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ABERTURA CORONÁRIA Abertura coronária, cirurgia de acesso, acesso endodôntico ou acesso coronário é o ato operatório pelo qual se expõe a câmara pulpar, com objetivo inicial de projetar sua anatomia sobre a superfície do dente. PRINCÍPIOS: ● O tecido cariado deve ser removido completamente. ● O limite da abertura coronária deverá incluir todos os cornos pulpares, saliências e retenções do teto da câmara pulpar (ou seja, remove-se todo o teto da câmara pulpar a fim de acessar os canais radiculares). ● A anatomia do assoalho da câmara pulpar nunca deve ser alterada (nunca desgastar o assoalho! um desgaste excessivo pode levar a sua perfuração). ● Toda abertura coronária deverá ser efetuada de maneira a oferecer um acesso direto retilíneo ao canal radicular (após finalizar a abertura, a lima - usada para “limpar” o canal radicular - deve entrar da forma mais retilínea possível). PLANEJAMENTO: envolve a análise de critérios clínicos e radiográficos. ● Presença de cárie. Em casos de cárie incisal e necessidade de tratamento endodôntico no mesmo dente, é necessário remover a cárie e realizar o acesso endodôntico pelo ponto de eleição normal. ● Presença de restaurações. ● Inclinação do dente na arcada. ● Forma, localização e tamanho da câmara pulpar (observar o espaço entre o teto e o assoalho). ● Alterações de contorno (fisiológicas e patológicas). Reabsorções dentinárias alteram a anatomia da cavidade pulpar. Na reabsorção interna, a parede do canal não é delimitada; na externa, sim. ● Calcificações. ● Número de canais. Ana Caroline Peçanha - 2019/2 - UFES Sempre conferir pelo exame radiográfico o canal mais volumoso. CONCEITOS: ● Ponto de eleição: fase inicial, onde é realizado o desgaste da superfície de esmalte até atingir a dentina, ou seja, é o ponto onde começa o desgaste da abertura coronária. ● Direção de trepanação: diz respeito à inclinação da broca na hora da trepanação (momento de desgaste para o acesso à câmara pulpar). É uma linha imaginária partindo do ponto de eleição, na qual alcançamos a parte mais volumosa da câmara pulpar (penetrar com a broca até atingir a câmara pulpar - sensação de “queda no vazio”). ● Forma de contorno: seu objetivo é projetar externamente a anatomia da câmara pulpar, em forma e volume. Determina o contorno final da abertura. ● Forma de conveniência (desgaste compensatório): fase final. Permite melhor visão do interior da câmara pulpar e fácil acesso aos canais radiculares. Tem como objetivo eliminar qualquer interferência que impeça a atuação dos instrumentos endodônticos em todas as paredes do canal radicular. ↪ Desgaste do istmo, realização de pequenos desgastes nas paredes da câmara pulpar, remoção do teto remanescente, remoção de projeções de dentina (ex: ombro palatino). SEQUÊNCIA CLÍNICA: 1. Remoção do tecido cariado e exposição da câmara pulpar. 2. Remoção do teto da câmara pulpar e das projeções dentinárias. 3. Desgastes compensatórios. OBS: Insertos ultrassônicos: menos poder de corte → mais controle. DENTES ANTERIORES: ICS: Ana Caroline Peçanha - 2019/2 - UFES ICI: CS: DENTES POSTERIORES: PMS: PMI: MS: Ana Caroline Peçanha - 2019/2 - UFES MI: ERROS OPERATÓRIOS: 1. Desgaste excessivo de estrutura dentária e abertura excessivamente conservadora. 2. Remoção parcial do teto da cavidade pulpar. 3. Formação de degrau próximo a entrada do canal radicular (nunca desgastar o assoalho; a “formação de degrau” impede que a lima entre no canal). 4. Perfurações radiculares. Ana Caroline Peçanha - 2019/2 - UFES