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Sistema límbico e Hipotálamo

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1 FISIOLOGIA Natasha Ferreira ATM 25 
 
O cérebro é dependente de uma transmissão 
contínua de sinais nervosos do tronco 
encefálico, para que esteja ativado. Estes 
sinais ativam os hemisférios cerebrais de duas 
formas: 
 Estimular diretamente o nível basal da 
atividade neuronal, em grandes áreas 
cerebrais; 
 Ativas os sistemas neuro-hormonais 
que liberam neurotransmissores 
específicos; 
CONTROLE DOS NÍVEIS DE ATIVIDADE CEREBRAL 
É feito pelo tronco cerebral diretamente, 
através de duas regiões: 
Área excitatória 
Também conhecida como área facilitadora 
bulborreticular, localizada na Subst. reticular 
da ponte e mesencéfalo. É responsável pela 
excitação do córtex, e faz isso de duas formas 
distintas: 
↠ Sinais Rápidos: Originados de corpos 
neuronais grandes, ou 
gigantocelulares, situados na área 
reticular do tronco. As terminações 
nervosas liberam acetilcolina 
(colinérgicos), que serve como agente 
excitatório, estimulando o 
prosencéfalo por alguns milissegundos. 
 
↠ Sinais Lentos: Originados de neurônios 
pequenos disseminados pela área 
reticular do tronco. As fibras delgadas, 
de condução lenta, fazem sinapses no 
núcleo intralaminar do tálamo e núcleo 
reticular (sup. tálamo). A partir dai, 
pequenas fibras se projetam para o 
córtex. O efeito excitatório pode se 
prolongar durante diversos minutos. 
Esse nível de atividade é determinado por 
sinais sensoriais, vindos da periferia. 
 
 
 
- mecanismos comportamentais e motivacionais - 
 
2 FISIOLOGIA Natasha Ferreira ATM 25 
OBS: Sinais da dor aumentam a atividade 
nessa região, e consequentemente excitam 
intensamente o cérebro para a atenção. 
Sinas de feedback também retornam do 
córtex cerebral para a área excitatória do 
tronco cerebral. Este, manda mais sinais 
excitatórios para o córtex, o que ajuda a 
manter o nível de excitabilidade do córtex ou 
até aumenta-lo. 
Existe um mecanismo de feedback positivo, 
que permite que qualquer atividade que se 
inicie no córtex, gere ainda mais atividade, 
mantendo um estado de mente acordada ou 
vigília. 
O Tálamo é o centro distribuidor de impulsos, 
que controla a atividade em regiões 
específicas do córtex. Ambas as estruturas 
passam a se excitar (Tálamo ⇌ Córtex), por 
meio de fibras de retorno. 
Área inibitória 
Área situada medial e ventralmente ao bulbo, 
a qual pode inibir a área reticular facilitadora 
da parte sup. do tronco, e também diminuir a 
atividade nas porções prosencefálicas. 
Um dos mecanismos para esta atividade 
consiste em excitar os neurônios 
seratoninérgicos, os quais liberam seratonina 
em pontos específicos do cérebro. 
CONTROLE NEURO-HORMONAL 
Mecanismo fisiológico importante para 
controlar a atividade cerebral, o qual consiste 
na secreção de agentes hormonais 
neurotransmissores (excitatórios ou 
inibitórios) no cérebro. 
 
 
↠ Sistema da Noraepinefrina 
Fibras situadas na região bilateral e posterior 
na junção entre ponte e mesencéfalo, 
conhecida como Locus ceruleus (núcleo), 
espalham-se por todo o encéfalo, liberando 
noraepinefrina. 
Este hormônio excita o cérebro, aumentando 
sua atividade. Entretanto, em algumas áreas, 
este efeito pode ser inibitório. 
Tem papel importante na atenção seletiva, 
memória e no ciclo sono-vigília. Participa 
também nos sonhos, levando ao tipo de sono 
de movimento rápido dos olhos (REM). 
↠ Sistema de Dopamina 
Neurônios, localizados na substância negra do 
mesencéfalo (parte superior), projetam-se 
para o núcleo caudado e para o putâmen do 
prosencéfalo, onde liberam dopamina. 
Os neurônios adjacentes também secretam 
este hormônio, e enviam suas projeções para 
áreas mais ventrais do encéfalo, 
principalmente o hipotálamo e sist. límbico. 
A dopamina atua como transmissor inibitório 
nos gânglios da base, porém em algumas 
regiões ela pode atuar como transmissor 
excitatório. Possui papel importante na 
ativação e modulação dos núcleos da base. 
 
 
 
 
 
 
 
3 FISIOLOGIA Natasha Ferreira ATM 25 
 
OBS: A destruição dos neurônios 
dopaminérgicos na subts. negra é a causa 
básica para a Doença de Parkinson. 
 
 
 
↠ Sistema da Serotonina 
Neurônios, situados nos núcleos da rafe, 
liberam serotonina no diencéfalo e córtex 
cerebral, e ainda na medula espinal. 
A serotonina liberada na medula é capaz de 
suprimir a dor, pelas vias de analgesia 
(descendentes), já a liberada nas outras duas 
regiões desempenha papel inibitório essencial 
para a indução do sono e nos estados 
emocionais (ascendentes). 
↠ Sistema Colinérgico 
As fibras dessas grande células dividem-se em 
dois ramos, um que se dirige para os níveis 
superiores do cérebro e outro para os níveis 
inferiores, pelos tratos reticuloespinais e 
medula espinal. 
A substância secretada é a acetilcolina, a qual 
funciona como neurotransmissor excitatório, 
tendo como papel fundamental na atenção 
seletiva, memória, aprendizagem e sono REM. 
SISTEMA LÍMBICO 
Todo o circuito neuronal que controla o 
comportamento emocional e as forças 
motivacionais do indivíduo. 
O Hipotálamo tem papel fundamental nesse 
sistema, visto que, além de participar do 
controle comportamentel, ele é fundamental 
para outras condições internas do corpo, 
chamadas de Funções vegetativas do 
cérebro: 
 Temperatura corporal; 
 Osmolalidade dos líquidos; 
 Desejo de comer e beber; 
 Peso corporal; 
 
 
4 FISIOLOGIA Natasha Ferreira ATM 25 
Algumas estruturas subcorticais também 
fazem parte desse sistema como: 
 Hipocampo; 
 Núcleo anterior do tálamo; 
 Corpo amigdaloide (amigdala); 
E também estruturas do córtex límbico, as 
quais conectam as outras estruturas: 
 Giro denteado 
 Giro do cíngulo (lobo frontal); 
 Giro para-hipocampal (lobo temporal); 
HIPOTÁLAMO 
Contém vias bidirecionais de comunicação 
com todos os níveis do sistema límbico e 
emite sinais, junto com suas estruturas, para 3 
direções: 
↠ Para trás, descendente: Vai até o 
tronco cerebral, principalmente para as 
áreas reticulares do mesencéfalo, 
ponte e nervos autônomos. 
↠ Ascendente: Vai para áreas superiores 
do diencéfalo, especialmente para o 
tálamo (parte anterior) e porções 
límbicas do córtex. 
↠ Infúndíbulo hipotalâmico: A fim de 
controlar totalmente ou de maneira 
parcial, a maioria das funções 
secretórias tanto na hipófise anterior 
quanto na posterior. 
O hipotálamo representa 1% da massa 
encefálica, porém é a estrutura mais 
importante do sistema límbico. Controla as 
funções vegetativas e endócrinas do corpo, e 
muitos aspectos comportamentais. 
 
 
 
 
Funções vegetativas 
↠ Núcleo dorsomedial: Estimulação 
gastrointestinal. 
↠ Hipotálamo posterior: Pressão arterial, 
dilatação pupilar e calafrios. 
↠ Núcleo perifornical: Fome, pressão 
arterial e raiva. 
↠ Núcleo ventromedial: Saciedade e 
controle neuroendócrino. 
↠ Corpo mamilar: Reflexos da 
alimentação. 
↠ Núcleo arqueado e zona 
periventricular: Fome, saciedade e 
controle neuroendócrino. 
↠ Área hipotalâmica lateral: Sede e 
fome. 
↠ Núcleo periventricular: liberação de 
ocitocina, conservação de água e 
saciedade. 
↠ Área pré-óptica medial: Contração da 
bexiga, frequência cardíaca e pressão 
arterial. 
↠ Área pré-óptica posterior e 
hipotalâmica anterior: Temperatura 
corporal, arquejo, sudorese e inibição 
da tireotropina. 
↠ Núcleo supraóptico: Liberação da 
vasopressina (ADH). 
 
5 FISIOLOGIANatasha Ferreira ATM 25 
 
Funções comportamentais 
↠ Hipotálamo posterior: Desejo sexual 
↠ Núcleo ventromedial: Tranquilidade 
↠ Núcleo arqueado e zona 
periventricular: Medo e punição 
↠ Área hipotalâmica lateral: Raiva e luta 
 
RECOMPENSA X PUNICÃO DO SIST. LÍMBICO 
A estimulação elétrica de certas áreas límbicas 
agrada ou satisfaz o indivíduo, enquanto em 
outras áreas causa terror, dor, medo, defesa, 
reações de escape, etc. 
Os graus de estimulação desses dois sistemas 
opostos de resposta, influenciam muito o 
comportamento. 
Centros de recompensa 
Os principais centros de recompensa situam-
se ao longo do fascículo prosencefálico medial, 
especialmente nos núcleos lateral e 
ventromedial do hipotálamo. 
 
Podem acabar sendo inibidos pelos centros de 
punição, quando os eventos desagradáveis 
prevalecem sobre o prazer e recompensa. 
 
Existem centros de recompensa menos 
potentes, localizados na área septal, na 
amígdala, áreas do tálamo e gânglios da base, 
e estendem-se para baixo do tegmento basal 
do mesencéfalo. 
 
Centros de punição 
Os principais centros de punição localizam-se 
na subst. cinzenta pariaquedutal 
(circundando o aqueduto de Sylvius), e 
estendendo-se para as zonas periventriculares 
do hipotálamo e tálamo. 
 
As menos potentes, situam-se em áreas da 
amígdala e hipocampo. 
Podem inibir os centros de recompensa. 
A forte estimulação dos centros de punição do 
cérebro, principalmente na zona 
periventricular e na região lateral, pode 
desencadear um padrão de comportamento 
denominado fúria. 
Entretanto, este fenômeno é freado por sinais 
inibitórios dos núcleos ventromediais do 
hipotálamo, bem como porções do hipocampo 
e do córtex límbico anterior (giros cingulados 
ant. e subcalosos). 
IMPORTÂNCIA NO COMPORTAMENTO 
Os centros de recompensa e punição 
constituem um dos maiores controladores das 
atividades físicas, desejos, aversões e 
motivações do indivíduo. 
Efeito dos fármacos 
Os tranquilizantes (ex: clorpromazina) em 
geral inibem ambos os centros de controle 
(punição e recompensa) e diminuem a 
reatividade efetiva do indivíduo. Presume-se 
que eles funcionem nos estados psicóticos 
pela supressão de áreas comportamentais do 
hipotálamo e regiões associadas. 
 
 
SISTEMA DOPAMINÉRGICO MESOLÍMBICO 
Todas as drogas que levam ao abuso e à 
dependência, independentemente, dos efeitos 
psíquicos ou fisiológicos que provocam, têm em 
comum a capacidade de ativar esse sistema. 
Ele conecta áreas específicas do cérebro envolvidas 
com a motivação, e é reconhecido como a via 
relacionada com o comportamento normal 
de recompensa. 
https://www2.ibb.unesp.br/Museu_Escola/2_qualidade_vida_humana/Museu2_qualidade_saude_drogas.htm#recompensa
 
6 FISIOLOGIA Natasha Ferreira ATM 25 
Habituação X Reforço 
Experiência sensorial que não causa 
recompensa ou punição é pouco lembrada, 
levando à extinção quase completa da 
resposta do córtex cerebral. (HABITUAL) 
Se o estímulo causar recompensa ou punição, 
a resposta do córtex ficará cada vez mais 
intensa durante a estimulação repetida em vez 
de desaparecer. (REFORÇO). 
HIPOCAMPO 
É uma porção do córtex cerebral que tem 
formato de um cavalo-marinho. Este se dobra 
para formar a superfície ventral da parede 
interna do ventrículo lateral. Uma das 
extremidades encosta na amígdala e funde-se 
com o giro para-hipocâmpico. 
 
Possui numerosas conexões indiretas com a 
maioria das porções do córtex, bem como 
estruturas basais do sist. límbico. 
Quase todas as experiências sensoriais levam 
a ativação de pelo menos uma parte do 
hipocampo, e este por sua vez, distribui a 
maioria dos sinais eferentes para o tálamo 
anterior, hipotálamo e outras partes do sist. 
límbico, por meio da Fórnix, a principal via da 
comunicação. 
O hipocampo é um canal adicional pelo qual 
os sinais sensoriais que chegam possam iniciar 
reações comportamentais para diferentes 
propósitos. A estimulação de certas áreas 
levam a padrões comportamentais como: 
prazer, raiva, passividade e desejo sexual. 
Ele pode ficar hiperexcitado, visto que possui 
apenas 3 camadas de células nervosas em 
algumas de suas áreas, em vez de 6 camadas 
encontradas no córtex. 
Aprendizado 
Precoce no desenvolvimento evolutivo do 
cérebro, o hipocampo tornou-se um 
mecanismo neuronal importante na tomada 
de decisões, determinando a importância dos 
sinais sensoriais que chegam. Se ele sinaliza 
que a informação é importante, 
provavelmente ela será armazenada na 
memória. 
O hipocampo fornece impulso que causa a 
transformação da memória à curta prazo em a 
longo prazo, ou seja, ele transmite sinais que 
estimulam a mente a repetir a nova 
informação até que esta seja armazenada por 
completo. 
Sem ele a consolidação das memórias a longo 
prazo dos tipos verbal ou pensamento 
simbólico é insuficiente ou não ocorre. 
Amnésia Anterógrada 
O indivíduo se lembra perfeitamente das 
ocorrências a longo prazo, porém não se 
recorda dos acontecimentos recentes. 
Normalmente ocorre por traumas/lesões 
cerebrais ou quando porções dessa estrtura 
foram movidas cirurgicamente para o 
tratamento de epilepsia. 
AMÍGDALA 
É um complexo de núcleos localizados abaixo 
do córtex cerebral do polo medial anterior de 
cada lobo temporal. Possui conexões 
 
7 FISIOLOGIA Natasha Ferreira ATM 25 
bilaterais com o hipotalamo e outras partes 
do sist. límbico. 
Recebe sinais neuronais de todas as porções 
do córtex límbico, bem como o neocórtex dos 
lobos temporal, parietal e occipital (áreas de 
associação visual e auditiva). 
A amígdala transmite sinais: 
↠ De volta para para as áreas corticais; 
↠ Hipocampo; 
↠ Área septal; 
↠ Tálamo; 
↠ Hipotálamo; 
Efeitos da estimulação 
A sua estimulação pode causar quase todos os 
mesmos efeitos produzidos pela estimulação 
do hipotálamo e outros mais: 
↠ ⇅ Pressão arterial; 
↠ ⇅ Frequência cardíaca; 
↠ ⇅ Motilidade e secreção 
gastrointestinal; 
↠ Defecação ou micção; 
↠ Dilatação da pupila; 
↠ Piloereção; 
↠ Secreção de hormônios da hipófise; 
Pode causar, também, diversos movimentos 
involuntários: 
↠ Movimentos tônicos; 
↠ Movimentos circulares; 
↠ Movimentos clônicos ou rítmicos; 
↠ Movimentos associados ao olfato ou à 
alimentação; 
Além disso, a estimulação de alguns núcleos 
pode levar a padrões comportamentais de 
fuga e medo (núcleos laterais), punição, raiva, 
dor grave (núcleos mediais), e também 
reações de recompensa ou prazer. 
Os núcleos laterais comunicam-se com os 
centrais, desencadeando respostas 
autônomas. 
Possui a maior concentração de receptores 
para hormônios sexuais do SNC. Isso tem 
relação com os comportamentos sexuais 
como: ereção, movimentos copulatórios, 
ejaculação, ovulação, atividades uterinas e 
parto prematuro. 
 
 
8 FISIOLOGIA Natasha Ferreira ATM 25

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