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Pressão Intracraniana (pic) PRESSÃO INTRACRANIANA - PIC Monitorização Neurológica Invasiva Pressão intracraniana (PIC) é pressão exercida pelo crânio sobre o tecido cerebral, fluido cerebrospinal e sangue circulante do cérebro. A PIC decorre da compressão exercida nas paredes da caixa craniana devido as alterações no volume das estruturas do encéfalo e tem uma variação fisiológica de 5 a 15 mmhg e reflete a relação entre o conteúdo da caixa craniana e o volume do crânio. A monitorização da PIC é o único método aceito indiscriminadamente como forma para o diagnóstico seguro do aumento da pressão intracraniana, assim como para o tratamento da hipertensão intracraniana (HIC) em algumas situações clínicas. As complicações na monitorização da PIC infecção, hemorragia, mau funcionamento da monitorização devido problemas com o sistema ) . Obstrução e mau funcionamento do cateter. Os sistemas de monitorização devem ser utilizados, no máximo, uma semana e depois devem ser substituídos . Recomenda-se: a monitorização básica: ECG, oximetria de pulso, pressão arterial não invasiva, pressão venosa central (PVC), temperatura e débito urinário e, idealmente, pressão arterial invasiva, capnografia e pressão capilar pulmonar; Hipertensão intracraniana (HIC) a hipertensão intracraniana também é chamada de pressão intracraniana, PIC. É causada por um desequilíbrio entre o sangue, 75 ml, o líquor cefalorraquidiano (LCR) 75 ml e o cérebro com mais ou menos 1.400 g; estes são protegidos pela calota craniana. Se há aumento do LCR força o encéfalo contra a calota provocando o desequilíbrio entre estes elementos, há um aumento da pressão interna sobre a estrutura cerebral. Em circunstâncias naturais de funcionamento do corpo ocorrem pequenas modificações no equilíbrio, quando há tosse, evacuações, espirro, soar o nariz, quando o individuo muda de posição (levantar, agachar etc.), quando aumenta o CO2, quando diminui o O2, entre outros esforços. Quando há aumento significativo do líquido céfalo raquidiano (LCR) há uma compressão do cérebro, este entra em sofrimento e pode isquemiar se não tratado. A isquemia cerebral estimula os centros vasomotores; estes liberam as catecolaminas e provocam aumento da PA na tentativa de manter em equilíbrio a perfusão cerebral adequada. O aumento da concentração de CO2 no sangue determina dilatação dos vasos provocando aumento do fluxo cerebral e elevação da PIC/HIC. Se ocorrer diminuição da CO2 ocorrerá vasoconstricção e haverá diminuição da drenagem o que também provoca HIC O edema cerebral ocorre quando aumenta o LCR em nível do SNC, por algum fator intrínseco ou extrínseco. Embora o trauma crânio encefálico (TCE), fator extrínseco seja a causa principal, existem outras causas que eleva a HIC tais como: lesão craniana, TU, AVE, hemorragia subaracnoide, hemorragia subdural, hemorragia intracraniana, encefalopatias (exemplo: neurocistecercose aumenta o LCR), lesão inflamatória, PCO2 alterado, retorno venoso diminuído (fatores intrínsecos). MATERIAIS NECESSÁRIOS Cateter PIC Transdutor de pressão, cabo e suporte do dômus Monitor multiparâmetro com módulo de pressão invasiva SF0,9% 500mL Régua de nível Luvas. ETAPAS DO PROCEDIMENTO Higienizar as mãos Preparar material e ambiente. Após preenchido o sistema de equipo de PI, retirar a parte de equipo com o SF utilizado para preencher o sistema. Fechar a abertura com uma tampinha. Explicar ao paciente/família os benefícios e objetivos do procedimento. Paramentar-se adequadamente. Posicionar o paciente em decúbito dorsal, cama horizontal e membros ao longo do corpo. O ponto zero é determinado altura da linha do tragus auricular. Anotar ou marcar a altura da cabeceira (30 a 45º). Alinhar o ponto zero na mesma altura da via de saída da torneirinha do dômus. Instalar o equipo de PI na torneira própria do extensor do cateter de PIC/DVE, utilizando técnica asséptica. Esta torneira deve estar aberta entre o sistema de PI e o cateter e fechada para o sistema de drenagem. Realizar a calibração (Zerar): fechar a torneirinha do dômus para o paciente e abrir para o ambiente. Selecionar no monitor a opção para “zerar”. Após, fechar a torneirinha para o ambiente e abrir para o paciente. Neste momento deve ser possível a visualização da onda característica da PIC. Aguardar estabilizar a medida e realizar as anotações necessárias. Controlar sinais vitais. Higienizar as mãos. Riscos: Infecção medidas incorretas Prevenção de agravo: Seguir procedimento técnico assegurar ausência de bolhas ou coágulos no sistema Eliminar interferência de artefatos Programar alarme da PIC em monitor para acionar em valores maiores que 20mmHg Tratamento da não conformidade: Comunicar as intercorrências ao enfermeiro e médico e realizar os registros necessários Realizar a drenagem de líquor pelo sistema de DVE conforme prescrição médica (acima de 20-25mmHg) Assegurar tratamento dos agravos e atenção à família Repetir as medidas necessárias Recomendações Sempre usar EPI Realizar os registros necessários após os procedimentos Nunca realizar flush de solução Trocar o soro fisiológico a cada 24h e os equipos a cada 5 dias; Manter o local em ordem Sempre realizar as verificações da PIC na mesma altura de cabeceira. Referencias Site: http://www2.ebserh.gov.br/documents/147715/395574/see_hipertensao_intracraniana_HIC.pdf Disponível em 02/08/2019 Site: http://www.hu.ufsc.br/pops/pop-externo/download?id=293 Disponível em 02/08/2019
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