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Classificação e Tipos de Feridas na Pele

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Semiologia e semiotécnica
1
Pele
-Pele maior órgão de absorção do corpo
-Corresponde aproximadamente a 10% peso corporal;
-Apresenta 3 camadas:
-Epiderme;
-Derme;
-Hipoderme.
Função da pele
-Proteção: Barreira mecânica;
-Termoregulação;
-Excreção: água, eletrólitos;
-Sensibilidade;
-Exposição: agressão: física, química, mecânica;
-Metabolismo: síntese Vit D na pele;
-Imagem Corporal: aparência.
Classificação e tipos de feridas
-O termo ferida é utilizado como sinônimo de lesão tecidual,
deformidade ou solução de continuidade;
-Pode atingir desde a epiderme, até estruturas mais profundas,
como fáscias e músculos, aponeuroses, articulações, cartilagens,
tendões, ossos, órgãos cavitários.
-As feridas podem ser causadas por fatores extrínsecos, como
incisão cirúrgica e lesões acidentais por corte ou trauma, e
por fatores intrínsecos, como feridas produzidas por infecção,
úlceras crônicas e vasculares, defeitos metabólicos e neoplasias.
Classificação das feridas
1. Quanto à espessura
-Ferida superficial: atinge apenas a
epiderme e a derme.
-Ferida profunda: destrói a epiderme, a
derme e o tecido subcutâneo.
-Ferida profunda total: atinge o
tecido muscular e as estruturas
adjacentes (tendões, cartilagens,
ossos, etc.)
2. Quanto à etiologia
-Acidental ou traumática: ocorre de maneira imprevista, sendo
provocada por objetos cortantes, contundentes, perfurantes,
lacerantes, inoculação de venenos, mordeduras e queimaduras
em geral.
-Patológicas: são lesões
secundárias à uma determinada
doença de base.
-Intencional ou cirúrgica: quando
é realizada de acordo com um
fim terapêutico proposto.
-Latrogênicas: feridas resultantes
de procedimentos ou
tratamentos (radioterapia)
-Fatores causais externos:
feridas resultantes de
pressão contínua exercida
pelo peso do corpo, fricção,
cisalhamento e umidade,
como as úlceras de pressão.
3. Quanto à evolução
-Agudas: geralmente são feridas
traumáticas, há ruptura da
vascularização e desencadeamento
imediato do processo de
hemostasia (cortes, escoriações,
queimaduras, etc.)
FeridasFeridas
Semiologia e semiotécnica
2
-Crônicas: descritas como de
longa duração ou recorrência
freqüente; ocorre um desvio na
seqüência do processo cicatricial
fisiológico.
4. Quanto à presença de
infecção
-Feridas limpas: são feridas não
infectadas, livres de
microrganismos patogênicos.
-Limpas contaminadas: ocorrem
em tecidos de baixa colonização,
sem contaminação significativa
prévia, ou durante o ato
cirúrgico, lesões com tempo
inferior a 6h entre o trauma e o
atendimento inicial.
-Contaminadas: feridas acidentais recentes e abertas,
colonizadas por flora bacteriana considerável, cirúrgicas quando
a técnica asséptica é desobedecida, feridas que o tempo de
atendimento inicial foi superior a 6h.
-Feridas infectadas: quando há
contaminação grosseira por
detritos ou por
microrganismos como
parasitas, bactérias, vírus ou
fungos. Apresentam evidências
do processo infeccioso, como
tecido desvitalizado, exsudação
purulenta e odor característico.
5. Quanto ao comprometimento tecidual
São classificadas em 4 estágios:
Estágio I: pele íntegra com sinais de hiperemia, descoloração ou
endurecimento.
Estágio II: Perda parcial de tecido envolvendo a epiderme ou
derme, ulceração superficial com presença de bolhas ou
cratera rasa.
Estágio III: perda total do tecido cutâneo, necrose do tecido
subcutâneo até a fáscia muscular.
Estágio IV: grande destruição tecidual, com necrose, atingindo
músculos, tendões e ossos.
Tipos de feridas
-Feridas mecânicas: feridas traumáticas,
causadas por traumatismos externos,
cortante ou penetrante, inclui
esmagamentos e cortes.
-Feridas laceradas:
apresentam margens
irregulares, como as
produzidas por caco de vidro
ou arame farpado.
-Feridas químicas: causadas
pela ação de ácidos ou bases
muito fortes e alguns sais e
gases.
-Feridas térmicas: feridas que
se desenvolvem como
resultado do calor ou frio
extremo.
-Feridas por eletricidade:
causadas por raios ou contato
com objeto energizado, (rede
elétrica).
-Feridas por radiação:
causadas pela longa
exposição a raios solares, RX ou outro tipo de radiação.
-Feridas incisas: produzidas
por um instrumento cortante,
faca, bisturi, etc.
-Feridas contusas: produzida
por ação contundente de
objetos rombos.
Caracterizam-se por
traumatismos das partes moles,
hemorragias e edemas.
Semiologia e semiotécnica
3
-Feridas perfurantes:
produzidas por arma de fogo,
ou arma branca. Produzem
pequena abertura na pele,
porém podem atingir camadas
teciduais profundas e órgãos,
causando hemorragia interna.
-Feridas oncológicas: causadas
por tumores da pele ou
metástases cutâneas.
-Úlcera arterial: causada por isquemia, relacionada com a
presença de doença arterial oclusiva, os sintomas incluem dor e
perda tecidual.
-Úlcera por pressão:
causada por isquemia
secundária a compressão,
essa lesão tecidual
localizada, também é
denominada úlcera de
decúbito.
-Úlcera venosa: perdas locais
de epiderme e de níveis
variados de derme e tecido
subcutâneo, que ocorrem
sobre ou próximo a maléolos
dos MMII, causadas por
edema e outras sequelas
relacionadas com dificuldades
de retorno venoso.
-Feridas vasculogênicas: pé diabético: ferida crônica dos pés,
resultante de complicações da diabetes, como neuropatia
diabética e doença vascular periférica.
-Pode ocorrer diminuição da sensibilidade, deformidades,
diminuição do fluxo arterial, que predispõem a ulceração dos
pés.
-Fístulas: trajeto anormal
que conecta superfícies
podendo ser causadas por
infecção, traumas, etc.
-Escoriações: a lesão
surge tangencialmente à
superfície cutânea, com
arrancamento da pele.
-Equimoses e hematomas:
na equimose há
rompimento dos capilares,
porém sem perda da
Semiologia e semiotécnica
4
continuidade da pele, sendo que no hematoma, o sangue
extravasado forma uma cavidade.
-Lesão de escalpamento
do couro cabeludo:
ocasionada por acidente
em embarcação fluvial
na região amazônica.
Ferida: Limpeza
Objetivos
-Facilitar ambiente ótimo para a cicatrização.
-Remover tecidos mortos, material estranho, a fim de evitar
proliferação de microrganismos
Feridas
-Todas as feridas normalmente produzem exsudado
inflamatório.
-Uma pequena quantidade de exsudado favorece a cicatrização
e mantém o ambiente úmido na ferida.
Qual o volume de líquido a usar?
-Deve ser suficiente para arrastar o material ”solto” pela
irrigação.
-Os líquidos utilizados devem estar à temperatura do corpo
para não afetarem a cicatrização.
Classificação da ferida
Segundo a Cor: Vermelha
-indica tecido de granulação saudável e limpo.
-Quando uma ferida começa a cicatrizar, cobre seu leito uma
camada de tecido de granulação róseo-pálido, que
posteriormente torna-se vermelho-vivo.
Segundo a Cor: Amarelo:
-indica a presença de exsudato ou secreção
-Necessidade de limpeza da ferida.
-O exsudato pode ser amarelo-claro, amarelo-cremoso,
amarelo-esverdeado ou bege
Segundo a Cor: Preta
-indica a presença de necrose.
-O tecido necrótico torna mais lenta a cicatrização
-Proporciona um local para proliferação de microrganismos
Tratamento das feridas
-Avaliar de maneira apropriada, para permitir modificações;
-Terapia tópica selecionada para permitir a cicatrização;
-Tecido necrótico: desbridamento;
-Avaliar e monitorar a nutrição adequada;
-Infecções locais e sistêmicas precisam ser controladas ou
eliminadas;
-A ferida que não cicatriza, (infectada ou com exposição óssea),
precisa ser investigada quanto a presença de osteomielite
Envolve:
Anamnese sucinta e sinais vitais!
Investigar: condições em que ocorreram as lesões
Anti-sepsia
Irrigação vigorosa e intensa com soro fisiológico é
bastante eficaz para a diminuição da infecção
Recomendações
-Existe perda de substância?
-Há penetração da cavidade?
-Há perda funcional?
-Existe corpo estranho?
-Necessidade de exames auxiliares?
Classificar a ferida
Semiologia e semiotécnica
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Lesões por mordeduras:
-Em princípio, não devem ser suturadas, (potencialmente
infectadas)
-As profundas, com comprometimentodo plano muscular,
(aproximado).
Feridas por arma de fogo
-A decisão da retirada do projétil deve ser avaliado caso à caso;
caso haja apenas um orifício, não deve ser suturado, lavar
bem o interior do ferimento, quando houver dois orifícios, um
deles poderá ser suturado.
Lesões por prego
-Devem ser limpas e não suturadas, profilaxia do tétano.
Porque é realizada a avaliação da ferida?
-Descrever de forma objetiva o que está sendo visto
-Desenvolver um plano de cuidados com estratégias de
tratamento
-Monitorar a eficácia das estratégias de tratamento e
acompanhar a evolução
-Para haver documentação.
Avaliação da ferida
-Tamanho (largura e comprimento) em centímetros.
-Profundidade em centímetros
-Presença de túneis e fístulas, medir em centímetros
-Presença de descolamentos, lojas – medir a profundidade e
extensão e documentar a localização usando a posição dos
ponteiros do relógio como referência.
-Localização
-Drenagem (exudato) cor, odor, quantidade
-Presença de tecido necrótico
Processo de cicatrização
O conhecimento das fases evolutivas do processo fisiológico
cicatricial é fundamental para o tratamento adequado da
ferida.
Fases da cicatrização de feridas
Fase inflamatória:
-Edema, eritema, calor e dor;
-Começa no momento da lesão e dura de 4 a 6 dias;
-O sangramento é controlado pela hemostasia;
-As bactérias presentes são destruídas por leucócitos
granulocíticos, neutrófilos polimorfonucleares;
-4 dias após a lesão os macrófagos substituem os leucócitos,
atraindo para o local células necessárias para a reparação
tecidual.
-Na fase inflamatória ocorrem 3 etapas:
-Fase trombocítica: formação de trombos, agregação
plaquetária e ativação da cascata de coagulação.
-Fase granulocítica: desbridamento da ferida e defesa contra
infecções, há grande concentração de leucócitos, fazendo
fagocitose das bactérias, decomposição do tecido necrosado e
a limpeza da lesão.
-Etapa macrofágica: atuação local dos macrófagos, que
influenciam no desbridamento da ferida e na regulação das
outras fases da cicatrização.
Fase proliferativa:
-dura de 4 a 24 dias;
-Na ferida aberta, surge o tecido de granulação: macrófagos,
fibroblastos, colágeno imaturo, vasos sanguíneos e substância
matricial;
-À medida que o tecido de granulação prolifera, os fibroblastos
estimulam a produção de colágeno, que proporciona ao tecido
sua força de tensão e sua estrutura;
-A etapa final desta fase é a epitelização.
Fase de maturação ou reparadora:
-duração entre 21 dias a 2 anos;
-As fibras de colágeno se reorganizam, remodelam e
amadurecem, ganhando força de tensão;
-O processo continua até que o tecido cicatricial recupere cerca
de 80% da força original da pele.
Primeira intenção:
-Cicatrização ideal de uma ferida;
-É feito a junção dos bordos da lesão por meio de sutura ou
aproximação;
-Reduz o potencial de
infecção;
Semiologia e semiotécnica
6
-Cicatriza em média em 10 dias;
-Ex: feridas cirúrgicas.
Segunda Intenção
Tipo de cicatrização relacionada a ferimentos infectados e a
lesões com perda acentuada de tecido;
-Não é possível realizar a junção dos bordos
-Há necessidade de formação de tecido de granulação no leito
da lesão;
-Ex: úlceras venosas, abscessos, etc.
Terceira Intenção
Existem fatores que retardam o processo de cicatrização,
como aplicação de drenos, ostomias e feridas cirúrgicas
infectadas;
-Feridas que não foram suturadas inicialmente, que se
romperam ou tiveram que ser reabertas para drenagens de
exsudatos, e que após 3 a 5 dias serão ressuturadas.
Fatores que influenciam a cicatrização das feridas
-Perfusão de tecidos e oxigenação; pressão contínua sobre a
área da lesão, impedindo que o fluxo de sangue chegue aos
tecidos;
-Localização da ferida;
-Corpo estranha na ferida;
-Medicamentos; corticóides, citotóxicos, penicilinas;
-Nutrição;
-Hemorragia;
-Edema e obstrução linfática;
-Infecção;
-Idade do paciente;
-Hiperatividade do paciente;
-Doenças associadas; hipertensão arterial, diabetes, hepatopatias,
nefropatias, problemas vasculares, e neoplasias;
Complicação das feridas
-A grande complicação: INFECÇÃO
-Fatores locais: contaminação, presença de corpo estranho,
técnica de sutura inadequada, tecido desvitalizado, hematoma e
espaço morto
-Fatores gerais: debilidade, idade avançada, obesidade, anemia,
choque, grande período de internação hospitalar, tempo
cirúrgico elevado e doenças associadas, principalmente o
diabetes e doenças imunodepressoras.
-Outras complicações são a HEMORRAGIA e a DESTRUIÇÃO
TECIDUAL.

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