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Apostila 3 -Inovacao-Tecnologica

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INOVAÇÃO TECNOLÓGICA 
 
Inovação Tecnológica 
 
 
 
 
 
 
 
 
Equipe de Elaboração 
Instituto Mineiro de Formação Continuada 
 
 
Coordenação Geral 
Ana Lúcia Moreira de Jesus 
 
 
Gerência Administrativa 
Marco Antônio Gonçalves 
 
 
Professor-autor 
M.ª Thaís de Sousa e Souza 
 
 
Coordenação de Design Instrucional do Material Didático 
Eliana Antonia de Marques 
 
 
Diagramação e Projeto Gráfico 
Cláudio Henrique Gonçalves 
 
 
Revisão 
Ana Lúcia Moreira de Jesus 
Mateus Esteves de Oliveira 
 
 
ZAYN –Instituto Mineiro de Formação 
Continuada 
Travessa Antônio Olinto, 33 – Centro 
Carmópolis de Minas – MG 
CEP: 35.534-000 
TEL: (31) 9 8844-2523 
 
Inovação Tecnológica 
Boas-vindas 
Olá! 
É com grande satisfação que o ZAYN – Instituto Mineiro de Formação 
Continuada agradece por escolhê-lo para realizar e/ou dar continuidade aos seus 
estudos. Nós do ZAYN estamos empenhados em oferecer todas as condições para 
que você alcance seus objetivos, rumo a uma formação sólida e completa, ao longo do 
processo de aprendizagem por meio de uma fecunda relação entre instituição e aluno. 
Prezamos por um elenco de valores que colocam o aluno no centro de nossas 
atividades profissionais. Temos a convicção de que o educando é o principal agente 
de sua formação e que, devido a isso, merece um material didático atual e completo, 
que seja capaz de contribuir singularmente em sua formação profissional e cidadã. 
Some-se a isso também, o devido respeito e agilidade de nossa parte para atender à 
sua necessidade. 
Cuidamos para que nosso aluno tenha condições de investir no processo de 
formação continuada de modo independente e eficaz, pautado pela assiduidade e 
compromisso discente. 
 Com isso, disponibilizamos uma plataforma moderna capaz de oferecer a você 
total assistência e agilidade da condução das tarefas acadêmicas e, em consonância, 
a interação com nossa equipe de trabalho. De acordo com a modalidade de cursos on-
line, você terá autonomia para formular seu próprio horário de estudo, respeitando os 
prazos de entrega e observando as informações institucionais presentes no seu 
espaço de aprendizagem virtual. 
 Por fim, ao concluir um de nossos cursos de pós-graduação, 
segunda licenciatura, complementação pedagógica e capacitação profissional, 
esperamos que amplie seus horizontes de oportunidades e que tenha aprimorado seu 
conhecimento crítico a cerca de temas relevantes ao exercício no trabalho e na 
sociedade que atua. Ademais, agradecemos por seu ingresso ao ZAYN e desejamos 
que você possa colher bons frutos de todo o esforço empregado na atualização 
profissional, além de pleno sucesso na sua formação ao longo da vida. 
 
 
Um excelente estudo! 
 
 
 
Inovação Tecnológica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Qualquer tecnologia suficientemente 
avançada é indistinguível de magia”. 
Arthur Charles Clarke 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Inovação Tecnológica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Organização do conteúdo: 
Prof.ª M.ª Thaís de Sousa e Souza 
 
 
 
 
 
INOVAÇÃO 
TECNOLÓGICA 
ZAYN 
EMENTA: Esta disciplina é focada em 
tópicos atuais sobre o uso de 
tecnologias em educação e sobre 
educação a distância. Fomentando a 
integração das tecnologias digitais na 
dinâmica das ações pedagógicas nas 
instituições de ensino, investigando, 
experimentando e implementando 
novas formas de ensinar e aprender, 
indo além dos espaços formais de 
educação. 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 
- Introdução: a Inovação Tecnológica; 
1. Gestão da Educação a Distância; 
2. Docência na Educação a Distância 
e o Papel da Mediação Pedagógica; 
3. Mídias na Educação; 
4. Produção e Uso de Tecnologias 
para Educação; 
- Atividades; 
- Leitura Complementar; 
- Referências. 
 
Inovação Tecnológica 
CARACTERIZAÇÃO DA DISCIPLINA 
 
Disciplina: INOVAÇÃO TECNOLÓGICA 
 
 
EMENTA 
Esta disciplina é focada em tópicos atuais sobre o uso de tecnologias em 
educação e sobre educação a distância. Fomentando a integração das 
tecnologias digitais na dinâmica das ações pedagógicas nas instituições de 
ensino, investigando, experimentando e implementando novas formas de 
ensinar e aprender, indo além dos espaços formais de educação. 
 
OBJETIVOS 
Capacitar os alunos a implementar e coordenar projetos educacionais 
que utilizem tecnologia, incluindo projetos em Educação a Distância e 
criar uma nova cultura de inovação em educação nas instituições de 
ensino por meio da investigação e desenvolvimento de metodologias, 
estratégias e ferramentas adaptadas a cada situação-problema, com 
vistas a transbordar efeitos da produtividade acadêmica na sociedade. 
 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 
- Introdução: a Inovação Tecnológica 
1. Gestão da Educação a Distância 
2. Docência na Educação a Distância e o Papel da Mediação Pedagógica 
3. Mídias na Educação 
4. Produção e Uso de Tecnologias para Educação 
- Atividades 
- Leitura Complementar 
- Referências 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Inovação Tecnológica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
Inovação Tecnológica 
 INOVAÇÃO TECNOLÓGICA 
 
Introdução: a Inovação Tecnológica 
 A educação comprometida com sua função social vincula-se a um processo 
de conquista e exercício da cidadania plena por todos os membros de uma 
sociedade democrática. Portanto, é necessário “investir na educação a distância e 
nas novas tecnologias como uma das estratégias para democratizar (massificar) e 
elevar o padrão de qualidade de educação brasileira” (MOROSINI, 2003, p. 331). 
Esse contexto pressupõe a superação do pensamento e de práticas tecnicistas, a 
fim de reivindicar uma formação abrangente que permita ampliar as diferentes 
formas de interagir com a pluralidade dos diferentes mundos, que, hoje, se 
atravessam, de modo a criar novas maneiras de educar as pessoas, para lidar não 
somente com o aparato tecnológico, mas com informações advindas dos novos tipos 
de saberes e com pluralidade metodológica. 
 A Educação a Distância (EaD), mediada por tecnologias avançadas de 
informação e comunicação, pode propiciar novas relações entre pessoas, novas 
formas de interação, de construção, de conhecimentos, sendo um espaço virtual de 
trocas, socializações, em que é possível se aprender juntos e democraticamente. 
Assim, compartilha-se do pensamento de Santos (2008, p. 58) quando declara: 
“Nenhum de nós corresponde inteiramente ao paradigma emergente [...] por 
estarmos numa fase de transição [...] sabemo-nos a caminho, mas não exatamente 
onde estamos na jornada”. Portanto, conhecer o ponto em que se está, na jornada, 
pode ser um dos grandes desafios da EaD nos espaços e tempos caracterizados 
pela transição paradigmática. 
 No contexto de transição, a inovação se associa à mudança na esfera da 
ciência e da tecnologia. O conceito de inovação, dizem Cattani e Holzmann (2006), 
vem se desenvolvendo de modo controverso e ideológico, e a inovação, como força 
produtiva do processo de acumulação do capital, atingiu sua “fase de maturação” em 
meados dos anos 1990, identificado como um período de “mudança de paradigma 
tecnológico”. Conforme as interpretações de Cattani e Holzmann (2006), o conceito 
de inovação se imbrica no atual acirramento das contradições entre capital e 
trabalho, envolvendo a concretização da reestruturação produtiva. 
 Na perspectiva de Audy (2006), inovação é “um conceito associado à ciência 
e à pesquisa científica e tecnológica” (p.63). Para o autor, a inovação decorre de 
uma mudança tecnológica em um produto ou processo que se introduz em 
determinado contexto. Assim, “uma inovação deve responder a uma necessidade 
social, à existência de uma capacidade científica e tecnológica, e à existência de 
recursos que a viabilizem (humanos, materiais, financeiros)” (p. 63). E Audy (2006) 
lança o desafio de se pensar a universidade como empreendedora, e, para tanto, 
seria inseparável o trinômio Ciência-Tecnologia-Inovação, sendo o elementonovo, a 
agregação da inovação indissociável da Ciência e da Tecnologia, o que produz 
profunda transformação na concepção tradicional de Ciência e Tecnologia. Para 
8 
 
 
Inovação Tecnológica 
investir nessa concepção de universidade inovadora, precisa-se, segundo Audy 
(2006), não apenas da vontade de alguns dirigentes, mas de políticas institucionais e 
do desenvolvimento de ambientes de inovação, elementos importantes para gerar 
um clima voltado à inovação, como ponto de partida para o processo de 
transformação e renovação do ambiente acadêmico. 
 É com esse olhar que se adentrou nos estudos da inovação, acreditando-se 
que a inovação não significa apenas a produção de um produto novo, mas também, 
de um processo de mudança e de ressignificação em determinado contexto. Pelo 
fato de o conceito de inovação poder ter diferentes interpretações, a intenção, neste 
estudo, foi também, a de compreendê-la na perspectiva pedagógica. Para tanto, 
buscou-se aproximar os referenciais sobre inovação, no campo das ciências sociais 
e humanas, destacando-se Santos (2004, 2008), Leite et al (1999), Leite (2005), que 
contemplam, no âmbito da educação universitária, experiências e teorias que 
transgridem o paradigma da ciência moderna. 
 Uma universidade também pode ser inovadora. Na concepção de Leite et al. 
(1999, p. 05), a inovação na universidade é “um processo descontínuo, de ruptura 
com os paradigmas tradicionais vigentes no ensino e na pesquisa, ou uma transição 
paradigmática com reconfiguração de saberes e poderes, que está acontecendo em 
diferentes espaços acadêmicos e em diferentes universidades”. Dessa forma, uma 
universidade inovadora se caracteriza pelo rompimento das certezas, dos dogmas e 
das regularidades que marcaram seu passado. Compreendem-se, assim, os 
princípios de inovação pedagógica de acordo com os referenciais de Leite: 
Uma inovação educativa ou pedagógica, por exemplo, se identifica quando 
e se construída no espaço universitário como um processo descontínuo de 
rompimento com os paradigmas tradicionais vigentes na educação, no 
ensino-aprendizagem e na avaliação, ou como uma transição para um 
modo de ver e fazer ciência e produzir conhecimento onde aconteceria uma 
reconfiguração de saberes e poderes. A inovação, nesse sentido, se 
constituiria como um rompimento com visões hegemônicas da modernidade 
reguladora (LEITE, 2005, p. 26). 
 No entender de Leite (2005), quando a universidade não tem medo de 
avançar em busca de novos paradigmas, desloca seu olhar para o mundo à procura 
de redes e conexões que sejam capazes de mantê-la ligada ao que de melhor existe 
no campo da inovação. No entanto, inovar, na perspectiva pedagógica, não significa 
somente a introdução do novo, afirma a autora, em seus vários estudos sobre 
avaliação e inovação, significa um processo de mudança que não se pode avaliar 
somente no resultado. O novo é um reflexo, uma representação do processo de 
mudança; o resultado, um dos momentos desse processo. 
 
1. Gestão da Educação a Distância 
 Com a expansão da sociedade, a gestão iniciou a ser um tópico de estudos 
obtendo uma expressiva contribuição teórica com o advento da Revolução Industrial. 
Nesse sentido, destaca-se que, segundo Martins e Toschi (2012) a Revolução 
Industrial possibilitou um avanço no campo da administração e organização de 
9 
 
 
Inovação Tecnológica 
empresas de forma a contribuir; portanto, com o sistema de gestão. Nesse contexto, 
pode-se entender a gestão como um processo que “orienta a realização das 
atividades da empresa a seus propósitos, ou seja, é responsável pela dinâmica do 
sistema” (PEREIRA, 2015, p.56). 
Santos (2008) corrobora com Pereira (2015) à medida que amplia o conceito 
de gestão com as perspectivas de planejamento, organização direção e controle. 
Sendo assim, gestão é o “processo integrado de consecução dos objetivos 
organizacionais, através das atividades de planejamento, organização, direção e 
controle, cujo resultado pode (e deve) ser medido através de indicadores genéricos 
de performance” (SANTOS, 2008, p.48). Faz-se importante ressaltar que o processo 
de gestão de uma entidade é solidificado por um modelo de gestão que se constitui 
das crenças e valores da instituição. Portanto, compreende-se que a gestão de uma 
instituição é influenciada por sua cultura organizacional. 
O modelo de gestão é a matriz do subsistema de gestão, que é traduzido na 
empresa dentro de um processo orientado que permeia a ordenação de sua 
administração para o fluxo do processo de tomada de decisão em todos os 
planos empresariais e níveis hierárquicos, denominado de processo de 
gestão. (PADOVEZE, 2012, p.27). 
A gestão é um conceito aplicável a diferentes áreas do conhecimento e 
organizações e, conforme onde seja aplicada seguirá o modelo de gestão em que 
estará inserida. Posto isso, é possível auferir que nas modalidades de ensino 
distintas haverá especificidades nos modelos de gestão apesar de possuírem o 
mesmo objetivo final que é a excelência. Assim, ao possuir uma finalidade 
convergida em um objetivo deve-se visualizar a gestão educativa com uma maior 
abrangência de forma que todo o processo de gestão esteja interligado aos valores 
e crenças institucionais. 
[...] não podemos mais compreender o trabalho de gestão escolar apenas 
como aquele que controla o orçamento, mantém a disciplina, coordena 
professores e pessoal administrativo e garante o cumprimento dos dias 
letivos. Temos que pensar num modelo de administração integrado às 
questões pedagógicas, em que todas as ações devam focar a educação 
que se quer produzir na escola. (PRATA, 2010, p.3). 
 A essencialidade da gestão nas modalidades de ensino é notória uma vez 
que, segundo Yang (2010), para garantir a qualidade da EaD os agentes devem ser 
ativos em seus papéis, planejamento e gestão desses programas. De forma 
complementar, Yang (2010) destaca que o sucesso do programa está 
correlacionado positivamente com sua qualidade. Apoiado nesse entendimento, e 
compreendendo a EaD como “uma modalidade de educação em que professores e 
alunos estão separados, planejada por instituições e que utiliza diversas tecnologias 
de comunicação” (MAIA; MATTAR, 2007, p.6), a gestão da EaD é compreendida 
nessa pesquisa como processo essencial na execução dos cursos, disciplinas e 
atividades de ensino ofertadas na modalidade de educação a distância. 
 Ao compreender a Gestão como necessária, e como um fator de sucesso na 
implantação e execução de cursos na modalidade a distância (TAVARES; 
10 
 
 
Inovação Tecnológica 
GONÇALVES, 2012), apresentam-se a seguir as três perspectivas identificadas por 
Momo e Behr (2015) para a Gestão da EaD. 
Gestão Administrativa: A Gestão Administrativa apresenta-se como a base 
de uma gestão da EaD à medida que em todas as fases do processo da EaD há a 
necessidade do planejamento de forma que haja um alinhamento com a proposta do 
curso. Nessa perspectiva de gestão da EaD a Gestão Administrativa pode ser 
considerada “um ponto de referência institucional” (RIBEIRO; TIMM; ZARO, 2007, p. 
3). Nesse sentido o Plano Pedagógico, instrumento destacado como componente 
dessa perspectiva, é uma ferramenta na gestão da EaD (MILL at al, 2010). 
Gestão Estrutural: A Gestão Estrutural abrange, em um sentido generalista, 
os aspectos voltados a parte física dos cursos de EaD. Assim, pode-se entender que 
nesta perspectiva a preocupação dos agentes responsáveis pela gestão é focada 
nas estruturas físicas como prédios, instalações, polos de apoio presencial, sistemas 
informáticos. Além desses objetivos, compõem o campo de interesse da Gestão 
Estrutural questões como condições de trabalho, estruturas de comando. Nesse 
sentido, pode-se vislumbrar a estrutura como “um dos principais requisitos para que 
o ensino a distância tenha sucesso” (MOREIRA et al, 2010, p.5). 
Gestão do Processo de Ensino/Aprendizagem: A Gestão do Processo de 
Ensino/Aprendizagem está intrinsecamente associada ao objetivoda EaD que é a 
educação. Dessa forma, essa perspectiva compreende questões pedagógicas, 
formação dos professores e funcionários, gerenciamento do tempo e espaço na 
perspectiva dos professores e alunos. Na Gestão Ensino/Aprendizagem são 
focalizadas as figuras do aluno e do professor de forma abrangente levando em 
consideração, por exemplo, que o professor deve, além de conhecer os conteúdos a 
serem abordados, compreender os objetivos institucionais de onde está inserido 
como agente (GILBERTO, 2013). Assim, compreende-se que uma boa gestão das 
questões relacionadas a essa perspectiva transforma em efetivo o processo de 
ensino e aprendizagem. 
 
Figura 1 – Gestão da EAD. Fonte: Momo; Behr (2015, p. 12). 
11 
 
 
Inovação Tecnológica 
2. Docência na Educação a Distância e o Papel da Mediação Pedagógica 
 Tanto no ensino presencial quanto a distância, a docência compreende o 
ensinar e o aprender, sendo assim o professor deve se colocar na posição de quem 
não é o único capaz de saber, pois além de não saber tudo, deve considerar 
estudantes como pessoas plenas, com passado e com história, com conhecimento 
de mundo. Ao valorizar o conhecimento prévio do estudante, bem como a 
capacidade de estudar e pensar por si mesmo, o aprender se torna mais 
interessante, pois o estudante se sente competente e motivado para participar das 
aulas. 
 A construção do conhecimento não pode ser entendida como individual, é 
necessário que o professor se conscientize de que seu papel é o de mediador na 
aprendizagem, aberto às novas experiências, procurando compreender – numa 
relação de empatia – os sentimentos e os problemas de seus alunos e tentar leva-
los à autorrealização. Conforme Freire (2002, p. 13) “o educador democrático não 
pode negar-se o dever de, na sua prática docente, reforçar a capacidade crítica do 
educando, sua curiosidade, sua insubmissão”. 
 No ensino presencial, a fala do professor é capaz de levar o estudante a 
pensar. A partir de tal realidade observo uma preocupação em proporcionar aos 
alunos da EaD experiência parecida a fim de que isso aconteça o papel do docente 
é fundamental para que a mediação pedagógica ocorra e seja capaz de 
problematizar os temas em estudo, despertando o interesse e a curiosidade 
verdadeira de estudantes. 
Devido a distância física entre o professor e o estudante é possível perceber 
uma preocupação maior em desenvolver propostas que apresentem em sua 
constituição a capacidade de estimular o aprender virtualmente, a partir de tal 
realidade cabe dialogar com Bruno e Lemgruber sobre a importância em entender os 
múltiplos papéis assumidos pelo professor em tempos de Cibercultura, ainda de 
acordo com o autor: 
Esse cenário implica em que o professor assuma múltiplas funções, se 
integre a uma equipe multidisciplinar e se assuma como formador, 
conceptor ou realizador de cursos e materiais didáticos; pesquisador, 
mediador, orientador e nesta concepção, se assumir como recurso do 
aprendente. Por isso a adjetivação de professor coletivo: a figura do 
professor corresponde não a um indivíduo, mas uma equipe de professores 
(BRUNO; LEMGRUBER, 2010, p. 71). 
 O trabalho de grupos de profissionais integrados no processo de ensino 
aprendizagem na EaD é apresentado por Mill, Oliveira e Ribeiro ao dizerem que: 
Na EaD, muito da base de conhecimento para a docência presencial é 
partilhada com um conjunto de outros educadores e técnicos, levando à 
constituição de outra configuração de docência. Ademais, na EaD essa 
base é necessariamente acrescida de conhecimentos peculiares a esta 
modalidade educacional. Nasce aí a polidocência, constituída por uma 
equipe de educadores e assessores que – juntos, porém não na mesma 
proporção – mobilizam os saberes de um professor: os conhecimentos 
específicos da disciplina; os saberes didático-pedagógicos do exercício 
12 
 
 
Inovação Tecnológica 
docente, tanto para organizar os conhecimentos da disciplina nos materiais 
didáticos quanto para acompanhar os estudantes; e os saberes técnicos, 
para manuseio dos artefatos e tecnologias processuais, para promover a 
aprendizagem de conhecimentos dos estudantes. (2010, p. 16) 
 Desse modo, discutir sobre a docência na EAD é uma tarefa que demanda 
reflexão sobre os inúmeros papéis assumidos pelo docente ao longo do tempo. Mas 
mesmo assim vale destacar que sendo o professor-educador-mediador no processo 
de ensino-aprendizagem seja no ensino presencial ou a distância, ele deve educar 
para as mudanças, para a autonomia, para a formação de um cidadão consciente de 
seus deveres e de suas responsabilidades sociais. 
 
3. Mídias na Educação 
 Estamos deslumbrados com o computador e a Internet na escola e vamos 
deixando de lado a televisão e o vídeo, como se já estivessem ultrapassados, não 
fossem mais tão importantes ou como se já dominássemos suas linguagens e sua 
utilização na educação. 
A televisão, o cinema e o vídeo, CD ou DVD - os meios de comunicação 
audiovisuais - desempenham, indiretamente, um papel educacional relevante. 
Passam-nos continuamente informações, interpretadas; mostram-nos modelos de 
comportamento, ensinam-nos linguagens coloquiais e multimídia e privilegiam 
alguns valores em detrimento de outros. 
A informação e a forma de ver o mundo que predominam no Brasil provêm 
fundamentalmente da televisão. Ela alimenta e atualiza o universo sensorial, afetivo 
e ético que crianças e jovens – e grande parte dos adultos – levam a para sala de 
aula. Como a TV o faz de forma mais despretensiosa e sedutora, é muito mais difícil 
para o educador contrapor uma visão mais crítica, um universo mais abstrato, 
complexo e na contramão da maioria como a escola se propõe a fazer. 
A TV fala da vida, do presente, dos problemas afetivos - a fala da escola é 
muito distante e intelectualizada - e fala de forma impactante e sedutora - a escola, 
em geral, é mais cansativa, concorda? O que tentamos contrapor na sala de aula, de 
forma desorganizada e monótona, aos modelos consumistas vigentes, a televisão, o 
cinema, as revistas de variedades e muitas páginas da Internet o desfazem nas 
horas seguintes. Nós mesmos como educadores e telespectadores sentimos na pele 
a esquizofrenia das visões contraditórias de mundo e das narrativas (formas de 
contar) tão diferentes dos meios de comunicação e da escola. 
Percebeu que na procura desesperada pela audiência imediata e fiel, os 
meios de comunicação desenvolvem estratégias e fórmulas de sedução mais e mais 
aperfeiçoadas: o ritmo alucinante das transmissões ao vivo, a linguagem concreta, 
plástica, visível? Mexem com o emocional, com as nossas fantasias, desejos, 
instintos. Passam com incrível facilidade do real para o imaginário, aproximando-os 
em fórmulas integradoras, como nas telenovelas. 
Em síntese, os Meios de Comunicação são interlocutores constantes e 
reconhecidos, porque competentes, da maioria da população, especialmente da 
13 
 
 
Inovação Tecnológica 
infantil. Esse reconhecimento significa que os processos educacionais 
convencionais e formais como a escola não podem voltar as costas para os meios, 
para esta ionosfera tão atraente e, em consequência, tão eficiente. A maior parte do 
referencial do mundo de crianças e jovens provém da televisão. Ela fala da vida, do 
presente, dos problemas afetivos - a escola é muito distante e abstrata - e fala de 
forma viva e sedutora - a escola, em geral, é mais cansativa. 
 Precisamos, em consequência, estabelecer pontes efetivas entre educadores 
e meios de comunicação. Educar os educadores para que, junto com os seus 
alunos, compreendam melhor o fascinante processo de troca, de informação-
ocultamento-sedução, os códigos polivalentes e suas mensagens. Educar para 
compreender melhor seu significado dentro da nossa sociedade, para ajudar na sua 
democratização, onde cada pessoa possa exercer integralmente a sua cidadania. 
Em que níveis pode ser pensada a relação Comunicação, Meios de 
Comunicação e Escola? Entendemos queesta pode ser pensada em três níveis: 
• Organizacional 
• Conteúdo 
• Comunicacional 
- no nível organizacional: uma escola mais participativa, menos centralizadora, 
menos autoritária, mais adaptada a cada indivíduo. Para isso, é importante comparar 
o nível do discurso - do que se diz ou se escreve - com a práxis - com as efetivas 
expressões de participação. 
- no nível de conteúdo: uma escola que fale mais da vida, dos problemas que 
afligem os jovens. Tem que preparar para o futuro, estando sintonizada com o 
presente. É importante buscar nos meios de comunicação abordagens do quotidiano 
e incorporá-las criteriosamente nas aulas. 
- no nível comunicacional: conhecer e incorporar todas as linguagens e técnicas 
utilizadas pelo homem contemporâneo. Valorizar as linguagens audiovisuais, junto 
com as convencionais. 
Tem-se enfatizado a questão do conhecimento como essencial para uma boa 
educação. É básico ajudar o educando a desenvolver sua(s) inteligência(s), a 
conhecer melhor o mundo que o rodeia. Por outro lado, fala-se da educação como 
desenvolvimento de habilidades: "Aprender a aprender", saber comparar, sintetizar, 
descrever, se expressar. 
A transmissão de informação é a tarefa mais fácil e onde as tecnologias 
podem ajudar o professor a facilitar o seu trabalho. Um simples CD-ROM contém 
toda a Enciclopédia Britânica, que também pode ser acessada online pela Internet. 
O aluno nem precisa ir a escola para buscar as informações. Mas para interpretá-las, 
relacioná-las, hierarquizá-las, contextualizá-las, só as tecnologias não serão 
suficientes. O professor o ajudará a questionar, a procurar novos ângulos, a 
relativizar dados, a tirar conclusões. 
Que outras contribuições as tecnologias podem dar ao professor? As 
tecnologias também ajudam a desenvolver habilidades, espaço-temporais, 
sinestésicas, criadoras. Mas o professor é fundamental para adequar cada 
habilidade a um determinado momento histórico e a cada situação de aprendizagem. 
14 
 
 
Inovação Tecnológica 
As tecnologias são pontes que abrem a sala de aula para o mundo, que 
representam, medeiam o nosso conhecimento do mundo. São diferentes formas de 
representação da realidade, de forma mais abstrata ou concreta, mais estática ou 
dinâmica, mais linear ou paralela, mas todas elas, combinadas, integradas, 
possibilitam uma melhor apreensão da realidade e o desenvolvimento de todas as 
potencialidades do educando, dos diferentes tipos de inteligência, habilidades e 
atitudes. 
As tecnologias permitem mostrar várias formas de captar e mostrar o mesmo 
objeto, representando-o sob ângulos e meios diferentes: pelos movimentos, 
cenários, sons, integrando o racional e o afetivo, o dedutivo e o indutivo, o espaço e 
o tempo, o concreto e o abstrato. 
A educação é um processo de construção da consciência crítica. Como então 
se dá esse processo? Essa construção começa com a problematização dos dados 
que nos chegam direta e indiretamente - através dos meios, por exemplo - 
recontextualizando-os numa perspectiva de conjunto, totalizante, coerente, um novo 
texto, uma nova síntese criadora. Essa síntese integra os dados tanto conceituais 
quanto sensíveis, tanto da realidade quanto da ficção, do presente e do passado, do 
político, econômico e cultural. Falamos assim, de uma educação para a 
comunicação. Uma educação que procura ajudar as pessoas individualmente e em 
grupo a realizar sínteses mais englobantes e coerentes, tomando como partida as 
expressões de troca que se dão na sociedade e na relação com cada pessoa; ajudar 
a entender uma parte dessa totalidade a partir da comunicação enquanto 
organização de trocas tanto ao nível interpessoal como coletivo. 
A educação para a comunicação precisa da articulação de vários espaços 
educativos, mais ou menos formais: educação ao nível familiar, trabalhando a 
relação pais-filhos-comunicação, seja de forma esporádica ou em momentos 
privilegiados, em cursos específicos também. A relação comunicação-escola, uma 
relação difícil e problemática, mas absolutamente necessária para o enriquecimento 
de ambas, numa nova perspectiva pedagógica, mais rica e dinâmica. Comunicação 
na comunidade, analisando os meios de comunicação a partir da situação de uma 
determinada comunidade e interpretando concomitantemente os processos de 
comunicação dentro da comunidade. Educação para a comunicação é a busca de 
novos conteúdos, de novas relações, de novas formas de expressar esses 
conteúdos e essas relações. 
A escola precisa exercitar as novas linguagens que sensibilizam e motivam os 
alunos, e também combinar pesquisas escritas com trabalhos de dramatização, de 
entrevista gravada, propondo formatos atuais como um programa de rádio uma 
reportagem para um jornal, um vídeo, onde for possível. A motivação dos alunos 
aumenta significativamente quando realizam pesquisas, onde se possam expressar 
em formato e códigos mais próximos da sua sensibilidade. Mesmo uma pesquisa 
escrita, se o aluno puder utilizar o computador, adquire uma nova dimensão e, 
fundamentalmente, não muda a proposta inicial. 
 
 
15 
 
 
Inovação Tecnológica 
4. Produção e Uso de Tecnologias para Educação 
 Se a utilização da tecnologia, principalmente a informática, em nosso 
cotidiano é condição sine qua non para a realização de nossas tarefas e afazeres 
mais básicos, o que não dizer para a difícil ascensão profissional? 
Sabemos que a evolução tecnológica é como uma bola de neve, isto é, 
cresce a cada dia, e a ausência desse conhecimento faz-nos distanciar 
gradativamente do mundo real. Mas e o adolescente? E a criança? Os pais, alunos e 
profissionais da área acadêmica e outros profissionais pela educação de nossas 
crianças, vivem hoje uma grande preocupação: a necessidade de preparo técnico 
devido a presença marcante da tecnologia em nossas vidas, seja nos shopping 
centers, nos bancos, nas residências e principalmente nas escolas. Será que todas 
as pessoas efetivamente, estão preparadas para a implementação da tecnologia na 
educação? 
Para nos localizarmos um pouco mais, vejamos o que seria tecnologia. 
Goodman & Sproull (1990) definem tecnologia como sendo o conhecimento de 
relações causa-efeito contido (embutido) nas máquinas e equipamentos utilizados 
para realizar um serviço ou fabricar um produto. Para usuários leigos da palavra, 
tecnologia significa o conjunto particular de dispositivos, máquinas e outros 
aparelhos empregados na empresa para a produção de seu resultado. 
Já para Fleury (1990), uma abordagem muito diferente enxerga a tecnologia 
como um pacote de informações organizadas de diversos tipos, provenientes de 
várias fontes e obtidos através de diversos métodos, utilizado na produção de bens. 
Para Gonçalves Lima (1994) a tecnologia é muito mais que apenas 
equipamentos, máquinas e computadores. A organização funciona a partir da 
operação de dois sistemas que dependem um do outro de maneira variada. Existe 
um sistema técnico, formado pelas técnicas e ferramentas e utilizadas para realizar 
cada tarefa. Existe também um sistema social, com suas necessidades, 
expectativas, e sentimentos sobre o trabalho. Os dois sistemas são 
simultaneamente otimizados quando os requisitos da tecnologia e as necessidades 
das pessoas são atendidos conjuntamente. Assim, é possível distinguir entre 
tecnologia (conhecimento) e sistema técnico (combinação especifica de máquinas e 
métodos empregados para obter um resultado desejado). 
Neste caso, podemos concluir que a tecnologia seria representada por um 
conjunto de características especificas do sistema técnico no cenário em que a 
mesma atua. Podemos então definir resumidamente o que seria tecnologia, como 
sendo qualquer insumo de produto criado ou então inovado, e que este por sinal 
tenha seu devido mercado, representado pelas necessidades de utilização no meio 
em que se encontra inserido. 
É notório, portanto, o uso de novas tecnologias pelo indivíduo na organização, 
onde pelo fator do próprio pré-requisito,é na escola (educação) que devemos nos 
preparar, isto é, é nesse momento que temos a chance de obtermos conhecimento e 
sabedoria a fim de estarmos preparados para a futura investida no mercado de 
trabalho, mas quando isto pode ocorrer? Já na infância? 
16 
 
 
Inovação Tecnológica 
Seguindo alguns princípios de Piaget (1975), vemos que por exemplo no caso 
de crianças, as mesmas devem ter um determinado tempo adequado para gozar a 
sua infância, ter um período ideal para entrada na escola e começar a partir dai a ser 
alfabetizada, ou seja, a criança deve alcançar e obter um certo grau mínimo de 
maturidade para aí sim se envolver com atribuições de maior responsabilidade. 
Sabemos, é verdade, que pelo simples fato de uma criança olhar e manipular um 
computador, pode levá-la a ter um certo impacto num primeiro momento, levando em 
alguns casos a alterações no quadro psicológico, pois o tratamento é feito com a 
máquina através de um processo mecanicista e artificial e não através do 
relacionamento com outros seres humanos. Devemos nos preocupar em propor e 
executar todas as técnicas viáveis e até aqui conhecidas tradicionalmente de 
aprendizado com as crianças, visando a influenciar sua imaginação, coordenação 
motora e criatividade como sempre fizemos. Mas e o computador, devemos utilizá-
lo? 
Vivemos numa época de ênfase na informação, tais como a presença das 
revistas, telejornais e internet, onde é preciso estarmos sempre informados. Mas é 
importante lembrar que informação não é conhecimento. O conhecimento envolve o 
estabelecimento de relações entre informações isoladas. Se pensarmos neste 
sentido, muito do que é chamado do conhecimento escolar é apenas informação, 
desconectada: conceitos vazios, para serem memorizados e esquecidos. A 
informação é descartável, justamente por não ter vínculos nem com outras 
informações, nem com conhecimento, mas, sobretudo, por não termos com ela 
vínculos emocionais (GUERRA, 2001). 
Existem várias criticas em relação à utilização dos computadores na escola, 
principalmente nos níveis da pré-escola e ensino fundamental, segundo Seltzer 
(1994). Para o autor, as máquinas devem ser consideradas como mero instrumento 
para uma porção de atividades úteis, mas que estas últimas não englobam seu uso 
na educação de matérias que não sejam a computação propriamente dita, pelo 
menos até as últimas séries do segundo grau. O autor comenta que o ensino 
apresenta um cenário ruim causado não pelo fator tecnológico, mas sim pelo fato de 
existir um inter-relacionamento humano, onde, deveria ser dado maior importância à 
relação aluno-professor, ou seja, para que essa relação fosse sensivelmente mais 
humana. 
Mas devemos simplesmente nos esquecer dos computadores na educação 
em pleno término do século vinte? Não, acreditamos que devemos sim participar 
deste avanço tecnológico com a sociedade em geral e também em estar utilizando 
essas tecnologias com as crianças. É claro que a utilização deste equipamento 
(computador) não deve, em hipótese alguma, ser utilizado como um fim em si 
mesmo, mas sim como uma ferramenta auxiliar no processo de ensino e 
aprendizagem, despertando desta maneira algum tipo de interesse maior na questão 
do conhecimento. 
 
 
17 
 
 
Inovação Tecnológica 
Atividades 
1. Será que todas as pessoas estão preparadas para a implementação da 
tecnologia na educação? Qual é a sua opinião sobre a Educação a 
Distância? Escreva um texto argumentativo de no mínimo 15 linhas e no 
máximo 20 linhas, resumindo o que estudamos nesta disciplina e expondo 
suas ideias. 
 
Leitura Complementar 
EAD: O PROFESSOR E A INOVAÇÃO TECNOLÓGICA 
Mônica Alves de Faria 
Regina Coeli da Silveira e Silva 
 
Resumo: As profundas mudanças tecnológicas e a velocidade de informação no 
mundo globalizado vêm provocando alterações no relacionamento entre as pessoas 
e consequentemente na prática educativa, principalmente na modalidade EAD no 
país e no mundo. O professor como integrante da sociedade e formador de opinião, 
deve estar atualizado e participando constantemente das inovações. Diante dessa 
necessidade, este trabalho tem como objetivo constatar se a docência do ensino 
superior está acompanhando essa nova modalidade de ensino, para obter essas 
informações foi realizada uma pesquisa de campo com os professores universitários 
e foi constatado a desinformação e o desinteresse da maioria dos indivíduos 
pesquisados nessa nova modalidade de ensino. Ao final desta pesquisa as autoras 
sugerem o desenvolvimento por parte das universidades de condições básicas para 
sensibilizar seus quadros docentes a respeito dessa inovação educacional que já az 
parte da prática cotidiana de alguns centros universitários do mundo. 
Palavras-chave: Professor, EAD on-line, Adoção da Inovação Tecnológica. 
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