Buscar

Documento (10)

Prévia do material em texto

CENTRO UNIVERSITÁRIO DA AMAZÔNIA CURSO DEDIREITO 
DISCIPLINA: SOCIEDADES EMPRESARIAIS 
PROFESSORA: KATIA TOLENTINO GUSMAO 
TURMA: STM0040103NNA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2ª AVALIAÇÃO 
SOCIEDADES EMPRESÁRIAS
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ALUNOS (AS): CAMILA SANTOS SÁ- 04072285 
 MESSIAS CARLOS DE C. DANTAS – 04071886 
 RAIANE PRISCILA MIRANDA DE SOUSA – 04072631 
 
 
 
 
 
 
SANTARÉM-PARÁ JUNHO/2021
 
 RESPOSTAS 
 
1ª) DENTRE AS SOCIEDADES DESPERSONIFICADAS, NÓS TEMOS AS SOCIEDADES EM COMUM. COMO SE PODERÁ FAZER A PROVA DA EXISTÊNCIA DE TAL SOCIEDADE, TENDO EM VISTA QUE ELA NÃO FOI LEVADA A REGISTRO? (1 PONTO) 
De acordo com o art. 987, do Código Civil a existência da sociedade e suas relações dos sócios e destes com terceiros somente são provadas por escrito, mas os terceiros podem provar a existência da sociedade por qualquer meio. Significa que, os terceiros que mantiverem relações com esse tipo de Sociedade podem provar por qualquer meio lícito de prova, protegendo assim, aqueles terceiros de boa fé que firmaram relações. Enquanto os sócios seja relação com terceiros ou recíprocas entre sim, só se admite provar por meio escrito à existência da sociedade. 
 
2ª) DISCORRA SOBRE A SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO. (2 PONTOS) 
As Sociedades em Conta de Participação (SCP) são estruturas pelas quais duas ou mais pessoas se unem visando um fim específico. Assim, uma pessoa fornece recursos à outra para que se utilize em determinado projeto ou empreendimento visando auferir resultados a serem compartilhados. 
O novo Código Civil brasileiro regula as Sociedades em Conta de Participação nos seus artigos 991 a 996. Os referidos dispositivos compõem o Capítulo II do Subtítulo que enumera e regulamenta as sociedades não personificadas, na qual se encaixa SCP. Por configura-se como sociedade despersonalizada, ou seja, não tem personalidade jurídica, portanto, se utiliza da personalidade jurídica do Sócio Ostensivo, para praticar seus atos, não possuindo sequer nome empresarial. Sendo assim, o sócio ostensivo possui toda a responsabilidade perante terceiros, inclusive nos casos de dívidas fiscais e trabalhistas. 
 Esse tipo de sociedade possui algumas características, tais como: Ausência de formalidades para sua constituição, no entanto, passou a ser exigido inscrição no CNPJ - Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica, mesmo assim, isso não tem o força de conferir a esta, a personificação jurídica de sociedade. Outros pontos importantes a citar é quanto seu prazo de duração pode ser por prazo determinado ou indeterminado e a sua existência pode ser provada por qualquer meio de prova admitido em direito. Assim, esse tipo de Sociedade tem sido muito utilizado no Brasil, principalmente por investidores na área da construção civil. Nesse cenário, o sócio participante ou investidor realiza aportes financeiros para a construção de um empreendimento e após a conclusão e venda das unidades pela sócia o lucro é distribuído entre os sócios na proporção estabelecida contratualmente. 
 
3ª) COMO SE DÁ A RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS, EM UMA SOCIEDADE EM NOME COLETIVO? (1 PONTO) 
A sociedade em nome coletivo é um tipo societário onde todos os sócios são solidários e todos respondem ilimitadamente pelas dívidas da sociedade, ou seja, a dívida da sociedade pode atingir os bens dos sócios. 
Contudo, considerando que há personalidade jurídica, há o benefício de ordem que deverá ser respeitado em caso de execução promovida por credores. Esse tipo de sociedade é constituída, necessariamente, por pessoas físicas como preconiza o art.1.039 do CC, este modelo societário permite que os sócios limitem entre si as suas responsabilidades no momento de elaboração do Contrato Social, previsto no parágrafo único do referido artigo, e seu contrato social deve conter as cláusulas elencadas no art. 997 do CC. 
A administração desta cabe exclusivamente aos sócios, não podendo um terceiro exercer este papel administrativo (art.1.042,CC ). Por fim, esta sociedade deve adotar a firma social, conforme art.1041. 
4ª) NA SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES, SE TEM DE UM LADO O SÓCIO COMANDITADO E, DE OUTRO LADO O SÓCIO COMANDITÁRIO. DITO ISTO, ESTABELEÇA A DIFERENÇA ENTRE ESSAS DUAS CATEGORIAS DE SÓCIOS. (2 PONTOS) 
Os dois conceitos são regidos pelos Artigos 1.045 a 1.051. do Código Civil, que traz eu seu bojo as peculiaridades das sociedades em Comandita simples com seus tipos de sócios e suas respectivas diferenças. Dessa forma, é possível estabelecer as distinções existentes a partir dos artigos mencionados de forma conceitual. 
Os Sócios Comanditados são aqueles que assumem os riscos da atividade e que possuem a função de administrar e contratar em nome da sociedade. Por isso, sempre serão pessoas físicas, uma vez que respondem ilimitada e solidariamente com o negócio. Ressalta-se ainda, que são eles que emprestam o nome para a razão social da empresa. Enquanto, os Sócios Comanditários são meros investidores de capital, ou seja, podem ser pessoas físicas ou jurídicas que não participam da administração do negócio. A sua responsabilidade, portanto, está limitada ao valor total que corresponde às suas quotas. É importante destacar que cabe a esse tipo de sócio fiscalizar os atos de gestão. 
Ademais, os direitos dessas duas classes de sócios não são idênticos. O ordenamento jurídico, considera o sócio comanditário como um simples prestador de capital e, ainda, são restringidos - lhes bastante direitos. O sócio comanditário não pode ter o nome na firma social, restrição que tem sua justificativa pelo fato de, em regra geral, a firma expressar, para os terceiros, os sócios que assumem responsabilidade ilimitada pelas obrigações sociais. Como já mencionado, o Comanditado cabe a à gestão societária, que somente estes tipos de sócios poderão administrar a sociedade. Destaca-se ainda, que no contrato social que regulamenta a sociedade são previstos especificamente quais são os sócios comanditados e comanditários. 
 
5ª) DENTRO DO QUE FOI EXPLICADO EM SALA DE AULA, FAÇA UMA DISSERTAÇÃO SOBRE AS SOCIEDADES LIMITADAS. (4 PONTOS) 
A sociedade limitada consiste no tipo de associação que estabelece normas com base no valor investido por cada sócio. O nome de cada uma das associações desse modelo é acompanhado da sigla “Ltda”, que significa “limitada”. Introduzidas no país por meio do decreto nº 3.708/19, as sociedades limitadas, antes denominadas sociedades por quotas com responsabilidade limitada, encontram respaldo legislativo no novo Código Civil, nos artigos 1.052 a 1.087. 
Uma das consequências de sua personificação é o nome, por meio do qual a sociedade assume direitos e obrigações. Nas sociedades limitadas, o nome empresarial pode ser tanto razão social quanto a função social. Esta possibilidade ocorre devido às sociedades limitadas carregarem as características das sociedades de pessoas, que usam a razão social, e das sociedades de capitais, que usam a denominação social. 
A principal regra da sociedade limitada é que a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas. No entanto, há duas exceções a esta regra: a) enquanto não integralizado o capital social, todos os sócios são solidariamente responsáveis, ou seja, qualquer dos sócios pode ser responsabilizado pelo credor da sociedade até o quanto faltar para se completar a integralização (art. 1.052/CC); e b) quando os sócios deliberarem de forma contrária à lei, ao contrato social e por débitos de natureza tributária, trabalhista e previdenciária na forma das leis específicas. 
Nas omissões do capítulo que regula as sociedades limitadas, o Código Civil estabelece que serão usadas as regras da sociedade simples (arts. 997 a 1.038 do CC), e se o contrato assim especificar, subsidiariamente as regras das sociedades anônimas. O capital social da sociedade limitada é divido em quotas, em partes iguais ou desiguais, cabendo uma ou diversas a cada sócio.As quotas são regulamentadas pelos artigos 1.055 a 1.059 do Código Civil. Salienta- se que o valor do capital social consta no contrato da empresa registrado na Junta Comercial, por isso só poderá ser alterado mediante alteração no contrato. Isso ocorre porque o capital social é o patrimônio da empresa e quaisquer alterações – para mais ou para menos – precisa ser documentado. 
 Para facilitar o ingresso de administrador não sócio à administração da sociedade de responsabilidade limitada, o artigo 1.060 do Código Civil prevê expressamente que a determinação dos administradores de uma sociedade limitada pode se dar por ato separado. Sendo assim, a efetivação do não sócio à administração ocorrerá em qualquer momento, sem necessitar ser obrigatoriamente no ato de constituição da empresa. Ressalta- se que os administradores não sócios estão sujeitos aos mesmos impedimentos dos administradores sócios. 
Deve-se observar ainda que o próprio artigo 997 do Código Civil Brasileiro que estabelece também para a sociedade limitada as cláusulas obrigatórias do contrato social determinando em seu inciso VI que o contrato deve definir as pessoas naturais incumbidas da administração da sociedade, e seus poderes e atribuições. 
Na sociedade limitada, a designação do administrador pode ser efetivada de três maneiras: diretamente no contrato social no ato de sua constituição; posteriormente através de um aditivo ao contrato social que passa a ter a mesma natureza da modalidade anterior, sobretudo após a consolidação do contrato social; ou ainda através de ato separado, podendo ser, por exemplo, através de ata de reunião ou assembleia dos sócios com o respectivo termo de posse. 
 A nomeação deve ser formal, que deverá ser assinado no prazo de trinta dias sob pena de tornar sem efeito tal nomeação. Após a deliberação o administrador deve requerer que seja averbada sua nomeação no Registro competente no prazo máximo de dez dias, a contar da investidura do cargo estabelecido pelo (Art. 1 062 e parágrafos do CC). Como também no § 1º do artigo 1.011 do CC, enumera as pessoas que não podem administrar uma sociedade. 
 Ao registrar uma Sociedade Limitada é relevante a elaboração de um contrato minucioso, com o intuito de evitar problemas futuros entre os sócios, elecando em suas cláusulas por exemplo, situações possíveis como: no caso de desistência de participação na sociedade, um sócio ceder sua quota a outro sócio ou a um terceiro; se é possível, no caso de morte de um dos sócios, o herdeiro deste assumir sua parte na sociedade. 
 Salienta-se elucidar que o sócio poderá ser excluído judicialmente, mediante iniciativa da maioria dos demais sócios : quando não pagar o valor referente a sua cota para a integralização do capital social ou quando colocar em risco a existência da empresa (do negócio), conforme preconiza o art. 1.030 do CC ressalvado o disposto no art. 1.004 e seu parágrafo único, e se o sócio for minoritário, a exclusão deve ser feita extrajudicialmente, desde que seja convocada uma assembleia, com pauta específica para este fim, e o sócio a ser excluído seja notificado, assegurando sua ampla defesa. Uma vez decidida a exclusão pela maioria, o sócio tem o prazo decadencial de três anos, para solicitar anulação da decisão tomada pela sociedade, nos termos do art. 48 do CC. 
 Os Sócios não devem retirar os lucros da empresa, caso estes simbolizem prejuízos para o capital social desta. O principal objetivo é garantir a estabilidade do negócio em geral; e a constituição de um conselho fiscal na sociedade é uma medida aconselhada, mas não obrigatória. 
 Por fim, destaca-se que a sociedade limitada é o tipo societário de maior presença na economia brasileira, representando hoje, mais de 90% das sociedades empresárias registradas nas Juntas Comerciais.

Continue navegando