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Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
1 
Comunicação e Realidade Brasileira 
 
 
 
 
 
Aula 5 
 
 
 
 
 
 
Prof.ª Máira Nunes 
 
 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
2 
Conversa Inicial 
Estudar o passado sempre nos ajuda a entender o presente. Isso vale 
também para fatos mais recentes, como os que vamos abordar aqui. As 
diferentes etapas do regime militar, o movimento das Diretas Já, o período de 
redemocratização, a Constituição de 1988, os governos que vieram depois 
dela, a influência das políticas neoliberais do período… tudo isso é fundamental 
para entendermos o Brasil de hoje, que ainda apresenta resquícios da ditadura 
em algumas políticas – mais ou menos da mesma forma que ainda há 
resquícios da época colonial, apesar de estas serem percebidas como menos 
diretas. 
Além desses assuntos, que tratamos de maneira cronológica, vamos 
abordar outras duas questões importantes: a do sertão nordestino e o seu 
desenvolvimento, e o envolvimento de organizações do governo para 
solucionar o problema das secas e todos os problemas sociais e políticos que 
delas decorrem; e também a história dos meios de comunicação no Brasil, com 
foco nas legislações que os regulamentam, e a disputa de poder entre as 
emissoras e o governo. 
Tema 1: O Regime Militar 
Os anos 1960 começavam com a renúncia do presidente Jânio Quadros. 
Seu vice, João Goulart – Jango –, dava continuidade a medidas vistas como 
ameaças para a elite industrial e para setores conservadores, e, exagerando, 
indicariam a ameaça de um golpe comunista. Jango pretendia fazer reformas 
de base para reduzir as desigualdades sociais – reforma bancária, eleitoral, 
educacional e agrária. 
Diante do receio das elites, foram tomadas estratégias para reduzir o 
poder de Jango, como a adoção, entre 1961 e 1962, do sistema 
parlamentarista, que atribuía ao Congresso, dominado por representantes das 
elites, funções do Poder Executivo. O presidente propôs reformas 
constitucionais que foram repudiadas, acelerando os processos do golpe. Foi 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
3 
no dia 31 de março de 1964 que, diante das tropas de São Paulo e Minas 
Gerais que saíram às ruas, João Goulart deixou o Brasil. No dia seguinte, o 
cargo de presidente, considerado vago, foi assumido por um general. Em 9 de 
abril, a junta militar editou o Ato Institucional n. 1, que outorgava a ela poderes 
como o de alterar a Constituição Federal. O AI-1 também determinava a 
eleição indireta para presidente: em 15 de abril de 1964, o general Castello 
Branco foi eleito presidente pelo Congresso Nacional. Em seu governo, por 
meio do AI-2, foi instituído o bipartidarismo: os únicos partidos legais eram a 
Aliança Renovadora Nacional – Arena, alinhada aos militares – e o Movimento 
Democrático Brasileiro – MDB, que cumpria o papel de oposição, mas 
controlado. 
Já logo após o golpe, começaram as perseguições a instituições que 
apoiavam Jango. A sede da União dos Estudantes Brasileiros foi incendiada, a 
Universidade de Brasília foi invadida, e foram destruídos materiais do jornal 
gaúcho Zero Hora, além de ocorrerem invasões a sindicatos. O Departamento 
de Ordem Política e Social (Dops), fundado na década de 1930, servia para 
reprimir os “subversivos” por meio de investigação, fichamentos e até tortura e 
assassinatos. A junta militar também criou o Serviço Nacional de Informações 
(SNI), para monitorar pessoas e organizações que eram contra o governo. 
O mandato de Castello Branco acabaria em 31 de janeiro de 1966, com 
novas eleições e a volta da democracia – o que futuros Atos Institucionais 
modificaram, protelando cada vez mais a volta da democracia. A princípio, o 
único a ser eleito indiretamente seria o presidente, mas o AI-3 determinava que 
os governadores também seriam eleitos dessa maneira, e que os prefeitos das 
capitais seriam indicados pelos governadores. 
Em vez de eleições democráticas, o Congresso, em outubro de 1966, 
elegeu o General Costa e Silva, que assumiu a presidência em março de 1967. 
Pouco antes de ele assumir, o AI-4 convocou o Congresso para elaborar uma 
nova Constituição, que foi criticada tanto no meio político como no militar. 
Diante de manifestações cada vez mais numerosas contra o governo militar, a 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
4 
junta militar editou, em 13 de dezembro de 1968, o AI-5, o mais conhecido dos 
Atos Institucionais, que ampliava os poderes presidenciais, permitindo inclusive 
o fechamento do poder legislativo. Também suspendia os direitos políticos e as 
garantias institucionais. Por exemplo, o artigo 10º suspendia o recurso de 
habeas corpus para casos considerados crimes políticos. 
O AI-5 é considerado marco de início do período mais repressivo da 
ditadura militar, conhecido como “Anos de chumbo”. Alguns associam esse 
período com o governo do General Emilio Médici, que assumiu a presidência 
em outubro de 1969. Ele assume a presidência no meio do “milagre 
econômico”, período durante o qual o crescimento anual do PIB chegou a 14%, 
à custa do aumento da dívida externa e de obras faraônicas, como a estrada 
Transamazônica. Todavia, esse “milagre” não colaborou para a redução da 
desigualdade social, que inclusive aumentou durante o período. 
Com exceção do milagre econômico e do tricampeonato de futebol 
conquistado pela seleção brasileira em 1970, havia pouco a ser comemorado. 
A censura a artistas, cinemas e jornais estava no auge. Para evitar ideias 
“subversivas” que questionassem as políticas da ditadura militar, vários cursos 
universitários foram fechados ou tiveram seus currículos adaptados. Até 
currículos escolares de educação infantil foram alterados. Qualquer tipo de 
manifestação e reunião considerada levemente subversiva era reprimido com 
violência, aproveitando-se da ausência de garantias do AI-5 para fichar, por 
exemplo, os pais que tentaram habeas corpus para os filhos presos em 
encontros estudantis – e, se os pais fossem funcionários públicos, perdiam o 
emprego. 
Artistas mais famosos tinham de se exilar, assim como os principais 
líderes da esquerda. Não havia o menor respeito aos Direitos Humanos, 
ocorrendo vários casos de tortura e assassinatos de presos políticos, suspeitos 
de serem “subversivos”. Algumas dessas pessoas continuam desaparecidas 
até hoje. 
O governo militar chegava a cometer atentados para culpar setores 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
5 
subversivos e justificar a ditadura. A censura, o financiamento externo e 
campanhas ufanistas – como o slogan “Brasil, ame-o ou deixe-o” – 
colaboravam para esconder os horrores da ditadura, como prisões, tortura, 
censura etc. A ditadura militar era mostrada nos meios de comunicação como 
um instrumento de ordem e progresso. 
Em março de 1974, o General Médici deixa a presidência, e quem 
assume é o General Ernesto Geisel. O “milagre econômico” estava chegando 
ao fim, inclusive devido a problemas como a alta do petróleo, ocasionado por 
uma guerra no Oriente Médio, os juros mais altos da dívida externa, e, mais 
tarde, a eleição do Presidente estadunidense Jimmy Carter, que não dava 
apoio irrestrito às ditaduras latino-americanas. A crise econômica afetava as 
pessoas de maneira geral, e particularmente os escalões mais baixos das 
forças militares. 
A estratégia do governo para contornar a crise econômica foi abrandar 
alguns aspectos da ditadura. O AI-5, porém, continuava valendo, assim como a 
repressão à subversão. Um momento importante ocorreu quando Geisel 
expurgou o Ministro do Exército, o General Sílvio Frota, pondo novamente o 
presidente “acima” dos ministros. Em outubro de 1978, o AI-5 foi revogado. Em 
1979, o recém-empossado presidente, João Batista Figueiredo, lança a anistia, 
que acabava com o bipartidarismo e também revogava as cassações dos 
cassados pelo regime militar. A anistia também beneficiava os membros do 
governo acusados de tortura. 
O governo de Figueiredo foi marcadopela crise econômica mundial, que 
agravou a situação brasileira, causando uma queda abrupta no PIB. Também 
houve vários atentados a bomba por parte de militares “linha dura”. No início, 
visavam bancas de revistas nas quais eram distribuídas publicações de 
esquerda. Depois houve atentados a políticos e a alguns espaços públicos, 
sendo o mais conhecido o atentado ao Riocentro, em abril de 1981. O 
Riocentro era um local de eventos onde acontecia um show em comemoração 
ao dia do trabalhador; dois militares morreram quando a bomba que 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
6 
manipulavam explodiu. A intenção era explodir uma instalação elétrica, 
causando falta de energia, e atribuir os atentados a organizações de esquerda. 
Em 1982, como parte do plano de abertura política, houve eleições 
diretas para governador, senador e deputados, o que não acontecia desde os 
anos 1960. O descontentamento geral com a ditadura militar se fazia visível, e 
explodiu com a campanha “Diretas Já!”, que caracterizou o final da ditadura. 
Tema 2: A Redemocratização 
Em 1983, começou a campanha das Diretas Já, movimento que apoiava 
uma proposta de emenda constitucional que reinstauraria a eleição direta para 
o cargo de presidente. Ela era conhecida como Emenda Dante de Oliveira, 
nome do deputado que a propôs. 
Começou com uma manifestação em Abreu e Lima, região metropolitana 
do Recife, em março. Depois, houve um comício em Goiânia e um em Curitiba. 
Em 27 de novembro de 1983, em São Paulo, aconteceu a primeira 
manifestação que reunia o Partido dos Trabalhadores (PT), o Partido do 
Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), o Partido Democrata Trabalhista 
(PDT), a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e outras organizações. No 
começo de 1984, o PMDB, particularmente Ulysses Guimarães, começou a 
apostar na campanha. Foi organizado um comício para dia 27 de janeiro de 
1984, na Praça da Sé, o qual superou as expectativas de público e reuniu 
milhares de pessoas. 
Apesar das tentativas de repressão, o movimento tinha apoio de 85% da 
população. Segundo Boris Fausto (1995, p. 509), o apoio da população 
mostrava, por um lado, a dificuldade dos partidos para expressar as 
reivindicações das pessoas e, por outro, a confiança que estas tinham nas 
eleições diretas para solucionar os problemas do país – sendo que apenas a 
eleição direta para presidente não solucionaria problemas como inflação, 
baixos salários e segurança. 
As Diretas Já tinham apoio não só da população, mas também de muitos 
 
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7 
artistas e políticos. Era comum haver, nos comícios, algum espetáculo, 
geralmente da cantora Fafá de Belém, cuja interpretação do Hino Nacional 
durante esses eventos se tornou histórica. No comício de 10 de abril de 1984, 
ela fez com que o Deputado Dante de Oliveira, autor da emenda, subisse ao 
palco; ela disse aos policiais que ele era o percussionista da banda. 
Em 25 de abril de 1984, a emenda foi votada, sob grande pressão 
popular. O Presidente Figueiredo impôs o estado de emergência em Brasília, 
que contou com o General Newton Cruz montado em um cavalo branco 
chicoteando os automóveis que participavam de um “buzinaço” em favor das 
diretas. 
Apesar de tudo, a emenda não foi aprovada devido à ausência de quase 
um quarto dos deputados. Mesmo que tivesse sido aprovada, a aprovação no 
Senado parecia pouco provável. A disputa agora era no Colégio Eleitoral, 
formado por membros do Poder Legislativo federal e estadual, que era quem 
escolheria o sucessor do último presidente militar brasileiro. Apesar disso, 
entretanto, o movimento das Diretas Já não foi inútil e teve grande influência na 
política brasileira; várias das lideranças do movimento tiveram posições de 
destaque na composição da “nova” elite política. 
Entre os possíveis candidatos do Partido Democrático Social (PDS) – 
partido sucessor da Arena –, destacava-se Paulo Maluf, amigo do General 
Costa e Silva, que havia sido nomeado prefeito de São Paulo em 1969, mas 
que também tinha conquistado bons resultados nas urnas. Com a escolha de 
Maluf como candidato, outro pré-candidato, Aureliano Chaves, funda o que 
hoje é o Partido da Frente Liberal e se associa com o PMDB para as eleições. 
A chapa do PMDB era composta por Tancredo Neves com José Sarney como 
vice. O PMDB não era favorável a Sarney, que até recentemente tinha sido 
uma das figuras públicas do PDS e não tinha muito a ver com os ideais de 
redemocratização defendidos pelo PMDB. 
Em 15 de janeiro de 1985, Tancredo e Sarney ganharam a eleição por 
480 votos a 180. Porém, Tancredo precisou ser internado, e quem subiu a 
 
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8 
rampa do Planalto foi Sarney, em 15 de março de 1985, situação transitória 
que se tornou definitiva em 21 de abril de 1985, com a morte, por infecção 
generalizada, de Tancredo. Multidões acompanharam o corpo, mostrando que 
Tancredo passava uma imagem de honestidade como político, e que, depois 
da ditadura, havia esperanças de que seu governo desse um jeito nos rumos 
do Brasil. 
Sarney começou seu governo respeitando algumas decisões de 
Tancredo, como o ministério. Ele também restabeleceu as eleições diretas para 
presidente e legalizou o Partido Comunista Brasileiro (PCB) e o Partido 
Comunista do Brasil (PCdoB). A censura prévia acabou. A ditadura militar 
deixou uma situação econômica complicada, com uma inflação muito alta. 
Sarney tentou paliar esses efeitos com o Plano Cruzado, que instituiu uma 
nova moeda, aumentou o salário mínimo e congelou os preços. Sarney apelava 
para que “brasileiras e brasileiros” fiscalizassem e denunciassem os 
supermercados que aumentassem os preços. Os efeitos do plano duraram 
pouco, e provocaram desabastecimento e novos planos, como o Cruzado II e o 
Bresser. Houve eleições diretas estaduais e municipais, com predominância do 
PMDB. 
Em fevereiro de 1987, começaram as reuniões da Assembleia Nacional 
Constituinte. A falta de planejamento fez com que os trabalhos demorassem; 
eles terminaram em 5 de outubro de 1988, com a promulgação da nova 
Constituição, vigente até hoje. Segundo Fausto (1995, p. 524), havia um anseio 
para que a Constituição, além de tratar de direitos dos cidadãos e de 
instituições, resolvesse problemas que estavam fora do seu alcance. A 
Constituição de 1988 recebeu críticas por abranger assuntos que 
supostamente não deveriam ser abordados por uma constituição, mas que 
foram incluídos para satisfazer demandas de diferentes grupos sociais. 
A Constituição determinava eleições diretas para presidente a serem 
realizadas em 1989, quase trinta anos depois da eleição de 1960, que elegeu 
Jânio Quadros. O ganhador da disputa, que assumiu em 1990, foi Fernando 
 
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9 
Collor, deposto em 1992 e atual senador por Alagoas. 
Tema 3: Geopolítica da Seca 
Ao longo de quatro séculos e meio, houve 72 secas no sertão 
nordestino; uma média de uma seca a cada seis anos. (Carvalho, 2012, p. 49) 
Otamar de Carvalho (2009, p. 7) cita uma das várias histórias que ele recolheu 
sobre a seca de 1877-1879, a do fazendeiro Pedro 100, assim apelidado por 
gostar de que seus rebanhos reunissem 100 animais com as mesmas cores e 
características. Diante da seca e da morte de seus rebanhos, Pedro 100 e a 
família partem para Fortaleza com a intenção de escapar da seca. O percurso, 
de mais de 60 léguas, foi complicado. Eles se alimentavam de raízes de 
plantas, várias pessoas da família morreram. Em Fortaleza, Pedro 100 compôs 
um pequeno poema para pedir esmola: 
 
“Uma esmola pra Pedro 100, 
que já teve e hoje não tem; 
se quiser dá, dê, 
se não quiser, não faço impém” 
 
Como se vê, o problema das secas no sertão nordestino é antigo. 
Estudadas já no século XIX, as secas nordestinas serviam para traçar uma 
região – o sertão. Na mesma época, já se procuravam soluções para o 
problema da seca. O primeiro projeto detransposição do Rio São Francisco, 
por exemplo, data de 1818, ou propostas de migração em massa para a 
Amazônia, surgidas até os anos 1940. (Oliveira, 2015b) 
Como espaço territorial, o Nordeste surgiu em 1942, quando o Instituto 
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) dividiu o Brasil em regiões – na 
época, a região Nordeste era composta por Ceará, Rio Grande do Norte, 
Paraíba, Pernambuco e Alagoas. A proposta de nacionalismo do Estado Novo 
implicava a criação de identidades regionais, além de combater as oligarquias 
 
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10 
locais. Nas décadas de 1920 e 1930, autores como Gilberto Freire e 
romancistas como Raquel de Queirós e Graciliano Ramos colaboravam para a 
formação de uma identidade nordestina, descrevendo a vida no sertão. 
(Oliveira 2015b) 
A construção de narrativas sobre o Nordeste costuma mostrar a região 
com personagens como cangaceiros e jagunços, e também como um lugar 
atrasado em desenvolvimento, o que causa o êxodo para o Sudeste, tido como 
o lugar do desenvolvimento, do progresso. (Oliveira, 2015b) 
Enquanto no Brasil os primeiros planos de desenvolvimento industrial e 
de infraestrutura surgiram na década de 1940, o Nordeste só começou, de 
maneira sistemática, em 1959, com a criação da Superintendência do 
Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), o que aconteceu logo depois da seca 
de 1958, uma das tantas secas graves na região. 
Outro fator que estimulou sua criação foi a tentativa de controlar a 
apropriação por parte de latifundiários – coronéis – dos recursos destinados ao 
combate à seca. Denúncias de corrupção, funcionários fantasmas e construção 
de açudes em fazendas dos “coronéis” mostraram que era necessário um 
controle mais estrito do que o feito pelos órgãos anteriores à Sudene, que 
atuavam na região desde 1909. (Oliveira, 2015a) 
Segundo Otamar de Carvalho (2000), a Sudene teve capacidade para 
realizar estudos sobre a situação do Nordeste, que por sua parte permitiram 
que ela conseguisse planejar o desenvolvimento dessa região. Um ponto 
importante da Sudene foi conceber a seca não só como um problema 
meteorológico, e sim como um problema social. (Carvalho, 2012, p. 56) 
Segundo Carvalho, há três tipos de seca: a meteorológica – poucas ou 
nenhuma chuva –, a agrícola – solos secos, o que impede o crescimento das 
plantas, e a seca hidrológica, que é a diminuição da vazão dos rios e da água 
armazenada em reservatórios. É a partir desses fatores que surge a seca 
enquanto problema social. 
Mais recentemente, a preocupação é com a desertificação dessas 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
11 
regiões em virtude de mudanças climáticas globais. (Carvalho, 2012, p. 63) No 
contexto social, a preocupação é com a população desses lugares, a qual não 
pode se beneficiar de programas de estímulo ao desenvolvimento pela simples 
falta de recursos para poder empreender algum tipo de atividade. Um paliativo 
são os programas de redistribuição de renda, como o Bolsa Família, que 
garante a sobrevivência dessas pessoas. 
O impacto social da seca se manifesta de diferentes maneiras. 
Problemas de saúde pela falta de água e deficiências na alimentação; 
problemas na educação pela dificuldade de acesso a escolas; problemas 
econômicos decorrentes da falta de emprego; e problemas ocasionados pela 
migração dessas pessoas. É importante observar que nas regiões afetadas 
também há pessoas que têm propriedades de diferentes tamanhos, e cada um 
vai encarar as dificuldades da seca de diferentes maneiras. (Carvalho, 2012, p. 
78) 
Como ações futuras, Carvalho (2012, p. 97) sugere que o foco não deve 
estar em combater a seca, e sim em aprender a conviver com ela, ao mesmo 
tempo em que se tenta resolver os problemas decorrentes dela. 
Figura 1 – As áreas de incidência de secas no Nordeste 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
12 
 
Fonte: Carvalho, 2012. 
Tema 4: Neoliberalismo e Globalização 
Podemos entender por globalização um conjunto de “processos que 
intensificam cada vez mais a interdependência e as relações sociais a nível 
mundial” (Giddens, 2005, p. 51). Segundo Giddens, o desenvolvimento de 
tecnologias da informação e da comunicação que despontaram depois da 
Segunda Guerra Mundial é fundamental para que os processos da globalização 
continuem acontecendo. As tecnologias da comunicação servem tanto para 
grandes empresas, facilitando a logística, a importação de produtos vindos de 
países com mão de obra mais barata, como para indivíduos, que podem ter 
acesso a informações e entretenimento disponibilizados em vários países. 
Mas é evidente que a tecnologia sozinha não fez nada. Houve processos 
políticos importantes para dar forma ao mundo “globalizado” de hoje. Um dos 
mais importantes foi o fim da União Soviética. Os países que antes formavam a 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
13 
União Soviética, sozinhos, não teriam conseguido sobreviver em uma 
economia globalizada; uma vez separados da União Soviética entraram no 
palco mundial, adotaram sistemas políticos e econômicos ocidentais, o que 
facilitou a integração com outros países. 
Um fator importante nos processos da globalização são organizações 
internacionais, que perpassam os limites dos países. Podem ser uniões entre 
países, como a Organização das Nações Unidas (ONU) ou o Mercado Comum 
do Sul (Mercosul), organizações como a Organização Internacional de 
Normalização (Isso), cuja função é documentar padronização e normas 
técnicas, e Organizações Não Governamentais (ONGs), como Greenpeace, 
Médicos Sem Fronteiras, Anistia Internacional, da Femme International etc. 
Outras organizações importantes são as empresas multinacionais, que 
começaram a se expandir logo depois da Segunda Guerra Mundial. Várias 
dessas empresas, que por sua parte contêm outras empresas, têm lucros 
superiores aos de muitos países, tornando-se atores sociais fortes, com 
influência na política dos países. Durante os anos 1950 e 1960, por exemplo, a 
empresa estadunidense United Fruit apoiou golpes de estado em vários países 
da América Central, já que governos de esquerda impediriam atividades que 
beneficiariam a empresa, como preservação de florestas e exigência de direitos 
trabalhistas. 
A globalização é um conceito fundamental para o neoliberalismo. Com 
mais países abrindo seus mercados e adotando políticas econômicas 
neoliberais, as empresas terão mais liberdade para entrar em novos mercados, 
fabricar seus produtos onde mais lhes convier, e vendê-los nos lugares que 
paguem melhor – as que tenham condições para esse tipo de operações, claro. 
As políticas ideais para o neoliberalismo implicam governos que não impeçam 
práticas comerciais. 
Nesse contexto, o discurso da globalização como algo positivo para a 
economia é benéfico para grandes empresas. O geógrafo brasileiro Milton 
Santos falava da globalização de três maneiras: como “fábula”, que é o jeito 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
14 
que nos vendem a ideia; como “perversidade”, que seria o que realmente 
acontece, e como “possibilidade”, que seria uma globalização benéfica para 
pessoas, e não somente para as empresas multinacionais. 
Mesmo tendo como referência a experiência de outros países da 
América Latina, e antes dos governos Thatcher e Reagan nos Estados Unidos 
e na Inglaterra, o Brasil foi o último país latino-americano a implantar um 
projeto neoliberal. Essa “demora” se deu por vários fatores, dentre as quais se 
destacam os conflitos entre interesses de diferentes partes do capital, assim 
como a oposição de atores sociais como sindicatos. (Filgueiras, 2006, p. 180-
181) 
O governo de Fernando Collor de Melo teria adaptado ao Brasil uma 
visão desestatizante que já era tendência no resto do mundo, além de ter 
adotado um discurso de renovação do modelo de estado brasileiro. (Alves, 
2005, p. 1) 
Dentro de políticas neoliberais, uma das primeiras medidas do governo 
Collor foi a reduçãode impostos de importação, o que aumentou a oferta de 
produtos e consequentemente a estabilização dos preços de algumas 
mercadorias. Ele também incentivou investimentos externos, mediante 
incentivos fiscais para a implantação de fábricas. Além disso, acabou com o 
monopólio da Petrobras na exploração de petróleo. 
Outra medida de caráter neoliberal do governo Collor foi a privatização 
de empresas estatais. O argumento defendia que seriam lugares propícios à 
corrupção e ao desperdício de dinheiro público. Teoricamente, o dinheiro da 
privatização deveria ter servido para diminuir a dívida pública, mas não foi 
suficiente. Outra crítica dizia que o dinheiro emprestado aos compradores das 
empresas estatais foi emprestado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento 
Econômico e Social (BNDES), ou seja, o governo emprestou dinheiro a 
empresas privadas para que comprassem, a juros baixos, as próprias 
empresas do governo. 
O governo Collor se caracterizou também por alguns planos de combate 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
15 
à hiperinflação, que não foram bem-sucedidos. Foi necessário um plano mais 
amplo, implantado sob o governo de Itamar Franco – vice-presidente que 
assumiu em 1992 depois do impeachment de Collor. Chamado de Plano Real, 
que implantou a moeda que usamos até hoje, teve por características: 
 Desindexação da economia. A ideia era parar de reajustar 
preços usando valores antigos de inflação. 
 Equilíbrio fiscal. Foram reduzidos gastos e investimento da 
máquina pública, houve aumento de imposto e exoneração de funcionários 
públicos. 
 Privatizações. A mera emissão de moeda, sem respaldo de 
novos patrimônios, causa a desvalorização do dinheiro e, consequentemente, 
inflação. Isso acontecia quando o governo precisava investir em empresas 
estatais. Por isso, a privatização de empresas, como parte do Plano Real, foi 
bem-vista. 
 Contingenciamento. A ideia era manter o câmbio estável, por 
meio da valorização artificial do Real. A ideia era aumentar as importações 
para estimular a concorrência e a produção nacionais. 
 Políticas monetárias restritivas. A taxa de juros aumentou não 
apenas para financiar os gastos públicos excedentes, mas também para esfriar 
a economia mediante a redução da oferta de crédito. 
O sucesso do Plano Real levou à eleição de um dos seus idealizadores, 
Fernando Henrique Cardoso, que foi Ministro da Fazenda no governo Itamar. O 
governo FHC deu continuidade às políticas do Plano Real, e as políticas 
econômicas, no geral, foram continuadas também no governo Lula. 
Tema 5: Meios de Comunicação no Brasil 
A legislação brasileira sobre telecomunicações se caracteriza por ter 
sido bastante desordenada, misturando vários tipos de dispositivos jurídicos – 
resoluções federais, decretos, disposições constitucionais, leis – que foram 
implementados conforme acontecia alguma mudança nas tecnologias ou em 
 
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16 
alguma questão política. Essa bagunça continuou até a década de 1960. 
(Martins, 2007, p. 305) 
A primeira regulamentação brasileira relacionada às telecomunicações 
data de 1860, quando o Decreto Imperial n. 2.614 estabeleceu a organização e 
a exploração dos telégrafos elétricos, surgidos 23 anos antes nos Estados 
Unidos e na Inglaterra. 
O telefone chegou ao Brasil um ano depois do registro da patente, que 
aconteceu em 1876. Em 1879, houve a primeira autorização para a exploração 
privada da telefonia. Então, as cidades com telefones eram a capital brasileira, 
Rio de Janeiro, e Niterói. Em 1881, o governo federal reservou para si a 
decisão sobre as concessões. Em 1921, a exploração dos serviços de telefonia 
se tornou exclusividade de empresas brasileiras. (Martins, 2007, p. 307) 
Em 7 de setembro de 1922, por ocasião do centenário da Independência 
e durante a inauguração da Feira-Exposição mundial, aconteceu a primeira 
transmissão de rádio no Brasil. No ano seguinte, foi fundada a Rádio 
Sociedade do Rio de Janeiro, a primeira emissora de rádio do Brasil. Em 1924, 
um decreto regulamenta a “diffusão radio-telephonica”, que determina que as 
licenças só seriam outorgadas a sociedades nacionais, e para a difusão de 
conteúdos “educativos, científicos, artísticos e de benefício público”. Anúncios 
comerciais e políticos dependiam de autorização do governo. Na década de 
1930, surgem as primeiras rádios comerciais. 
O decreto de 1924 se mostra como exemplo de como seriam as políticas 
com relação às telecomunicações nas quatro décadas seguintes: priorização 
do capital e do conteúdo nacionais, e controle do governo, para que isso fosse 
cumprido e também no controle das concessões. 
Em 1931 e 1932, Getúlio Vargas lançou dois decretos sobre 
telecomunicações. O primeiro se caracterizou por definir os serviços que 
seriam regulados, incluindo, com 20 anos de antecedência, a “radiotelevisão”. 
O segundo decreto, além de detalhar o primeiro, regulamentava impostos, 
duração de anúncios comerciais e determinava que as concessões precisariam 
 
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ser renovadas a cada dez anos. O decreto de 1932 também propunha a 
criação de uma rede nacional de estações, que transmitiria um programa 
chamado “Hora do Brasil”, transmitido pela primeira vez em 1935, e até hoje no 
ar, com o nome de “A Voz do Brasil”. 
Em 18 de setembro de 1950, foi inaugurada a TV Tupi, de São Paulo, de 
propriedade do então mais importante empresário da imprensa brasileira, Assis 
Chateaubriand. Entre as primeiras estrelas da televisão estava Hebe Camargo, 
que chegou a acompanhar o desembarque dos equipamentos no porto de 
Santos. Durante os anos 1950, também foram criadas a TV Record – de São 
Paulo, em 1953 –, a TV Rio – 1955 –, além da expansão da TV Tupi para 
várias capitais. No final da década de 1950, já funcionavam dez emissoras de 
televisão. (Fernandes, 2013, p. 4) 
Em 1961, o presidente Jânio Quadros lança um decreto com várias 
regras para a produção televisiva, limitando os intervalos comerciais, impondo 
uma cota de produções nacionais, bem como a exigência de que programas 
não adequados para crianças fossem transmitidos depois das 22 horas, entre 
outras regras. Nos anos seguintes, houve várias disputas entre os 
representantes dos radiodifusores e os presidentes Jânio Quadros e João 
Goulart. As empresas de rádio e televisão vinham desde 1953 tentando 
aprovar uma regulamentação que atendesse aos interesses. No final de 1962, 
o Código Brasileiro de Telecomunicação foi aprovado, sem os vetos do 
presidente João Goulart. (Martins, 2007, p. 313-325) O interesse, 
evidentemente, era atender aos interesses dos concessionários – as emissoras 
–, e não a democratização das comunicações. (Fernandes, 2013, p. 4) 
Durante a ditadura militar, destacam-se as colaborações entre os canais 
de televisão, interessados em manter suas concessões, e o governo, 
interessado em difundir os fatos de seu interesse. Marina Fernandes (2013, p. 
4-5) narra a situação da Rede Globo de televisão. A concessão foi feita em 
1957, mas o canal só foi inaugurado em 1965. Pouco antes do início das 
transmissões, a emissora faz um acordo – ilegal – com a estadunidense Time-
 
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Life, que investiu dinheiro na emissora brasileira e providenciou treinamento e 
equipamento, o que permitiu que a Rede Globo se destacasse dentre as outras 
emissoras. Um marco da parceria entre a Rede Globo e a ditadura é o Jornal 
Nacional, que estreou em 1969, e foi o primeiro programa a utilizar a 
infraestrutura inaugurada dois anos antes pela ditadura. O governo lançou 
crédito para a compra de televisores, e também fez altos investimentos em 
publicidade. 
Mesmo depois da Constituição de 1988, fica claro que o interesse da 
legislação sobre telecomunicações é o de favorecer as emissoras, não 
impedindo monopólios de informação. (Fernandes, 2013, p. 8-9) Outro 
problema é o interesse de políticosdonos de radiodifusoras, que as usam para 
fins políticos. O prazo de 15 anos para uma concessão e a dificuldade de 
cancelar uma concessão também são apontados por Fernandes como 
problemáticos. Fernandes ainda ressalta as tentativas feitas para uma 
regulação mais democrática da radiodifusão, como a Lei Geral de 
Telecomunicação e a proposta de criação da Agência Nacional do Cinema e do 
Audiovisual (Ancinav), que foram engavetadas por pressão das radiodifusoras. 
Na Prática 
Vamos fazer algumas entrevistas? Aproveite que o que estudamos aqui 
aconteceu recentemente, e peça a outras pessoas que contem o que viveram 
na época. Pergunte aos seus pais, avôs, tios. Como eles perceberam os 
acontecimentos naquela época? Quais são as opiniões deles sobre o período 
da ditadura? Que outros pontos de vista sobre o período eles conhecem? Do 
que eles mais se lembram sobre o cotidiano da época? De quais fatos eles 
ficaram sabendo na época, e de quais fatos eles ficaram sabendo depois? 
 
 
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19 
Síntese 
 
 
DITADURA MILITAR
1964 a 1985
Sem eleições diretas
Repressão, censura
Milagre econômico
NEOLIBERALISMO
Tendência mundial: abertura de economia
Privatizações
Redução de gastos públicos
Plano Real e fim da hiperinflação
TELECOMUNICAÇÕES NO BRASIL
Histórico
Influência do estado
Influência das radiodifusoras na legislação 
GEOGRAFIA DA SECA
Seca como problema histórico
Seca como definição da região Nordeste
Problemas sociais, políticos e econômicos como consequência
REDEMOCRATIZAÇÃO
1985-1989
Volta das eleições diretas para presidente
Constituição de 1988
Fim da censura
Hiperinflação, consequências econômicas de empréstimos feitos 
durante a ditadura.
 
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20 
Referências 
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