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O que é Lean Seis Sigma? Algumas definições Lean e Seis Sigma Seis Sigma É muito mais do que um processo estatístico. Pode ser definido como um método para reduzir variabilidade dos processos 01 Lean Manufacturing Baseia-se em 5 pilares fundamentais para aumentar a o nível de produção de uma empresa. 02 Zero Aceitável É a forma estatística encontrada para demonstrar o nível sigma de um processo. Representa 3,4 perdas por milhão 03 Qualidade Definição subjetiva de qualidade inclui: produto ou serviço que atende os requisitos e expectativas do cliente. 04 + + + + % Qualidade Nível Sigma DPMO Nível não competitivo 69,146 % 2 308.537 Atual padrão de qualidade 93,319 % 3 66.807 99,379 % 4 6.210 Novo padrão mundial 99,976 % 5 233 99,999 % 6 3,4 Tabela de Nível Sigma 0 23 45 68 90 10 20 30 40 50 60 70 80 90 Evolução de melhoria % taxa de melhoria a n o s G&E e o Lean Seis Sigma Lean Seis Sigma na GE Números: • GE Medical Systems: scanner de diagnóstico por imagem desenvolvido através da metodologia 6 Sigma teve o tempo de diagnóstico reduzido de 3 minutos para 17 segundos; • GE Plastics: aperfeiçoamento de um processo de produção de plástico que alcançou volume de 1,1 bilhão de libras, o que aumentou o faturamento e possibilitou o fechamento de um contrato com a Apple; • Giros de estoque foram de 5,8 para 9,2; • Em 4 anos, economizou R$ 1,5 Bilhão com o programa 6 Sigma. Outras empresas e o Lea Seis Sigma Dados reais Mikel Harry, et al.: RESULTADOS DAS EMPRESAS QUE ADOTARAM O 6 SIGMA Valores reais que fizeram com que diversas empresas encorporassem o 6 Sigma primeiramente em seus departamentos e posteriormente, em todos os processos. Allied Signal Estava a beira da falência e conseguiu reduzir seus custos em US$ 2 bilhões. ABB Somente em uma única planta, economizou US$ 770 mil em custos. Motorola Criadora do método, conseguiu economizar mais de US$ 11 bilhões em 10 anos. Polaroid Utilizou a metodologia para focar na qualidade e aumentou 6% os lucros. 01 02 03 04 Sua empresa precisa de Seis Sigma? Responda mentalmente… • Sua organização acredita que metas de zero defeitos não são nem realísticas, nem atingíveis? • Tem 10 vezes o número de fornecedores necessários para o negócio? • Tem de 5 a 10% de clientes insatisfeitos com o produto ou o serviço fornecido? • Gasta uma porcentagem significativa do faturamento em reparo e retrabalho antes da entrega do produto ou do serviço? • Tem um número crescente de concorrentes? • Tem clientes que não recomendariam à outros clientes seus produtos ou serviços? Objetivos Orientação Utilizar o Lean Seis Sigma para orientar, desenvolver e aplicar a metodologia além das expectativas dos clientes. VISÃO ESTRATÉGIA METABENCHMARK Mensurável Chegar a 3,4 ppm ou 3,4 defeitos por milhão. Parâmetro Para comparar o nível de qualidade entre empresas, unidades de negócio, departamento, etc Dirigida Por dados para atacar defeitos e melhorar o nível sigma de seus produtos e serviços. Diferenças na prática Organização Solução de problemas Comportamento Tomada de decisão Processo Seleção de fornecedores Planejamento Projeto Treinamento de funcionários Cadeia de comando Direção Força de trabalho Modelo Tradicional Correção Reativo Baseado na experiência Ajuste Custo (parte do preço) Curto prazo Desempenho Se o tempo permitir Hierarquia Experiência e pessoal Custo Modelo 6 Sigma Prevenção (causas) Pró ativo Base em dados Controle Capabilidade Longo prazo Produção econômica Mandatório Equipes energizadas Benchmarking e métricas Ativo Comparação de serviços Importância na qualidade Aviação Correios Aguá Potável Hospital Índice de Comparação Pousos anormais Produtos perdidos/hora Contaminação Procedimentos incorretos 3,8 Sigma – 99,0 % Qualidade 2/dia 30.000 15 min/dia 5.000/semana 6 Sigma – 99,999% Qualidade 1 a cada 5 anos 7 2 min/dia 2/semana Qual o custo da má qualidade? Custo da má qualidade Custo da má qualidade O que é Fábrica Oculta? Tudo aquilo que não faz parte do processo normal, não contribui para o produto final, não agrega valor, mas gera custo para a empresa. Retrabalho Reinspeção Recuperação Refazer Reprograma Rejeição TRABALHO EXTRA GASTOS DESNECESSÁRIOS Qual a diferença desse método? O que torna o Lean Seis Sigma tão atrativo para empresas? Eficiente Método eficiente para a solução de problemas e geração de ideias Baseado em Dados Todo processo de seis sigma é baseado em estatistica CCRs Procura atender os requisitos críticos dos clientes visando retorno lucrativo Documentação A documentação ajuda a criar um padrão para melhoria contínua Joseph M. Juran Deming Taiichi Ohno “Sem um standard não há base lógica para se tomar uma decisão.” “Custos existem para serem eliminados, não contabilizados.” “Não é preciso mudar. Sobreviver não é obrigatório. Se você não pode descrever aquilo que está fazendo como um processo, você não sabe o que está fazendo.” Metodologia 02 03 6 Sigma Aumenta a produtividade Reduz a variablidade Gera Lucros 04 85 % das falhas Encontradas pelos clientes são relatadas como deficiências em sistemas e processos, não em funcionários. R$ 100 – 600 mil reais É o valor da economia que pode ser adquirida com a implantação de um projeto Green Belt. 01 Benefícios diretos FINANCEIRO CULTURA RESULTADOS ESTATÍSTICA MELHORIA Retorno garantido Mudança positiva 4 à 6 meses após implementação Ferramenta para decisões Contínua e aumento produtividade Os projetos Seis Sigma estão diretamente relacionados aos “problemas reais” das empresas. Isso permite focar e direcionar os esforços para promover retornos financeiros de grande impacto, gerando uma melhoria continua e duradoura. Benefícios indiretos 01 02 03 04 CLIENTE EMPRESA FUNCIONÁRIO COMUNIDADE Maior qualidade entregue nos produtos Aumento de marketshare Segurança e estabilidade no emprego Menos poluição Algumas empresas • 3M • ABB • Abbott • AGCO do Brasil • Alicerce Empreendimentos • ArcelorMittal do Brasil • Atlas Copco Brasil • Avery Dennison do Brasil • Caterpillar Brasil • Chevron • Bombardier • Bosch • Braskem • Bunge Alimentos • Chase • Eurofarma • Furnas • Gerdau • Flextronics International • Global Tech Informatica • Goodyear • Gráfica Laramara • General Eletric • Guardian Glasses • Heineken • IBM • Itaú • John Deere • Kraft Foods Brasil S.A. • Laboratórios Pfizer • Fiat • Ford • Microsoft • Renault • Polaroid • Whirpool S.A. que adotam o 6 sigma COMPETÊNCIAS Liderar mudanças Gerenciar conflitos Facilitar o trabalho Gerenciar projetos Fazer apresentações M. Black Belt Consultores COMPETÊNCIAS Dedicação integral Capacitação em DFLSS Liderança projetos Gerenciamento Black Belt 1 a cada 100 COMPETÊNCIAS Ferramentas estatísticas Coordenação de projetos 25% de dedicação Green Belt 1 a cada 25 COMPETÊNCIAS Auxilia na busca por projetos Atua na aquisição de dados Pré requisito para participar de um proj. Yellow Belt Massa pensante Estrutura do programa COMPETÊNCIAS Compreensão ferramentas Lean Compreensão ferramentas 6 Sigma Mudança cultural Entendimento White Belt Como trabalha a equipe do Seis SIGMA S Conhecimentos Técnicos Devem estar claros e dispostos para todos os membros da equipe. As ferramentas e o passo- a-passo deve ser de conhecimento de todos. Pessoas As pessoas que operam os trabalhos devem trabalhar de forma sincronizada, caso contrário, os projetos de Seis Sigma não terão sucesso. 01 02 Conceitos básicos de membros Núcleo: composição fixa, que planeja e dirige o projeto. Equipe ampliada: membros que fazem parte da equipe somente em determinadas fases de projeto. Especialistas: membros que se juntam ao projeto para decisões importantes e são consultados em momentos de decisões. Quais são ascategorias de custos? Custos (categorias) Custos de avaliação São todos os custos associados com a medição do nível de qualidade obtido pelo sistema Custos das falhas São todos os custos incorridos na correção da qualidade de produtos e serviços Custos de falhas internas São os custos associados com a correção ou troca de produtos com defeitos, antes que eles sejam entregues Custos de falhas externas São identificados depois que os produtos ou serviços com defeitos foram entregues ao cliente Custos de prevenção São todos os custos associados com as ações tomadas para garantir que o processo forneça produtos e serviços com qualidade Elementos de custos da qualidade Categoria Prevenção: • Administração da qualidade; • Engenharia da qualidade; • Planejamento da qualidade por outros; • Treinamento; • Controle do processo; • Avaliação da qualidade de fornecedores. Elementos de custos da qualidade Categoria Avaliação: • Teste de aceitação do laboratório; • Inspeção do processo; • Auditorias da qualidade do produto; • Revisão de testes e dados de inspeção; • Teste interno e atualização; • Avaliação de materiais; • Processamento de dados, inspeção e reportes de testes. Elementos de custos da qualidade Categoria Falhas Internas: • Refugo; • Retrabalho e reparação; • Análise de defeitos; • Reinspeção, retestes; • Refugo e retrabalho: falhas do fornecedor; • Modificações permitidas e concedidas. Elementos de custos da qualidade Categoria Falhas Externas: • Comprometimentos; • Serviços do produto: confiabilidade; • Retorno dos produtos; • Reparação de material retornado; • Garantia; • Perdas de clientes; • Perda de vendas. Qual o impacto da qualidade nos lucros? Afeta de duas formas... • Reduz custos, tais como refugo, retrabalho e garantia do cliente, melhora o moral do trabalhador e aumenta a eficiência e produtividade. Estudos indicam que clientes fiéis são menos custosos para o serviço; • Aumenta os rendimentos: melhorias da qualidade são fatores necessários para manter os clientes antigos e atrair novos clientes. Influência do número de defeitos DEFEITOS Diminui Aumenta Diminui Custos de prevenção Custos de má qualidade Falhas externas Diminui Falhas internas Aumenta Custos de avaliação Como medir o retorno financeiro de um projeto? Processo de análise • Um projeto precisa apresentar viabilidade técnica: significa que pode se realizado com os procedimentos de engenharia e equipamentos disponíveis. Todavia, essa viabilidade é necessária mas não é suficiente; é preciso viabilidade econômica; • Viabilidade econômica: significa que o investimento somente é viável se remunerar adequadamente o capital investido, ou seja, os benefícios devem ser maiores que os custos. MEDIR 02 IMPLEMENTAR 04 DEFINIR 01 ANALISAR 03 CONTROLAR 05 Resumindo a metodologia… … buscar ferramentas e métodos estatísticos para DEFINIR os problemas e situações para melhorar, MEDIR para obter a informação e os dados, ANALISAR a informação coletada, IMPLEMENTAR e empreender melhorias nos processos e, finalmente, CONTROLAR os processos ou produtos existentes, com a finalidade de alcançar etapas ótimas, o que por sua vez gerará um ciclo de melhoria contínua. DMAIC Metodologia 01 75%45% DEFINIR Definição dos objetivos e prioridades de projeto Creative Lorem ipsum dolor sit amet O que é importante Desenvolver cada etapa com cuidado e clareza. Uma boa fase de medição, depende de um primeiro módulo bem definido. 02 MEDIRAferição e coleta de dados para entender o comportamento 03 ANALISARMétodos estatísticos para demonstrar o atual nível do processo 04 IMPLEMENTARAplicar as mudanças para melhoria de processos e serviços 05 CONTROLARDocumentação e padronização para melhoria contínua D M A I C Por dentro das etapas do DMAIC DMAIC Metodologia 01 DEFINIRDefinição dos objetivos e prioridades de projeto D Certificar que o projeto é crítico Projeto deve-se iniciar no cerne da empresa. No objetivo estratégico. Definir equipe, escopo e prazo Definição da equipe de implantação e em qual processo específico será realizada. Mapear o processo Realizar um mapeamento do processo à ser analisado e cálculo de possível saving. Registrar o projeto Documentação de projeto e contrato de melhoria. 01 02 03 04 DMAIC Metodologia 02 MEDIRAferição e coleta de dados para entender o comportamento M Plano de coleta de dados Coleta de dados para demonstração da variabilidade do processo. Comprovação de confiabilidade Aferição de qualidade na medição e aquisição dos dados Nível atual do processo Demonstração do nível sigma atual do processo. Variação atual do processo Entendimento de como o processo se comporta. 04 02 06 04 Comprovação de confiabilidade Aferição de qualidade na medição e aquisição dos dados. 05 07 DMAIC Metodologia 03 ANALISARMétodos estatísticos para demonstrar o atual nível do processo A Definir os objetivos de desempenho Criar parâmetro para análise das causas e identificar a possivel solução. Determinar causa-raiz Ferramentas para criar identificar qual a causa dos problemas. 09 10 Validar a causa-raiz Comprovar que a solução encontrada é a chave para a solução do problema. Estratificar e analisar o processo Desdobramento das causas e análise dos impactos. 11 12 DMAIC Metodologia 75%45%Creative Lorem ipsum dolor sit amet 04 IMPLEMENTARAplicar as mudanças para melhoria de processos e serviços I Gerar ideias de melhoria Ferramentas para criar ideais na busca de soluções para as causas-raiz identificadas. Avaliar e selecionar soluções Análise das soluções e seleção para implementação no projeto. 13 14 Comprovar melhoria e saving Certificar de que o saving será alcançado e a melhoria foi implementada. Desenvolver plano piloto Criação de um plano de ação para a validação do projeto. 15 16 DMAIC Metodologia 05 CONTROLARDocumentação e padronização para melhoria contínua C Manter as melhorias Como criar um padrão para realizer a manutenção das melhorias adquiridas. Prevenir ocorrência de falhas Métodos para evitar problemas e decaímento a nível sigma inferior. Padronizar e documentar melhorias Realizar um mapeamento do processo à ser analisado e cálculo de possível saving. Alterar documentação Promover treinamentos e criar nova documentação de execução dos processos. 17 18 19 20 Métricas do Lean Seis Sigma Definições preliminares • Unidade do produto: um item que esta sendo processado ou um bem ou serviço (produto) final entregue ao consumidor; • Defeito: uma falha no atendimento de uma especificação necessária à satisfação do consumidor. Possíveis exemplos de defeitos são um refrigerador com porta desnivelada, um extrato de cartão de crédito recebido pelo consumidor após a data do vencimento, etc.; • Defeituoso: uma unidade do produto que apresenta ao menos, um defeito; • Oportunidade para defeitos: cada especificação necessária à satisfação do consumidor de um produto representa uma oportunidade para ocorrência de defeito ou, dito de uma forma resumida, uma oportunidade para defeito. Métricas baseadas em defeituosos Não levam em consideração, o número de defeitos. Isto é: um defeituoso que possui apenas um defeito é equivalente a um defeituoso que apresenta cinquenta defeitos. Duas principais métricas: – Proporção de defeituosos (p – Proportion Defective) – Rendimento final (Yfinal – Final Yeld) Exemplos p – Proporção de defeituosos Y = 1 – proporção defeituosos 106 impressoras com defeitos (850 avaliadas) 106/850 = 12,40% Y = 1-0,124 = 87,53% 73 extratos cartão (200 avaliados) 73/200 = 36,5% Y = 1-0,365 = 63,5% Métricas baseadas em defeitos Levam em consideração, o número de defeitos. Isto é: um defeituoso que possui um defeito, não é equivalente a um defeituoso que apresenta cem defeitos. Principais métricas: – Defeitos por unidade (DPU – Defects per unit) – Defeitos por Oportunidade (DPO – Defectsper opportunity) – Defeitos por milhão de Oportunidade (DPMO – Defetcts per Million Opportunities); – Escala Sigma (Sigma Measure) Métricas baseadas em defeitos DPU Defeitos por unidade = Defeitos / Unidades 110 defeitos em 850 impressoras avaliadas DPU =110 / 850 = 0,1294 Interpretação DPU: Um valor para DPU igual a 2,0 por exemplo, indica que é esperado que cada unidade do produto apresente dois defeitos. Já um valor de DPU igual a 0,1, significa que é esperado que uma em cada dez unidades do produto apresente defeito. DPO DPO = Defeitos / (U * O) 110 defeitos em 850 impressoras avaliadas (30 oportunidades) DPO = 110 / (850 * 30) Interpretação DPO: Para encontrar o valor do nível sigma de tal processo, devemos encontrar a métrica DPMO (multiplicando o DPO por 1 milhão e acharmos o valor correspondente na tabela (Escala Sigma)). Tabela Sigma Conceitos de Variabilidades Variabilidade • Um processo sempre apresenta variabilidade; • Os produtos defeituosos são produzidos devido à presença da variabilidade; • Para que um processo seja previsível, é necessário que ele esteja sob controle estatístico; • O Gráfico Sequencial ou Gráfico de Controle (Carta de controle) podem ser utilizados para avaliar o estado de controle estatístico de um processo; • A redução da variabilidade dos processos implica em uma diminuição do número de produtos defeituosos fabricados; – Causas comuns ou aleatórias; – Causas especiais ou assinaláveis; “Sete Ferramentas da Qualidade” 1. Estratificação; 2. Folha de verificação; 3. Gráfico de Pareto; 4. Diagrama de Causa e Efeito; 5. Histograma; 6. Diagrama de dispersão; 7. Gráfico de controle. “As Sete Ferramentas da Qualidade podem ser utilizadas para a coleta, o processamento e a disposição das informações sobre a variabilidade dos processos produtos”. Distribuição de dados Se apenas causas comuns estiverem presentes, os resultados do processo formarão uma distribuição estável e previsível ao longo do tempo. Distribuição de dados Se causas especiais de variação estiverem presentes, os resultados do processo não serão estáveis, nem confiáveis ao longo do tempo. Presença de causas especiais MSA –Análise do Sistema de Medição Sistemas de medição Por que devemos verificar se os nossos dados são confiáveis? Porque a variabilidade está SEMPRE presente, mesmo em um sistema de medição sofisticado, mas…. O que é um sistema de medição? É a combinação de 3 fatores: • Do instrumento que estamos utilizando (de onde vem os nossos dados); • Quem está usando o instrumento (operador, digitador de dados no sistema); • Condições em que os dados estão sendo coletados (variações de temperatura, limpeza, etc.). Exemplo Mal funcionamento Variação Valor errado Adequação Utilização Instrumento não é utilizado corretamente Acaba aferindo valores incorretos de dados Instrumento não é adequado para a utilização Não consegue representar um padrão de medição Instrumento pode não estar calibrado corretamente Acaba medindo valor errado e interferindo no resultado Instrumento tem muita variação para mesma medida Erro comum e interferência nos resultados Sistemas de medição Sistemas de medição Como saber se tenho um sistema de medição adequado? Para obter esta informação, deve-se saber: 1. O equipamento tem discriminação adequada? 2. Os resultados das medições apresentam estabilidade? 3. Suas propriedades estatísticas são consistentes e aceitáveis para o controle do processo ou produto? Sistemas de medição Variação Total Variação do Processo Variação do meio de medição Para se entender a variação atual do processo, é necessário conhecer quanto da variação é proveniente do nosso sistema de medição. O ideal seria que a variação do sistema de medição fosse desprezível com relação as variações causadas pelo processo. Assegurar a qualidade dos dados obtidos durante o processo de medição. Como? Aferindo as mesmas medições, reduzindo a variabilidade do processo. Identificação de fatores externos que podem estar atrapalhando os resultados obtidos. Como? Observação através do comportamento das medições e avaliações estatísticas no Minitab. Facilitar a avaliação dos dados evitando custos e otimizando o tempo disponível para tal atividade. Como? Agregando credibilidade ao processo de medição QUALIDADE IDENTIFICAR FACILITAR 01 02 03 Objetivos do MSA O que é “resolução” ou “discriminação” ? Resolução Resolução ou discriminação, é a menor fração medida pelo equipamento, isto é, a capacidade que um sistema de medição tem em identificar e indicar com boa confiabilidade variações mínimas em uma determinada característica. Resolução É adequada quando pode identificar variações no processo. É adequada se sua resolução aparente é pequena em relação a variação do processo. Recomendação ISO/TS: resolução aparente 1/10 da tolerância. Exemplo: 1,15 mm até 1,25 mm (LI e LS da peça) Tolerância: 0,10 mm Resolução: 0,10 / 10 = 0,01 mm Ou seja, o equipamento deve ter no mínimo, resolução de 0,01 mm. Dois estudos são utilizados para avaliar um sistema de medição… Repetitividade Reprodutibilidade Variabilidade do instrumento; Variação nas medidas como um instrumento de medição quando usado várias vezes por um mesmo avaliador medindo a peça; Também chamada de variação do equipamento. MSA Variabilidade entre os avaliadores; Variação nas médias das medidas realizadas por diferentes avaliadores utilizando o mesmo instrumento medindo a mesma característica na mesma peça; Também chamada de variação do operador. Repetit. Reprodut. NCD Total R&R Variabilidade Quando a mesma parte é medida várias vezes por operadores diferentes. Representatividade Porcentagem de qual sistema está causando a variação Variabilidade Quando a mesma parte é medida várias vezes pelo mesmo operador Deve ser >4 Os valores de categorias distintas devem ser maiores ou igual a 4 Interpretação do gráfico R&R Princípios de coleta de dados Definição operacional Alguns projetos ficam bastante tempo na fase de medição por não terem um sistema confiável. “Se não houver medição confiável, não há padrão para melhoria” Todos os envolvidos devem ver o projeto da mesma forma. Por esse motivo, é importante definir bem como ele será medido e quais são as métricas. Todos devem buscar o mesmo objetivo Passo a passo para coleta Elaborar um plano de medição adequado Coletar os dados confiavelmente Exibir os dados de maneira clara Desenvolver definições operacionais Definição operacional A definição operacional responde duas perguntas de uma coleta de dados: “ O QUE ”: descrição precisa dos critérios específicos utilizados para as medidas “ COMO ”: descrição do método para se obter o valor da característica que será medida Qual a importância? ✓Dão a todos, a mesma ideia ✓Garantem confiabilidade e consistência ✓Descrevem o que está ou não está incluído no projeto Definição operacional Tempo de resposta à solicitação de reserva de viagens. Definição operacional Avaliar qual o lead time do processo de reserva de viagem: ▪ Início do processo: recebimento de ligação no call center ▪ Conclusão: recebimento do voucher pelo cliente Deverão ser avaliados aleatoriamente 6 processos por dia • Período de análise: mês de dezembro • Motivo: maior busca de viagens de negócios Exemplos Definição operacional As definições operacionais uniformizam as informações; Garantem que a equipe acerte de primeira quando estiver coletando os dados; Devem ser definidas de forma que qualquer pessoa possa realizar a coleta sem problemas. UM BOM PLANO DE MEDIÇÃO, DEVE CONTER: Quem coletará os dados Equipamento utilizado Como os dados serão usados Outros dados a serem coletados Plano de medição A medida de desempenho Período e frequência de coleta Tamanho da amostra Fonte de local DIRETRIZES PARA UMA BOA COLETA: Minimize asinterferências externas Treine as pessoas para coletar os dados POR QUE SIMPLIFICAR A COLETA DE DADOS? Plano de medição Simplifique a coleta de dados Certifique-se de que haja consistência Teste a coleta de dados Facilite a coleta Capacidade do Processo Capacidade A capacidade de um processo é um índice determinado pela variação proveniente das causas comuns. É usada como base para a previsão de como o processo está ou vai operar, usando dados estatísticos obtidos durante a medição. Por isso, na prática, a capacidade deve ser calculada só depois que o processo tenha demonstrado estar sob controle estatístico. É geralmente utilizada para validar características que envolvem apreciação dos clientes. Também é bastante utilizada para validar um processo novo ou modificado, evidenciando que o mesmo está atuando dentro dos padrões determinados pela engenharia. Capacidade e Performance • São determinados pela variação proveniente de causas comuns; • Base para uma previsão de como está ou como irá operar um processo; • Deve ser calculado após domínio estatístico; • Utilizada para validar modificações ou processo. Índices: Cp = Dispersão dos resultados do processo (Precisão) Cpk = Localização das médias contra os LE (Exatidão) Precisão e exatidão Não preciso Não exato Não preciso Exato Preciso Não exato Preciso Exato Capacidade Cálculo da capacidade potencial de um processo: Cp é o índice de Capacidade Potencial do Processo. Isto é, uma medida de o quanto o processo é capaz de atender às especificações. Este índice é dado pela razão entre os limites de especificação e a variação do processo. (Dispersão das especificações pela dispersão do processo) CP = 𝐿𝑆𝐸 −𝐿𝐼𝐸 6𝑥σ Onde: LSE = Limite Superior de especificação LIE = Limite Inferior da especificação σ = Desvio padrão estimado Capacidade Cálculo da capacidade efetiva de um processo: Cpk é o índice de Capacidade Efetiva do Processo. Isto é, uma medida de o quanto o processo realmente atende às especificações. Pode ser descrito pelo afastamento que a média do processo apresenta dos limites de especificação em unidades de desvio padrão. Cpksup = 𝐿𝑆𝐸−𝑥 ¯ ¯ 3𝑥σ Cpk inf = 𝑥 ¯ ¯ −𝐿𝐼𝐸 3𝑥σ Onde: LSE = Limite Superior de especificação LSI = Limite Inferior da especificação σ = Desvio padrão estimado 𝑥 ¯ ¯ = Média das médias dos subgrupos (média do processo) Cp = Cpk = 0,33 Cp = Cpk = 0,50 Cp = Cpk = 0,67 Cp = Cpk = 1,0 Cp = Cpk = 1,33 Cp = Cpk = 1,67 Cp = Cpk = 2,0 Processos centrados Cp =1,33 e Cpk = 0,33 Cp = 1,33 e Cpk = 1,00 Cp = 1,33 e Cpk = 0,67 Processos descentrados Análise da capacidade • Muita variabilidade • Centrado • Não atende os requisitos • Índices de Cp = Cpk < 1 • Pouca variabilidade • Descentrado • Não atende os requisitos • Índices de Cp > Cpk • Pouca Variabilidade • Centrado • Atende os requisitos • Índices de Cp = Cpk > 1 Extra: Cartas de Controle Cartas de controle Cartas de controle são gráficos utilizados para o acompanhamento do processo. Esses gráficos determinam estatisticamente faixas denominadas “limites de controle”. O objetivo é verificar, por meio dos gráficos, se o processo está sob controle, isto é, isento de causas especiais. As cartas de controle estão divididas em duas categorias que levam em consideração o tipo de medida e os dados que estão sendo analisados. Cartas de controle Um gráfico de controle consiste de: • Uma linha média (LM); • Um par de limites de controle, representados um abaixo (limite inferior de controle – LIC) e outro acima (limite superior de controle – LSC) da linha média; • Valores da característica da qualidade traçados no gráfico. Cartas de controle Cartas para variáveis: quando os dados coletados são valores resultantes de medições, tais como: diâmetro do tubo, torque rotacional, velocidade angular, dureza, viscosidade, etc. Cartas por atributos: quando os dados coletados se restringem a dois valores (conforme/não conforme, aprovado/não aprovado, passa/não passa, presente/ausente), porém podem ser coletados e contados para registros e análises. Cartas de controle para variáveis Tipos de cartas: 1ª Carta por variável01 2ª Carta por variável02 3ª Carta por variável03 • Carta 𝑥 ¯ e R : Média e Amplitude • Carta 𝑥 ¯ e S : Média e Desvio padrão • Carta 𝑥 ~ e R : Mediana e Amplitude Cartas de controle para variáveis Carta 𝑥 ¯ e R 01 É a carta de controle mais utilizada. Deve ser construída da seguinte forma: Gráfico de médias: demonstra o comportamento do processo, em termos de localização em relação à média do processo, ou seja, demonstra a exatidão do mesmo. Gráfico de amplitudes: demonstra o comportamento dos dados do processo, a dispersão existente entre os elementos do subgrupo, ou seja, demonstra o grau de precisão do processo. Cartas de controle para variáveis Diário de bordo: é a principal ferramenta para a pesquisa de problemas no processo. Para tanto, nele devem estar anotados todos e quaisquer ocorrências anormais que possam afetar direta ou indiretamente a qualidade da característica que está sendo controlada. Carta 𝑥 ¯ e R 01 Cartas de controle para variáveis Cálculo dos limites de controle • Os limites de controle são calculados para mostrar a extensão na qual as médias e amplitudes dos subgrupos iriam variar se apenas causas comuns de variação estivessem presentes. Eles são baseados no tamanho da amostra do subgrupo e na quantidade da variabilidade dentro dos subgrupos refletidos nas amplitudes. • O cálculo dos limites de controle das cartas para variáveis emprega fatores representados por letras nas fórmulas. Esses fatores, que variam conforme o tamanho da amostra (n), são apresentados em tabelas mais a frente. Cálculo dos limites de controle Onde: N é o número de subgrupos; R1 e X1 são amplitude e a média do primeiro subgrupo; R2 e X2 são do segundo subgrupo; Fórmula da amplitude média (R) 𝑥 ¯ ¯ = 1 𝑛 (𝑥 ¯ 1 + 𝑥 ¯ 2 + 𝑥 ¯ 𝑛) 𝑅 ¯ = 1 𝑛 (𝑅1 + 𝑅2 + 𝑅𝑛) Fórmula da média (X) Cálculo dos limites de controle Onde: D4, D3 e A2 são constantes que variam com o tamanho da amostra, com valores de 2 a 10 como mostrado na tabela parcial seguinte. 𝐿𝑆𝐶𝑅 = 𝐷4 𝑥𝑅 ¯ 𝐿𝑆𝐶𝑋 = 𝑥 ¯ ¯ + 𝐴2 𝑥 𝑅 ¯ Para o gráfico das amplitudes: Para o gráfico das médias: 𝐿𝐼𝐶𝑅 = 𝐷3 𝑥𝑅 ¯ 𝐿𝐼𝐶𝑋 = 𝑥 ¯ ¯ − 𝐴2 𝑥 𝑅 ¯ Tabelas das constantes D4, D3 e A2 n 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D4 3,27 2,57 2,28 2,11 2 1,92 1,86 1,82 1,78 D3 • • • • • 0,08 0,14 0,18 0,22 A2 1,88 1,02 0,73 0,58 0,48 0,42 0,37 0,34 0,31 Interpretação Carta 𝑥 ¯ e R 01 Iniciar a análise pelo gráfico das amplitudes, pois a partir do nível de variação da amplitude o gráfico irá demonstrar a origem da causa especial de variação. • Se tivermos um ou mais pontos FORA dos limites de controle no gráfico de amplitude (R), isso nos indicaria que a variabilidade do processo foi comprometida, ou seja, o comportamento do processo mudou, provavelmente devido a alguma causa especial. Interpretação Carta 𝑥 ¯ e R 01 Se tivermos tendências no gráfico de amplitude (R), é importante verificar o ponto onde a sequência teve início, a fim de verificar as seguintes situações: • Uma sequência acima da amplitude (R) média ou crescente, indica maior dispersão dos valores, que pode ter sido provocado por uma causa irregular ou mudança em uma das variáveis do processo, ou no sistema de medição. • Uma sequência abaixo da amplitude (R) média ou decrescente, indica menor dispersão dos valores, que pode ser devido a uma melhor condição, devendo ser estudada para aplicações mais amplas e melhorias. Interpretação Carta 𝑥 ¯ e R 01 Uma vez analisado o gráfico das amplitudes, o gráfico das médias (x) irá nos indicar possíveis problemas quanto à centralização do processo. • Pontos fora dos limites do controle: indica queo limite de controle ou ponto marcado estão errados, o processo mudou naquele instante ou o sistema de medição mudou. • Sequências: a média do processo mudou ou o sistema de medição mudou. Interpretação Carta 𝑥 ¯ e R 01 • Padrões não aleatórios óbvios: o teste do terço médio, nos indicará a presença de padrões não aleatórios no processo, ou seja, se mais que 2/3 dos pontos ficarem dentro do terço médio: é causa especial. Cartas de controle para atributos Tipos de cartas: Carta “ NP “01 Carta “ C “02 • Carta “np”: Mede o número de itens não conformes (defeituosos) para amostras de mesmo tamanho. • Carta “c”: mede o número de não conformidades (erros) para amostras de mesmo tamanho Carta “C” Controle Voz do cliente Limites de especificação (capacidade do processo) Capacidade x Estabilidade Voz do processo Limites de controle (estabilidade do processo) Cliente x Processo Os limites de especificação NÃO são utilizados nas cartas de controle Voz do cliente e voz do processo Especificações do cliente L im it e s d e c o n tr o le In st á ve l E st á ve l Capaz Não capaz Relatório de Anomalias e OCAP Exemplo de Relatório de Anomalias Exemplo OCAP (Out of Control Action Plan) “Fonte: Criando a Cultura Lean Seis Sigma” – Série Werkema de Excelência Empresarial Extra: FMEA Failure Mode Effect Analysis FMEA foi desenvolvido pela NASA nos anos de 1960, sendo utilizado, inicialmente, pela aviação e desenvolvimento de tecnologia nuclear. Atualmente, esse método é utilizado e em alguns casos, exigidos, por indústrias de vários segmentos. Pode ser considerado uma técnica para assegurar que as possíveis falhas de projeto, processo ou sistema e seus efeitos, foram consideradas e analisadas, objetivando a redução ou eliminação das chances dele vir a ocorrer, com ações corretivas recomendadas, antes do início da produção. Failure Mode Effect Analysis • Ferramenta preventiva; • Evita a ocorrência de falhas no projeto e no processo; • Prioriza as ações de melhoria a partir de análise consistente das falhas potenciais; • Objetiva eliminar e detectar as falhas antes de iniciar o processo; • Aumenta a confiabilidade no produto. Failure Mode Effect Analysis O FMEA pode ser utilizado em todas as etapas de projeto e construção de um determinado produto, exemplos: • FMEA de sistemas; • FMEA de projetos; • FMEA de processos; • FMEA de logística; • FMEA de segurança. POR QUE UTILIZAR FMEA? Confiabilidade Todos os possíveis erros serão calculados, levando-se em consideração o grau de severidade, a frequência da ocorrência e a probabilidade de sua detecção Critérios de aplicação • Na introdução de novos projetos e processos; • Alteração significativa nos projetos e processos; • Existência de problemas de qualidade no processo; • Desenvolvimento ou mudança de fornecedores. Benefícios • Redução de falhas; • Prevenção ao invés de detecção; • Reduzir tempo e custo no desenvolvimento de novos produtos; • Fonte de dados para critérios de manutenção; • Critérios para planejamento e aplicação de inspeções de ensaios; • Reduzir número de “recall”; • Integração entre os departamentos envolvidos; • Documentação do know-how que a empresa tem do produto e sua fabricação. Exemplo Modo de falha Modo de falha É a descrição do modo ou tipo de falha que o processo pode gerar. É a não conformidade com os requisitos do projeto, processo ou do cliente. • Deve ser a mais clara possível, com a característica que se esta analisando, nos termos da especificação (desenho, norma, etc.); • Devem ser previstas falhas para características que não necessariamente estejam explícitas nas especificações do tipo: falha de pintura, corrosão, falta de componentes e outras que possam causar algum tipo de descontentamento do cliente. Fontes de informações • Dados históricos de falhas ocorridas em processos e produtos semelhantes; • Reclamações dos clientes; • Relatórios de produtos devolvidos em garantias; • Experiência dos membros no grupo de trabalho. Efeito potencial da falha Efeito potencial da falha É a consequência que a falha acarretará ao produto, processo ou sistema, e consequentemente, ao cliente. Devem ser descritos de forma sequencial em termos do que o cliente pode observar, desde o ponto de ocorrência da falha até onde o efeito será produzido (mais grave). Efeitos para operações subsequentes: dificuldade de montagem, dano em equipamento, segurança afetada. Efeitos para o cliente: dificuldade de operação, problemas de segurança e ruídos. Grau de severidade Grau de severidade • É o nível de gravidade do defeito para o cliente, caso ele venha a ocorrer; • É feita pelo engenheiro ou técnico responsável pelo projeto do produto, processo ou sistema; • O FMEA de projeto é uma fonte para se obter o grau de severidade, evitando também que haja diferenças entre a severidade constatada no FMEA de projeto e de processos. Características Existem três tipos de características que podem ser afetadas, e portanto, analisadas durante a elaboração de um FMEA. São elas: • Características Críticas (C); • Características Funcionais (F); • Características de Segurança (S); Se uma característica for identificada como importante, o coordenador, engenheiro ou técnico responsável deve ser notificado, pois isso poderá afetar os documentos de engenharia à respeito da identificação do item de controle. Tabela Causa potencial Causas potenciais da falha É essencial em um estudo de FMEA, pois é na causa da falha que o grupo irá atuar para determinar as ações corretivas à serem recomendadas. Importante: a causa da falha deve ser corretamente determinada. Caso contrário, as ações recomendadas podem não ter efeito real sobre a ocorrência de falha, causando perdas com investimento e problemas durante a produção (rejeição, retrabalho, etc.). Deve-se notar que para alguns modos (tipos) de falha, podem existir duas ou mais causas, e nestes casos, todas elas devem ser listadas. Causas potenciais da falha Exemplos: • Desgaste de uma ferramenta de usinagem; • Preparação inadequada da máquina; • Mistura de componentes na bancada. OBS.: apenas causas específicas devem ser listadas. Causas genéricas, como, erro do operador, mal funcionamento do equipamento, devem ser evitadas. Ocorrência Ocorrências É a frequência com que um modo (tipo) de falha ocorre. A tabela a seguir deve ser utilizada para determinar o Índice de Ocorrência, bem como garantir a consistência da formação e cálculo do RPN (Número de prioridade de risco). As taxas de falhas prováveis são baseadas na frequência de falhas previstas para o sucesso. Sempre que Cpk < 1,33 é importante uma análise para tomada de decisão. Nos processos que existem a inspeção 100% como operação de rotina, deve-se considerar para determinação do Índice de Ocorrência, as rejeições detectadas na inspeção 100%. A inspeção não diminui a frequência com que a falha ocorre. Ocorrências Detecção Detecção É a probabilidade de detectar a falha no ponto de controle previsto no processo. Deve-se assumir que a falha ocorreu, independente do índice de ocorrência. • Um índice de ocorrência baixo não significa que o índice de detecção também será baixo; • A precisão e exatidão na detecção estão principalmente nos seguintes pontos: Confiabilidade dos meios de controles utilizados; Exatidão do padrão de aceitação; Eficácia da inspeção efetuada (amostragem); Existência de procedimentos escritos. Detecção NPR Índice de risco É o produto dos índices de severidade, ocorrência e detecção. Seu objetivo é somente indicar prioridades às ações recomendadas. Índice de Risco –RPN = S x O x D Para se verificar a necessidade ou não de ações corretivas, devem ser analisados conjuntamente com os índices de severidade, ocorrência e detecção. Poka Yoke Poka Yoke Poka Yoke é criar um sistema à prova de erros.Tem como função, impedir que o defeito ocorra, e se ocorrer, detectar e descobrir impedindo que o produto chegue ao cliente. ✓ Ocorreu um erro? ✓ Se sim, porque ocorreu? ✓ Qual a melhor maneira de evita-lo? Poka Yoke O paradigma da falha: Guilherme cometeu um erro na montagem do eixo. Preciso encontrar uma forma dele não errar mais daquele jeito. Há possibilidade de ocorrer um erro na montagem do eixo, segundo Guilherme. Precisamos achar uma forma de eliminar essa possibilidade Poka Yoke O paradigma da falha: “As pessoas são falíveis e portanto, cometem erros” “As pessoas são falíveis e portanto, devemos criar maneiras de evitar que os erros aconteçam” Poka Yoke Exemplos: • Trava eletrônica de automóveis: possui um dispositivo Poka-Yoke que fecha a porta automaticamente quando a velocidade do veículo excede 30 quilômetros por hora; • Secadora: interrompe a operação quando a porta é aberta, o que ajuda evitar acidentes; • “Janelas” em envelopes de carta: impedem que o documento destinado a uma pessoa seja incorretamente enviado para outra. Poka Yoke Exemplos Foi desenvolvido um dispositivo para que a peça só entre laminada Poka Yoke Exemplos Somente a peça em perfeito estado consegue atravessar o dispositivo Poka Yoke Nesse caso, as peças são devidamente alinhadas antes de prosseguir na linha de produção Poka Yoke Impede a passagem de peças fora do formato padrão Poka Yoke P-Y CATEGORIA DETECÇÃO: Controle: interrompe o processo quando o erro é cometido CATEGORIA PREVENÇÃO: Não permite a ocorrência do erro CATEGORIA DETECÇÃO Advertência: emite um sinal quando o erro é cometido Tipos Padronização Padronização A padronização é o método usado para indicar os procedimentos para execução das tarefas de um processo, de modo que os resultados desejados possam ser alcançados e mantidos. Você se lembra dos 3 componentes de um sistema de medição? Então responda: Qual a importância da padronização? Quais são os passos para a padronização? 1. Definir o processo a ser padronizado e determinar as tarefas repetitivas e os procedimentos básicos; 2. Reunir as pessoas envolvidas no processo, discutir os métodos utilizados e encontrar o melhor e mais simples procedimento operacional; 3. Testar e documentar o procedimento definido no item anterior, registrando as atividades em uma linguagem que todos possam entender; 4. Comunicar a existência do novo padrão a todos os afetados ou relacionados a ele; 5. Treinar todos os operadores e supervisores, de modo que eles executem exatamente aquilo que foi padronizado, sempre da mesma maneira; 6. Realizar auditorias periódicas nos processos para verificar a utilização dos procedimentos operacionais padrão e aperfeiçoá-los sempre que possível. Exemplo de Procedimento Operacional Padrão Exemplo de Procedimento Operacional Padrão preenchido OBS: Adapte o preenchimento e elaboração da planilha as suas necessidades Por que usar a padronização? • Melhoria da capacidade de realização das tarefas; • Delineamento claro dos objetivos de trabalho; • Facilitação do treinamento de novos operadores; • Melhoria e consolidação da segurança do trabalho; • Redução da variabilidade de um mesmo operador e entre diferentes operadores; • Redução do tempo de setup das máquinas • Diminuição das quebras e paradas de equipamentos; • Incorporação das ideias dos próprios executores para melhorar e facilitar o trabalho; • Estabelecimento de uma base inicial para atividades de melhoria dos processos. Padronização no Lean Manufacturing • Tabela de Combinação do Trabalho Padronizado A tabela de combinação do trabalho padronizado é um formulário que apresenta, para cada operador em um processo produtivo, os tempos gastos com operação de máquinas, trabalho manual e movimentação (caminhada). • Diagrama do Trabalho Padronizado É um formulário que ilustra a sequência do trabalho, apresentando os movimentos do operador, a localização dos materiais e o layout do processo. O diagrama também apresenta áreas críticas com relação aos fatores qualidade e segurança, que requerem monitoramento. Tabela de Combinação do Trabalho Priorizado Diagrama do Trabalho Padronizado
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