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Ana Victoria Soares 2021.1 Ana Victoria Soares 2021.1 TRANSTORNOS ANSIOSOS CONCEITO Ansiedade: experiencia natural da vivencia humana, como medo e dor, em que o individuo vai sentir ao longo da vida. O problema é quando isso se torna recorrente e passa a trazer um prejuízo pra pessoa. O transtorno é quando a ansiedade passa a paralisar a pessoa, quando o meto trava a pessoa, e ela não consegue render, trabalhar, estudar, se expor pra outras pessoas; além d éter sintomas físicos como taquicardia, taquipneia, sudorese... Medo, antecipação e preocupação. – Tríade da ansiedade patológica. CAUSAS: Fator genético Fatores hormonais (mais em mulheres – maiores transtornos ansiosos) Doenças orgânicas (sempre investigar exames laboratoriais) Traumas psicológicos (abuso, assedio, físicos) TCE (traumatismo cranioencefálico) Uso de substancias psicoativas 9SPAs) Uso de medicamentos (corticoides, roacutan) TAG Transtorno de ansiedade generalizada Prevalência na população geral: 5-10% da população Proporção mulher/homem: 1:1 Ansiedade e preocupação excessivas (critério maior) +3 sintomas (menores por, pelo menos 6 meses. Traz sofrimento psíquico ao paciente É uma ansiedade mais difusa, não tem tantos gatilhos específicos. É a pessoa que ta ansiosa pra “tudo” (trabalhar, estudar, festa...) A ansiedade oscila Medo – leva a preocupação excessiva (associado como critério maior) SÍNDROME DO PÂNICO Mais comum entre mulheres Prevalência geral de 1,5-5% Crises de pânico em um mês + mudança de comportamento por causa das crises. (pelo menos duas crises no período de um mês). Comportamento evitativo (paciente passa a evitar os locais que teve a crise. Geralmente as crises são espontâneas, não possuem gatilhos. OBS: a crise do pânico é uma crise de ansiedade. Crises de medo extremo, espontâneas, sem gatilhos, aleatórias, recorrentes. Normalmente duram de minutos a poucas horas Pico da crise em 10 minutos. *Despersonalização: pode ta frequente em transtornos ansiosos ou esquizofrenia. A pessoa não se reconhece, ela se sente estranha. *Desrealização: é a sensação que o local está estranho, que as pessoas ao redor dela estão diferentes. AGORAFOBIA – Critérios (DSM-V) A agorafobia existe em transtorno isolado ou dentro da síndrome do pânico. É importante colocar no CID a ausência ou presença da agorafobia. Se tiver, é um quadro mais grave. “Medo de locais abertos” – Grécia antiga. Medo em que a pessoa sente que não vai ter auxilio médico por perto ou então não terá ajuda caso tenha crise, sendo um agravamento da síndrome do pânico e evitando alguns locais. Medo acentuado persistente maior igual a 6 meses ou ansiedade sobre 2 ou maus das seguintes: - Uso de transporte público -Estar em espaços abertos (estacionamento, mercado) - Estar em local fechado (lojas) Ana Victoria Soares 2021.1 Ana Victoria Soares 2021.1 - Ficar na fila ou no maio de multidão - Estar sozinho fora de casa As mesmas situações quase sempre provocam medo ou ansiedade. Pacientes evitam atividades e situação e/ou exigem a presença de acompanhante. O medo ou a ansiedade é desproporcional à ameaça real (levando em conta as normas socioculturais) O medo, a ansiedade e/ou esquiva causam sofrimento significativo ou prejudicam muito o funcionamento social ou ocupacional. TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO (TOC) Prevalência = homens e mulheres Prevalência na população geral <5% Obsessão x Compulsão Existem 3 tipos de TOC: obsessivo, compulsivo e misto. Obs: ego sintônico – são as características que o individuo se sente bem com elas, não causam nenhum sofrimento. Ego distonico – características que o individuo não gosta e o leva ao sofrimento. Obsessão: pensamentos intrusivos (aquele pensamento que a gente não quer ter, mas ele aparece e fica “martelando na cabeça” Ex: será que eu desliguei a torneira? Compulsão: está relacionada a atos. O pensamento vem e a pessoa realiza o ato. Ex: não lavei a mão – a pessoa vai lavar a mão. Obs: TOC NÃO É MAIS UM TRANSTORNO ANSIOSO DESDE A CID-10 CARACTERÍSTICAS GERAIS DO TOC: Caracterizado por pensamentos ou atitudes repetitivas, que, caso paciente não atenda, lhe trazem sofrimento intenso. Pode cursar com crises de angustia intensa, com sudorese, taquicardia, dispneia... A crise do TOC pode ser igual a crise dos transtornos ansiosos, a diferença é o gatilho. Ex: sofrer por não conseguir desvirar a sandália. Não ter como realizar o ato que o aliviaria. TRATAMENTO DO TOC: Antidepressivo (ISRS) + Ansiolitico SN FISIOPATOLOGIA DOS TRANSTORNOS ANSIOSOS -Hipótese das monoaminas Disfunção (queda) de neurotransmissores (pelo menos um) Serotonina (STH) Dopamina (DA) Noradrenalina (NA) Objetivo do tratamento: fazer com que o neurotransmissor renda mais, fique mais tempo na fenda sináptica, reduzindo a recaptação. CID: Vai mudar em 2022 pois será aceita a CID-11. TRATAMENTO: MEV Psicoterapia Psicofármacos Psicoeducação Ana Victoria Soares 2021.1 Ana Victoria Soares 2021.1 Antidepressivos: resolvem a disfunção de neurotransmissores a longo prazo. Ansiolíticos: tratamento sintomático. O ansiolítico vai tirar o paciente da crise, ele não cura. OBS: as crises ansiosas são autolimitadas, por mais que o individuo não faça nada, ela vai passar. A diferença é que demora. A solução imediata é o medicamento. TRANSTORNO DO ESTRESSE PÓS-TRAUMATICO (TEPT) Transtorno mental caracterizado por crises de revivência do trauma sofrido. Nem todo transtorno que surge depois de um trauma é TEPT. O que caracteriza o TEPT é a revivência. É a pessoa achar que está vivendo novamente o trauma. Pode ser a crise revivendo o trauma de semanas atras ou de anos atras. Geralmente é começar logo após o trauma. EPIDEMIOLOGIA: Mais comum em mulheres Prevalência em 10% da população geral 60-80% da população submetida a traumas (a cada 10 pessoas que sofrem traumas, 6-8 desenvolvem TEPT) SINTOMATOLOGIA DO TEPT: Revivência do trauma Sonhos vividos Desconforto em situações/locais parecidos Comportamento evitativo Incapacidade de lembrar alguns aspectos importantes do trauma Irritabilidade, hipervigilância, resposta exagerada ao susto É como se a pessoa na hora do trauma “congelasse”, ficasse sem reação. Se ela fica sem reação, não expressa as emoções dela no momento. Semanas após o ocorrido esse trauma é revivido e as emoções são colocadas pra fora. CRISES DO TEPT: Angustia Choro fácil Taquicardia Taquipneia/dispineia Sudorese Medo intenso DIAGNÓSTICO: O paciente deve ter sido exposto a uma situação estressante (trauma) Tem que ter revivência/rememoração/pesadelos (qualquer lembrança do trauma) e comportamento evitativo (mudança de comportamento após o trauma) Quadro surge até 6 meses após o trauma (ou até 6 meses do início do trauma, se longo- ex: assédio persistente no trabalho) TRANSTORNO DE ANSIEDADE SOCIAL (TAS) Antiga “fobia social” Prevalência homens = mulheres Prevalência na população geral >10% Evita contato social porque gera desconforto, tensão, nervosismo, taquicardia... O gatilho é uma pessoa conhecida, grupo de pessoas conhecidas. SINTOMATOLOGIA: Angústia Choro fácil Taquicardia Taquipineia/dispineia Sudorese Medo intenso Sintomas gastrointestinais (vomito, diarreia) Comportamento evitativo pra evitar o gatilho (que é encontrar com outras pessoas) Medo acentuado e persistente (>- 6 meses) em situações sociais Medo de uma avaliação negativa por outras pessoas. Todos devem estar presentes: As mesmas situações sociais quase sempre provocam medo ou ansiedade Evitação O medo é desproporcional à ameaça real Sofrimento significativo A pessoa acha que ela é o centro das atenções e ela está sendo julgada negativamente por todas as outras pessoas. O medo da reprovação, de ta sendo analisada de forma negativa. FOBIAS ESPECÍFICAS: Mais comum em mulheresPrevalância: 15% da população geral QUADRO CLÍNICO: Ana Victoria Soares 2021.1 Ana Victoria Soares 2021.1 Medo exacerbado de animais, objetos ou situações claros A exposição ao gatilho traz crise de ansiedade Medo irracional O estimulo é evitado pelo paciente (ou tolerado com pavor) A pessoa tem um medo absurdo de uma determinada coisa e sabe do medo que tem. Tipos: Animais Natureza Sangue e ferimentos Situações Outros OBS: interessante procurar lista de fobias específicas (caia na prova antigamente) DIAGNÓSTICO: Medo exacerbado + sofrimento intenso em contato com o gatilho + evitação +pelo menos 6 meses TRATAMENTO: Terapia de exposição A terapia de exposição consta em um traçado, um desenho, uma representação do gatilho pra perceber o quão distante desse objeto o paciente já começa a ter sintoma. Começa com um desenho mais distante e cada vez mais vai trazendo pro real gatilho. É ideal também para analisar a gravidade. FISIOPATOLOGIA: Hipótese das monoaminas. Disfunção (queda) de neurotransmissores (pelo menos um) Serotonina (5TH) Dopamina (DA) Noradrenalina (NA)
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