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Cleptomania



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CLEPTOMANIA
DSM-V
→ Transtornos Disruptivos, do Controle de Impulsos e da Conduta (p.461); 
Autocontrole de emoções e comportamentos;
Violam o direito dos outros;
Conflito com normas sociais ou figuras de autoridade;
TRANSTORNOS DISRUPTIVOS, DO CONTROLE DE IMPULSOS E DA CONDUTA
Transtorno de Oposição Desafiante;
Transtorno Explosivo Intermitente;
Transtorno da Conduta;
Transtorno da Personalidade Antissocial;
Piromania;
Cleptomania;
Outro Transtorno Disruptivo, do Controle de Impulsos ou da Conduta Especificado;
Transtorno Disruptivo, do Controle de Impulsos ou da Conduta Não Especificado;
ETIMOLOGIA
Clepto – do Grego kleptes 
	 “ladrão, aquele quem rouba, agir em segredo”
Mania – do Grego mania
	 “loucura, indicando uma compulsão ou obsessão”
Kleptesmania – compulsão por roubar
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS
A – Falha recorrente em resistir aos impulsos de roubar objetos que não são necessários para uso pessoal ou em razão de seu valor monetário;
B – Sensação crescente de tensão imediatamente antes de cometer o furto;
C – Prazer, gratificação ou alívio no momento de cometer o furto;
D – O ato de furtar não é cometido para
expressar raiva ou vingança e não ocorre
em resposta a um delírio ou alucinação;
E – O ato de roubar não é mais bem explicado
por transtorno de conduta, episódio maníaco
ou transtorno da personalidade antissocial; 
CARACTERÍSTICAS DIAGNÓSTICAS
 Falha recorrente em resistir aos impulsos;
 
 Tensão antes do furto e alívio quando comete;
 Prisão imediata;
 Planejamento;
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Furtos comuns: Deliberados e motivados pela utilidade do objeto ou valor;
Simulação: Simulam para evitar condenação;
Os cleptomaníacos descrevem o impulso para furtar como “incongruente com o caráter”, “incontrolável,” ou moralmente errado”. Ainda que um sentimento de prazer, gratificação ou alívio seja vivenciado no momento do furto, os pacientes descrevem sentimentos de culpa, remorso ou depressão logo após. Em geral, devido a esse sentimento de vergonha, eles apresentam-se para o tratamento muitos anos após o início dos furtos. 
Um estudo mostrou que grande parte dos doentes não haviam contado ao seu clínico sobre os furtos por medo que o médico pudesse não tratá-los ou denunciá-los a polícia. Buscavam apenas tratamento para depressão ou ansiedade.
Tanto em homens como em mulheres cleptomaníacos é comum a comorbidade psiquiátrica em algum momento da vida com outros transtornos de controle dos impulsos (20-46%), de uso de substâncias (23-50%) e de humor (45- 100%).
A comorbidade com transtornos de personalidade também é freqüente. 42 Os indivíduos com cleptomania sofrem prejuízo significativo em sua capacidade de funcionar social e ocupacionalmente. 
Muitos pacientes relatam pensamentos intrusivos e impulsos relacionados a furtar que interferem em sua capacidade de concentração em casa e no trabalho. Outros relatam ausências ao trabalho, em geral à tarde, depois de saírem cedo para furtar nas lojas. Com o prejuízo funcional, eles também relatam uma qualidade de vida ruim.
TRATAMENTO
Diversas formas de terapia comportamental, psicanalítica, psicodinâmica e cognitivo - comportamental (TCC) têm sido relatadas como benéficas para tratar a cleptomania. os tratamentos terapêuticos cognitivos comportamentais, tais como dessensibilização sistemática, terapia aversiva e sensibilização encoberta têm demonstrado benefícios no tratamento da doença.
Não houve estudos controlados para qualquer tipo de psicoterapia para a cleptomania. Os tratamentos combinados utilizando TCC com medicação têm mostrado benefícios para indivíduos com relato do caso.
Em relação ao tratamento medicamentoso, exemplos de farmacoterapias utilizadas são: lítio, antiepiléticos e antagonistas de opióide.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A cleptomania tem seu início normalmente no final da adolescência ou início da vida adulta, e aparenta ser mais comum em mulheres. Pessoas com cleptomania sofrem prejuízo significativo em sua capacidade de funcionamento social e ocupacional. Apresenta-se como uma doença crônica em muitas pessoas e tem significativas repercurssões psicológicas, sociais e legais.
Vulnerabilidade social, fatores internos e externos;
Cada caso é um caso;			
CASOS FAMOSOS
Winona Ryder: em 2002 furtou peças de roupas da loja Saks Fifth Avenue, na Califórnia. A acusação foi feita por uma das seguranças da loja e a atriz à 3 anos em liberdade condicional, além de multas, serviços comunitários e fazer acompanhamento psicológico.
Lindsay Lohan : foi acusada de roubar um colar de aproximadamente 10 mil reais em uma joalheria em um balneário a oeste de Los Angeles.
REFERÊNCIAS:
American Psychiatric Association. Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais. 5ª Ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.
D. C. L. et al. Cleptomania; Jogo Patológico; Compras Compulsivas; Dependência de Internet e de Jogos Eletrônicos: Aspectos Atuais. Neurobiologia, v 73, p. 1 2010.