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Estrutur� Genétic� d� MHC/HLA MHC e HLA: . MHC e HLA são usados como sinônimos, mesmo tendo significados diferentes ● MHC: é o complexo principal de histocompatibilidade → possui uma resposta imune específica para o peptídeo que está sendo apresentado, sendo mais eficiente → sigla utilizada em todos os organismos vertebrados ● HLA: são antígenos leucocitários humanos → sigla utilizada em todo organismo humano . A função das moléculas de MHC e HLA é apresentar peptídeos derivados de patógenos para linfócitos T (CD4+ ou CD8+) . A consequência dessa apresentação será uma resposta imune mais eficiente e específica, de acordo com o antígeno → o MHC e o HLA são aqueles que incorporam peptídeos que foram gerados por outras células para apresentá-los ao linfócito T Estrutura Genética do MHC e HLA: . Os genes do MHC humano estende-se por 4x106 bp e codificam mais de 100 genes com grande importância imune → com isso, nosso organismo pode possuir até 100 genes, todos eles possuindo uma importância significativa para o sistema imune . Os livros sempre irão comparar os genes humanos com os genes de camundongos, já que grande parte das descobertas científicas foram feitas a partir desses dois genes . O organismo humano possui três classes de genes: classe I classe II classe III . Os genes de MHC dos humanos são encontrados no cromossomo 6 → quando nós nos referimos ao MHC nós estamos falando, majoritariamente, daquilo que a gente tem no cromossomo 6 ● MHC I: possui 3 classes principais de genes, sendo elas HLA-A, HLA-B e HLA-C → esse tipo de classe está presente em todas as células nucleadas → possui um sulco no local onde os peptídeos são inseridos (é esse sulco que caracteriza o MCH como classe I ● MHC I: possui 4 classes principais de genes, sendo elas HLA-DP, HLA-DM, HLA-DQ e HLA-DR → esse tipo de classe está presente em linfócitos B, células dendríticas e macrófagos → assim como os MHC I, o MHC II possui um sulco que é localizado onde os peptídeos, de origem extracelular, são inseridos → o HLA-DM possui uma função de catalisar a ligação do peptídeo com moléculas de MHC II . O gene para a 𝜷2-microglobulina (cadeia beta do MHC I) está localizado fora do MHC, especificamente no cromossomo 15 → a localização desse gene é uma exceção . Além dos genes de classe I e II, existem genes de classe III, como os MHC III por exemplo, esses possuem a função de codificar várias proteínas com funções imunológicas → moléculas do complemento e TNF são exemplos dessa codificação . A existência de múltiplas subclasses de MHC faz com que o sistema imune possa reconhecer um número maior de peptídeos do que se fosse codificado por uma única molécula de MHC → quanto maior o número de peptídeos reconhecidos, maior tende a ser a capacidade de respostas tipos de infecções diferentes Haplótipo: . O conceito de haplótipo é extremamente importante quando nós trabalhamos com a genética de MHC e HLA . Haplótipo é o conjunto de alelos do MHC e do HLA, que são encontrados em um cromossomo → cada indivíduo possui dois cromossomos homólogos, possuindo dois tipos de haplótipos . Existem linhagens congênitas (ou seja, endocruzadas) para um determinado haplótipo do MHC: B10 (H-2d) B10.BR (h-2k) → com estas linhagens podemos estudar toda a relevância de um determinado tipo de gene do MHC para as respostas imunes Polimorfismo: . A poligenia e o polimorfismo geram a diversidade de moléculas de MHC e HLA em uma população → poligenia: é a duplicação de genes do MHC . O polimorfismo está apresentado através de mutações no sítio de ligação com o antígeno de ambas as moléculas, levando a inúmeras variações alélicas nas populações . Essas variações não estão presentes em toda a molécula de proteína, as variações estarão presentes nas parte da molécula que tiverem mais chances de entrarem em contato com o peptídeo . O polimorfismo, majoritariamente do MHC e HLA, é naquela região que fica fenda → um peptídeo pode se encaixar no local em que há a presença de inúmeras variações (variabilidade) . Em termos técnicos, o poliformismo das moléculas de MHC e HLA localizan-se exactamente nas fendas onde os peptídeos antigênicos se encaixam . Diferentes moléculas, codificadas por diferentes alelos, possuem diferentes capacidades para o encaixe de peptídeos e sua consequente apresentação ao sistema imune . A população humana possui centenas de alelos diferentes, por conta do polimorfismo → comparações entre as variações de alelos em moléculas de MHC de classe I e II são muito comuns Importância do polimorfismo: . O polimorfismo é extremamente importante para o MHC e LHA, principalmente porque: * Ocasiona na formação de diferentes moléculas de MHC e HLA com capacidade de ligar diferentes peptídeos, impedindo a disseminação da infecção por toda a população → assegura a sobrevivência de uma população → a forte associação do alelo HLA-B53 com a melhora de um tipo de malária letal, é um exemplo clássico para demonstrar a importância do polimorfismo * Dificulta o transplante de órgãos e tecidos, pois é muito difícil encontrar haplótipos de MHC parecidos em indivíduos não aparentados. Com isso, a tipagem HLA é extremamente necessária para o sucesso de um transplante → atualmente a tipagem de HLA é feita com o auxílio da técnica de PCR e sequenciamento do DNA Associação dos Polimorfismos com Doenças: HLA-G na Gravidez: . O HLA-G durante a gravidez evita que o sistema imune acabe reconhecendo e atacando o feto, e toda a estrutura que ele representa . O trofoblasto (a camada externa) não expressa moléculas de HLA clássicas, expressa HLA-G não polimórfico . Os linfócitos maternos não podem reconhecer o HLA-G . Ocorre a presença de secreções de citocinas antiinflamatórias pela placenta
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