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Hannely Menezes – Fisioterapia Introdução a Epidemiologia -Ciência que estuda o processo saúde- doença da sociedade, analisando a ocorrência de eventos em saúde que acontecem na coletividade. -É uma ferramenta para a gestão pública. -O epidemiologista analisa dados, os acessos a sistemas de saúde e como os problemas de saúde afetam a população. -O marco da epidemiologia ocorreu em 1854, quando John Snow (pai da epidemio) propôs a teoria do “raciocínio epidemiológico”, descrevendo o processo de transmissão da cólera. Eixos da epidemiologia Clínica: baseia-se na biologia humana Estatísticas Medicina social Competências/aplicações Estudos dos determinantes: investigação epidemiológicas para conhecer os determinantes do processo saúde-doença. Análise das situações de saúde: por meio da aplicação de metodologias para a descrição e analise de situações de saúde da comunidade. Avaliação das tecnologias e processos no campo da saúde: avalia programas, atividades e procedimentos preventivos e terapêuticos. OBS: a epidemiologia é usada por: sanitaristas, gestores (planejador), pesquisadores/professores, clínicos. Processo saúde-doença -É um modo especifico pelo qual ocorre nos grupos o processo biológico de “desgaste”, com consequência para o desenvolvimento regular das atividades humanas. PRÉ HISTÓRIA: Concepção mágico religiosa: a doença era algo sobrenatural A cura era feita por xamãs ou curandeiros, usando plantas e rituais; Sistema filosófico mágico/religioso, com observações empíricas. O homem era um organismo passivo aos agente causais ANTIGUIDADE Rompimento da concepção mágico- religiosa Para a Sociedade Chinesa, a doença era como desequilíbrio do corpo. Desse modo, a saúde era o perfeito equilíbrio entre os 5 humores corporais. Na Sociedade Grega, Hipocrates também separou a medicina da filosofia e religião. No Egito Antigo, a medicina era avançada, eles faziam cirurgias, próteses, Epidemiologia Hannely Menezes – Fisioterapia tinham livros médicos e possuíam técnicas bem consolidadas. IDADE MÉDIA: Volta das concepções mágico-religiosas Na Europa, a Igreja associava a doença ao pecado, sendo ela uma forma de purificação, para atingir a graça divina. Essa foi uma época de grandes epidemias, o conhecimento cientifico era desvalorizado. A Medicina Árabe, em contrapartida, era dotada de conhecimentos avançados. Sendo Percussora da higiene e Saúde Pública, possuindo registros de informações demográficas e de vigilância epidemiológica. RENASCIMENTO Valorização do conhecimento cientifico Retornaram os estudos da medicina e iniciaram as investigações do processo das doenças, abandonando de vez a concepção mágico-religiosa. Descobriu-se que o indivíduo adoecia devido o ambiente em que ele vivia. Surgimento dos Higienistas. IDADE MODERNA: Surge teorias do processo saúde-doença: Concepção Social: as condições de vida e trabalho da população constituem o contexto da produção de doenças IDADE CONTEMPORÂNEA Surge uma nova classe de conhecimento. A partir da descoberta dos microrganismos, desenvolve-se a “teoria de unicasualidade”, isto é, descobre-se o agente etiológico (aquele que causa a doença). Paradigma biologicista -Surge a partir da necessidade de considerar os diversos fatores e causas que envolvem o processo saúde-doença Tipos de modelos: -Modelo ecológico: defendia que precisava haver o equilíbrio entre o ambiente, agente e hospedeiro. Porém sua abordagem era incompleta. -História Natural das Doenças: é dividida em etapas: Período de pré-patogênese: no qual há uma interação entre o agente, o hospedeiro e o ambiente; faz-se necessária a prevenção primária pela promoção da saúde e proteção especifica; Período de patogênese: a doença já está ‘instalada”, aqui ocorre a atuação da prevenção secundária (diagnóstico e tratamento) e terciária (reabilitação e recuperação). -Modelo de determinação social: descreve que o processo saúde-doença é ditado Modelo multicausal: Hannely Menezes – Fisioterapia pelo modo como o homem se apropria da natureza em dado momento, seja através das forças produtivas ou das relações sociais de produção. Modelo sistêmico/hierárquico: considera todas as interações entre as causas e as doenças, incluindo uma visão holística desse processo, considerando todos os fatores envolvidos.