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OCLUSÃO DENTÁRIA

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Introdução à oclusão 
Nossos dentes só devem se tocar no momento da deglutição. 
Oclusão é o estudo das relações estáticas e dinâmicas entre as superfícies oclusais (quando fechamos a 
boca, intercuspidação dentária, e quando a mandíbula se movimenta, respectivamente) e entre estas e todos 
os componentes do aparelho estomatognático. 
Realizam a função (como mastigação, deglutição do alimento e fala) e a parafunção (como apertamento 
dentário e bruxismo). 
COMPONENTES DO AE: divide-se em sistema neuromuscular (os músculos excitados pelo sistema 
nervoso constituem o elemento ativo que origina as forças necessárias às funções a que se destinam), 
ATMs, oclusão dentária e periodonto. 
Sobre o periodonto: o ligamento periodontal é capaz de converter uma força destrutiva (compressão - 
reabsorção) em uma força aceitável (tensão - neoformação). Se os dentes ficam sem toque dentário, o 
ligamento periodontal atrofia. ⅔ das fibras são oblíquas, isso faz com que as forças em direção axial sejam 
mais bem toleradas. Na mandíbula, as forças seguem a trajetória das trabéculas ósseas em direção aos 
côndilos, sendo transmitidas e neutralizadas nas regiões temporal, parietal e occipital. Já nas maxilas, as 
forças se direcionam para as áreas frontal, orbital, nasal e zigomática. 
FUNÇÕES DOS DENTES: 
1. Dentes posteriores: mastigação, ponto de apoio da mandíbula durante a deglutição, manutenção da 
dimensão vertical de oclusão (DVO), transmissão e dissipação das forças axiais e proteção aos 
dentes anteriores e às ATMs na posição de oclusão em relação cêntrica (ORC). 
2. Dentes anteriores: estética, fonética, apreensão e corte dos alimentos e proteção aos dentes 
posteriores e às ATMs nos movimentos excêntricos da mandíbula. 
 
TIPOS DE OCLUSÃO: 
1. Oclusão fisiológica quer dizer que está dentro do equilíbrio funcional, pode ter variações, mas 
cumpre sua função; 
2. Oclusão patológica desencadeia uma patologia; 
3. Má oclusão não significa que é fisiológico nem patológico, só se refere ao mau posicionamento dos 
dentes; 
4. Oclusão terapêutica é aquela que sofreu algum tipo de tratamento, visando o bom posicionamento 
dos dentes e a certa relação maxila-mandíbula. 
CONTATOS OCLUSAIS: 
1. Funcionais são os contatos realizados durante a função (o tripodismo, em três pontos, maior 
estabilidade do que o de cúspide-foice). O contato de tripodismo gera transmissão axial de forças, 
maior estabilização dos dentes, mínimo de trabalho para máximo de eficiência; 
2. Prematuro: toca antes do que os outros dentes, é o contato que dificulta ou impede o completo 
fechamento mandibular, sem causar desvio; 
3. Deflectivo desvia a mandíbula da sua trajetória normal de fechamento, muda de RC para MIH. 
Prematuro e deflectivo só acontece durante a abertura e o fechamento da mandíbula. 
4. Interferência oclusal: contato dos dentes posteriores durante movimentos mandibulares excursivos 
(laterais e protrusão), dificultando ou impedindo o movimento. 
 
CURVAS OCLUSAIS: 
1. Plano oclusal é uma superfície imaginária, relacionada com os dentes superiores, que está 
relacionada anatomicamente com o crânio e que, teoricamente toca as bordas incisais dos incisivos 
e as pontas das cúspides das superfícies oclusais dos dentes posteriores; 
 
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2. Curva sagital de oclusão: Distúrbios oclusais na curva de Spee podem levar a interferências nos 
movimentos mandibulares de lateralidade e protrusão. O ponto mais inferior é a ponta da cúspide 
mésio-vestibular do primeiro molar inferior; 
3. Curva transversal de oclusão: a importância disso é a função mastigatória, no direcionamento do 
bolo alimentar. Quanto mais acentuada a curva de Wilson, mais inclinado para a lingual estará o 
plano oclusal dos molares inferiores. As cúspides vestibulares são mais altas que as linguais. É 
côncava no arco inferior e convexa no arco superior. 
 
DISTÂNCIAS VERTICAIS (DM): 
1. Dimensão vertical de repouso (DVR): distância vertical quando a mandíbula está sustentada pela 
posição postural ou de repouso fisiológico dos músculos do AE, os lábios se tocam levemente, mas 
os dentes não, é a distância na parte inferior da face; 
2. Dimensão vertical de oclusão (DVO): quando os dentes estão em máxima intercuspidação (MI), os 
músculos estão contraídos em seu ciclo de potência máxima e aqui depende da presença dos dentes; 
3. Espaço funcional livre (EFL) é a distância entre as superfícies oclusais e incisais dos dentes 
antagonistas, quando a mandíbula está em posição postural ou de repouso muscular fisiológico, é a 
diferença entre a DVR e a DVO, geralmente de 2 a 3 mm. 
 
POSIÇÕES MANDIBULARES: 
1. Dimensão horizontal de repouso (DHR) ou Relação Cêntrica (RC) é a dimensão horizontal da 
face determinada pela relação do côndilo com a fossa mandibular em completa harmonia com o disco 
articular, independe da presença ou não dos dentes; 
2. Máxima intercuspidação habitual (MIH) é a posição maxilomandibular com o maior número de 
contatos entre os dentes antagonistas, independe da posição dos côndilos; 
3. Dimensão horizontal de oclusão ou oclusão em relação cêntrica (ORC) é a dimensão horizontal 
da face determinada pela coincidência das posições de MI dos dentes com a RC das ATMs, é a 
posição ideal de estabilidade mandibular. 
4. Estabilidade oclusal (EO): é a estabilidade dada à mandíbula em relação às maxilas pela 
intercuspidação simultânea das cúspides funcionais nas respectivas fossas antagonistas em ambos 
os lados da arcada dentária. Para manter ou restabelecer a estabilidade maxilomandibular do AE, é 
indispensável a oclusão dos pré-molares e dos primeiros molares antagônicos. 
 
GUIAS DE DESOCLUSÃO: 
1. Função em grupo: grupo de dentes toca-se, simultaneamente, desde o início do movimento, 
desocluindo os dentes no lado de balanceio. 
2. Overjet (ou sobressaliência ou trespasse horizontal): é a distância em que os dentes superiores 
se projetam horizontalmente sobre os dentes inferiores, na posição de MI (mordida invertida). 
3. Overbite (ou sobremordida ou trespasse vertical dos incisivos): é a distância em que os dentes 
superiores se projetam verticalmente sobre os dentes inferiores, na posição de MI. Mordida profunda 
(a), quando os incisivos superiores sobrepõem mais de 4 mm os inferiores e overbite negativo (b), 
também chamado de mordida aberta ocorre quando os incisivos superiores não sobrepõem os 
inferiores. 
4. Guia em canino (GC): Descreve o relacionamento de contatos contínuos de deslocamento entre a 
superfície incisal do canino inferior e a fossa lingual do canino superior durante as excursões laterais 
de trabalho da mandíbula. 
5. Guia anterior (GA): Relacionamento das bordas incisais dos dentes ântero inferiores com a face 
lingual dos dentes ântero superiores durante os movimentos de protrusão e retrusão da mandíbula, 
acontece sem contato dental posterior, formando com as ATMs um tripé de estabilidade

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