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RESUMO DE Citologia e Histologia Geral - Tecido Muscular - Manu Lamas

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1 
 
Manu Lamas (155) 
CURIOSIDADE: 
O aumento da musculatura por 
exercício deve-se à formação de 
novas miofibrilas, com aumento 
do diâmetro das fibras 
musculares. O crescimento por 
aumento de volume das cél. é 
hipertrofia e a proliferação 
delas é hiperplasia. 
Resumo de CHG – Tecido Muscular 
Manu Lamas (155) 
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ 
 
 CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE O TECIDO MUSCULAR: 
 
 Constituído por células alongadas, com grande quantidade de filamentos citoplasmáticos 
de proteínas contráteis, que geram força para a contração do tecido, gastando o ATP 
contido. 
 As células musculares possuem origem mesodérmica. 
 Distingue-se em: 
 Músculo Estriado Esquelético: feixes de células cilíndricas muito 
longas e multinucleadas perifericamente. Estriações transversais. Contração 
rápida, forte e voluntária. Tríades (2RS + 1 túbulo T). Célula: miônio. 
 
 
 Músculo Estriado Cardíaco: fibras formadas pela união de cél. 
alongadas e ramificadas, unidas por discos intercalares, possuindo estrias 
transversais. Contração involuntária, vigorosa e rítmica. Célula: cardiomiócito. 
 
 Músculo liso: aglomerado de células fusiformes sem estrias 
transversais. Contração lenta e involuntária. Célula: leiomiócito. 
 
 
 Nomenclatura de estruturas das células: 
 Sarcolema = membrana celular; 
 Sarcoplasma = citosol; 
 Retículo sarcoplasmático = REL; 
 
 MÚSCULO ESQUELÉTICO: 
 
 Miócito: células de até 30cm, cilíndricas, multinucleadas e que 
contém muitos filamentos. Citoplasma rico em miofibrilas (feixes de 
filamentos de actina e miosina) 
 O diâmetro das fibras musculares estriadas esqueléticas é variável. 
Essas fibras originam-se da união dos mioblastos no embrião. Os numerosos núcleos estão na 
periferia, nas proximidades do sarcolema (permite distinção do músculo cardíaco, pois nele 
os núcleos são centrais). 
 
 Organização do músc. 
esquelético: 
Em certos músc., as fibras estão 
organizadas em grupos de feixes, 
2 
 
Manu Lamas (155) 
CURIOSIDADE: 
A força de contração do musc. pode ser regulada pela 
variação do número de fibras estimuladas pelo nervo. 
CURIOSIDADE: 
A proteína distrofina liga 
filamentos de actina a 
proteínas do sarcolema. Para 
quem é afetado pela distrofia 
muscular de Duchenne 
(doença ligada ao X), a 
distrofina é inexistente ou 
então sua molécula é 
defeituosa. Assim, ocorrem 
lesões progressivas das fibras 
musculares e é comum a 
morte prematura. 
sendo eles envolvidos por epimísio (conj. denso). 
 Dessa camada, partem finos septos chamados perimísio que entram 
no músc. e separam os feixes (fascículos). Mas cada fibra do feixe do 
perimísio é envolvida pelo endomísio. É o tec. conj. que mantém as 
fibras musculares unidas, possibilitando a força de contração atuando 
no músc., e também transmite a força de contração para tendões, 
ossos e outros músc. (conj. frouxo). 
 Vasos sanguíneos penetram o músc. através dos septos 
de tec. conj., formando rede de capilares. 
 Possui vasos linfáticos e nervos. 
 
 Organização das fibras musculares esqueléticas: 
 Possuem estriações transversais, devido à repetição da unidade sarcômero. A miofibrila tem 
disposição longitudinal de actina (filamentos finos) e miosina (filamentos grossos). Suas 
bandas são: 
 Banda A – A de anisotrópica. Faixa escura. 
Filamentos finos e grossos. 
 Banda H – Zona mais clara no centro da 
Banda A. Apenas filamentos grossos. Desaparece na 
contração. 
 Banda I – Faixa clara é isotrópica. Apenas 
filamentos finos. Reduz na contração. 
 Linha Z – linha transversal escura no centro 
de cada banda I. Dela partem os filamentos de actina 
até a borda externa da banda H. Delimita o sarcômero. 
 Linha M – centro da Banda H. Ligações 
laterais entre filamentos grossos adjacentes. Proteína 
creatinoquinase. 
 Principais proteínas da miofibrila são: miosina 
(filamentos grossos), actina, tropomiosina e 
troponina (as três últimas encontradas nos filamentos 
finos). 
 Pontes transversais entre filamentos finos e 
grossos. 
 
 RS e Sist. de Túbulos Transversais: 
 A contração muscular depende do Ca2+. 
 O retículo sarcoplasmático armazena e regula 
o fluxo dos íons Ca2+. O RS é uma rede de cisternas 
do REL, que envolve grupos de miofilamentos, 
separando-os em feixes cilíndricos. 
 Cisternas terminais: armazenam Ca. 
 Túbulos: reabsorvem Ca ativamente. 
 Quando a membrana do RS é despolarizada 
(inicia-se na placa motora) por estímulo nervoso, os 
canais de Ca2+ se abrem, e esses íons, depositados 
na cisterna do retículo, difundem-se passivamente. 
Então, atuam na troponina, possibilitando a 
3 
 
Manu Lamas (155) 
OBSERVAÇÃO: 
O filamento grosso tem elevado 
número de cabeças de miosina, 
mas em cada momento da 
contração, apenas um pequeno 
número de cabeças alinha-se com 
os locais de combinação de actina. 
. 
. 
 
formação de pontes entre a 
actina e a miosina. Quando 
cessa a despolarização, a 
membrana doRS, por transp. 
ativo, leva Ca2+ para as 
cisternas, interrompendo a 
contração. 
 Placa motora: junção 
mioneural na superfície da fibra 
musc (ver Inervação). 
 Sist. de túbulos transversais 
ou Sist. T é responsável pela 
contração uniforme de cada 
fibra muscular esquelética. Ele é constituído por uma rede de invaginações 
tubulares da membrana plasmática (sarcolema) da fibra muscular, cujos ramos 
envolverão bandas A e I. 
 
 Mecanismo de contração: 
 Sarcômero em repouso: filamentos finos e grossos com 
sobreposição parcial. 
 Durante o ciclo de contração, os dois filamentos conservam os 
comprimentos originais. A contração deve-se ao deslizamento de 
uns filamentos sobre outros, aumentando a zona de sobreposição 
entre filamentos e diminuindo o tamanho do sarcômero. 
 Sequência da contração 
 Uma única contração musc. é o resultado de milhares de ciclos de formação e destruição 
de pontes de actina-miosina. 
 A atividade contrátil contínua até a remoção do Ca2+. 
 
 Inervação: 
 Placa motora ou junção mioneural: no local de contato com a fibra muscular, o ramo final 
do nervo perde sua bainha de mielina e forma uma 
dilatação que entra em uma depressão da superfície da 
fibra muscular. Nesse local, o axônio é recoberto por uma 
delgada camada de citoplasma das cél. de Schwann. O 
terminal axônico apresenta numerosas mitocôndrias e 
vesículas sinápticas com o neurotransmissor acetilcolina. 
Na junção, o sarcolema forma dobras juncionais. 
 Quando uma fibra do nervo motor recebe um impulso, o 
terminal axônico libera 
acetilcolina, que se 
difunde pela 
membrana sináptica e 
prende-se aos 
receptores situados no 
mov. remo 
4 
 
Manu Lamas (155) 
CURIOSIDADE: 
As pontes antigas de actina-miosina se desfazem quando a miosina se une à nova ATP. Logo, não existindo 
ATP, o complexo actina-miosina se estabiliza, gerando a rigidez muscular observada logo após a morte. 
sarcolema das dobras juncionais. 
 A ligação com o neurotransmissor torna o sarcolema mais permeável ao sódio, resultando 
em despolarização. A acetilcolina é hidrolisada para evitar 
contato prolongado do neurotransmissor com os 
receptores do sarcolema. 
 A despolarização propaga-se ao longo da membrana 
através dos túbulos transversais. Em cada tríade, o sinal despolarizador passa 
para o retículo sarcoplasmático, liberando Ca2+, iniciando o ciclo de 
contração. Com o fim da despolarização, o Ca2+ retorna ativamente para as 
cisternas e a fibra muscular relaxa. 
 
 Fusos musculares e corpúsculos tendíneos de Golgi: 
 Fusos musculares: receptores que captam modificações no próprio músc.. 
Presente em todos os músc. estriados esqueléticos. São constituídos por uma 
cápsula de tec, conj. que delimita um espaço que contém fluido e fibras 
intrafusais (fibras musc. modificicadas) 
 Fibras nervosas sensoriais penetram os fusos musculares, ondedetectam 
modificações de comprimento das fibras musculares intrafusais. 
 Corpúsculos tendíneos de Golgi: Próximo à inserção muscular, os tendões 
apresentam feixes de fibras colágenas encapsuladas nas quais 
penetram fibras nervosas sensoriais. 
 
 Sistema de produção de energia: 
 Cél. adaptada para prod. de trab. mec. intenso e descontínuo. 
 Energia de ATP e fosfocreatina acumuladas (formados a partir 
da glicose e de ác. graxos). 
 Energia nos depósitos sarcoplasmáticos de glicogênio. 
 Pode haver metabolismo anaeróbico da glicose  excesso de 
ác. lático pode gerar cãibras e dor muscular. 
 
 
 Tipos de fibras esqueléticas: 
 Fibra branca ou tipo IIB: muito RS, poucas mioglibina e 
mitocôndrias, grande, contração rápida e pouco resistente. 
 Fibra vermelha ou Tipo I: vermelho-escura, pequena, pouco RS, 
muitas mitocôndrias e mioglobina, pouco RS, contração 
resistente e lenta. 
 Fibra intermediária ou tipo IIA: diâmetro médio, muito RS, média 
quant. de mioglobina e mitocôndrias, muito RS, rápida, resistente. 
Oxidação rápida. 
 
 
 
 
5 
 
Manu Lamas (155) 
LEMBRANDO: 
Tríades do músc. 
esq.: formadas por 
um túb. T e duas 
cisternas do ret. 
sarcoplasmático. 
CURIOSIDADE: 
Os grânulos das cél. 
do músc. cardíaco são 
de lipofuscina, 
pigmento que 
aparece nas cél. que 
não se multiplicam e 
têm vida longa. 
CURIOSIDADE: 
Na gravidez, ocorre hiperplasia (aumento do número) e 
hipertrofia (aumento do tamanho) das fibras musc. do útero. 
 MÚSCULO CARDÍACO: 
 
 Constituído por células alongadas (cardiomiócito) que se 
prendem por junções intercelulares complexas. Apresentam 
estriações transversais, possuem apenas um ou dois núcleos 
centrais. 
 As fibras são circundadas por delicada bainha de conj. 
(equivalente ao endomísio). 
 Discos intercalares: suas linhas transversais são fortemente 
coráveis e aparecem em intervalos irregulares ao longo da 
célula. São complexos juncionais encontrados na interface de células musculares 
adjacentes. Possuem aspecto de linha reta ou de escada (parte transversal e lateral). 
Ocorrem três especializações juncionais: 
 Zônula de adesão: principal 
especialização. Ancoram filamentos de actina dos 
sarcômeros terminais. 
 Desmossomos: garantem união 
durante a contração. 
 Junções comunicantes: partes 
laterais. Continuidade iônica entre cél. musc. 
adjacentes (onda de contração). 
 Estrura e função das proteínas contráteis 
praticamente aas mesmas do músc. esquelético. 
As exceções: 
 Sist. T: nos ventrículos, os túbulos T 
são maiores. Localizam-se na altura da banda Z (o 
esquelético está na junção das bandas A e I). 
 Retículo sarcoplasmático: menos desenvolvido e 
distribui-se irregularmente. Região anastomosada. 
 Tríades exclusivas do músc. esq.: túb. T se associam 
apenas a uma expansão lateral do retículo 
sarcoplasmático. Por isso, caracterizam-se as díades no ME. 
 Rico em mitocôndrias, armazena ác. graxos (forma 
de triglicerídeos em gotículas lipídicas), podem apresentar 
grânulos. 
 Fibras cardíacas possuem grânulos secretores 
recobertos por membrana. Mais abundantes no átrio esquerdo. Contém a mol. 
precursora do hormônio atrial natriurético (atua nos rins aumentando eliminação de sódio e 
água  Abaixa a prssão arterial  Efeito contrário ao do aldosterona). 
 Rede de cél. musc cardíacas modificadas: contração sequencial de átrios e ventrículos. 
 
 MÚSCULO LISO: 
 
 Associação de cél. longas (leiomiócito), mais espessas no centro e afinadas nas 
extremidades com núcleo único e central. 
 Cél. revestidas por lâmina basal e unidas por fibras reticulares, tornando a contração 
simultânea de certo grupos de cél. na do músc. inteiro. 
 Pode sintetizar col. III (fibras reticulares), fibras elásticas e proteoglicanos. 
6 
 
Manu Lamas (155) 
CURIOSIDADE: 
Essas cél. contém 
miosina II, mol. 
que ficam 
enrodilhadas, 
exceto quando 
combinadas com 
radical fosfato 
(que causa 
estiramento). Nas 
outras, é a 
miosina I, que 
permanece 
estirada. 
CURIOSIDADE: 
Nas lesões do coração, como nos infartos, as partes destruídas são invadidas por 
fibroblastos que produzem fibras colágenas, formando uma cicatriz de tec. conj. denso. 
LEMBRANDO: 
Pericitos são cél. 
mesenquimais 
indiferenciadas. 
Atuam no reparo de 
tecido danificado. 
 Não existe ret. sarcoplasmático, responsável pelo depósito de cálcio. 
 Cavéolas: depressões com aspecto e dimensões de vesículas de pinocitose. Presentes em 
grandes quantidades no sarcolema. Elas contém íons de Ca2+, usados na contração; 
 Corpos densos: estruturas densas aos elétrons presentes em eletromicrografias. Presentes 
principalmente no sarcolema. Importantes para a função contrátil. Comparáveis à linha Z. 
 Considerações sobre o mecanismo contrátil: 
 Também depende de deslizamento de filamentos de actina e miosina. 
 Não existem sarcômero ou troponina. 
 Filamentos de miosina só se formam no momento de contração. 
 Sequência de contração: 
1. Sob estímulo do Sist. Nerv. Autônomo, íons Ca2+ migram do 
meio extracelular para o sarcoplasma pelos canais de 
membrana especializados. 
2. Íons de cálcio combinam-se com calmodulina (proteína 
com afinidade para o íon). Esse complexo ativa a enzima 
quinase da Miosina II, que lhe fosforila. 
3. Após a fosforilação, a Miosina II toma a forma filamentosa, 
descobrindo os sítios de atividade ATPAse e combinando-
se com a actina. 
4. A combinação libera energia do ATP, que promove 
deformação da cabeça da Miosina II e deslizamento dos 
filamentos de actina e miosina (prot. motoras). 
5. Essas prot. motoras estão ligadas à desmina e vimentina 
que, por sua vez, prendem-se aos copos densos da cél., 
provocando contração. 
 A contração pode ser promovida por aumento de AMP no 
sarcoplasma e por hormônios sexuais. 
 O músc. liso recebe fibras do sist. nerv. simpático e parassimpático, porém não exibe placas 
motoras (exclusivas do músc. esq.). 
 
 REGENERAÇÃO DO TECIDO MUSCULAR: 
 
 No adulto, possuem diferentes capacidades regenerativas, 
 Músculo cardíaco: não se regenera. 
 Músculo esquelético: embora os núcleos não se dividam, há uma pequena capacidade de 
reconstituição. 
 Acredita-se que as células satélites ou mioblastos quiescentes (mononucleadas, 
fusiformes, paralelas às fibras musc.) sejam as responsáveis. São consideradas 
mioblastos inativos. Após lesão ou estímulo, ativam-se, proliferam-se e fundem-se 
para formar fibras musc. esq.. Elas também entram em mitose em exercício intenso, 
fundindo-se a fibras preexistentes e contribuindo para a hipertrofia. 
 Músculo liso: resposta mais eficiente. Existem cél. musc. lisas que podem entrar em mitose. 
Na regeneração da parede de vasos sang., há participação de pericitos, dando origem a 
novas cél. musc. lisas.

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