA CONTRIBUIÇÃO INSTITUÍDA 
Receita ou Faturamento COFINS (LC 70/91) 
 
Lucro CSLL (Lei 7.689/88) 
Importação de bens ou serviços do exterior PIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação 
(Lei 10.865/2004) 
De acordo com o STF, o PIS/PASEP trata-se, na verdade, de um bis in idem permitido pela 
CF/88. 
● Outras contribuições sociais 
Trata-se de um hipótese de competência residual da União uma vez que essa poderá criar uma 
nova contribuição social desde que respeite as seguintes regras previstas no inciso I, do art. 154, 
da CF/88: 
● Devem ser instituídas por lei complementar; 
● Devem ser não cumulativas; 
● Não podem ter base de cálculo ou fato gerador próprios de outras contribuições já 
existentes. 
A doutrina intitula “nominadas” as contribuições já previstas na CF e “inominadas” aquelas que 
chamamos de residuais. Da mesma forma, os impostos residuais também são conhecidos por 
impostos inominados. 
ATENÇÃO: O entendimento do STF é de que os Impostos Residuais devem ter fato 
gerador e base de cálculo diferentes dos outros impostos previstos na lei, e não das 
contribuições sociais. O mesmo se aplica às contribuições sociais residuais, ou seja, 
elas podem ter fato gerador e base de cálculo próprios de outro imposto, mas não 
idênticos às contribuições já existentes na CF/88 . 
● Contribuições sociais gerais 
 
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São aquelas destinadas a custear atividades do poder público na área social, mas que não 
estejam destinadas à seguridade social. 
O exemplo mais conhecido são as contribuições ao Sistema “S”, previstas no art. 240 da CF/88, 
que destinam-se ao custeio dos Serviços Sociais Autônomos (SESC, SENAI etc.). Estas 
entidades são pessoas jurídicas de direito privado, não pertencendo à administração pública 
direta ou indireta, mas realizam atividades de interesse público, e por isso podem receber 
recursos públicos. 
São tributos parafiscais, na medida em que os recursos são destinados a outras entidades, que 
não o Estado. 
2. Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico - CIDE 
De de competência apenas da União a CIDE é um tributo extrafiscal, na medida em que sua 
principal finalidade é atuar como meio para intervenção do Estado no funcionamento da economiae do mercado. 
Ademais, as CIDE’s são tributos de arrecadação vinculada, e é o próprio destino da arrecadação 
que faz com que ela intervenha na economia, ao direcionar recursos para setores específicos. 
#LEMBRE: as CIDE’s não incidem sobre exportações, mas incidem sobre as importações de 
produtos ou serviços estrangeiros. 
A principal é a CIDE-combustíveis, que é a única CIDE cujo fato gerador e o destino da 
arrecadação foram expressamente previstos no corpo da própria CF/88. 
3. Contribuição para o Custeio do serviço de Iluminação Pública 
É a contribuição queridinha da OAB! 
O STF, através da Súmula Vinculante 41, decidiu que o serviço de iluminação pública não 
poderia ser custeado por taxas, por não atender aos requisitos de especificidade e divisibilidade 
exigidos tanto pela CF/88 (art. 145, II) quanto pelo CTN (art. 77). 
 
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Diante disso, o legislador constituinte derivado, por meio da Emenda Constitucional 39/02, 
acrescentou o art. 149-A ao texto constitucional, instituindo a COSIP. Três são as informações 16
que podem ser cobradas em prova: 
● A competência é restrita aos Municípios e ao DF; 
● A arrecadação do tributo é vinculada ao custeio do serviço de iluminação pública; 
● É facultado que a cobrança desse tributo seja feita na fatura de consumo de energia 
elétrica. 
A classificação da COSIP como contribuição especial não quer dizer que ela se assemelhe às 
outras previstas no caput do art. 149 da CF/88. 
No RE 573.675-SC, com relatoria do Min. Ricardo Lewandowski, restou consignado o seguinte 
acerca dessa contribuição: 
● Lei que restringe os contribuintes da COSIP aos consumidores de energia elétrica do 
município não ofende o princípio da isonomia, ante a impossibilidade de se identificar e 
tributar todos os beneficiários do serviço de iluminação pública. 
● A progressividade da alíquota, que resulta do rateio do custo da iluminação pública entre 
os consumidores de energia elétrica, não afronta o princípio da capacidade contributiva. 
● Esse tributo é de caráter sui generis. 17
 
4. Contribuições corporativas 
São tributos de competência da União, classificados como parafiscais. 
16 Todas as três já foram cobradas na OAB. 
17 Não se confunde com um imposto, porque sua receita se destina a finalidade específica, nem com uma taxa, por 
não exigir a contraprestação individualizada de um serviço ao contribuinte. 
 
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● Contribuições para o custeio dos conselhos de fiscalização e regulamentação de 
categorias profissionais . 
Os Conselhos profissionais são aquelas famosas autarquias que regulamentam determinadas 
categorias profissionais, como o CREA, o CRO e o CRM, por exemplo . 
ATENÇÃO: ​OAB não se enquadra nesse rol de entidades que cobram tributos e que 
são autarquia . Além disso, o STF também já definiu que a OAB não pode ser tida 18
como congênere dos demais órgãos de fiscalização profissional, por não estar voltada 
exclusivamente a finalidades corporativas. 
ATENÇÃO: As contribuições cobradas pela OAB não são consideradas tributos. No entanto, as 
anuidades cobradas pelos demais conselhos de fiscalização profissional são consideradas 
tributos. 
Sendo tributos, em caso de inadimplemento das contribuições cobradas pelos Conselhos 
Profissionais, tal débito deve ser inscrito em dívida ativa e depois deve ser promovida a 
competente ação de execução fiscal, regida pela Lei nº 6.830/80, para cobrança. 19
 
IMPORTANTE: 
● A Teoria Pentapartite considera que são tributos os impostos, as taxas, as contribuições 
de melhoria, os empréstimos compulsórios e as contribuições. Essa é a Teoria adotada 
pela CF/88. 20
● Já a Teoria Tripartite ou Teoria Trinária considera tributos apenas os impostos, taxas e 
empréstimos compulsórios. Essa é a Teoria adotada pelo CTN e pela Lei de Execução 
Fiscal (Lei 6.830/80). 
18 De acordo com o STJ (REsp 1066288/PR). 
19 Esse conhecimento foi cobrado no XXVIII Exame da Ordem. 
20 A FGV no XXVIII Exame da Ordem adotou essa corrente e afirmou que as contribuições para os conselhos de 
classe serial consideradas dívida ativa tributária. 
 
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● O STF decidiu no RE 539.224/CE que os Conselhos Profissionais possuem natureza 
jurídica de autarquias federais. 
● A Súmula nº 66 do STJ prevê que compete a Justiça Federal processar e julgar execução 
fiscal promovida por Conselho de fiscalização profissional. 
● O STF decidiu na ADIN - Ação Direta de Inconstitucionalidade - nº 3.026/DF​, que a OAB é 
uma exceção, configurando como entidade "ímpar", "sui generis", sendo um serviço público 
independente, sem enquadramento nas categorias existentes em nosso ordenamento, 
muito menos integrante da Administração Indireta ou Descentralizada. 
● O STF decidiu no RE 938837/SP (com repercussão geral) que o regime dos precatórios 
para pagamentos de dívidas decorrentes de decisão judicial não se aplica aos conselhos 
de fiscalização profissional. 
● O art. 8º da Lei nº 12.514/11 estatui que os Conselhos Profissionais só podem executar 
judicialmente dívidas referentes a anuidades iguais ou superiores a 4 (quatro) vezes o 
valor cobrado anualmente da pessoa física ou jurídica inadimplente, tendo o STJ decidido 
no REsp 1524930/RS​, que o prazo prescricional para cobrança só se inicia quando se 
atinge esse quantitativo de atrasos (quatro). 
 
5. Contribuição sindical* (não é considerada tributo após a Refodcrma Trabalhista) 
Existem dois tipos de contribuição sindical: 
a) Contribuição confederativa: 
Cobrada apenas daqueles que se filiaram a essas entidades representativas. Por essa razão, não 
há que se falar em compulsoriedade e, consequentemente, em natureza tributária. 
O STF possui a seguinte súmula acerca do tema: 
Súmula Vinculante 40 - A contribuição confederativa de que trata o art. 8º, IV, da Constituição 
Federal, só é exigível dos filiados ao sindicato respectivo. 
 
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http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2187962
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=363283
https://stf.jusbrasil.com.br/.../recurso-extraordinario-re-938837-sp-sao-paulo
https://ww2.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=ATC&sequencial=66115106&num_registro=201500763839&data=20170208&tipo=5&formato=PDF
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b) Contribuição sindical: 
Era considerada tributo até a Reforma Trabalhista, Lei nº 13.467/2017, que pôs fim à 
compulsoriedade da referida contribuição, alterando a redação dos arts. 578 e 579, da CLT 
Em junho de 2018, o STF, por 6 votos a 3, julgou que o fim da obrigatoriedade da contribuiçãosindical é constitucional. De acordo com o STF, não se pode admitir que a contribuição sindical 
seja imposta a trabalhadores e empregadores quando a Constituição determina que ninguém é 
obrigado a se filiar ou a se manter filiado a uma entidade sindical. 
Conclusão: não há que se falar em contribuição sindical como tendo natureza tributária a partir da 
Lei 13.467/2017, pois a compulsoriedade não está mais presente nesta prestação pecuniária, não 
mais se adequando à definição de tributo. 
 
8. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS 
O poder de tributar do Estado surge da soberania do governo. Todavia, tal poder não é ilimitado, 
na medida em que a CF/88 entre seus arts. 152 a 154 impõe limitações ao poder de tributar, por 
meio de princípios e de imunidades tributárias que disciplinam o exercício da competência para 
instituir e modificar tributos. 
O candidato deve se atentar que cabe à lei complementar regular as limitações constitucionais ao 
poder de tributar, conforme prevê o art. 146, II, CF/88. 
Ademais, importante relembrar que o legislador constituinte determinou no art. 60, § 4°, IV, da 
CF/88 que os direitos e garantias individuais não podem ser abolidos por emendas 
constitucionais . 
Acerca dessa garantia, o Supremo Tribunal Federal já manifestou considerar como cláusulas 
pétreas: 
● Princípio da anterioridade (previsto no art. 150, III, b, da CF/88); 
● Princípio da imunidade tributária recíproca (previsto no art. 150, VI, a, da CF/88); 
● Princípio da anterioridade nonagesimal (previsto no art. 195, § 6°, da CF/88) 
● Imunidade dos templos de qualquer culto (prevista no art, 150, VI, b, da CF/88); 
 
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● Imunidade do patrimônio, renda e serviços dos partidos políticos, entidades sindicais e 
instituições de educação e assistência social sem fins lucrativos (prevista no art, 150, VI, c, 
da CF/88); 
● Imunidade dos livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão (prevista no 
art. 150, VI, d, da CF/88) 
Feita essa breve introdução, passa-se a análise dos princípios constitucionais. 
 
PRINCÍPIO LEGALIDADE ESTRITA 
Este princípio pode ser encontrado no art. 5º, inciso II, da Constituição. Todavia, no âmbito do 
Direito Tributário ele é reforçado pela inteligência do artigo 150, inciso I, da CF/88. 
Como o tributo é uma prestação pecuniária compulsória (é uma obrigação, portanto), deve ser 
instituído em lei, como decorre do seu próprio conceito, estampado no art. 3° do CTN. 
Da mesma forma, a multa tributária, apesar de distanciar-se do conceito de tributo, devem ser 
instituídas em lei, pois elas são prestações obrigatórias, assim como aqueles. 
Alguns doutrinadores o denominam como princípio da reserva legal. 
O desdobramento do princípio da legalidade tributária, portanto, é a reserva absoluta da previsão 
legal para sua existência. 
O art. 97 do CTN ressalta que a instituição/extinção e a majoração/redução de tributos também 
será realizada somente por lei. 
Do mesmo modo, embora haja algumas exceções (exceções ao princípio da legalidade), somente 
as leis podem majorar ou reduzir os tributos. 
 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é 
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça; 
 
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Aliás, a leitura do artigo 150 é altamente recomendada, uma vez que traz o regramento sobre os 
limites do poder de tributar. 
No que se refere à definição do fato gerador, a fixação da alíquota e a base de cálculo dos 
tributos, o CTN também determinou a necessidade de estarem previstos em lei. Trata-se de 
elementos que são previstos na própria lei instituidora do tributo, ou em alguma lei que venha 
alterá-lo. 
IMPORTANTE: o Chefe do Executivo (o Presidente da República) pode criar leis 
delegadas, inclusive sobre matéria tributária, pois tal assunto não foi proibido no § 1° 
do art. 68 da CF/88, o qual elenca as restrições de tais normas. 21
 
Importante também que o candidato saiba que o STF já decidiu que a Medida Provisória é 22
instrumento idôneo para instituir e modificar tributos e contribuições sociais. Lembre ainda que é 
vedado que medidas provisórias tratem de matérias que devem ser tratadas por meio de lei 
complementar . 23
Lei Complementar ou Lei Ordinária? 
Em regra os tributos são instituídos, majorados, reduzidos, extintos através de lei ordinária do 
ente respectivo. Ou seja, a lei ordinária é o instrumento próprio por excelência para estas 
finalidades. 
No entanto, alguns tributos somente podem ser instituídos através de Lei Complementar, que 
possui um processo diferente de aprovação (maioria absoluta dos membros do Congresso 
Nacional) e outras características próprias. Neste sentido, também é possível afirmar que se o 
21 Geralmente isso não ocorre de forma prática na medida em que é muito mais corriqueiro que o Chefe do Executivo 
edite medida provisória, prevista no art. 62 da CF/88. 
22 STF, AI 236.976/MG-AgR, Segunda Turma, Rel. Min. Néri da Silva . 
23 art. 62, 1°, inciso III , da CF/88. 
 
 
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Constituição Federal estabelece que a matéria é reservada à Lei Complementar, 
consequentemente não poderá ser tratada por medida provisória (art. 62, §1º da CF). Valendo 
este mesmo raciocínio às Leis Delegadas (art. 68 da CF). 
Matéria reservada à Lei Complementar: 
 
A matéria reservada à Lei Ordinária poderá ser tratada por Lei Complementar, mas o inverso não 
é verdadeiro. 
 
EXCEÇÕES AO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE ESTRITA 
Alteração de Alíquotas 
O Art. 150, I da CF/88 estabelece a edição de lei para criação e majoração de tributos. Todavia, 
dependendo dos critérios econômicos para a manutenção da estabilidade econômica do mercado 
e a urgência da medida a ser tomada, permite-se a alteração das alíquotas do imposto. 
No texto constitucional inicial, foram previstas quatro exceções ao princípio da legalidade, no que 
se refere à alteração unicamente de alíquotas dentro dos limites legais, quais sejam: 
• Imposto de Importação (II); 
• Imposto de Exportação (IE); 
 
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• Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI); 
• Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). 
 
ATENÇÃO: Atente-se que a CF/88 fala apenas em alíquotas, ou seja, em caso de 
alteração de base de cálculo deve ser observada a reserva legal. 
 
 
Observe que as exceções ocorrem nos impostos extrafiscais, ou seja, cuja finalidade principal 
não é arrecadar, mas, sim, regular a economia. 
Além dessas exceções ao princípioda legalidade, duas outras surgiram com a Emenda 
Constitucional 33/2001, tratando sobre a tributação de combustíveis: 
1. CIDE-Combustíveis, podendo sua a alíquota ser reduzida e restabelecida por ato do Poder 
Executivo, conforme prevê o art. 177, § 4°, I, b, da CF/88 
2. ICMS-Combustíveis, as alíquotas serão fixadas mediante deliberação dos Estados e do 
DF, por meio de convênios interestaduais, conforme dispõe o art. 155, § 4°, IV, da CF/88. 24
IMPORTANTE: ​Não caia em “pegadinhas”, afirmando que as alíquotas do ICMS 
podem ser fixadas por decreto estadual. Não existe essa possibilidade! 
Por fim, o examinando deve saber que a atualização do valor monetário da base de 
cálculo do tributo e a fixação ou alteração do prazo para da exação tributária não obedecem ao 25
princípio da legalidade. 
CUIDADO: Não poderá ser utilizada a taxa Selic para essa atualização, uma vez 
nesse índice não há só a correção monetária, mas também os juros moratórios. 
24 Atualmente tal fixação é​ realizada no âmbito do Conselho de Política Fazendária (CONFAZ). 
25 STF, Primeira Turma, RE 195.218/MG, Rel. Min. Ilmar Galvão. 
 
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Sobre o tema a Súmula nº 160 do STJ dispõe: É defeso, ao Município, atualizar o IPTU, mediante 
decreto, em percentual superior ao índice oficial de correção monetária. 
Já quanto às taxas, o STF possui entendimento de que Administração, por esta exercer 
diretamente a atividade ensejadora da taxa, tem maiores condições de estipular o custo dessa 
atividade e, por conseguinte, definir o valor da taxa a ser cobrada em cada caso . Todavia, deve 
existir uma lei fixando o limite máximo que poderá ser cobrado. 
Medidas Provisórias 
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas 
provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso 
Nacional. 
Limitação materiais​: O rol de matérias que não estão sujeitas a medida provisória pode ser 
encontrado no artigo 62. §1º da CF. Dentre elas, as matérias reservadas à lei complementar. 
Reedição de Medidas Provisórias​: Uma única reedição com prazo de 60 dias. 
Votação nas 02 (duas) Casas Legislativas (Câmara e Senado)​: Com 45 dias, a Medida Provisória 
tranca a pauta da casa em que estiver tramitando, forçando, assim, a casa legislativa a apreciá-la 
(art. 62, §4º da CF). 
Princípio da Anterioridade (Art. 62, § 2º da CF)​: Medida provisória que implique instituição ou 
majoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá 
efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele 
em que foi editada. 
As exceções também são estendidas as seguintes hipóteses: 
I) Imposto Residual da União instituído por força de guerra externa ou de sua iminência 
(Imposto Extraordinário de Guerra - IEG), explicitado no art. 154, II, CF/88; 
II) Empréstimos Compulsórios decorrentes de guerra externa, de sua impedância ou 
calamidade pública (art. 148, I), repisando, entretanto, que tal ressalva não se estende 
ao caso da citada exação para fins de investimento público de caráter urgente e de 
relevante interesse nacional (art. 148, II), sendo imperioso, nesta segunda situação, a 
observância do Princípio da Anterioridade, sob pena de inconstitucionalidade; e 
 
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III) Por força da edição da EC 33/2001, que veio acrescentar o § 4º ao art. 155 da CF, as 
alíquotas de ICMS de tributação monofásica sobre combustíveis e lubrificantes, prevista 
em lei complementar, serão objeto de definição por deliberação dos Estados e do DF, 
podendo ser diminuídas ou mesmo restabelecidas sem a observância do Princípio da 
Anterioridade (tese acolhida pelo STF). A mesma regra se estende ao caso disposto no 
art. 177, § 4º, também da Constituição vigente, vez que a alíquota da CIDE na 
importação ou comercialização do petróleo e de seus derivados, gás natural e seus 
derivados e álcool combustível pode também ser reduzida ou restabelecida por simples 
ato do Poder Executivo, sem o requisito elencado no art. 150, III, “b”. 
(Eduardo Sabbag) 
 
Em caso de rejeição de uma medida provisória, ​ocorrerá o efeito repristinatório, ou seja, voltará a 
alíquota anteriormente prevista. Há exceção nos casos de Isenção ou Redução de Alíquota, 
quando não haverá a incidência do princípio da anterioridade, valendo seus efeitos desde a 
edição da Medida Provisória. 
 
PRINCÍPIO DA ISONOMIA. 
Tal princípio é destinado tanto ao legislador quanto aos executores da lei (Executivo e Judiciário). 
2.1 Princípio da Capacidade contributiva. 
Previsto no foi previsto na CF/88 no art. 145 § 1°: 
145, § 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão 
graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à 
administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses 
objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o 
patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. 
 Esse princípio tem por objetivo garantir a equidade na tributação, que se subdivide em: 
 
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● Equidade Vertical: contribuintes que possuem capacidade contributiva diferente, devem 
contribuir de forma desigual. 
● Equidade Horizontal: contribuintes que possuem igual capacidade contributiva, devem ser 
tributados de maneira igual. 
Isso garante, por exemplo, que se A e B possuem a mesma renda e um deles possui mais 
dependentes que o outro, seja tratado de forma diferente. Valendo, neste caso, a aplicação do 
conceito de igualdade material. Ou seja, o legislador levará em conta as condições pessoais do 
contribuinte individualmente. 
E o legislador também teve o cuidado de especificar os impostos, pois neles não há fato gerador 
vinculado (hipótese em que há contraprestação direta do Estado) a atividade estatal. 
O que não significa dizer, todavia, que esta variabilidade não se aplique a outros tributos, como, 
por exemplo, as taxas judiciais que podem ser isentas para pessoas de baixa renda. Ou seja, a 
utilização negativa deste princípio é também possível para tributos vinculados, concedendo, 
portanto, isenções para as Taxas e Contribuições de Melhoria para quem não pode arcar com 
estes custos. 
IMPORTANTE: Quanto ao sigilo bancário, o STF entende que as autoridades fiscais 
podem requisitar aos bancos as informações financeiras dos contribuintes, sem prévia 
autorização judicial, uma vez que se trataria de mera transferência de sigilo. 
 
Principais julgados. 
● Fere o princípio da isonomia a discriminação com base na função ou ocupação exercida 
(STF, AI 157.871-AgR) . 
● É inconstitucional lei complementar estadual

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